A Princesa E O Alienígena escrita por Beto El


Capítulo 32
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

E aí, galera? Demorei muito? Mudei um pouco meu estilo de escrever em primeira pessoa, espero que esteja bom.

Boa leitura!



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Um cara (por acaso sei que seu nome é Rugeri Abdul Samah, pois varri com minha visão de raios-x seu bolso, que contém sua identidade), se debate enquanto o seguro pelo colarinho. Somente eu sei como é difícil me segurar para não quebrar seus ossos, dado que o vagabundo é um estuprador que já age faz algum tempo no bairro de St. Crois, localizado em um distrito pobre de Metrópolis.

Pelo que sei, essa criatura tem preferência por garotas entre 15 e 18 anos, e usa sua lábia para conquistar as mais inocentes, que sonham em ganhar muito dinheiro na vida. Ele as enganava se dizendo produtor de moda, convidando-as para uma sessão de fotos onde ele as violentava.

O pilantra perdeu o controle. Na última vez, a menina resistiu e ele acabou matando a coitada.

Esse caso acabou chamando minha atenção, o que me fez vistoriar esta área com mais frequência. Um cara como esse não consegue segurar seus desejos, e eu sabia que eventualmente iria pegá-lo, e felizmente o detive antes de fazer sua nova vítima.

No momento em que o capturei, ele jogava sua lábia sobre uma garotinha de 15 anos e, para a sorte dela, eu voava pela região.

Não há dúvidas sobre sua culpa, pois a descrição das vítimas sobreviventes bate com suas características.

– Ei, Superman, o que esse cara fez? - um rapaz que passa me pergunta.

– Ele… infringiu algumas leis. - e, ao dizer isso, eu o apanho no colo e começo a viagem para levá-lo à delegacia da região.

Ajo diferente do que fazia há pouco tempo, mesmo que seja difícil deixar alguém cuja culpa é certa para outras pessoas julgarem se ele é culpado ou não. Mas a Mulher-Maravilha tem razão: pode acontecer de eu estar errado eventualmente e algum inocente acabar muito mal nessa história.

– Ei, Superman… eu tenho alguma grana guardada, me libera que eu te dou.

Olho com desprezo para a criatura que carrego. Pela calma com que fala comigo, deve ser um tipo de psicopata.

– Dê-se por feliz por eu não atirá-lo daqui de cima. E feche o bico pelo resto da viagem, okay? Vai ser seu último passeio por muito tempo.

Entreguei o estuprador e a polícia certamente cuidará dele, trata-se de um psicopata meio burro, pois deixou pra trás amostras do seu DNA. Neste caso, não creio que haverá injustiça.

Fui para o alto do globo do Planeta Diário, onde cruzo os braços e observo o nada; seria o momento ideal para tirar uma foto, pois o vento está forte e move minha capa com altivez, um cenário perfeito para uma daquelas poses super-heroísticas. Ficaria bom como cartaz de um filme meu.

Um filme meu... qual produtora seria louca pra fazer isso?

Minha super audição capta um batimento cardíaco conhecido.

– Superman?

– Oi, Lois.

Eu flutuo até a repórter mais intrépida do Planeta (talvez até demais). Ela usa uma blusa branca e saia até a altura dos joelhos, colada ao seu corpo e acentuando seu belo quadril.

Esse clima me faz lembrar da primeira vez em que nos vimos, na época em que a Lois conseguiu o Pulitzer por me entrevistar em primeira mão.

Naquela noite Lois vestia algo similar.

"- Você poderia me levar para um voo?

– Claro. Pode pisar nos meus pés. "

Lois tirou seus sapatos e pisou nos meus pés, e logo comecei a flutuar, até atingir uns 200 metros. Ela olhava maravilhada para a cidade, que obviamente é bem diferente quando visualizada de cima.

Foi a forma que encontrei para abraçá-la e fitar seu rosto bem de perto.

Mas isso é passado.

– Eu tenho acompanhado seus últimos feitos. Estou impressionada.

– Senti que precisava mudar. Vai que...

Emudeci ao lembrar das pessoas mortas por minha culpa; de alguma forma sinto como se seus espíritos ne acompanhassem, cobrando por meus pecados.

– ... algo dá errado.

Espero que ela não tenha percebido que eu olhei para baixo. Lois é muito esperta.

– Você não gostaria de dar uma entrevista pra mim e mostrar ao povo esse novo Superman? Acho que seria uma boa idéia, além de me ajudar muito.

De fato, seria bom. Há anos não falo ao público de forma séria.

– Por que não? Vamos lá.

...

Ela me entrevistou por umas duas horas, material que creio eu a fará ganhar a primeira página, pessoas amam histórias de redenção.

Houve um flerte por parte dela, talvez Lois tenha voltado a ter interesse por mim, o que não me espanta, a morena gosta de experimentar o poder.

Mas algo mudou. Meus pensamentos estão focados em outra morena, de uma terra distante e quase mítica.

Aquele beijo... o que significou?

Nossa relação tem melhorado significativamente, mas não a ponto de termos um romance.

Apesar que a lembrança desse beijo tem povoado minha cabeça constantemente. Talvez eu devesse tomar alguma atitude.

...

Em alguns segundos cheguei a Washington, lugar para o qual Diana se mudou faz pouco tempo. É de noite e ela está em plena ação, intervindo em um carregamento gigante de produtos contrabandeados.

Pensei em intervir, mas não creio ser necessário. Seus movimentos durante uma luta são suaves e precisos, não há perda de energia com golpes inúteis. Creio que amazonas sejam criadas com esse tipo de intuito.

A Mulher-Maravilha se encontra cercada por cinco homens de bom tamanho, do tipo daqueles lutadores daquela luta idiota na qual os atletas ficam presos em um gaiola. Para piorar a situação, todos eles portam armas, alguns com fuzis e outros com pistolas.

Os brutamontes atiram na Maravilha de todo o lado, mas ela parece pouco se importar, desviando todos os projéteis com uma velocidade que consegue impressionar até a mim. Não creio que um tiro a ferisse, mas certamente deve doer. De qualquer forma, não vou descobrir isso ao menos hoje, já que duvido que algum tiro a acerte.

Diana distribui socos e chutes para todos. Cada golpe deixa um adversário desacordado, até sobrar apenas um deles, que rapidamente é rendido e colocado ajoelhado aos pés da amazona. Ela apanha o laço que estava afixado em sua cintura e o enrola em volta do corpo do meliante.

– Boa noite, senhor. Queira, por favor, dizer em alto e bom tom quem é o responsável por essas operações ilegais.

O cara tenta resistir de qualquer maneira (eu ouço seus batimentos acelerarem repentinamente, sua temperatura subiu 0,3 grau em poucos segundos), mas aparentemente isso é impossível de se fazer. Ele conta tudo o que podia sobre as operações, inclusive onde estão os cabeças.

– … por favor, moça, esses homens vão me matar se souberem que contei tudo… - ele quase chora ao falar isso.

Diana recolhe seu laço e fita o contrabandista.

– Eu juro que isso não ocorrerá. Você e eles pagarão pelos crimes cometidos.

Nesse momento, resolvo me juntar à Mulher-Maravilha.

Ao colocar os pés no chão, Diana se vira para mim. Ela evita me encarar nos olhos, e sinto que sua frequência cardíaca se elevou discretamente.

– Boa noite, Kal. Tudo bem?

– Sim. Trabalhando muito por aqui, recolhendo o lixo?

O contrabandista subjugado franziu a sobrancelha em sinal de raiva ao que falei, mas se manteve calado. Sabe que não deve mexer comigo.

– Não fale desse jeito, Kal. Este homem errou e pagará por isso.

Assenti para ela. De alguma forma não consigo mais ser irônico com Diana. Nesse tempo, a polícia chegou, levando os contrabandistas.

Incrível como os policiais tratam a Mulher-Maravilha com respeito. Olham meio de lado para mim, mas por fim me cumprimentam. Quando eles partem, Diana se vira para mim e, com um sorriso inocente, me questiona:

– O senhor gostaria de me acompanhar em uma pequena visita aos chefes dessa quadrilha?

– Um pouco de ação não me faria mal.

O local apontado pelo ‘informante coagido’ fica a noroeste do estado. Chegamos lá em poucos minutos, e pousamos em um teto de um prédio próximo a um grande armazém no qual o informante afirmou estar sediada toda a operação.

– O caso é seu, senhorita. O que fazemos, qual é o plano de ataque?

– Meu plano é: atacar!

Ela sorri e pula em direção ao armazém. Eu meio que gosto desse plano… Aliás, quanta diferença de quando saio com o Bruce. Todas as vezes temos de aguardar uma eternidade para atacar, segundo ele, no momento certo, para minimizar a possibilidade de erros. Okay, está certo que nunca houve qualquer equívoco nos nossos ataques, mas… é tão melhor só mergulhar e descer porrada.

Enquanto divagava sobre o assunto, Diana já socava dois brutamontes que guardavam a entada. Digamos que ela realmente não seja muito sutil.

Mergulho em direção ao solo e me junto á amazona. Imagino que esta operação não exigirá muito esforço de nossa parte. Com leves petelecos, eu derrubo alguns seguranças. O espaço é realmente grande, com aproximadamente 5000 m², onde são guardados 1.528 contêineres (contei enquanto nocauteava um segurança) de produtos contrabandeados, em geral celulares, cigarros e brinquedos.

Diana parece estar se divertindo.

Quando os seguranças acabam, percebo a movimentação em uma plataforma superior de um homem, que creio ser o chefe do lugar, um cara meio careca e de bigode. Eu o vejo chamar outro homem, esse de cabelos loiros e cabeça raspada dos lados e de tamanho bem menor.

Esse loiro recebe do careca uma caixa de metal, tira dali uma seringa de pressão e a injeta no seu braço. Boa coisa não pode vir daí.

O loiro solta um grito selvagem, e de repente seus músculos começam a crescer ainda mais, suas roupas começam a rasgar, e, em menos de 10 segundos, o que era um homem já de grande porte (1,97m) vira um gigante de 2 metros e meio, cheio de músculos. Seu rosto também se deforma, veias saltam da sua testa.

Ele salta da plataforma, e vem correndo a 63 km/h em nossa direção.

Com um safanão, ele joga Diana de lado e arremete com tudo contra mim, me derrubando a 13 metros. Ele é forte.

Quase imediatamente corro em sua direção e desfiro um murro em seu queixo que seria capaz de derrubar um rinoceronte. Sua reação é apenas mover-se um pouco e sorrir, socando-me de volta. Sinal de que ele também é resistente.

Muito bom, mas não é do meu nível. Uma dose de visão de calor o faz recuar, e, com minha velocidade, o apanho de surpresa, colocando-o em uma chave de braço.

– Mulher-Maravilha, se importa?

– Com o maior prazer.

Diana o soca com tanta força que sou obrigado a soltá-lo, caso contrário, sua cabeça seria arrancada do seu pescoço. Ele apaga imediatamente.

Admito que esse murro me faria gemer.

– Viu como você está melhorando? Agora é um cavalheiro, e agradeço pela oportunidade de extravasar minha frustração. - Diana falou isso sorrindo e massageando seus metacarpos - Agora, vamos terminar com isso e chamar as autoridades.

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Findo o trabalho, esperamos os policiais levarem os criminosos. Enquanto estava apagado, o gigantão murchou, voltando ao seu normal; aparentemente, está por aí algum tipo de soro que transforma humanos em metas, ainda que por pouco tempo.

Os policiais nos agradecem e partem. Alguns (a maioria peritos) ainda ficam para analisar o armazém.

– Diana, será que poderíamos ir pra um lugar mais reservado?

– Claro.

Voamos até o telhado de um prédio próximo. O sol começa a surgir no horizonte, deve ser quase cinco horas. O pouco sol que temos brilha nos olhos azuis da amazona. Isso é bonito.

– Er… Esse soro… fiquei preocupado, a que tipo de tecnologia essa turma tem acesso?

– Eu também estou. Imagino que com a chegada de tantos heróis, o crime esteja se preparando para contra-atacar à altura. Vou falar com a LJA para prestarmos mais atenção a essa situação.

Por alguns segundos fico em silêncio.

– Diana, sobre o beijo…

Ela me interrompe.

– Clark, aquele beijo… foi só um beijo. Não significou nada.

– Mas…

– Foi apenas uma forma sincera de elevar seu ânimo, que parecia bastante baixo. Eu não sinto nada por ninguém. Neste momento, não tenho tempo para relacionamentos, eu quero cumprir minha missão no Patriarcado, que é trazer os ensinamentos de paz e sabedoria da Ilha Paraíso. Foi por isso inclusive que estou aqui na capital.

– Está bem.

– Foi muito bom te ver, Clark. Espero que continue assim, e que esteja avaliando um possível ingresso na LJA. Agora preciso ir, pois não sou como você e preciso dormir um pouco.

Ela acariciou meu braço e partiu.

Por alguns momentos, presencio o sol banhar Washington. Cada raio solar que atinge minha pele traz uma agradável sensação de rejuvenescimento, algo que sinto constantemente desde criança.

Certo, ela tem seus afazeres como embaixadora das amazonas e como heroína.

Mas mesmo você não pode esconder o leve estresse no seu tom ao falar comigo sobre o beijo, Diana. Nem o ritmo 1,5% mais acelerado de sua frequência cardíaca naquele momento.

Você estava mentindo, amazona guardiã da verdade.

Eu só preciso descobrir uma maneira de abrir essa sua couraça.


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Notas finais do capítulo

Alguns de vocês devem ter percebido que mudei a classificação pra 16, né? Foi porque vi que a fic desaparecia com classificação 18, pois devem ter precisado fazer isso por causa dos menores, então desisti de fazer hentai, que eu nem gosto de escrever, pra ser sincero.

Mas vou pela onda de vcs: mudo para 18 e vou no hentai ou mantenho assim?

Aguardo respostas!

Obrigado e até o próximo!