A Princesa E O Alienígena escrita por Beto El


Capítulo 20
Capítulo 19 - Dedicado à sis Darleca


Notas iniciais do capítulo

E aí, pessoal? Obrigado à Darleca, pela recomendação genial. Nunca pensei neste Superman como aquele da saga Pelo Amanhã... mas achei muito louco! Obrigadão!
Novo capítulo upado...



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Mulher-Maravilha

À minha volta, a paisagem é desolada: prédios estão duramente danificados, há cadáveres de pobres coitados que cruzaram seus caminhos com essas malditas criaturas que parecem querer tomar nosso planeta, as ruas estão tomadas de sangue e violência.

Com as costas da minha mão direita, eu limpo o suor que escorre da minha testa. Estou bastante machucada e exausta, depois de lutar por horas a fio.

E ainda não acabou. Ouvi relatos de que os outros guerreiros estão com problemas, a cada inimigo derrubado, dois outros surgem para ocupar seu lugar... É estranho, a invasão desta cidade é diferente do que combatemos em Central City, os soldados enviados para este lugar são mais bem preparados e aguerridos. Meu palpite é que este ponto, esta Nova Iorque, tem importância estratégica para essa invasão, daí os maiores esforços empreendidos nesta cidade.

No lugar onde estou, cercada de gigantescos edifícios com gigantescas telas multicoloridas (que passam coisas como ‘Coca-Cola’, ‘Sharp’, ‘Samsung’...), a invasão parece ser pior, mal dou conta de me defender. Os outros parecem não estar em melhores condições, pelo que ouço no intercomunicador.

Finalmente, depois de eliminar dezenas de combatentes, consegui um espaço para poder respirar e me recuperar, ao menos um pouco. Enquanto arfo de alívio, vejo minhas mãos, cujas juntas dos dedos estão em carne viva. Há um corte profundo em minha coxa, causado por um estilhaço de uma granada atirada contra mim.

Com as costas contra um prédio, protejo-me de meus inimigos. Minha confiável espada está em minha mão direita, coberta com o sangue dos meus adversários, que tremeram diante do seu poder.

Vislumbro o local da batalha e vejo ao menos vinte adversários aglomerando-se para me atacar. Respiro fundo e me preparo para voltar a lutar.

Eu recolho minha espada na bainha. Neste ataque de frente, é bom manter meus dois braços livres, para que eu consiga rebater disparos contra mim com meus braceletes indestrutíveis.

Eu avanço para cima dos meu inimigos, dentes à mostra, disposta a liquidá-los, custe o que custar...

E, de repente, sou obrigada a proteger meus olhos, pois um grande estrondo levanta poeira e detritos do asfalto. O que foi isso?

Através da poeira, vejo feixes vermelhos cortando o ar, e berros de desespero.

Quando a poeira assenta, vejo que um dos meus aliados acabou de chegar: o Superman, rodeado de corpos abatidos de inimigos. Ele olhou para mim e esboçou um sorriso.

– Olá. Muita dificuldade por aqui?

Eu não sei bem por quê, mas retribuo o sorriso.

– Nada que eu não pudesse dar conta. - eu profiro, com a intenção de parecer confiante.

Ele anda calmamente em minha direção. Desta vez, estranhamente, não sinto a agressividade latente nesse alienígena, mas sim uma aura boa, de algo amigável.

– O Aquaman me mandou aqui pra te ajudar. Pela quantidade de invasores que há aqui, ele acha que eles querem algo com Nova Iorque.

Eu evito encará-lo. Mexo no meu cabelo e olho para baixo.

– É... era o que eu também pensava.

De repente, um ser asqueroso que soltava uma baba negra se levantou do meio dos mortos e, com uma arma estranha, atirou na direção de pessoas inocentes que tentavam fugir do caos do nosso conflito. Eu fiz menção de me mover, mas nunca chegaria a tempo de deter o disparo...

E, para minha surpresa, Superman se colocou à frente do disparo, bloqueando-o com seu próprio corpo. A explosão resultante do impacto me cega, e sinto em meus antebraços, que instintivamente coloquei à frente para me proteger, a onda de choque resultante desse encontro.

Meus reflexos me fazem saltar e, com um golpe certeiro, decapitar nosso ofensor. Logo depois, olho para Superman, que está caído de joelhos no chão, esfregando a região de impacto. Ele... sente dor?

– Ei, tudo bem? - eu pergunto, colocando minha mão direita sobre seu ombro.

– Hunnhh... T-Tudo. - ele novamente olha para mim, seus olhos azuis reluzentes, um sorriso simpático em seus lábios - Os baixinhos são os piores, com esses trabucos pesados...

Ele então olhou para as pessoas que protegera corajosamente.

– Que bom, eles estão bem.

Eis uma faceta do alienígena com a qual eu me encontro surpresa. Não imaginava que ele tinha compaixão pelos seres humanos, na verdade, julgava que ele nos visse como simples estorvos em sua estadia forçada no Planeta Terra. Mas, pensando no assunto com mais atenção, percebo que, apesar de seus métodos violentos, ele jamais praticou o mal, não tentou dominar o mundo...

Eu o ajudo a se levantar, apoiando-o pelo braço musculoso, e, para minha surpresa, ele prontamente se levantou.

– Obrigado.

– Você... se recupera rápido.

Superman sorri novamente para mim, e desta vez eu não desvio o olhar.

– Corpo kryptoniano carregado com energia solar amarela. Meu metabolismo é acelerado. Vamos? Aquaman quer nos reunir, o peixinho acredita que um grupo coeso é mais indicado pra lutar contra o tal Mongul.

Eu aquiesço para o Superman e ambos voamos para o local indicado por ele. Pela primeira vez, eu me sinto confortável ao lado dele, o que, de certa forma, é estranho. Mas há mais em jogo e preciso pensar nisso depois, caso eu sobreviva, óbvio.

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Superman

Cara, eu já estou cansado de levar essas bostas de tirambaços no peito... Levei mais um, e, surpreendentemente, a Maravilhosa foi gente boa comigo.

Voamos lado a lado até um ponto onde estão todos. O tal Aquaman parece ser um cara esperto, o Bátema foi perspicaz chamando-o.

Em poucos segundos chegamos ao local, onde vemos Batman, Aquaman, Lanterna Verde, Shayera, um... homem verde... e o Flash lutando lado a lado. Pousamos, nos juntamos a eles ajudando na luta, e, quando temos uma folga, reunimo-nos para planejar o próximo passo.

– Quem... é esse cara?

– Prazer. Sou J’onn J’onnz, de Marte.

– Ainda há marcianos??? - eu julgava que essa raça há muito fora extinta. Relatos de outros planetas dão conta de um cataclismo ocorrido centenas de anos atrás.

– Não, sou o último... - o homem me falou e olhou para baixo. Fico penalizado, estamos na mesma situação. Últimos de uma raça extinta.

– Bem, se todos puderem prestar atenção em mim... - falou em alto e bom tom o Aquaman, bastante confiante. Carinha meio pedante.

– É óbvio que o tal Mongul quer algo com esta região. Em princípio...

– Eu sei o que ele quer. - interrompeu o marciano.

Todos olhamos com interesse para o marciano, que, aparentemente constrangido, continuou a falar sem muita convicção.

– Eu... Eu vasculhei a mente de um dos soldados que derrubei, que por sorte era um dos comandantes principais do exército de Mongul.

– Você... é um telepata? - Flash perguntou, indo em um milésimo de segundo ao lado do J’onnz - Nunca tinha visto um.

– Sou... - no momento da afirmação, todos os meus colegas olharam uns para os outros. Aliás, Batman me pareceu o mais ressabiado. Eu particularmente não me preocupo, já projetei testes na minha Fortaleza que apontaram que minha mente é praticamente impenetrável para qualquer tipo de telepata, devido às minhas sinapses mais duras do que diamantes.

– … Bem... pelo que pude averiguar, o plano de Mongul é transformar este planeta em seu novo Planeta Bélico. Para isso, ele precisaria instalar um poderoso reator neste ponto, daí o fato de ele ter mandado tantas forças para cá.

– Em conjunto com as Forças Armadas, creio termos força para defender Nova Iorque. Apesar de poderosas, as forças de Mongul atacam de forma descoordenada. - proferiu Batman.

– Concordo - disse Aquaman - Em princípio, vamos defender este ponto, crucial para eles. Depois, se conseguirmos expulsá-los, podemos pensar em uma força tarefa para invadir o planetoide e tomar o controle da situação.

Todos ao redor acenam positivamente.

– Bem, eu estou ouvindo e vendo encrenca do outro lado da cidade. Melhor irmos lá... - a superaudição me deu pistas de uma grande batalha acontecendo por ali.

E para lá fomos.

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Horas depois

Com muito suor, conseguimos abalar as forças que nos atacam. Muitos de meus colegas estão feridos, eu próprio fui, mas minha cura rápida me livra dos ferimentos. Estou particularmente impressionado com o Batman, que abateu tantos adversários quanto qualquer um, mesmo sendo um simples humano bem treinado.

Enquanto estou jogando um tanque em cima de um grupo de soldados invasores, nosso pequeno grupo de resistência é praticamente jogado para trás por conta de um gigantesco raio de concussão, que atingiu o solo, próximo de onde estávamos.

Uma nave de guerra mais bem equipada pousa rapidamente, sendo aberta uma passagem por debaixo dela.

Shayera está à minha esquerda e a Mulher-Maravilha à minha direita. Ambas parecem competir entre si, as duas estão com os dentes cerrados, à espera do que vem por aí.

E, de dentro da nave, surgiu um cara gigantesco, cara amarela, roupa tecnológica da cor roxa... eita gosto ruim pra se vestir... ele vem todo imponente, e cercado de alienígenas que parecem ser durões.

– Eu sou o Mongul, o Poderoso, seus vermes! Já que meus inúteis lacaios não conseguem detê-los, eu mesmo vou esmagá-los!

Ei, e não é que isso vai ficar interessante?

Estou sentindo que tá chegando a hora do pau...


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: LJ vs Mongul



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