A Princesa E O Alienígena escrita por Beto El


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pelo lapso.
Tempos atribulados...



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– Ei, moça, cadê meu hambúrguer?

Enquanto me viro para carregar quatro bandejas ao mesmo tempo - os homens parecem ter um especial prazer sádico de me ver equilibrando estas coisas (aliás, eis uma das coisas que não gosto daqui, tanto como Mulher-Maravilha quanto como Diana Prince os homens parecem me comer com os olhos) – vou em direção ao homem que me pediu o hambúrguer.

Estou pensando em começar a estudar, trabalhar como garçonete perdeu a graça depois de cinco meses.

Depois de servir a mesa, sinto meu celular vibrar.

Eu o apanho e, pelo visor, vejo ser uma ligação do meu namorado, Ian. Depois de nossa 'ficada', como dizem aqui, saímos algumas vezes, nos beijamos muito, até que, num belo dia no parque, junto à mãe Gaya, ele me pediu em namoro, o que aceitei. Estamos namorando há 2 meses.

Ele é uma graça, apesar de Samantha me alertar, ele nunca tentou apressar as coisas. Você sabe... ainda, não... fomos ao coito. Ainda bem que ele não me pressionou para isso, ainda não me sinto preparada para esse tipo de conexão.

– Alô?

– Oi, Diana... tudo bom, amor?

– Tudo. Algum problema, Ian?

– Não, só queria dizer um alô e lembrar que te amo.

– Ah, okay, então.

Eu sorrio. Ian é tão... meloso. Não me entenda mal, mas sou uma amazona, poderia matar uma pessoa com minhas duas mãos para trás e sem uma perna. Mas de resto ele é okay.

– Certo, um beijo.

– Outro.

Desligo o celular. Há um amontoado de gente à frente da televisão, todos parecem excitados, apontam para o aparelho, com carras assustadas; aproximo-me e vejo que a câmera, de uma vista aérea, mostra uma cidade à beira-mar, e uma tremenda agitação, com pessoas correndo.

Atrás delas, criaturas que saem do mar, da cor preta, com olhos gigantescos e dentes não menores. A Mulher-Maravilha se faz necessária.

Eu toco no ombro de um robusto homem, boquiaberto ao ver a cena que passa na TV.

– Onde é esse lugar?

– Hã... parece ser em Boston... que monstros são aqueles? Cadê o Superman?

Eu dou as costas, e vou correndo até o vestiário, enquanto todos olham para as notícias daquelas criaturas bizarras. Em um movimento, eu alcanço minha mochila, e de lá tiro meu uniforme. Coloco rapidamente minha calça, botas, corpete, braceletes e tiara. Apanho também meu laço indestrutível e minha espada, que, graças aos avanços tecnológicos de Themyscira, retrai-se, possibilitando-me de carregá-la por aí.

Abri a janela e saí voando. Boston fica a leste, devo chegar lá em cinco minutos, à velocidade máxima.

O deslocamento de ar atinge meu rosto com fúria, mas preciso ignorar, minha presença é necessária para a segurança daquelas pobres pessoas.

Como esperado, em alguns minutos chego, e, ao avistar uma garota sendo carregada para dentro do mar, aterriso pesado nas costas do monstro, que a larga.

– Hsssss...

Isso teria nocauteado uma amazona. Essa criatura é poderosa.

A garota correu, livrando-me do fardo de ter de protegê-la. A criatura marinha avança para cima de mim, desferindo um golpe com suas garras longas. Deflito o golpe com facilidade com meu bracelete direito. Dou um chute no plexo dela, o que a afasta alguns centímetros, então, retiro minha espada e cravo no peito dela.

– HHHSSSSS!!!

Ela sibila e cai morta ao chão. Um tipo de sangue negro vaza do buraco feito.

Bom. Elas não são invulneráveis. Mas, vendo ao redor, vejo que sua quantidade é formidável, não sei se darei conta disso. Neste momento, aquele parvo do Superman poderia ser útil...

Atraídas por minha aparição, pelo menos dez criaturas avançam para cima de mim.

– Criaturas bizarras, hei de mandar suas almas pessoalmente para o INFERNO!

Dentes cerrados, espada a postos, avanço para cima das criaturas, derrubando duas com meu ataque frontal. Elas se amontoam em cima de mim, mas, com a força concebida por meus dons divinos, consigo afastá-las, jogando-as a três metros de distância.

Com minha espada, corto o braço direito e rasgo o peito de dois monstros. Sei que há mais três atrás de mim, mas, quando estou prestes a virar...

… ouço um som como algo cortando carne, e o o guincho de dor que essas criaturas fazem quando são feridas.

Prestando mais atenção, vejo uma dessas criaturas caída ao chão, com um tridente dourado fincado em suas costas. Em pé, à frente do monstro, está um homem forte, de cabelos loiros, roupa da cor laranja, calças verdes.

– Quem é você, guerreiro?

– Arthur Curry, rei da Atlântida.

Atlântida? Lembro-me de ler pergaminhos contando sobre essa cidade, protegida pelo meu tio, Poseidon.

– Arthur, imagino que nossos objetivos sejam semelhantes nesta batalha. Podemos continuar?

Ele nada fala e volta à luta. Ótimo, os guerreiros daqui costumam ser tagarelas.

Volto para cima dos meu inimigos, esfacelando vários com minha espada, que corta de forma nervosa ar, carne e ossos. Um som alto se faz, e vejo que meu amigo Flash se juntou a nós.

– E aí, Mulher-Maravilha? Que bichos feios, hein?

Ele circula ao redor de cinco criaturas, criando um vórtice, que as levanta por um redemoinho, a aproximadamente vinte metros de altura. Flash então para e elas caem pesadamente ao chão, desfalecidas.

Ele será útil, apesar de que sua forma de luta não inclui abater o inimigo...

Horas depois

Finalmente, acabou.

Com minha palma esquerda, limpo o fio da minha fiel espada e a embainho. Ao meu lado, tomando fôlego, estão meus dois aliados, Flash e Arthur.

– Colega novo! Quem é você, amigo? - perguntou Flash ao homem loiro.

– Arthur Curry. Sou meio humano, meio atlante, governante de Atlântis, e vim para cá ajudá-los ao ver que os malditos seres da profundezas que chamamos de T'rrrr vieram à superfície para devorar carne humana. Aparentemente, eles pegaram gosto, depois que um navio afundou a alguns quilômetros daqui.

– E esse 'A' aí no seu cinto? Estava pensando que o seu codinome era Aquaman...

– Flash, cale-se. Pare de importunar Arthur. - eu procuro interromper o Flash, que às vezes é inconveniente, e volto minha atenção para o guerreiro marinho – Esse tridente... é de Poseidon, não?

– Você conhece? Sim, todo o monarca atlante ostenta o poderoso tridente.

– Eu reconheci dos manuscritos. Sou Diana, princesa amazona de Themyscira, filha de Zeus.

– Oh. Uma semideusa? Por isso é tão poderosa.

– Precisamente.

As autoridades começam a chegar (mantinham-se convenientemente à distância enquantro travávamos a árdua batalha), e sinto Aquaman (ora, o por que o chamei desse jeito? Maldito Flash!) ficar incomodado.

– Acho melhor você ir, Arthur. Possivelmente desejarão declarações e respostas.

– É, acho uma boa ideia, Aquaman...

Silencioso, o homem loiro corre em direção à praia, e, num mergulho, desaparece no mar.

Flash mantém-se ao meu lado.

– Sabe, MM, estava me perguntando... o Super sempre gosta de bater em alguém, por que ele não veio pra cá?

Eu viro meu rosto em direção ao meu amigo escarlate.

– Eu não sei, Flash... eu também gostaria de saber essa resposta.



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Notas finais do capítulo

Obrigado, galera!



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