Novos Ventos escrita por Mariana Moreira


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Sim eu sei que deve ter algum cartaz de 'procurada' espalhado por aí oferecendo uma recompensa pela minha cabeça.
Enfim, vamos ao capítulo e tento me explicar lá em baixo.



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POV Edward


Já faz bastante tempo desde que resolvi abrir mão de Bella.


Pelo menos enquanto ela estiver feliz com aquele Damon.


E Alice disse que as visões que tinha com Bella eram sempre felizes, desde que eu não cruzasse o seu caminho.


Sentia falta de Bella.


Mas eu não podia atrapalhar a felicidade dela assim. Seria muito egoismo meu. Pude ver que Damon realmente a amava e se preocupava com ela. Mesmo tendo mordido ela – o que vi que foi permitido por Bella – ele ainda daria cada gota do seu sangue para protegê-la.


Por mais que eu odiasse isso, e morresse de ciumes, não podia negar que ele era bom para ela.


Bella também tinha mudado. Agora ela era mais segura de si. Desafiava o mundo. Pegava o que ela queria. E também estava mais linda que nunca.


Os cabelos negros, as roupas justas, os saltos altos e a maquiagem, tudo só realçava a beleza dela.


Jasper conversou comigo sobre os poderes que Alice disse que Bella estava desenvolvendo. Ele disse que quando vivia no sul com Maria ela tinha o dom de perceber possíveis “talentos” para transformar em vampiros. E disse que caso Bella um dia se tornasse vampira seria uma das mais poderosas que já tinha existido.


Eu abominava a ideia de Bella como vampira.


Estou numa tentativa de encontrar algo que me desperte a vontade de viver novamente.


Assim que sai de Chicago decidi ficar um tempo na América do sul. Conheci países como Uruguai, Colombia, Equador, Argentina e o Brasil.


Eram todos lugares diferentes.


Depois de todo esse tempo sendo rebelde e me mantendo longe da família comecei a sentir falta deles. Das disputas de força com Emmett, das partidas de xadrez com Alice, da camaradagem com Jasper, do amor de mãe de Esme, da compreensão de Carlisle e até de Rosalie eu sentia falta.


Antes de sair de Chicago Alice me disse que Esme e Carlisle iriam voltar para Forks. Eu não estranhei, afinal de todos os lugares que moramos foi um dos que mais repetimos. Toda a família gostava de lá. Todos no hospital gostavam de Carlisle. E Esme gostava da nossa casa lá.


Então hoje quando estava no aeroporto decidindo o meu próximo destino – Austrália ou Rússia? Não consegui resistir e comprei um bilhete para Washington.


Queria e precisava estar com minha família de novo.


Desembarcando em Seatle recuperei meu carro, o volvo prata que Bella tanto gostava. Sempre que precisava alugar um carro acabava escolhendo esse modelo.


Mas esse era o mesmo que ela andou por tantas vezes. Ainda podia sentir seu perfume dentro dele.


A nostalgia me acertou com tudo o que tinha.


Peguei a rodovia rumo a Forks, a medida em que ia avançando o caminho sentia uma empolgação estranha. Quanto mais verde e chuvosa a paisagem ficava mais eu me sentia ansioso.


Foi quando ao fazer uma curva o choque tomou conta de mim.


Uma caminhonete vermelha desbotada parecia desgovernada. A motorista não conseguia controlar a direção e os freios pareciam ter falhado. Ela ia direto para o penhasco.


Meu choque redobrou quando reconheci a caminhonete, e a motorista.


Bella parecia em pânico ao volante, e tudo aconteceu tão rápido que quando consegui atentar para o desastre já era tarde.


A caminhonete saiu da pista, capotou e despencou pelo penhasco. Quando consegui chegar onde ela caiu, só pude ver a explosão.


Não! A minha Bella não!


Parecia que meu peito tinha explodido da mesma forma que a caminhonete. Meus olhos queimaram e um soluço se formou em minha garganta como se eu estivesse chorando.


Abandonei qualquer fachada e desci o penhasco desesperadamente.


Não podia ser ela. Ela não devia estar em Forks. Eu devia ter confundido outra garota com ela. Charlie deve ter vendido a caminhonete depois que ela foi embora, e era outra garota que eu encontraria morta.


Mil coisas se passavam pela minha cabeça.


E se realmente fosse Bella no carro?


E se ela estivesse morta?


E se ela estivesse tão ferida que não houvesse tempo para levá-la ao hospital? Será que eu teria coragem de a transformar?


Será que ela me perdoaria se eu fizesse isso?


Cheguei próximo a sua caminhonete que estava em chamas. A porta do motorista tinha sido arrancada e ela não estava lá dentro. Provavelmente tinha sido arremessada para fora na queda.


Comecei a procurar em volta da tragédia.


Não muito longe vi seu corpo. Corri para o lugar e congelei tomado por um mix de sentimentos.


Dor, perda, tristeza, desespero, raiva.


Bella estava caída no meio das pedras. Sua perna estava num ângulo impossível. Ela tinha poucos ferimentos visíveis apesar da altura da queda e da gravidade do acidente. Não cheirava a sangue.


Cheguei mais perto dela implorando a tudo em que eu acreditava que ela estivesse viva.


Foi em vão. Ela não tinha batimentos, não respirava.


Com o impacto da queda ela havia quebrado o pescoço.


Desejei nesse momento poder morrer também. Comecei a gritar enquanto agarrava seu corpo sem vida. Nem mesmo meu veneno poderia salvá-la agora.


Não foi para isso que eu deixei Bella há mais de um ano atras. Não foi por isso que aceitei sair de sua vida.


Era para ela ser feliz.


Ter uma vida longa. Ter sangue correndo em suas veias, ficar com as bochechas coradas. Era para ela realizar tantas coisas.


Mesmo me afastando dela, ela ainda assim teve uma morte estúpida dessa.


Me lembrei que Alice havia dito que enquanto eu não cruzasse o caminho dela ela seria feliz. Todo o horror me preencheu quando percebi que eu podia ter causado a morte dela quando decidi voltar para Forks.


Mas agora era tarde.


Peguei o seu corpo com cuidado e escalei de volta o penhasco.


Coloquei Bella deitada no banco de trás do carro e dirigi rumo a Forks.


Tentei imaginar o que faria. Resolvi que iria até o hospital, e falaria com Carlisle. Ele poderia colocá-la no necrotério do hospital e depois ele poderia chamar Charlie e dizer que o corpo foi encontrado num acidente na estrada.


Tudo isso me revoltava.


Eu não queria levar o corpo da garota que eu amo para o necrotério. Não quero ter que ir ao seu funeral.


Eu queria Bella aqui nos meus braços, quente, macia e viva.


Estava chegando em Forks e resolvi ligar para Carlisle. Peguei o celular no porta luvas e comecei a discar.

 - AAAHHRRR!


Sentada no banco de trás do meu carro Bella me olhava assustada.



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Notas finais do capítulo

bem, sei que devo infinitas desculpas a vocês, mas realmente muita coisa aconteceu nesse ultimo mês (tá bom mais sei que foi mais).
Entre coisas com faculdade (eu me formei YEY) e meu emprego no hospital (meu sonho é esbarrar com o Carlisle) ainda fiquei dodói (nada realmente muito grave), tive que me mudar e comecei a fazer pós graduação.
Nessa brincadeira toda, quando percebi já tinha se passado um mês que não postava.
Enfim, agora eu prometo que posto regularmente.
Espero que me perdoem e contiunem comigo até o final ok?!