Evolet Potter escrita por Victorie


Capítulo 1
Capitulo 1




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Você deve achar que eu sou uma pessoa como as outras, mas se engana. Minha história é um pouquinho triste, mas nada que seja de chorar de dó, afinal eu não serei a primeira e nem a última órfã do mundo.

Quando eu tinha um ano meus pais foram assassinados por motivos absurdos, depois disso eu fui levada para um orfanato no subúrbio de Londres, o lugar não era nem de longe o mais aconchegante do mundo, lá eu era obrigada a trabalhar como empregada e sempre levava surras quando fazia alguma coisa errada.

Mas logo a minha salvação chegou.

(...)


Eu tinha acordado bem cedo aquele dia, tinha a impressão de que alguma coisa estava diferente. Tomei o café da manhã - um pão duro e um copo de leite - e fui fazer as minhas tarefas, eu sempre fazia a mesma coisa, lavava a louça do café enquanto outra garota secava e guardava e depois limpava um dos banheiros, só depois eu podia ir para fora brincar, não que eu fizesse isso, preferia ficar no quarto lendo algum livro que eu pegava na biblioteca da escola.

Estava terminando o banheiro quando uma garota mais velha me chamou e disse que a senhora Hernandez – coordenadora do orfanato – estava me chamando na sala dela, e que pelo jeito que ela estava eu provavelmente levaria outra surra por alguma coisa que eu não tinha feito direito.

Com muito medo fui até a sala dela, mas ao invés vê-la com uma expressão de fúria ela parecia estar bem alegre, nunca tinha visto ela assim então achei muito estranho.

— Mandou me chamar?

— Sim, entre, tenho uma coisa para te contar que você vai adorar – ela disse com falsidade na voz.

Ela saiu da porta para poder me dar espaço e eu entrei. Sentados na frente da mesa da Senhora Hernandez havia um casal, a mulher era muito, muito, muito alta, com um vestido que ia até a altura dos joelhos, cabelos castanhos na altura do ombro e olhar severo, e ao seu lado o homem de terno, cabelos e barba grisalhos e muito compridos, o nariz torto, e óculos meia-lua.

— Evolet, esse é Alvo Dumbledore e Olímpia Maxime, eles vieram aqui para te conhecer.

Me conhecer? Isso quer dizer que eles estavam procurando alguém para adotar.

Um fio de esperança que há muito tempo estava apagado cresceu.

— Olá, eu sou Evolet. – me apresentei com um sorriso no rosto e tentando ser a mais simpática do mundo, se eles me adotassem eu finalmente sairia daqui.

— Bem eu vou deixar que vocês se conheçam melhor, qualquer coisa me chamem, estarei lá fora - Senhora Hernandez disse e se retirou.

— Você deve estar se perguntando o que estamos fazendo aqui não é querida? – Perguntou Maxime com um forte sotaque francês e não dando tempo de responder ela continuou – Eu e Alvo somos diretores de duas escolas muito famosas, eu sou diretora de Beauxbatons e Alvo diretor de Hogwarts, e, estamos aqui para te dizer que você tem uma vaga em uma das escolas.

Meu sorriso murchou.

Então era isso, vaga em escola.

Eles não iriam adotar ninguém, ainda mais alguém como eu. Primeiro já tinha passado da idade de ser adotada, e segundo, comparada as outras crianças eu era um tanto estranha.

Desfiz a cara de decepção, mas não rápido o bastante para que eles não percebessem.

— Desculpem, mas eu não estou interessada em mudar de escola agora, mas, obrigada pela oferta – disse me virando para sair sem me despedir.

— Nós não estamos oferecendo uma vaga, você já a tem desde que nasceu. – Dumbledore disse me parando e fazendo com que eu virasse de volta na mesma hora.

— Como assim desde que nasci?

— Achei que ficaria curiosa – disse dando um sorrisinho de vitória e me indicando a cadeira que a pouco ele estava sentado – Sente-se, assim ficaremos mais confortáveis para conversar.

Fiz o que ele pediu e esperei que ele começasse a falar.

— Acho que você já deve ter percebido que é um pouco diferente das outras crianças...

— Você quer dizer estranha? – o cortei seca.

— Não. – respondeu Maxime – Ele quis dizer diferente de um jeito especial.

— Como assim? – me fiz de desentendida.

— Evolet, por favor, você sabe do que estamos falando, você é diferente das outras crianças do orfanato. Me diga com sinceridade, você nunca fez alguma coisa diferente dos outros? Como fazer algum objeto se mexer sozinho, ou até mesmo explodir quando estava irritada?

Ótimo, agora ele me pegou, eles sabiam das coisas que eu fazia e provavelmente queriam que eu fosse para uma escola de gente louca como eu.

Ah mas eu não ia mesmo!

— Não, nunca fiz nada explodir, sou uma criança como as outras e nada que vocês fizerem vão provar que eu sou louca - Eu praticamente gritei.

— Não precisa se alterar criança, não achamos que você é louca, e muito menos estamos aqui para provar isso - Maxime falou calmamente – Nós viemos aqui para te dizer exatamente ao contrario, explicar porque você faz essas coisas e de onde você veio.

— Então fale, – disse sem paciência – por que eu faço essas coisas?

Dumbledore deu um suspiro e disse com calma:

— Você é uma bruxa Evolet.

(...)

 

Foi assim que tudo mudou, eles me contaram o que eu era, me explicaram tudo sobre o mundo bruxo e sobre como os meus pais tinham sido mortos, ficamos horas conversando.

Eles me contaram que Voldemort, que era um bruxo das artes das trevas, tinha matado os meus pais para poder matar eu e meu irmão – sim eu tenho um irmão – esse Voldemort ou Você-Sabe-Quem achava que nós poderíamos de alguma forma ameaça-lo e resolveu se livrar de nós quando ainda éramos bebês, primeiro foi meu pai e depois minha mãe, mas quando chegou à vez do meu irmão alguma coisa saiu errada fazendo com que Harry apenas ganhasse uma cicatriz em forma de raio e Voldemort fosse destruído.

Nós dois fomos encontrados embaixo dos escombros da nossa casa – que tinha desabado – então fomos separados, Dumbledore achou que seria melhor para nós se ficássemos separados e no mundo trouxa para o caso de algum seguidor de Voldemort querer se vingar.

Ele também explicou que eu tinha uma vaga em sua escola desde que nasci, mas que eu iria para Beauxbatons - a escola da madame Maxime - por uma questão de segurança que ele não explicou muito bem e disse que eu ficaria o ano todo, tirando as férias de verão, na escola.

Eu não reclamei, a partir daquele momento a minha vida começou a melhorar, mas como diz o ditado tudo que é bom dura pouco.


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