A Princesa E O Alienígena escrita por Beto El


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

E a, galera?
Desculpem a demora, mas Avengers Alliance, meu novo vcio, tem me tomado muito tempo... alis, que jogo bandido...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/223112/chapter/22

Horas depois da batalha terminar, um brilho verde tomou conta dos céus. É a chamada Tropa dos Lanternas Verdes, espécie de policiais espaciais, colegas de Jordan, que vieram buscar os prisioneiros de guerra após a invasão do Planeta Bélico.

Nesse ínterim, aproveitamos para cuidar dos feridos e ajudar no que podíamos. Até mesmo o Superman ajudou.

Mongul foi devidamente amordaçado pelos Lanternas, e em seguida levado a Oa, onde responderá por seus crimes perante o universo. Acho justo.

E então, vemo-nos em uma situação curiosa: todos olhamos um para o outro, sem saber ao certo o que falar.

- Hã... tipo, eu achei legal o que fizemos aqui. - Flash foi o primeiro a se pronunciar. Que novidade.

- Eu também achei. Fizemos algo extraordinário. - acrescentou o Lanterna Verde - Poderíamos fazer isso mais vezes, montar um grupo pra proteger o mundo mais eficazmente.

J’onn J’onnz (com certa relutância) e  Arthur concordaram.

- Eu... acho que faz sentido - a mulher-pássaro falou e olhou para o Superman - E você, Kal? O que acha?

- Eu trabalho sozinho. Depois a gente se vê, Shay.

E o homem saiu voando, deixando todos nós para trás. De repente, eu me pego olhando para ele, na esperança de um olhar em minha direção, o que não acontece. Por que estou agindo assim?

- Eu também não tenho interesse em participar dessa equipe. Gotham é minha prioridade, caso precisem, eu aparecerei. - Batman proferiu com sua voz sombria, dando as costas para todos em direção ao seu jato.

- E você, MM?

Eu pensei um pouco antes de responder.

- Bem... dadas as ameaças que enfrentamos, creio ser uma boa ideia. Uma tropa de elite contra ameaças grandes demais para um só pode ser útil.

Enquanto os outros conversam de forma animada (em especial Lanterna Verde e Flash), eu me volto para a destruição que nos cerca, e vejo uma garotinha, de uns cinco anos, pegando no meio dos escombros um ursinho de pelúcia, abraçando-o em seguida.

Uma lágrima cai ao me deparar com essa cena. Este povo sofrerá para se reerguer.

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

Algum tempo depois da breve reunião que tivemos (decidimos nos encontrar semana que vem, em um local estabelecido pelo Lanterna), voltei para a cidade que me acolheu, Central City.

A destruição ocorrida aqui também foi pesada. Serão meses até tudo se recuperar.

Mas a pior notícia eu receberia depois: minha melhor amiga, Samantha, foi vítima dos ataques. Ela está em estado crítico no pronto-socorro, que já estava apinhado de gente.

Fui ao hospital, mas não consegui vê-la. Há gente amontoada nos corredores do hospital, crianças gemendo, uma cena digna do Tártaro, penosa. Minha amiga se encontra em um local que chamam de UTI.

Tentei falar com algum responsável, mas todos estão ocupados demais atendendo os moribundos. Enquanto passo pela infindável quantidade de feridos, eu baixo o olhar, meio que com vergonha de mim mesma.

Por que, você pergunta?

Simplesmente porque eu fui um dos motivos para esta cidade ser atacada. Os invasores sabiam que Central City possuía heróis, daí terem mandado tropas pesadamente armadas para cá.

Enquanto saio do hospital, melancolicamente estendo minhas palmas à minha frente; Hera, eu quase sinto como se elas estivessem empapadas em sangue!

Tenho uma sensação claustrofóbica à medida que as pessoas passam por mim, sinto como se elas me fitassem com olhares de acusação.

Em um local deserto, eu entro em um beco e me encosto à parede, respirando fundo. Preciso sair daqui, preciso ir para meu apartamento. Então, tiro o laço mágico da verdade que estava guardado escondido em meu casaco, giro-o ao redor do meu corpo, revelando meu uniforme, e voo o mais rápido que consigo para minha casa.

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

Depois de chegar em casa, eu simplesmente me embrenho embaixo das cobertas, querendo dormir e esquecer tudo. Não tenho forças para tentar fazer nada.

Rolo e rolo na cama, sem propósito, mas não consigo adormercer.

Depressiva por estar desta forma, eu apanho o controle remoto e ligo a TV que fica no meu quarto.

Aparecem imagens de Nova Iorque, a cidade que mais foi afetada pela invasão. Estranhamente, há pessoas sorrindo na reportagem. Então, resolvo prestar mais atenção.

E quem diria que depois da tragédia provocada pela invasão alienígena na cidade de Nova Iorque uma luz surgiria em meio à escuridão: um bairro pobre, que foi pesadamente avariado pelos ataques, milagrosamente amanhaceu totalmente restaurado.”

Estranho. Quem pode ter feito isso? O repórter se aproximou de uma senhora de aparência bem simples, que ostentava em seus lábios um sincero sorriso.

Aqui temos a Sra. Mendez, que teve sua casa reconstruída misteriosamente. Sra. Mendez, o que a senhora tem a dizer sobre esse estranho ato?”

Ah, meu filho, depois de tanta desgraça, é tão bom algo assim acontecer! Veja só, até meu velho radinho apareceu, minha casa tá perfeita, igualzinha ao que era antes daqueles alienígenas desgraçados acabarem com tudo.”

Olho curiosa para a TV, enquanto a reportagem continua a mostrar esse chamado ‘milagre’ em meio ao ataque. Mas... quem poderia ter feito isso, da noite para o dia? Claramente as autoridades não têm nada a ver com isso, dada a surpresa no acontecimento. Seria... o Flash? É o único com a velocidade para empreender tal esforço em tão pouco tempo... mas, mesmo assim, como ele reconstruiria todos os objetos com tal minúcia?

Seria... o Superman?

Eu coço o queixo em sinal de dúvida. Ele sem dúvidas é muito rápido, e, diferente do Flash, possui tecnologia avançada o bastante para auxiliá-lo em reconstruções.

Hum.

Rapidamente, sento-me na escrivaninha e abro o laptop.

Em um chamado ‘site de pesquisas’, digito a palavra METROPOLIS, escolhendo como resultado últimas notícias no período de 3 dias.

Deparo-me com diversos resultados, todos relacionados com reconstrução e limpeza das ruas, edifícios e afins, sempre acontecendo isso em áreas pobres.

Agora eu tenho certeza, foi o alienígena quem cuidou desses atos de bondade. Fico surpresa com isso, pois, em princípio, pensei existir apenas violência na alma dessa pessoa. E, pelo que entendi, ele fez os atos anonimamente, sem querer reconhecimento por tais feitos.

Eu fecho o laptop e começo a refletir.

De repente, sinto-me envergonhada além da conta, deveria erguer-me e começar a tomar uma atitude.

Mas, antes, preciso fazer algo...

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

Horas depois

Estou em outro gueto de Nova Iorque, também atingido pelos invasores. Pousei sobre um prédio abandonado e pus-me a observar a região. O local também foi bastante avariado, e os habitantes dela foram removidos a uma área temporária, erguida por nós em poucas horas, em uma região descampada longe daqui. Não era o local mais adequado para as pessoas, mas era o que podíamos fazer em tão pouco tempo.

Por uns momentos, volto minha atenção ao local.

Não demora muito até eu reparar em várias ‘coisas’ voando ao meu redor silenciosamente, carregando objetos grandes e pesados.

- Ei.

Sinto um toque no meu ombro e me viro bruscamente.

Como eu suspeitava, era o Superman quem estava por trás desses reparos.

- O que você está bisbilhotando por aqui, Princesa?

- Eu... eu... queria confirmar as notícias que vi hoje.

- Ah, tá... fica à vontade. Se me der licença, eu tenho algumas coisas pra fazer...

Ele se virou, a capa vermelha ficou à minha frente, mas eu apanhei seu ombro.

- Espere! - ele olha para mim - Eu queria saber por que você está fazendo essas coisas boas.

Superman olhou para baixo e demorou alguns segundos até começar a falar.

- Não gosto de ver gente que já tem tão pouco sofrendo. Eu queria fazer algo, e como tenho os robõs da Fortaleza pra me ajudar... não custava.

- Mas... por que você não mostra o bem que está fazendo? Pode ser benéfico para as pessoas!

- Não... é o meu estilo. Agora, se me der licença...

Novamente eu o puxo pelo braço para encará-lo.

- Eu quero ajudar!

Superman se vira para mim novamente, olhando-me de cima para baixo, resoluto. Então, sem dizer qualquer palavra, ele aquiesce, fazendo um gesto para que eu o acompanhasse.

Enquanto o seguia, vejo seres autônomos da cor prata voando e trabalhando rapidamente, reconstruindo eficazmente cada edificação ao redor do bairro, utilizando-se de ferramentas avançadíssimas.

Superman e eu rumamos para os escombros de um pequeno edifício.

- Felizmente, o prédio foi evacuado pouco antes de ser derrubado. - ele então olhou para cima, meio consternado - Não que alguém fosse prestar atenção, neste bairro só tem gente pobre. Por favor, me ajude, deixando essa viga fixada em pé, OK?

Eu apanho uma viga (leve, deve ter só uns 700 quilos) e a coloco em pé, e Superman a funde com parte da estrutura com sua visão de calor.

- Eu realmente não esperava que você fosse fazer algo assim, hã... Superman...

- Pode me chamar de Kal. No lugar onde eu cresci, a gente aprende a gostar do trabalho manual... é bom pra esquecer dos problemas.

- Bom... eu sei que você já me viu nas minhas roupas civis e sabe meu nome, mas... pode me chamar de Diana.

Trocamos sorrisos e continuamos trabalhando noite adentro, reconstruindo os edifícios do bairro.

Sinto-me bem melhor... bem mais leve.

E com novas ideias... Quem sabe não posso me tornar uma heroína melhor?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, obrigado e até a próxima! Prometo responder em breve os reviews!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Princesa E O Alienígena" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.