Novos Ventos escrita por Mariana Moreira


Capítulo 25
Capítulo 25




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/222559/chapter/25

Quando chegamos ao aeroporto Peter já nos aguardava. Como era muita bagagem precisamos de um táxi também.

No hotel tudo era festa. Todos estavam contentes em me ver. Dei o dia de folga pra Amy descansar da viagem apesar dela se opor. Damon me deixou no hotel e depois foi para casa. Ele precisava deixar suas coisas, pegar seu carro ese alimentar.

Resolvi checar as correspondências do período em que estive fora. Eram convites para exposições de arte, catálogos de coleções de roupas, lançamentos de livros. E uma caixa que não precisava ter remetente para que eu soubesse de quem era.

Abri e peguei o cartão.

.

“Bella, desejo que seja infinitamente feliz, independente de com quem esteja. Me desculpe ter te magoado.Sempre te amarei”

.

No pacote tinha uma caixinha de música que tocava a minha canção que ele havia composto. Senti umnó na garganta.

Independente do que sinto agora por Damon, Edward sempre seria um pedaço do meu passado. Me senti aliviada por ele ter entendido que eu era feliz com Damon. Guardei a caixinha dentro do pacote novamente junto com o cartão. Fui até o meu closet e coloquei a caixa no fundo de um maleiro. Não dava para jogar isso fora como também não dava para jogar parte do meu passado fora. Resolvi que era hora de encerrar os dramas da minha vida.

Eu estava prestes a fazer dezenove anos. Sentia que minha vida estava meio que parada. Peguei um pouco de bebida no bar e fiquei olhando as luzes de Chicago.

Eu voltaria para Forks.

E o que eu faria depois?

Fiquei me perguntando o que eu faria. Como eu iria contornar esse sentimento se que faltava algo?

– o que eu vou fazer então? - disse olhando para o nada.

– Que tal aceitar um convite meu?

Me assustei. Não tinha ouvido Damon chegar. Me aconcheguei em seus braços.

– Me desculpe!

– Não, eu estava distraída.

Damon me chamou para sair para jantar. Disse que não estava no pique e preferia ficar em casa. Ele me jogou no ombro e me carregou até o quarto. Depois foi até o closet e me trouxe um pijama e as pantufas de coelhinho. Dei risada. Ele vestiu um dos moletons que comprei para ele e pegou meu Xbox. Jogamos e perdi miseravelmente a maioria das vezes.

– então, o que você quer comer?

– Comida japonesa.

– Vou pegar o telefone.

Damon levantou e foi até a sala pegar o telefone e encomendar nosso jantar. Peguei o controle e comecei a mudar de canal. Encontrei um canal em que passava um episódio de Friends, um dos meus seriados favoritos. Damon voltou e deitou na cama comigo. Era um episódio em que eles iam a LasVegas.

– Você vai gostar de Las Vegas Isa. Os jogos. A música. A bebida...

Refleti sobre Vegas. Além do fator diversão poderia aumentar e muito meus rendimentos. Me pareceu uma boa ideia.

– Seria uma boa forma de comemorar meu aniversário.

– Brilhante! Quando você quer ir?

Pensei bem. Poderia ir a Las Vegas, passar meu aniversário e depois seguir com o plano de ir para casa.

– podemos ir no próximo final de semana. E de lá podemos ir para Forks.

– E você vai dizer a seu pai que seu namorado quer conhecê-lo?

– Não sei, não sabia que tinha um namorado, nem que ele queria conhecer meu pai... - disse fazendo piada.

Damon me beijou e nós começamos a rir. A campainha tocou e ele correu para a porta. Deveria ser o nosso jantar. Peguei meu celular e disquei o numero da casa de Charlie.

– alô?

– Pai!

– Bells! Quando você chega?

– Calma! Como estão as coisas por ai?

– Nada novo Bells. Vou ser nomeado secretário de segurança em Forks. Gostaria que pudessevir para a cerimonia.

– Que ótimo pai! Por que não me ligou contando?

– Apenas fiquei sabendo hoje.

– E quando vai ser isso?

– Em duas semanas.

– Parece que eu adivinhei que precisava estar em Forks, te liguei para dizer que vou passar uma semana em Las Vegas e depois iria para Forks.

– Isso é ótimo Bells! Estou tão animado. Vai ser bom ter você de novo aqui. Sinto sua falta...

– também sinto sua falta pai. Tem outra coisa. Vou levar uma pessoa comigo, algum problema?

– Uma amiga?

– Não, é mais como um namorado pai... ele quer te conhecer.

Damon entrou no quarto carregando uma barca de sushi. Meu pai tinha dado uma engasgada e ficado mudo no outro lado da linha.

– Pai?

– Tudo bem Bells, vou ficar contente em conhecer seu, bem, seu namorado.

– Combinado pai. Te ligo dizendo o dia que chego. Sinto sua falta.

– Também sinto sua falta Bells.

Desliguei a ligação. Damon colocou um sushi na minha boca.

– Contou para seu pai que estamos indo visitar?

– Uhum...

Comemos o nosso jantar e ficamos planejando nossa viagem a Vegas. Quase me esqueci de como o dia foi movimentado.Acabei pegando no sono vendo TV abraçada com Damon.

.

.

.

____________________________

.

.

.

.

Vegas era brilhante!

Todas as luzes, os cassinos, tudo era tentador. Damon tinha cuidado das reservas no hotel e ficamos na suíte presidencial.

– vamos! Vamos! Vamos! - disse para Damon se arrumar para irmos ao cassino.

– Você parece uma criança Isa!

Ainda estava de roupão enquanto terminava de pentear meu cabelo. Mostrei minha língua e atirei a escova nele. Ele gargalhou e entrou no chuveiro.

Olhei para as três malas ainda fechadas e suspirei sentindo falta de Amy para desfazê-las. Fiquei compreguiça de procurar por algo e resolvi usar minhas visões do futuro sobre o que eu iria vestir e em que mala estava.

Me lembrei do vestido vermelho de costas de fora que Alice havia me dado. Calcei com sapatos pretos, puxei meu cabelo todo para o lado e terminei minha maquiagem. Damon terminava de dar o nó na gravata quando entrou dando um assobio.

– Você está incrível! - ele disse beijando meu pescoço e me virando em seus braços.

Começamos a nos beijar de forma quente e intensa. Coloquei minhas mãos em seu peito e o afastei.

– Agora não. Mais tarde.

Ele fez um biquinho mas concordou. Peguei minha bolsa e descemos para o cassino.Todos no salão olharam para nós quando entramos. Formávamos um casal maravilhoso. Senti olhares de cobiça, inveja e curiosidade.

Pegamos bebidas e demos uma circulada pelo salão. Tinham jogos de todos os tipos. Máquinas de caça níquel faziam barulho. Pessoas perdiam e ganhavam em suas apostas pelos diversos jogos.

– Por onde quer começar? - Damon disse no meu ouvido.

Olhei para o futuro e vi que me daria bem na roleta. Fomos até uma mesa. Damon me deu algumas fichas e vi o número 8.

– vermelho oito – disse empurrando todas as minhas fichas para o numero 8 na mesa.

– Tem certeza senhorita? É um aposta bem alta!

Sorri maliciosa para o crupiê. As apostas foram fechadas e a roleta girou. Parou no oito vermelho. Puxei minhas fichas e o que tinha ganhado. Olhei adiante e vi o numero 5 preto. Fiz a aposta e ganhei novamente. Ganhei cinco rodadas seguidas.

Comecei a achar a roleta se graça resolvi procurar outro jogo. Fomos para a mesa de 21. Damon se sentou e jogou junto comigo. Consegui vencer todas as partidas.

Levantei e disse a Damon que iria ao banheiro e voltava logo. No caminho peguei uma bebida da bandeja que um garçom equilibrava para algum outro cliente e sorri para ele.

Estava retocando minha maquiagem no espelho quando tive uma visão de um caça níquel prestes a ser premiado. Resolvi aproveitar e ganhei 500 mil nele. Voltei para a mesa de 21 e sentei no colo de Damon.

– Senhorita Swan?

Um homem de terno azul marinho me chamava. Damon olhou para ele imaginando no que eu teria me metido.

– Sim? - disse fazendo uma cara de inocente.

– A senhora esqueceu sua bolsa nas máquinas. E também precisamos lhe entregar seu premio.

– Oh que distração a minha – disse com um enorme sorriso – obrigada!

Ele me estendeu a minha bolsa e um rapaz de terno vermelho segurava um cheque enorme e brilhante de 500 mil. Olhei para o nome escrito no crachá do homem de azul.

– Você não quer que eu ande por ai carregando isso quer Sr Gonzales? É maior que eu! - disse fazendo uma cara de horror.

– Querida! O cassino precisa tirar uma foto com os vencedores. Vamos sorria!

O sr Gonzales pareceu agradecido com a ajuda de Damon e eu posei para a tal foto. Damon retomou sua atenção para seu jogo. Ele estava ganhando há algumas partidas, cotando as cartas. Só que perdeu a conta quando se distraiu com minha foto e ia perder toda a grana que já tinha ganho porque pensava em pedir mais duas cartas.

– querido, posso? Estou com um bom pressentimento!

Ele assentiu e ficou alisando minhas costas nuas com a ponta dos dedos me causando arrepios deliciosos. Pedi mais uma e só. Ele venceu mais essa rodada e eu disse que estava cansada e queria ir para o quarto olhando para ele com segundas intenções. Ele entendeu o que eu queria, recolheu seu premio e subimos. Assim que entramos no quarto ele me encostou na parede e começamos a nos beijar loucamente. Levantei minha perna e encaixei no quadril dele, nós nos pegávamos com uma intensidade incrível.

Ele me levou para a cama numa velocidade vampírica e beijou minhas costas alternando com mordinhas enquanto tirou meu vestido. Tirou seu terno me olhando fixamente nos olhos.

Nossos corpos soltavam faíscas de luxuria.

– Você me deixa louco...

– é mesmo? - disse ficando por cima dele e beijando seu peito nu. Fui descendo em direção a sua barriga e senti seu corpo se contorcer de prazer.

Fizemos amor loucamente durante o resto da noite.

.

Acordei com Damon beijando meu corpo nu. Era a sensação mais maravilhosa que poderia sentir logo pela manhã.

Me espreguicei e olhei para ele. Seus olhos pareciam se derreter de paixão e desejo. Coloquei minha mão no seu rosto e sussurrei “eu te amo”.

– sabe, estou esperando para ouvir isso de você há algum tempo.

– Eu te amo – repeti para ele alto e claro agora.

Nos beijamos apaixonadamente. Queria passar o resto da minha vida com ele. Ficamos namorando um bom tempo até que o café da manhã que Damon havia pedido chegou.

Comi com apetite e ele me olhava curioso.

– o que foi? - disse confusa.

– Você te ideia de quanto ganhou ontem?

– acho que algo perto de um milhão, sem contar com o que salvei de você perder. Sabe, coisas ruins acontecem com quem é pego contando cartas...

Ele me olhou surpreso. Na verdade ninguém nunca saberia que ele contava as cartas se não pudesse ler a mente dele. Ele era muito rápido e como estava sempre bebendo e parecia distraído as pessoas que ficavam de olho nos “contadores” não o pegavam.

– como você sabe que eu conto as cartas?

– Da mesma forma que ganhei minhas apostas.... - disse com um sorriso malicioso.

Damon pareceu confuso.Passei o resto da manhã explicando para Damon sobre como tinha ganhado e nos arrumamos para sair para almoçar.

O gerente do hotel nos enviou uma garrafa de vinho e imaginei que deveria querer agradar o “jovem casal rico”. Passamos o resto do dia aproveitando o hotel. Tomamos sol e alguns drinques na piscina, depois passei um tempo no spa fazendo algumas massagens eno salão para fazer as unhas. Damon se distraiu vendo alguns jogos no bar do hotel.

Nos encontramos no quarto a noite para sair para jantar. Eu usava um vestido palha longo, tomara que caia de seda esvoaçante. Prendia meu cabelo quandoDamon me deu uma caixinha de veludo vermelha.

– abra!

Abri e tinha uma gargantilha de ouro com diamantes num tom de caramelo caindo em cascata com um par de brincos pequenininhos combinando. Eram lindos e amei. Entreguei a caixa para ele e me virei para que ele colocasse no meu pescoço.

Parecíamos um casal de Hollywood. Ele num belo smoking e eu com meu vestido e minhas novas jóias.Tínhamos feito reserva para o restaurante do hotel mesmo. Não houve uma única cabeça que não se virou para nos olhar quando entramos.

Peguei pensamentos de admiração, cobiça, inveja e curiosidade. Os homens me olhavam com desejo e as mulheres com despeito.

Eu era a mais bem vestida, com as jóias mais bonitas e mais bem acompanhada daquele hotel. Jantamos sobre os olhares de todos os curiosos.

Damon era totalmente atencioso comigo. Me sentia a mulher mais poderosa e feliz da Terra. Recebemos um convite para uma festa no salão do hotel de um empresário importante que ficou nos encarando a noite toda.

Damon me perguntou se eu queria ir, olhei para o futuro e vi que seria interessante.

A festa era algo como uma reunião de negócios de empresários. Tinham suas esposas ou suas acompanhantes e algumas filhas e filhos adolescentes que pareciam entediados de estar ali. Assim que entramos no salão o sr que nos havia convidado veio nos receber.

– fico contente que aceitaram meu convite! Sou Sam Packer – ele disse estendendo a mão para nós.

– Damon Salvatore – ele disse apertando a mão do sr Packer – essa é Isabella Swan.

– Senhorita Swan! É um prazer conhecê-la! - ele disse beijando minha mão.

– Igualmente sr Packer – respondi polida.

– Por favor, me chame apenas de Sam! Venham quero apresentar vocês a algumas pessoas. Ele me pegou pelo braço e Damon olhou divertido para a situação. Sam nos apresentou a alguns amigos, a maioria era empresários donos de escritórios, construtoras e corretoras. Suas esposas ficavam enciumadas mas eram educadas comigo. Algumas olhavam cobiçando Damon.

Sam nos pediu licença e foi dar atenção a outros convidados. Garçons serviam champanhe e fiquei um pouco frustado por não ver algo mais forte circulando. Damon me tirou para dançar e deslizamos pela pista rodopiando entre casais.

Sam bateu no ombro de Damon e pediu permissão para uma dança. Damon assentiu e me passou a Sam meio a contra gosto.

– Você dança muito bem senhorita Swan!

– Por favor, pode me chamar de Isabella. - disse entrando no jogo dele.

– É uma jovem encantadora também. Espero que seu acompanhante não se importe de roubá-la por uma ou duas danças.

– De forma alguma – disse com um sorriso doce.

Sam tinha varias coisas passando pela cabeça. Ele tinha conseguido levantar informações sobre mim e Damon. Descobriu que eu era a filha do secretário de segurança de uma cidadezinha em Washington, que morava no mais caro hotel de Chicago, e possuía uma pequena fortuna. Sabia que eu estava envolvida com Damon a pouco tempo. E que ele herdara negócios da família e os administrava. Para ele eramos um jovem e interessante casal rico. Dançamos por três músicas e a banda fez uma pausa. Damon se aproximou e Sam se desculpou porter me roubado por tanto tempo. Ele se foi para dar atenção aos outros convidados.

– quero ir embora, mas vai parecer um acontecimento... resmunguei para Damon.

– Eu também – ele sussurrou e piscou para mim.

Damon me pegou pelo braço e começamos a circular pelo salão displicentemente. Em cerca de cinco minutos tínhamos saído de lá e pegávamos o elevador dando risada.

– amanhã mandamos uma caixa de charutos ou uma garrafa de bebida com um cartão de desculpas - ele disse.

– Não me importo – disse rindo e beijando Damon.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Novos Ventos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.