A Princesa E O Alienígena escrita por Beto El


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

E aí, pessoal? Novo capítulo da fic...



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Lanterna Verde

Você não entenderia o tanto de loucura que eu vi desde que esse anel energético me escolheu como seu detentor, cara... Visitei outras galáxias, conheci inúmeras espécies de seres alienígenas, ajudei gente dos planetas mais loucos que a imaginação pode conceber.

Mas, por incrível que pareça, as piores merdas sempre acontecem no meu planeta natal.

São seres humanos que sofrem mutações e ficam com cabeças gigantescas e começam a ter o poder de mexer com a matéria, combatentes mercenários de outros planetas, os quais sou obrigado a enfrentar e levar para as ciencelas de Oa.

Mas eu nunca tinha encarado uma invasão em tão larga escala quanto o Mongul está fazendo conosco. E, pra piorar, os Guardiões não parecem dispostos a enviar ajuda da Tropa pra cá, aparentemente eles creem que nossas forças sejam capazes de deter essa ameaça...

E é por isso que estou voando ao lado do Superman, rumo à mítica cidade de Atlântida, o lar do chamado Aquaman, aquele carinha mesmo, que fala com os peixes e é o rei dos sete mares.

Adentramos centenas de quilômetros no Oceano Atlântico.

Então, de repente Superman para, flutuando ereto enquanto estamos a 300 metros de altura.

– É aqui, playboy. - ele afirmou, sério.

– Antes de descermos, você poderia me explicar como diabos conseguiu localizar esse reino?

– Não lhe devo satisfação, mas... - seu olhar se voltou para mim - Eu fico de olho em cada superser que aparece neste planeta. Em meu tempo livre, vasculhei o oceano à procura do peixinho dourado, e acabei achando o reino que ele governa. É um povo assustadoramente avançado, mais do que os humanos, na verdade.

Impressionante. Tipo, você tem ideia de quão grande é o oceano? E esse cara conseguiu localizá-lo, aqui nos confins do planeta... Detesto admitir, mas os poderes do Superman são fenomenais, no mínimo. Talvez, com nossas forças conjuntas, consigamos vencer o exército do Mongul...

O kryptoniano olhou pra baixo, concentrado, e logo depois de volta para mim.

– Jordan, é como a Maravilhosa anteviu, o Aquaman também está sendo atacado... Vamos?

É estranho ouvir meu nome assim, mas era óbvio que ele sabia, afinal de contas, o Superman me viu em trajes civis.

Uma mancha azul e vermelha mergulha no oceano, jorrando água para todo lado. Bom, vejamos... crio uma bolha energética pra me proteger da água ou um traje hi-tech? Uh... bolha energética é muito palha, brow... vou de traje hi-tech elegantemente ornado com cores verdes fosforescentes.

– Anel, me diga a qual profundidade se encontra vida inteligente atlante.

Meu sensor detectou vida submersa inteligente a 500 metros de profundidade.

Wow... isso é pressão pra dedéu... melhor se concentrar muito bem, Jordan.

E eu ordeno telepaticamente que o anel me leve até o campo de batalha. Passam por mim criaturas marinhas, e, à medida que vou descendo, o ambiente fica escuro, até um momento que estou às cegas.

À medida que vamos descendo, eu sou invadido por uma sensação claustrofóbica, e sinto cada libra de pressão que aperta meu traje. Mantenha a calma, Jordan. Respire c-a-l-m-a-m-e-n-t-e.

Quando estamos a 400 metros, Superman e eu começamos a ver clarões esparsos e, iluminados por esses clarões, prédios submarinos.

Que loucura... eu sempre pensava que a Atlântida fosse uma lenda sem fundamento algum...

Os prédios têm uma arquitetura diferente da nossa. São mais arredondados, e posso ver daqui que eles aproveitam corais para a construção. A cidade é parcamente iluminada; imagino que a visão dessa raça seja melhor do que a nossa.

Explosões destroem edifícios, vejo pessoas nadando de um lado para o outro, enquanto aliens com trajes até parecidos com o meu (claro, não da cor verde). Alguns olham para mim e vêm em minha direção.

Aff... agora me toquei, eu sou um chamariz vivo, com meu uniforme energético que brilha nesta escuridão!

Ao meu lado, Superman acende seus olhos, o que dá a ele um ar ameaçador. E então, ele, como um bólido, vai para cima dos aliens.

– Anel, energia.

Capacidade energética em 78%.

Vai dar.

Eu me concentro um pouco e dois tentáculos saem do meu anel, apanhando um soldado que parece ter feição de um porco e outro, com cara do personagem do ‘Inimigo Meu’. Eu ordeno que os tentáculos colidam-nos com força, arrebentando seus trajes.

Superman já cuidou de outros cinco batedores. Ele é violento pra cacete...

O kryptoniano olha pra mim e aponta pra cidade. Posso ver que, próximo a um belo palácio, um batalhão de seres se concentra. Da muvuca, saem ‘voando’ vários soldados, atingidos violentamente por algo ou alguém.

Nós nos aproximamos e, no centro da zona, está o Aquaman, com sua camisa laranja e calça verde (bem discreto, hein?), acertando com vontade alguns alienígenas com seu tridente. Há também algumas criaturas marinhas que eu nunca vi na vida atacando os inimigos... um polvo gigantesco, vários peixes menores, um tubarão... que insanidade...

Vários soldados atlantes guerreiam bravamente, mas claramente estão em desvantagem.

Mas a nossa chegada contrabalançou as coisas.

Aquaman percebeu nossa chegada, mas não parou de lutar; sabemos que apresentações não são necessárias, o negócio é sentar porrada.

E é isso o que vou fazer...

x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

Quinze minutos depois

A ameça foi debelada. Os soldados de Atlântida estão levando os aliens que ficaram vivos pra algum lugar que eu não sei. Possivelmente, pras masmorras...

É momento de nos reunirmos.

No que parece o centro de Atlântida, que está destruído, reunimo-nos com Aquaman e alguns soldados que parecem das maiores patentes.

– Anel, por favor, crie algum tipo de meio pra eu me comunicar com os Atlantes.

No capacete, consigo ver um dispositivo parecido com aqueles que os atendentes que ficam atrás de uma vidraça utilizam pra se comunicar com os clientes.

– Hã... Aquaman? Consegue me entender?

– Por favor, me chame de Arthur... Eu detesto esse apelido que vocês, da superfície, me deram...

– Okay, desculpa... e você, Super, consegue me ouvir?

O Superman assentiu com a cabeça.

– … e consegue falar?

O kryptoniano olhou pro lado. É óbvio que ele não consegue.

– Isso é bom... pelo menos fico um pouco sem ouvir suas lamentações...

Seus olhos ficaram vermelhos. Ele deve estar puto de raiva por não poder falar as suas gracinhas...

– Vocês vão dizer para que vieram aqui ou vão ficar enrolando? Agradeço a assistência, mas tenho assuntos a resolver com meu povo!

– Certo, vou direto ao ponto, já que o grandão aqui do meu lado não pode falar... Precisamos da sua ajuda, Arthur. Estamos juntando a maior quantidade de metas pra combater o mestre dessa invasão, um ser poderoso chamado Mongul.

– E por que eu devo ajudar? O povo da superfície nunca fez nada por nós. - o Rei da Atlântida me perguntou, com os braços cruzados à frente do peito.

– Bom... pra começar, posso exemplificar com o alien aqui do meu lado... imagina, se um bicho arrogante desses vem pedir ajuda aqui, onde o Jack Sparrow perdeu as botas, o quão poderoso não é esse exército???

Superman olha para mim e seus olhos ficam ainda mais vermelhos. Acho que eu tenho que tomar cuidado...

– E mais. Se formos derrotados, eles acabarão com este planeta, e isso incluirá vocês, do mar.

Aquaman olhou para baixo, aparentemente pensando sobre o assunto. Então, seu olhar se levantou, fitando-nos novamente..

– Okay, você me convenceu.

E então o Aquaman pediu um tempo para nós dois, indo conversar em seguida com seus comandados. Certamente, ele está orientando os caras pra resguardar seu reino.

Nós três começamos a subir em direção à superfície rapidamente. Caramba, esse cara aguenta a descompressão? Esse tipo de coisa não é zoeira, uma vez eu quase apaguei quando subi demais com um jato que estava testando.

Quando chegamos à superfície, Superman rapidamente virou pra mim. Tô ferrado...

– Anelzinho Verde, sua sorte é que eu preciso de você, ou, caso contrário, graças àquelas gracinhas, eu faria uma extração a frio de cada um dos seus dentes, e você teria de usar uma dentadura verde no lugar!

– É Lanterna Verde! E eu queria ver se tu era macho o bastante pra fazer isso!

Em um tom alto, o Aquaman se manifestou, bravo conosco.

– Parem, seus palhaços! Vocês ficam de picuinhas baratas enquanto tem um exército invadindo nosso planeta! O que vocês acham de irmos logo ao encontro dos outros e resolvermos isso de uma vez?

Putz, admito que fiquei envergonhado pelo que acabei de ouvir, o que fez minhas bochechas corarem de vermelho. Superman, no entanto, parece ter pouco se importado, soltando um olhar fulminante, com seus olhos vermelhos, para o Aquaman, que não esmoreceu e retribuiu a encarada. O clima está pesado, esse kryptoniano tem o sangue quente e é muito folgado...

– Hunf. Vamos logo, Peixinho Dourado e Anel Verde...

O Superman dá as costas para nós dois e sai voando em alta velocidade. Logo depois de eu envolver o Aquaman com a energia do anel, saímos atrás do kryptoniano.

Cara... eu não sei o que vai nos matar: ou esse Mongul do caralho ou nós mesmos... essa é a pior equipe que já vi na vida.

Seríamos a (Des)Liga da Justiça???

Melhor carregar o anel. Vem muita treta por aí...


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Notas finais do capítulo

Queria mandar minhas condolências às famílias que perderam entes queridos no desastre de Santa Maria. Fiquei mal com isso, porque me pus (na medida do possível, claro) no lugar daquele pessoal, que foi curtir uma balada e aconteceu uma merda dessas por irresponsabilidade de outros. É muito triste.
Bem, obrigado e até a próxima.



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