Consegui chegar em casa, felizmente sem nenhum acidente. Mas minha cabeça ainda doía.

Precisava pensar, não sabia o que fazer, não sabia se falava com Alice, ou se não contava a ninguém. Nossa como doía a cabeça agora, eu precisava tomar o remédio, mas sabia que ele me nocauteava e não sabia se deveria ficar fora do ar agora.

Fui para o banheiro, tomei um banho frio, e fui respirando e tentando esvaziar a mente.
Comecei me sentir mais calma no controle de mim mesma e desliguei o
chuveiro, fui para o meu quarto, deitei na cama e continuei meu
exercicio de não pensar em nada.

Acabei cochilando.

Sonhei que estava desembarcando em Chicago, me registrando no hotel e entrava em um salão de beleza.

Acordei com meu pai chegando em casa e me chamando. A dor tinha passado.

Comecei a arrumar minhas malas. Depois que viu que eu ganharia a viagem a Europa, Alice abasteceu meu closet com casacos e roupas luxuosas de inverno. Tinham algumas sacolas que ela me deu dizendo que seriam roupas pra se usar em Chicago. Abri essas sacolas e me deparei com vestidos de noite, com decotes, fendas e transparências. Fiquei impressionada com um vestido vermelho, com as costas toda de fora, que descia justo até os joelhos.

Depois de organizar minhas malas, descobri a caixa dos presentes de aniversário.

Peguei e me lembrei da fortuna em presentes que estavam ali. As passagens para Chicago e para Londres, a suíte de hotel que Jasper me deu, a chave do apartamento em Londres, o vale para um carro novo e a caixa de Alice, com os roteiros e os cartões.

Resolvi verificar se o hotel em Chicago precisava de reserva, mas a atendente disse que não, e só me pediu para confirmar a data de chegada para eles estarem preparados, a suíte já estava no nome de Isabella Swan.

Peguei os papéis dos cartões que Alice me deu, e resolvi checar as contas pela internet. Fiquei paralisada quando chequei o primeiro cartão, era uma conta com um milhão de doláres. Eu tinha um milhão de dólares. Não tive coragem de olhar as outras duas contas que Alice me deu.
Coloquei minhas novas posses na minha bolsa e estava tudo pronto para
a viagem.

No fim estava viajando com duas malas grandes, minha bolsa pessoal e uma bagagem de mão.
Nunca me imaginei viajando com mais que uma mochila.

Separei uma roupa leve para chegar em Jacksonville, e peguei minhas pílulas para dor de cabeça no meu criado, me lembrei do cartão preto e rosa que estava ali e o enfiei na minha bolsa.