A Princesa E O Alienígena escrita por Beto El


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

E aí, pessoal?
Surpresinha na skin deste capítulo...



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Shayera Hol

Estou voando em alta velocidade, quase o mesmo que um avião comercial faria.

E ainda assim, aquela morena de quase dois metros ainda é mais rápida, e está a bem dez quilômetros à minha frente... Consigo ver porque minha visão é muito melhor do que a de vocês, humanos. Essa mulher é poderosa, na verdade parece ser tão poderosa quanto o Kal...

Essa ‘Mulher-Maravilha’ me chamou de Harpia, mas o que diabos é isso? Será um xingamento? Mesmo após anos neste planeta, nunca ouvi falar dessa palavra...

Estou quase chegando e já consigo ver a confusão que a invasão alienígena está causando em Nova Iorque. Aparentemente, os maiores esforços para a conquista foram empreendidos naquela cidade, haja vista a quantidade enorme de invasores que assolam a cidade. Acima dela, vejo um... planeta? Sim, um planeta de tamanho pequeno, menor do que a nossa Lua, do qual saem naves que trazem mais combatentes para cá. O que será que eles estão planejando?

“Shayera, vá para o Norte da cidade, há um batalhão lá que está atacando as pessoas.”

Esse foi o tal Batman, falando através de um comunicador que ele distribuiu entre nós. Vejo que Flash, o primeiro a chegar, já está lutando no setor Oeste, e a Mulher-Maravilha parece ter se encarregado do setor Leste. O homem de orelhinhas pontudas vai para o Sul.

Não gosto muito de ser comandada, mas convém aquiescer neste momento, haja vista que muitas pessoas falando por conta própria em situações extremas como esta é um prenúncio para a derrota. Se ele se dispôs ao comando, e Kal concordou com isso, eu não vou criar caso.

- Entendido.

Eu chego ao local e realmente está bem feio. Há pessoas mortas e feridas, e as criaturas não demonstram qualquer sombra de piedade. Reconheço algumas espécies, mas a maioria não. Quem comanda esse exército deve ter coletado diversos mercenários pelo universo, não deve ser pouca coisa.

Não vou mentir: uma parte minha está muito excitada por esta oportunidade de ação. Há muito eu não entro em uma boa batalha... desde que fui exilada de Thanagar, para ser mais exata.

Com minha maça, feita de uma liga metálica de quantum, existente somente em Thanagar, eu aterrisso já golpeando uma espécie de troll na cabeça, matando-o imediatamente. Seu sangue é da cor azul, e borra toda a minha arma, bem como partes do meu corpo. Seria melhor se eu estivesse com minha armadura, mas infelizmente só tenho à disposição esta roupa civil multicolorida, que mais parece um uniforme de super-herói neste planeta.

Minha chegada gerou um grande estardalhaço.

- UMA THANAGARIANA! ATAQUEM!

É, amigos... minha raça é bem conhecida por ser guerreira. Inclusive, somos um pouco odiados por planetas próximos, pois volta e meia tentamos conquistá-los.

Meus sentidos de rastreamento de seres está totalmente bagunçado com tantos extraterrestres próximos a mim. É difícil explicar esse dom... é como seu eu pressentisse a presença de seres de diferentes raças próximas a mim. Foi assim que interceptei Kal El, captei sua aura kryptoniana no meio das terrestres. E cada aura oriunda de um planeta tem uma sutil diferença entre uma e outra, daí a explicação de como estou me sentindo neste momento.

O conjunto entre o metal enésimo preso ao meu cinto e minhas asas tecno-orgânicas me ajuda a levantar voo uns dois metros acima do nível do solo, desviando de um ataque direcionado a mim; girando minha pesada maça, eu bato com força no maior inimigo, pousando com meus pés sobre outro.

Vejo de relance um ser mirar e atirar em mim com algum tipo de pistola energética; como minha arma tem a propriedade de absorver energia, consigo bloquear facilmente o que foi projetado contra mim, e eu própria, com meu revólver 44, atiro de volta no meu agressor, acertando-o na cabeça. Preciso tomar cuidado, estas retrógradas armas terrestres têm quantidade limitada de disparos, sou obrigada a contar quantos tiros dou. Veja se pode, os projéteis são de metal! Apesar que essas armas são tão fáceis de manipular...

Dois vêm em correndo em minha direção, e, com um golpe para a esquerda e outro para a direita, eu os abato.

- Urgh!

Praga! Tomei um disparo de raspão no meu braço direito! Dou outro tiro e derrubo outro oponente, mas uma criatura que parece humana, contudo, de pele azul e muito alta me acerta com um direto no meu rosto.

Ela se debruça sobre mim, procurando prender meus braços no chão. É forte, talvez mais do que eu. Nojentamente, sua língua corre meu rosto, e sinto vontade de regurgitar.

Ainda bem que eu tenho treinamento de luta corpo-a-corpo thanagariana. Com um rápido movimento, eu acerto com meu joelho esquerdo a região próxima ao seu estômago, o que o faz guinchar de dor. Aproveitando que ele afrouxou o aperto, dou um golpe com a maça na cabeça dele, finalizando nossa contenda.

Eu alço voo e fico a quatro metros do chão. Afixo minha maça no cinto e, com as duas mãos, miro com meu revólver na cabeça de cada ser, atirando e abatendo-os sem piedade. Como guerreira intergaláctica, uma coisa posso lhe dizer: qualquer criatura atingida com força na cabeça morre. É algo recorrente.

Dez tiros dados, dez criaturas abatidas. Tento alcançar o clipe de recarga, mas sou atingida por algum tipo de disparo, o que me faz cair ao chão. A pistola cai longe do meu alcance.

Preciso me levantar com rapidez, e, ao fazer isso, avanço com selvageria, segurando a maça com as duas mãos, girando-a com vontade, acertando alguns deles, que caem; eu sei que há outro atrás de mim, que vou cuidar...

KRRROOONNNK

Quê?! Um ruído seco se fez, e a criatura que ia me atacar pelas costas caiu desacordada no chão.

E, de repente, me dou conta: tenho aquela mesma sensação de quando persegui um suposto alienígena, aquele homem de cabelos castanhos que súbita e misteriosamente sumiu do nada, me despistando.

- Saia do seu esconderijo, eu já sei que você está aqui! Se for para ajudar, que eu possa vê-lo!

E, na minha frente, surge do nada um homem de mais de dois metros, com pele esverdeada e cabeça sem qualquer tipo de pelo. Seus olhos são brilhantes e vermelhos, ele veste um uniforme azul com detalhes em vermelho e calça preta.

- Quem é você? - eu pergunto e ao mesmo tempo atiro em outro agressor.

- J'onn J'onzz, o último sobrevivente do planeta Marte.

Sua voz soou sem firmeza. Sem dúvidas, não se trata de um guerreiro nato, mas, de qualquer forma, está aqui para ajudar.

- J’onn J’onzz, eu sou Shayera Hol, de Thanagar. Depois nos apresentamos apropriadamente, agora temos uma luta para vencer. Ainda temos adversários esperando!

- Okay.

Sem mais delongas, ele e eu continuamos a batalhar.

Espero que Kal chegue logo...


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Notas finais do capítulo

Gostaram da Shayera? Foi a primeira vez que tentei desenhá-la, e, sinceramente, essas asas são um saco, tanto que podem ver que fiz um monte de rabiscos lá, em vez das penas certinhas. Não tenho saco pra ficar desenhando detalhes... rs
Er... não ficou lá um desenho muito bonito (na verdade, na tela do iPad parece melhor), mas, me deem crédito pela tentativa, vai... rs
E, coloquei na fic o Caçador, como o Potter já vinha pedindo há tempos!
Bom, no próximo capítulo eu acho que a Liga vai encarar o Mongul, não sei direito. Vejamos!
Valeu!



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