A Princesa E O Alienígena escrita por Beto El


Capítulo 17
Capítulo 16 - Dedicado à Je4n Grey


Notas iniciais do capítulo

Oi! Feliz Ano Novo pra vocês!
Desculpem a demora, mas digamos que eu esteja meio travado nesta fase da fic. Espero que a qualidade não despenque... Mil obrigados à Fênix, Je4n Grey, que recomendou a minha fic! Fez até a Jean pular alguns lugares nas minhas mutantes favoritas (claro que é difícil desbancar a Vampira, mas...)
Bom, chega de embromar e vamos lá!



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Ian e eu resolvemos ir ao cinema, aproveitando minha folga na lanchonete. Escolhemos assistir a um tal filme chamado ‘Vingadores’, sobre uns heróis de uma Terra fictícia que salvam Nova Iorque de ser destruída por invasores de outra... dimensão, me parece.

Isso é ridículo! Não creio que uma raça invadiria um planeta dessa forma...

Apesar de que devo confessar que gostei daquela irmã ruiva, ela poderia ser uma bela guerreira amazona. Seus golpes são mortais, sua agilidade é impressionante.

Enquanto comemos pipoca e trocamos beijos, o filme passa e admito que gostei bastante dele, apesar de sentir, estranhamente, uma ponta de inveja daqueles heróis... não sei o porquê.

O filme acabou e é hora de ir embora. Provavelmente iremos para a casa do Ian jantar, e depois, provavelmente terei de dar alguma desculpa para não dormir lá.

Sim, é o que você está pensando. Nós ainda não dormimos juntos, apesar das insistentes tentativas do meu namorado. Ainda não me sinto segura e pronta para isso.

Nós ficamos sentados um pouco mais, a fim de esperar esse monte de pessoas sair do recinto. Sabe, mesmo depois de meses ainda não me acostumei com esse monte de gente. Afinal de contas, em Themyscira, só nos reuníamos de tal maneira em eventos especiais ou tragédias terríveis. Mas aqui, não... qualquer fato banal já atrai um monte de pessoas...

De repente, Ian colocou a mão sobre a minha perna. Normal, já me acostumei. Homens gostam de tocar em mulheres, ainda mais do que imaginava. Ele me beijou, mas minha mente estava em outro lugar.

Na verdade, estava imaginando se eu conseguiria derrotar aquele Hulk.

Hum. Muito forte, mas disperso e propenso a gastar energia à toa. Acho que eu conseguiria sim derrubá-lo.

Gostei também daquele Thor. Forte, alto... um belo guerreiro.

Minha boca é subitamente retirada da de Ian quando vejo pessoas entrando correndo na sala de cinema. Olhei para meu namorado, com dúvidas.

- Isso... é normal?

- De forma alguma... geralmente todo mundo vai embora quando os créditos começam a aparecer.

Olhei com atenção para uma garota aterrorizada.

- Monstros! Tem uns monstros lá fora saindo de naves espaciais!

Teria ela sorvido algum tipo de droga que nublasse seu raciocínio? Afinal, essa garota parecia ter sido influenciada por demais pelo filme.

Mas várias outras pessoas começaram a aparecer, todas trêmulas, algumas feridas. Há algo errado.

Minha expressão se tornou severa, eu me levantei. Esse é um trabalho para a Mulher-Maravilha.

Contudo, meu namorado me detém, apanhando-me pelo antebraço.

- Aonde você vai, Diana? Parece estar perigoso lá fora!

- Eu preciso sair daqui, Ian.

- Não, eu não vou deixar!

Oh, Grande Hera. Por vezes, esse protecionismo dos homens desta terra é enfadante. Com os lábios tortos de insatisfação, eu simplesmente peguei um ponto vital do meu namorado, pressionando-o com meus dedos. Os olhos de Ian se reviraram, e logo sua cabeça pendeu para o lado, ele inconsciente. Considerei que ele ficaria seguro ali.

Tentei passar através da turba que vem para dentro da sala, mas é impossível.

Fui obrigada a começar a voar, chamando a atenção de todos na sala. Não importa, com o caos generalizado que se tornou a sala, ninguém prestaria atenção em Diana Prince alçando voo. Flutuando, apanhei meu laço mágico, girando-o com vigor ao meu redor. Lentamente, minhas vestes mundanas se transformaram em meu traje de guerreira, ou, como dizem aqui, o uniforme da ‘Mulher-Maravilha’. Depois tenho de agradecer à minha irmã Haia por ter criado esse dispositivo de vestimenta.

- A Mulher-Maravilha! - ouvi vozes vindo de baixo - Mulher-Maravilha, nos salve!

Havia pessoas se ferindo na sala, mas a batalha no exterior é mais urgente. Então, com pesar, atravessei paredes até chegar ao lado de fora.

- Pai Zeus...

Pesei sobre minha sanidade, pois o filme dos Vingadores parecia ter sido transportado para o mundo real. Seres, que imaginei serem de outros planetas, causavam extrema destruição em prédios, atacavam sem motivo as pessoas que desgraçadamente estavam na rua àquele momento.

- Olhem! É um dos meta-humanos deste planeta, o nosso alvo neste local!

Um ser medonho que parecia saído diretamente das entranhas do Tártaro apontou para mim. Aliás, como eu compreendi sua língua?

Como uma matilha de lobos atacando sua presa, os monstros caem em cima de mim.

Minha fiel espada praticamente se lançou em minha mão. Com movimentos hostis, eu corto de forma fatal os cinco primeiros que vêm para cima de mim. Minha espada fica manchada de azul, vermelho, laranja, cores às quais não estou acostumada a ver em inimigos.

Sinto um leve ruído do meu lado, fazendo com que eu erguesse meu braço. Meu bracelete repeliu uma espécie de energia mágica lançada em mim.

Eu voo e, com meu laço, prendo um grupo de criaturas, girando-a o mais rápido que posso, atirando-as com força contra um prédio.

Minha espada zune com vigor, cortando carne, metal e sei lá mais o que quer que essas criaturas carreguem. Procuro ignorar a dor quando sou atingida. Eu queria ajudar os civis, mas não conseguiria, mesmo que quisesse, são muitos inimigos para combater!

Com uma grande arma, uma criatura mirou em minha direção, e, enquanto estava ocupada com uma espécie de troll, atirou em mim.

- Aaaahhhhh!!!

Felizmente, tive tempo de levantar meus braceletes, rebatendo a energia, mas a força do golpe me atirou dezenas de metros para trás.

Levanto-me ao mesmo tempo em que agarro um veículo, atirando-o em seguida contra meu agressor. Uma explosão se faz, e vejo que abati alguns deles.

Com minha espada, avanço para cima de um troll, mas uma luz verde me cega, e logo vejo que o troll foi abatido, com uma estaca verde reluzente atravessada no peito.

- Mulher-Maravilha?

Limpo o sangue que escorre da minha boca e olho para cima. Tratava-se do Lanterna Verde, um dos guerreiros chamados de super-heróis desta terra. Ao meu redor, criaturas vão sendo abatidas por um borrão vermelho com manchas amarelas. Ele para, e é meu aliado, Flash.

O homem vestido de verde pousou ao nosso lado, enquanto os ataques das criaturas pareceram se encerrar por um tempo.

- Oi, MM... o LV veio nos ajudar. - Eu já sabia da ligação entre o Lanterna e o Flash. Se não me engano, eles são amigos.

- O que são essas coisas, do que se trata esse ataque? - eu digo e coloco a espada na minha cintura.

O Lanterna Verde cria uma espécie de construto esmeralda, mostrando um ser parecido com aquele Hulk, contudo, careca e com sobrancelhas mais protuberantes.

- Fui informado por OA que a Terra é alvo dos ataques das tropas do pirata espacial Mongul, este que eu tô mostrando. É um ser poderosíssimo que governa um planeta móvel, que ele chama de Planeta Bélico. Todas as cidades com meta-humanos estão sendo atacadas. Imagino que ele queira tomar a Terra pra si. Oh, Deus, uma nave gigantesca está vindo pra cá... - o Lanterna se exaspera, vendo uma espécie de radar que o anel dele criou.

E então, nós três somos obrigados a proteger nossos olhos, porque uma grande explosão iluminou todo o céu.

- Hera... o que foi isso?

Do céu, descem dois seres que parecem humanos. Um eu já conheço, é o desagradável Superman... a outra... não é possível!

- Uma harpia!!! - eu berro, empunho minha espada e parto para cima da mulher de asas - Eu vou abatê-la, criatura das trevas!

Contudo, meu intento é parado pelo alienígena, que impede minha lâmina de seguir adiante.

- Harpia? Eu nem sei o que é isso, eu sou Shayera Hol, ex-General do exército mais poderoso de Thanagar! Você devia ter mais cuidado com o que fala, ou eu vou afundar sua cabeça com minha maça!

- Er... desculpa, Shay. A Maravilhosa nunca viu você. - o homem de cabelos negros como a noite diz, e logo depois olha para nós - E... de nada pelo show de luzes lá em cima. Sacumé, superforça, supervelocidade...

- Hunf! Impertinente e arrogante como sempre!

A tal vadia da Shayera tirou sua máscara de pássaro e olhou para nós três.

- Gente, por favor, estamos no meio de um crise sem precedentes aqui. Kal e eu viemos aqui porque sabíamos que os três estavam aqui, precisamos nos unir para combater o Mongul. Você, de verde... - ela apontou para o Lanterna - Seus colegas não vão vir aqui para nos ajudar?

O Lanterna olhou para baixo, como se tivesse vergonha.

- Er... bem... os Guardiões não veem nossa situação como prioritária...

- Então temos de convocar mais superseres para montar uma equipe que possa invadir o planetoide desse Mongul. Uma equipe não muito grande, mas poderosa.

De repente, uma voz sombria surge das sombras. Como eu não senti sua presença? Olhei para trás com espanto e vi um homem de capuz negro, com um símbolo de morcego no peito.

- Quem é você? - Mais de um herói perguntou isso ao mesmo tempo.

- É o Batman. - respondeu Superman, entediado - Só não entendi como não ouvi seus batimentos cardíacos, Morcegão.

- Abafadores. Mas isso não vem ao caso neste momento. Sei que vocês são dispersos, mas repito: temos de juntar uma equipe para atacar esse tirano.

- Eu só conheço o Aquaman de super-herói... isto é, fora nós. Na verdade, nem sabia que essa garota-pássaro e o morcego existiam... - falou Flash, com a boca torta e olhando para cima.

- Oh, Hera! Arthur também deve estar sendo atacado! Eu preciso...

- Um momento, Mulher-Maravilha. - o homem de preto me interrompeu - Eu concordo que Aquaman seria uma aquisição valiosa a essa equipe de elite, sei que ele é poderoso.

- Fala sério, o cara que fala com peixes? - o Superman indagou de forma irônica. Esse homem é detestável!

- Ele é um estrategista nato, líder, além de poderoso. Será útil. - afirmou com convicção o Homem-Morcego - Contudo, não podemos destacar a equipe inteira para ajudá-lo. Sugiro que o Superman e o Lanterna Verde, que conseguirão suportar a submersão, dirijam-se ao oceano para ajudá-lo, trazendo-o a seguir para que nos ajude. O resto de nós deve se dirigir a Nova Iorque, que está sendo atacada por hordas de Mongul.

- Shayera não acata ordens de um ser humano que se veste como um morcego gigante! - a Mulher-Pássaro torce a boca em claro desgosto. Eu também não gosto de seguir ordens, mas aquele homenzinho para entender do que está falando.

- Shay, por favor, escuta o orelhudo. O que ele fala parece ser sensato. - o Superman, surpreendentemente, faz a Harpia se acalmar. Ela acena levemente com a cabeça para ele, como se concordasse. Será que eles são mais do que simples amigos? Esse simples pensamento faz meu estômago arder, não sei por quê.

- Estou de acordo. Vamos, alien... - o Lanterna Verde olha para o Superman com um sorriso irônico.

- Playboy... há quanto tempo! Se bem me lembro, desde que salvei seu traseiro daquele cabeçudo.

- Engraçadinho. Mas não pense que não te vi quando eu apreendi aquele alien em Metrópolis. - o Lanterna olhou para o alienígena - Ei, agora que me toquei. Eu não sei onde o cafofo do Aquaman fica...

- Eu sei, me acompanha. Se você puder, claro...

Superman alçou voo e o Lanterna Verde foi logo atrás, seu corpo sendo envolvido por uma energia verde. Flash, Batman, a vadia e eu nos entreolhamos, depois dos dois homens irem embora.

- E aí, MM, você vai levar essa galera no seu jato invisível? Li em uma revista de fofocas de celebridades que você tinha um... - o Flash me indagou. Gosto dele, mas às vezes é tão irritante.

- Eu nunca tive um jato invisível, essas informações são ridículas! E, ademais, eu sei voar em altas velocidades, para que raios eu precisaria ter um jato?

- Pois bem, Flash, Mulher-Maravilha e Shayera, rumem a Nova Iorque.

- E você? Pelo que entendi, você não tem poderes nem nada do tipo.

- Eu me viro. - e o homem morcego deu as costas para nós, desaparecendo em um beco. Homem estranho.

- Pois bem. Vamos?

O Flash mal perguntou e o estrondo da barreira do som sendo quebrada bate nos nossos ouvidos, meu e da Shayera.

Nós nos encaramos.

- Você é rápida, Harpia?

- Mais do que você, Mulher-Bustiê.

É. Quase ninguém nesta equipe se gosta. Me admira se conseguirmos sobreviver a esta guerra...


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Notas finais do capítulo

Bom, não manjo muito do jeitão do Bátima (o personagem favorito da Darleca), mas pretendo fazê-lo soturno e objetivo, como eu sempre o li. Meu Flash tá saindo mais Wally do que Barry, mas é porque eu sempre li o Flash como Wally... vou ver se mudo isso.
E... no próximo capítulo, uma das minhas duplas da DC favoritas, Super e Lanterna Verde. Teve uma história que li há muito tempo que amei com os dois juntos, acho uma dupla de heróis fantástica... Gosto de histórias de duplas! Outras duplas que acho muito loucas são Wolverine e Gambit, Homem-Aranha e Demolidor, Homem de Ferro e Capitas... não que nada disso interesse nesta fic, mas vambora.
Obrigado e até a próxima!



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