Magnet escrita por SraCarstairs


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Não curti esse capitulo =/ Boa leitura!



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Se tem uma coisa que eu realmente odeio é fantasma. Sério... Não pelo fantasma, pff, estou pouco me fodendo para eles, mas pelo susto. Caralho, essas desgraças tem que aparecer de supetão? E ainda por cima, mexendo coisas quando estamos distraídos? Isso me deixa puta. Fiquei parada por um tempo, processando tudo que estava acontecendo... a janela ainda estava aberta. Caminhei até ali e fechei, ajeitando as cortinas. Sabe aqueles frios na espinha que percorre o corpo e lhe faz arrepiar até o ultimo pentelho? Pois bem... Virei, observando a porta... ela estava aberta novamente. Ah, vai se fuder! Corri até ela, ia fechar mas antes resolvi espiar o corredor... é, não havia ninguém. Só aquelas malditas paredes escuras e a lâmpada amarelada, daquelas antigas da qual nem usamos mais. Suspirei, fechando a porta. Iria sair daquela merda... averigüei, meu celular ainda estava no bolso, apenas recolhi minha carteira e sai, fechando a porta e a trancando. Se o Kaito tinha a chave ou não, foda-se, ele esperaria na porta.

 — Onde tem um bar mais próximo? — Perguntei ao recepcionista, que assistia algo em uma pequena TV que ficava sobre o balcão.

— Aqui do lado... — Ele me respondeu com uma disposição incrível. Pff, povo folgado. Olhei torto para ele e sai, batendo a porta. É, sou pirracenta.

O clima estava tranqüilo e já estava escuro... Como havia passado o tempo tão depressa assim? A gente dorme por um tempo e quando vermos já estamos em outro século? Porra. Chatiada com isso.

Retirei o celular do meu bolso, ainda eram cinco horas da tarde, só que tinha o fuso horário, deveria ser umas seis da tarde ou menos, ah sei lá, nunca fui boa nessas porras. Não tinha chamadas e nem mensagens, guardei novamente e fui para o bar. Era engraçadinho e muito confortável, para se chegar nele descia algumas escadas e ia até uma pequena porta, só tinha descoberto que ali era o bar por causa de algumas placas. Entrei, estava  cheio, gostava de sentar perto do bar, mas estava com todas as cadeiras ocupadas, por isso, resolvi ficar na mesa do canto. Pedi uma garrafa de sake do garçom e fiquei aguardando. Olhei em volta, nada de mais naquele lugar, a única coisa que me atraiu foi um pequeno palco vazio que havia no canto.

— Não tem cantor ao vivo? — Perguntei quando o garçom trouxe a bebida.

— Não hoje, só amanhã...

— Hm.

Depois de servida, bebi o manjar dos deuses, sentindo aquela quentura descer pela minha garganta, fazendo-me arrepiar um pouco e sorrir largamente em seguida. Relaxei um pouco, ficando meio desligada do local, a música de fundo me deixava assim.

— Me-meiko...?

Por um momento achei que estava apenas delirando... Alguém podia ter o mesmo nome que eu, ninguém me conhecia naquele local... Por isso continuei com os olhos fechados.

— Mei-chan...

Arregalei os olhos, virando a face... Era a Luka. Perai, A LUKA? FODEU.

— Ah, oi. Hehe.. Luka! — Porque diabos ela estava me chamando assim? E... por que tanta intimidade? Quando foi mesmo que eu tinha falado com ela? Ahh, cacete.

Ela sorriu, parecia ser tímida. Mostrei a cadeira à frente dela para que sentasse e ela obedeceu. Estava com um vestido braço e os cabelos presos para trás. Ficamos em silêncio, peguei o sake, na garrafa mesmo e bebi no gargalo. E agora? Ela iria contar que eu estava ali.

— Tudo bem, Mei-chan?

— Sim... — Repousei a garrafa sobre a mesa. — E você?

— Estou bem... Estava tudo muito quieto e o pessoal dormindo, por isso vir para cá. A recepcionista me disse que tinha esse bar aqui, que tem o melhor hamburgue da cidade... Gosta de hamburgue, Mei-chan?

— Sim... mas ainda prefiro sake.

Acho que nunca havia conversado muito com a Luka, a ultima vez foi no evento e nunca mais. Observava-a. Ela era aquele tipo de menina que de longe você a achava bossal e distante, mas que quando conhecia era apenas uma menina tímida. Já havia reparado isso, logo quando ela chegou em Crypton. Suspirei, bebendo mais um gole do sake. Não havia muito o que conversa e ela parecia estar esperando por alguém ou preocupada.  

— Esta esperando por alguém?

— Ah..? Er... Não é bem esperando... — Percebi que ela ficou meio tensa e preocupada.

— E como seria?

— Apenas não querendo ver certas pessoas... — Ela encolheu os ombros. — Nunca conversamos direito, neh, Mei-chan?

— Sim... e você já me chama de Mei-chan. — Cerrei os olhos, bebendo mais um gole do meu maravilhoso sake.

Ela riu, de uma maneira tão fofa que eu pensei ter visto arco-íris atrás da menina. Ela sempre levava a mão até os lábios e fechava os olhos... Era algo realmente fofo. Bebi mais um gole de sake, o ultimo na verdade.

— Seu pedido, senhorita. — O garçom havia trazido a comida da rosada, fiquei apenas observando ela agradecer com aquele sorrisinho e voltar a sua atenção a comida. 

Coloquei o cotovelo sobre a mesa e fiquei fitando a menina, que passou a degustar o lanche, sem dizer mais nada. Vez ou outra nossos olhares se encontravam, o que fazia a menina ficar corada e virar a face... Er, o que estava acontecendo ali? Encolhi o cenho, sem entender muito bem. Larguei-me na cadeira, fechando os olhos e jogando a cabeça para trás.

Ficamos em silêncio por um longo tempo, mesmo ela já tendo terminado de comer e passando a beber coca-cola. Até que ouvir a voz dela... baixa e rouca, mal conseguia ouvir.

— Mei-chan... Obrigada pela companhia, mas preciso ir...

— Mas já? — Me senti estranha, era a primeira vez que não estava desejando que alguiém fosse embora logo, na verdade, ela havia ficado tão quietinha, que eu até tinha gostado.

— Sim...

Ela se levantou, continuei sentada.

— Mei-chan, quando voltar para Crypton queria conversar contigo.

— Sobre o que?

— Algumas coisas que estão erradas... mas nesse momento não posso dizer... — Percebi uma leve tristeza na voz dela. — Tchau. — E depois saiu correndo.

Suspirei longamente... Levando os dedos até os cabelos e os jogando para trás. Olhei para a mesa, o dinheiro da comida estava ali em cima. Mas havia um pouco mais... Ela tinha pago minha bebida? Ri um pouco, jogando-me sobre a mesa e deitando a cabeça ali, não estava muito a fim de ir para aquela espelunca.

— Vocaloid Meiko?

— Ahn?

Virei a face, sentando-me direito. Era raro alguém me reconhecer. Um homem estava em pé ao lado da mesa.

— Cante para nós... o palco esta livre e estamos querendo uma música ao vivo.

Era sério aquilo?


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Notas finais do capítulo

Desculpem. >< Prometo caprichar depois. Momo-chan, percebeu algo? Q