Homem De Ferro E A Dama Da Força escrita por lih


Capítulo 2
A chefia misteriosa




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Anthony ainda estava depressivo por causa de sua separação. Por mais “pegador” que ele fosse, a realidade é que nunca teve sorte com as mulheres. Passou a noite sem dormir, apenas bebendo whisky. O dia já havia raiado e ele ainda estava na sua varanda, deitado numa espreguiçadeira e com o copo apoiado na perna. Seu estado era mesmo lamentável, tanto que era fisicamente visível sua depressão. Cabelo mais bagunçado do que o normal, barba que estava por fazer há dias e olheiras extremamente profundas. Dessa vez o senhor Stark chegou ao fundo do poço.


– Bom dia, senhor Stark. – Disse seu supercomputador.


– Bom dia! Lindo dia, tão lindo que fiz questão de velo raiar. - Disse Tony, cheio de ironia.


– Sinto que o senhor está sendo irônico.

– Meus projetos são mesmo inteligentes. - Retruca com ironia.


– Já são 11h da manhã, sua visita misteriosa vai chegar daqui à uma hora.

– E daí? Não vou fazer negócio com eles mesmo. Eu quero que a família Márquez se ferre! - Disse com a voz de bêbado.


– Se o senhor quiser, posso rastrear o celular de Otávio e Alejandro e dizer que o senhor teve um imprevisto e não pode atendê-los.

– Não! Ninguém me visita faz tempo e não posso dispensar 1 bilhão de dólares assim.


– Mas o senhor disse que nenhum deles era qualificado.

Ele levanta, para da frente de uma de suas câmeras de segurança e olha para ela dizendo:


– Olha pra mim, eu sou qualificado?


– No momento não. Seu corpo está cansado, sua voz embargada e seus olhos vermelhos. Em minha analise vejo aparente nível de embriaguez...

– Desligar! – Tony, gritou interrompendo a analise do computador.


Ele foi buscar mais bebida em seu bar.


– Não sei porque perco meu tempo conversando com máquinas. Talvez esse seja meu futuro triste, viver apenas com elas.


Do outro lado da cidade...


Mark, principal assessor da família Márquez, prepara a limusine para a chefia.


– Tudo pronto, já podemos ir. Diz ele para a chefia.


Mark usa um sobretudo cinza e um chapéu que cobre o seu rosto. A sua chefia veste basicamente a mesma coisa, única diferença é a presença de um óculos escuro.


– Você acha que ele vai aceitar a proposta? - Pergunta a pessoa misteriosa para Mark.


– Não sei, é uma negociação complexa. Creio que ele precisará ver algum de seus atributos primeiro. – Responde Mark.


A chefia ri e pergunta se a mala está com Mark.


– Sim está tudo conosco.


A conversa é curta, existe um ar de mistério grande entre eles. Em pouco tempo chegam ao prédio da Stark.


No último andar, o computador detecta a chegada do comprador anônimo.


– Senhor Stark, sei que fui temporariamente desligado, mas acabo de receber a informação que um dos carros da família Márquez estacionou na frente do prédio. Quer imagens?

– Sim.


Tony percebe a movimentação de duas pessoas com sobretudo, um preto e outro cinza. A pessoa de cinza carrega uma mala prata.


– Eles pediram permissão para entrar.

– Dê.


Tony continua observando as pessoas dentro do elevador, mas ambas não tiram seus chapéus, o que dificulta a visualização e o reconhecimento facial.


Campainha toca.


Tony larga seu inseparável copo, se olha no espelho tentando arrumar seu cabelo e abre a porta. O choque é guarde dos dois lados.


Mark e a chefia olham para o acabado Anthony Stark, bem diferente do playboy que estavam costumados a ver. Já do outro lado, Tony percebe que a pessoa de sobretudo preto é uma mulher.


Eles entram, tiram seus chapéus. A moça tira seus óculos e pede ajuda ao assessor para tirar o sobretudo. Tony fica em choque com a beleza da moça. Ela vestia um vestido vermelho colante por baixo do grande casaco. A moça percebeu que ele estava admirado e resolveu tirar o coque que usava no cabelo. Antes de alguém falar alguma coisa, ela dá ordens para Mark ir embora, mas que deixe a maleta com ela.


Mark coloca seu chapéu e sai.


– Agora sim, posso me apresentar. - Disse a moça que agora não é mais tão misteriosa.


O computador interrompe dizendo que já sabe quem ela é.


Tony se irrita e diz:


– Eu prefiro que ela se apresente. Deixe a moça falar.


– Meu nome é Eliza Maria Márquez, sou a compradora que gostaria de uma armadura.


– Primeiramente, desculpa, é visível que não estou numa boa fase.


– Eu sei, senhor Stark. Leio jornais e sou uma admirada sua.


– Esses tablóides, querem acabar comigo. Acho que dessa vez conseguiram.


– Não fale assim, todos nós passamos por essas coisas. Mas eu vim aqui tratar de negócios.


Tony não parava de olhar para as belas pernas de Eliza.


– Mas para tratar de assuntos sérios, creio que o senhor deve olhar nos meus olhos. – Eliza chamou atenção dele.


– Ah! Sim, sim, claro. É que eu não esperava...


– Não esperava que uma mulher estivesse disposta a pagar tão caro por uma armadura?


– É, acho que é isso.


– A propósito, quando cheguei, seu computador disse que sabia que eu sou. Uma ótima tecnologia,creio que é por isso que escolhi o senhor. Deixe-o falar o que achou sobre mim, fiquei curiosa.


– Deixo sim, mas só se prometer nunca mais me chamar de senhor e muito menos de Anthony, Stark ou Anthony Stark. Me chame de Tony!


– Tudo bem, Tony. Ela disse com uma voz sexy e perto do ouvido dele.


– Computador, diga o que sabe a respeito de Eliza.

A minha pesquisa encontrou 450 mil citações para Elisa Maria Márquez. Filha mais nova de Otávio Márquez. Nascida em Nova York em 1985, tem 27 anos. É a mais jovem professora de Biomedicina que Harvard já teve. Além de biomédica, é formada em Física. Ela entrou em Harvard aos 16 anos e aos 18 já estava engajada num projeto para achar a cura do Câncer. Já ganhou 8 prêmios internacionais pelo projeto que ainda não está finalizado e recebeu 1 indicação para o prêmio Nobel pelo mesmo motivo.

Eliza fica fascinada como o computador descobriu todas aquelas coisas apenas com um reconhecimento facial.


– É surpreendente, mas existe uma informação importante que o computador não rastreou.


– Qual? – Pergunta Tony intrigado.


– Estou solteira e procuro um namorado.


– Vou memorizar essa informação.


Eliza pega sua maleta, senta no sofá ao lado de Tony e diz:


– Vamos ao que interessa. Estou disposta a pagar a quantia que for necessária para ter uma armadura parecida com a sua.


– Qual o motivo desse interesse?


– Eu sempre fui fã dos super-heróis e gostaria de me tornar uma.


– Acho seu motivo muito vago, senhorita Márquez. Milhões de pessoas lá fora gostariam de ser super-heróis.


– Mas como o seu computador disse, não sou uma pessoa qualquer. Eu luto para salvar esse planeta há anos, claro, de uma forma diferente. Mas eu sei que posso ser útil dessa forma também.


– O que tem dentro dessa maleta?


– Uma das versões do meu projeto contra o câncer. Esse deu errado, mas deu certo.


– Como assim?


– Já vou te dizer, mas antes tenho que te contar o motivo do projeto contra o câncer. Minha mãe morreu quando eu tinha 5 anos, ela morreu de câncer. Meu pai me jogou em um colégio interno para moças na Suíça, eu detestava, mas era melhor do que ficar nas mãos dele e do meu irmão mais velho. Lá eu não tinha amigas, então resolvi me fechar e começar meu projeto contra a doença que tirou a vida da minha mãe e sucessivamente a minha. Quando ela morreu, minha vida acabou, mas vi nesse projeto uma forma de salvar a vida de outras mães e outras filhas que não ficariam sozinhas no mundo.


– Linda iniciativa.


– Um dos meus projetos era aumentar a força das células para combater o câncer internamente. Usei o meu próprio DNA para fazer os testes, mas algo deu errado. Primeiro que a formula ficou restrita ao meu próprio corpo, só fazendo efeito no meu DNA. Segundo, a duração do efeito da droga só é válida por pouco mais de uma hora o que faria a pessoa ter que tomar quase 24 doses diárias. Mas o pior ou melhor dos motivos para esse projeto não dar certo foi a reação que o material causou no meu corpo. Gostaria de ver?


– Confesso que fiquei curioso.


Eliza abre a maleta e injeta, como uma insulina, o material em sua veia. Ela levanta e vai para o centro da sala, onde fica longe dos móveis e objetos. Ela abaixa a cabeça e parece sentir dor.


Tony levanta e fica olhando espantado a cena.


– Você está bem? – Ele pergunta de longe.


Ela está aparentemente normal, mas tropeça pra trás e ao se apoiar no piso, abre uma rachadura que vai dela até o final da parede.


– Estou! – Ela diz ao se levantar.


– Você caiu e rachou o chão. Seu medicamento deu uma super força a suas células. – Disse Tony, assustado.


– Sim! Você gosta desse banquinho? – Perguntou ela.


– Não, acho que ele não combina muito com o ambiente da minha sala.


– Então, olha isso.


Eliza pegou o banco e arremessou pela varanda, ele chegou ao mar.


Tony olhou mais espantado ainda e disse que ela era melhor do que o Hulk.


– Não fica verde, não fica musculosa e continua mais baixa do que eu. – Diz sorrindo.


– É verdade, posso andar assim na rua que ninguém vai perceber. Só se eu quiser arremessar algo ou bater em alguém.


– Se você já tem essa fórmula para aumentar sua força, por que tem interesse em uma armadura?


– Como disse, meu medicamento não dura muito tempo. E se eu estiver no meio de uma batalha e o efeito acabar? Preciso de uma armadura simples, que tenha um GPS, um desses rastreamentos por face e injete automaticamente mais super força em mim.


– Você está decidida mesmo, né? Você quer ser uma super-heroína.


– Sim, pelo menos enquanto o projeto de curar o câncer não dá certo. Preciso salvar vidas de algum modo e é isso que eu tenho até agora.


Tony olha para o chão e olha para o teto, como se estivesse pensando.


– Eu não vou tampar o seu rosto e nem suas pernas. Coisas bonitas devem ser admiradas. – Ele diz e sorri.


Eliza que estava cabisbaixa, levanta a cabeça e dá um grande sorriso.


– Você vai produzir uma armadura pra mim? – Ela pergunta esperançosa.


– Vou!


Eliza fica tão feliz que agarra Tony e o abraça forte. Ele fica meio estático e se deixa abraçar, mas não tem nenhuma reação, alem de sorrir.


– Calma, calma, antes você precisa conhecer algumas pessoas e ser analisada pela S.H.I.E.L.D.


– Eu faço qualquer teste, em qualquer lugar. Marque um encontro e eu estarei presente. Muito brigada, Tony! Você não sabe o quanto estou grata.


Eliza vestiu seu casaco, fez um coque no cabelo, colocou seu chapéu e seus óculos escuros. Antes de sair, agradeceu mais uma vez e deu um beijo na trava na boca de Tony.



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Notas finais do capítulo

Oi, espero que gostem e comentem. Preciso de um incentivo para continuar escrevendo e nada melhor do que dicas, ajudas e elogios sobre a fanfic. Beeijos!



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