Novos Ventos escrita por Mariana Moreira


Capítulo 20
Capítulo 20




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POV Damon

– Você está mesmo apaixonado por ela...

– irmãozinho, tenho outra questão para você. O que você diria se eu te contasse que descobri vampiros diferentes de nós. Vampiros que não tem sangue, não tem batimentos cardíacos, são frios e tem olhos dourados...

– eu diria que a paixão está te deixando com a imaginação solta.

– Pois bem, Isabella é a ex namorada de um vampiro assim. E tem uma melhor amiga vampira assim. E ela aparentemente pode ler mentes.

Stefan começou a rir. Para falar a verdade nem eu conseguia acreditar totalmente nisso tudo. Mas eu ouvi da boca da vampira o que ela era.

E do que Isa era capaz.

– você está me dizendo que a garota dormindo no seu quarto pode ler mentes? E que ela tem envolvimento com esses vampiros diferentes?

– Exato Stefan!

Contei a ele tudo que ouvi hoje no hotel. E das minhas tentativas frustadas de manipular a mente dela. Stefan não acreditou muito nisso. Sugeriu tentar entrar na cabeça dela para tirar a prova. Não permiti pois não queria que ela acordasse e ela estava cansada.

– quem diria Damon, que você ficaria tão protetor assim.

– É verdade irmãozinho – disse enquanto pegava uma bolsa de sangue e a esvaziava – vou voltar para cima, não quero deixá-la sozinha.

Stefan estava procurando algo na estante de livros antigos da família, talvez numa tentativa de encontrar algo sobre os Cullen.

Isa dormia calmamente. Seu celular tocou, e era Alice.

Resolvi atender.

– Alice, sou eu Damon. Isa não queria ficar no hotel e trouxe ela para minha casa, ela está dormindo.

– Oi Damon. Ela está bem?

– Sim, só está cansada. Realmente a manhã dela foi conturbada. Amanhã levo ela para o hotel.Você quer que eu passe algum recado para ela?

– Peça que me ligue quando acordar. Até Damon!

– Até Alice.

Stefan entrou no quarto com um livro nas mãos.

Peguei e li o que dizia. Aparentemente, os Cullen eram um tipo de vampiro antigo, mais que a nossa espécie, talvez mais letal. Nossa espécie foi criada a partir de um ritual de uma bruxa, e para se criar outro vampiro você precisa passar o sangue da sua linhagem para outra pessoa, que deve morrer com esse sangue nela.

Os Cullen eram os vampiros 'venenosos', sua mordida infectava a vitima, e a pessoa precisava apenas ser mordida para se transformar. O veneno secava e endurecia o corpo da pessoa, tornando-os duros e frios.

Enquanto nós poderíamos nos alimentar de uma mesma pessoa várias vezes sem criar um vampiro, eles só tinham a opção de drenar a vítima até a morte, ou mordê-la e deixar que o veneno a transformasse.

– é engraçado, enquanto o nosso sangue consegue curar e salvar a vida de alguém, eles produzem veneno que liquida sua fonte de comida.

– Isso não é engraçado Damon.

– É no minimo interessante Stefan.

– No minimo interessante...

– onde esta Elena?

– Já está dormindo. Vamos voltar para Mystic Falls amanhã.

– Mas já irmãozinho?

– Sim, só viemos passar o fim de semana Damon. Elena tem escola na segunda-feira.

Stefan saiu do quarto.

Fiquei pensando nos Cullen. E em Isa.

Como eles conseguem conviver com ela com esse cheiro de sangue tão tentador? Alice parece não se sentir incomodada com ela ou seu cheiro. E como ela pode ter namorado um vampiro que podia matá-la com uma mordida inocente?

Acabei dormindo no sofá pensando em teorias.

POV Isabella

Acordei meio perdida, a ultima coisa que me lembrava era de estar entrando no carro com Damon.

Agora estou deitada numa cama, será que estou no quarto dele? Me sentei tentando me situar e estava sozinha no quarto.

Vi a porta do banheiro aberta e resolvi me levantar e lavar o rosto. Estava me sentindo bem. Apesar do dia de ontem, estar aqui fazia parecer que nada podia me atingir.Encontrei minha bolsa de higiene no banheiro. Lavei o rosto, escovei os dentes e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo.

Quando abri a porta do banheiro Damon estava lá parado e quase cai com o susto.

– calma! Te peguei. - Damon disse me apoiando.

– desculpa, estava distraída.

– Fui buscar seu café. Você não comeu ontem.

Tinha uma bandeja com frutas, iogurte, suco e pãezinhos.Realmente hoje eu estava com fome. Damon comeu um pouco das frutas e me deu algumas na boca. Ele não parou até que eu tivesse comido de tudo. Ele parecia preocupado, mas ao mesmo tempo aliviado.

– Alice te ligou ontem a noite. Não quis acordar você e achei que ela ficaria preocupada se você não atendesse e falei com ela. Ela pediu que você retornasse a ligação

– obrigada.

Damon me deu um beijo na testa enquanto levava a bandeja embora.

Peguei o celular e disquei paraAlice.

– Bella?

– Sim Alice.

– Como você está? Por que não ficou no hotel?

– Estou bem. Não queria ficar no hotel onde seu irmão sabia onde me achar. Estou com Damon,estou bem.

– Bella, não gosto disso. Você nem conhece esse Damon direito...

– Eu pensava que conhecia seu irmão e olha a situação que estamos.

– Por que você não conversa com ele, deixa ele falar o que quer com você, e depois...

– Alice, não vou falar com ele. E se você continuar a insistir nisso não falo mais com você também. Não quero mais discutir isso com você.

Desliguei o telefone. Não queria acabar realmente brigando com Alice. Muito menos na casa de Damon.

Ele tem sido maravilhoso comigo. E ainda não saiu correndo depois de toda essa confusão.

Talvez eu devesse retomar minha vida e parar de deixar Edward se meter nela. Levantei e comecei a descer procurando Damon. Ele estava parado no pé da escada. Faltando alguns degraus pulei e ele me pegou no colo. Passei as pernas em sua cintura e começamos a nos beijar. Ele me carregou até o sofá e me sentou em seu colo.

– como é que sempre acabamos nesse sofá? Só espero que hoje seu irmão não nos interrompa.

– Não – ele disse me dando beijinhos – Stefan voltou para casa.

– Hummm....

– o que você quer fazer hoje?

– Não sei...

– Que tal irmos há um lugar que conheço, é fora da cidade.

– Eu topo! Mas posso pedir algo?

– Você pode pedir tudo o que quiser!

– Posso dirigir?

Ele levantou do sofá comigo no colo, pegou a chave do carro no aparador e me entregou. Era incrível a confiança que pareciamos ter um pelo outro. Subi para o quarto de Damon, me troquei. Ainda bem que Amy preparou uma muda de roupa decente. Fucei na minha bolsa e encontrei meus óculos de sol. Damon perguntou se eu estava pronta e descemos as escadas. Ele foi para o lado do motorista e fiz um biquinho...

– só estou abrindo a porta para você Isa.

– Obrigada! - fiquei na ponta dos pés e dei um selinho nele.

Dei a partida no motor e me senti incrivelmente viva. Não sabia que sentia falta de dirigir assim. Talvez devesse providenciar um carro para mim. Damon me disse que caminho pegar e depois de cerca de meia hora dirigindo pela rodovia chegamos a um bar de beira de estrada.

– não julgue ainda!

– Não disse nada...

– mas pensou!

– Você não sabe o que pensei – acusei

Ele apenas me deu um de seus sorrisos tortos. Entramos no bar. Era um lugar interessante. Tinha uma mesa de sinuca, aquela máquina antiga de música, que você paga com moedas.

No canto tinha alguns homens jogando cartas.Todos pareciam com homens de negócio, usando ternos e bem arrumados.Um bar com uma garçonete de cabelos vermelhos.

Ela sorriu quando viu Damon.

– você anda sumido querido! - era impressão minha ou ela se insinuou para ele?

– Lucy! Essa é Isa – ele me puxou pela cintura e me beijou no pescoço.

– Bem acho que perdi a partida então gatão. Oi Isa!

– Oi!

Não gostei muito dela se jogando em cima de Damon. Peguei uma nota na minha bolsa e pedi que ela me pegasse uma cerveja e me desse o troco em moedas para a máquina de música. Peguei a longneck, as moedas e coloquei uma pequena seleção de Gun's in Rose - November Rain, Pacient, Dont Crye.

Me distrai olhando o mural com recortes de noticias, anúncios e fotos quando Damon me surpreendeu enlaçando seus braços ao meu redor.

– você tem um bom gosto para música.

– E você tem uma amiga atirada – disse secando minha cerveja e indo para o balcão pegar outra.

Não acreditei em mim mesma tendo uma crise de ciumes dessa. Vi um cigarro de menta e acendi um,depois voltei até Damon. Ele me olhava meio espantado com minha atitude rebelde. Eu sorri provocativa.

– mesmo ficando incrivelmente sexy com esse cigarro na mão, você não deveria fumar.

– Eu não deveria fazer muita coisa...

Dei mais um trago no cigarro, apaguei ele num cinzeiro, e dei um beijo provocativo nele.

Começou a ficar quente e quando notei tinha empurrado Damon para o banheiro. Coloquei minhas mãos espalmadas no peito dele, me afastei e voltei para o salão .

Passamos o resto do dia jogando sinuca, ouvindo músicas antigas, comendo sanduiches e até me arrisquei na mesa de cartas.

Foi ótimo ver a cara dos homens de negócio quando disse que queria jogar. E foi melhor ainda ver a cara deles quando ganhei.

Resolvemos ir e também foi ótimo sentir a inveja e ciumes de Lucy. Assumi o volante e peguei a rodovia de volta para Chicago.

O sol começava a se por.

Coloquei em uma estação que tocava um rock, abaixei os vidros e coloquei os óculos de sol. Damon tinha umsorriso divertido nos lábios e eu me sentia feliz pelo dia que tinha passado com ele.

Cantarolava a música que tocava no rádio e me inclinei para dar um selinho em Damon.

Quando olhei de volta para a estrada um Volvo prata acabava de me cortar.

Puxei o volante e pisei no freio em choque.


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