Harry Potter e o Estigma da Serpente escrita por JMFlamel


Capítulo 48
Shicho Parte 2: Invasão


Notas iniciais do capítulo

Graças ao bem arquitetado plano dos nossos amigos, a invasão de Hogwarts está sendo frustrada e o ataque à "Cidadela de Bóreas" teve início. Combates, perigos e baixas de ambos os lados, além de revelações.



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CAPÍTULO 47

 

SHICHO PARTE 2: INVASÃO

Hogwarts.

Assim que passaram pela porta, os invasores perceberam que alguma coisa estava errada ou, pelo menos, não estava saindo como haviam planejado.

Estavam em uma enorme sala totalmente escura, exceto por uma pequena vela no centro, ao redor da qual todos eles se encontravam. Nenhum deles estava entendendo coisa alguma.

—Estamos todos aqui no mesmo lugar, mesmo que tenhamos vindo de locais diferentes. _ disse Daphne _ Têm alguma ideia do que aconteceu, Maxwell, Vernard, Steadman?

—Nenhuma, Daphne. _ responderam _ simplesmente passamos pelas portas, como havia sido planejado. Quando nos demos por conta, estávamos todos aqui.

—Certo, certo. Mas onde diabos é “aqui”? Como viemos parar todos no mesmo lugar? _ Daphne Cornwall começava a ficar nervosa.

—Entramos por diferentes portas. _ disse Croydon _ Mas convergimos todos para o mesmo lugar. Talvez seja um novo Feitiço de Segurança, mas não fomos informados dele. Fiquem atentos e tenham as varinhas prontas.

Naquele momento, ouviu-se uma voz.

— “Vocês estão exatamente onde nós queremos. Rendam-se agora e não vão se machucar.

Tentaram localizar de onde vinha a voz, mas não conseguiram.

—Alguém está brincando conosco, usando o Jutsu da “Voz Que Vem de Todos os Lados.” _ disse Lyla _ Mas isso é uma técnica da Escola de Togakure e exige bastante habilidade. Quem poderia fazer isso, a não ser...

— “Qualquer um de nós, seus idiotas. Já se esqueceram dos Inseparáveis, os Musashi e os Novos Marotos?” _ daquela vez era outra voz, uma voz de adolescente.

O lugar em que estavam iluminou-se de repente, deixando todos ofuscados com o clarão. Quando os olhos dos invasores se acostumaram com a claridade, viram que estavam no Salão Principal, com as mesas afastadas para os cantos e viradas como barricadas.

—Acho que caímos em uma armadilha. _ disse Portman _ Alguém já sabia de tudo e preparou o terreno.

—Acredito saber o que foi que utilizaram. Existe um feitiço pouco conhecido, chamado “Transporte de Convergência”, que pode ser aplicado em várias portas, fazendo com que quem passe por elas seja magicamente transportado para um destino à escolha do bruxo que o lançou. _ disse Vernard.

— “Isso mesmo. E torno a repetir o aviso. Rendam-se ou vão se arrepender de terem invadido Hogwarts.”

A luz forte diminuiu, até chegar ao ponto da iluminação normal das velas mágicas. As portas do Salão Principal abriram-se, dando passagem a um contingente de professores, alunos e aliados. Os invasores estavam cercados.

—Rendam-se agora. _ disse Gina, com a varinha apontada para Croydon.

“Cidadela de Bóreas”, Círculo Polar Ártico.

Assim que o submarino atravessou a enorme passagem ela se fechou atrás dele, que começou a navegar em um lago sob um céu de puríssimo azul, com uma temperatura bem mais amena do que a do lugar que haviam deixado para trás. No pequeno terraço da torre de observação, “Escuridão” se fazia acompanhar pelo Capitão Balfour, ambos já sem os casacos de neve. O bruxo vestia o uniforme de submarinista do Círculo Sombrio. A uma certa distância, uma grande ilha ocupava seu campo de visão, com uma falésia sobre a qual assentava-se um castelo. A base principal do Círculo Sombrio.

—Como é possível haver uma área assim, com essa temperatura agradável, em pleno Circulo Polar Ártico? _ perguntou o Capitão Balfour.

—Eis mais um dos prodígios da magia, meu caríssimo Capitão. Uma  passagem para um espaço magicamente ampliado, assim como vários outros ao redor do mundo.

—Tipo o Beco Diagonal, em Londres? _ perguntou o Capitão.

—Exatamente. _ respondeu “Escuridão” _ O senhor já esteve lá?

—Uma vez, há cerca de uns três anos. Quando tomei contato com o mundo bruxo e recebi um Cartão de Acesso Nível 4, o chefe de um dos departamentos do Ministério da Magia me convidou para almoçar no Caldeirão Furado e de lá fomos dar uma volta no Beco Diagonal. Fiquei maravilhado com a variedade de estilos de construção e o colorido das lojas.

—É, o lugar é lindo. _ concordou “Escuridão” _ E até mesmo a Travessa do Tranco, a área mais “boca-braba” do Beco, tem lá o seu charme, nem que seja para os bruxos das Trevas. Estamos chegando, vai ser necessário uma curta submersão.

Entraram e fecharam a escotilha. O “Audacious II” submergiu e atravessou um curto túnel, emergindo em um espaçoso ancordouro. Ali, sob a mira das varinhas e das armas de fogo, a tripulação foi conduzida a um enorme salão, um magnífico anfiteatro. Deixando os prisioneiros sentados em cadeiras já reservadas para eles, “Escuridão” subiu ao estrado e ocupou seu lugar em um parlatório com o formato de uma serpente, tendo “Viper” e Svetlana a seu lado.

—Senhoras e senhores da Royal Navy, membros da tripulação do HMSAudacious II”, sejam bem-vindos à “Cidadela de Bóreas”, a base principal do Círculo Sombrio. Como podem ver, só existe um meio de entrar e sair deste espaço mágico no qual estamos e é por aquele portal. Para abri-lo não basta ter poderes mágicos, é preciso conhecer o encanto correto e ter uma chave. Portanto, percam quaisquer esperanças de uma operação de resgate lá de fora. Mesmo que uma força externa conseguisse passar pelo portal, seria imediatamente detectada pelo nosso Sensor de Atividades Mágicas, muito mais potente do que aquele que existe em Azkaban.

Tomou um gole de água e continuou.

—Acredito que haja bruxos entre a tripulação, mas devem ter deixado as varinhas no submarino. Melhor assim, pois qualquer tentativa de reação seria inútil. Não tenho a menor intenção de feri-los, preciso dos senhores para instruir nosso pessoal na operação do “Audacious II”. Depois disso, quem sabe, até poderemos encontrar lugar para os senhores em nossa organização. Aceitaremos de bom grado os que forem voluntários e, quanto aos outros, talvez Feitiços de Memória ou Maldição Imperius. Vejam que estou evitando a todo custo ter que matá-los sem necessidade, não pretendo derramar sangue inutilmente, quer bruxo, quer trouxa.

Naquele momento, um Tenente saiu do meio dos prisioneiros e adiantou-se, ficando um passo à frente do grupo.

—Olha, bruxo mau, acho que você vai ficar decepcionado.

—Quem é você, Tenentezinho insolente? Por acaso faz alguma ideia de com quem está falando?

—Bem, você escolhe. Bruxo pretensioso, que ignora o óbvio, Bruxo que deixa o orgulho cegá-lo, Bruxo que já foi feito de idiota pela Ordem da Fênix não só uma, mas várias vezes. Poderia enumerar outras “qualidades”, mas essas três deverão bastar, por enquanto. E antes que você pergunte novamente, “Revertere ad Forma Mea!

Diante do olhar estupefato de “Escuridão”, envergando o uniforme de Tenente da Royal Navy, estava...

—Harry Potter! Eu deveria saber que você tentaria atrapalhar meus planos, maldito Testa Rachada. Mas como foi que o Sensor... não, espere. Aquela $%&*#!!! daquela sua varinha de Mirtheil para Aurores, não é? Ou aquele anel com cerne mágico? Mas não importa. Sozinho ou com poucos você não vai conseguir fazer nada.

—E quem disse que somos poucos? “Revertere ad Forma Vostra!

À exceção do Capitão Balfour e de alguns Oficiais, todos os outros mudaram de aparência. No meio da pequena confusão que se instalou, ninguém percebeu que duas pessoas executaram Feitiços de Transfiguração Completa assim que Harry desfez o geral. Uma delas era Janine, reassumindo a aparência da Profª Guise.

A outra era um tripulante que assumindo outra aparência, ocultou-se nas sombras, até o momento em que precisasse agir.

—Uma bela reunião de pretensos heróis bruxos e trouxas. Mas, mesmo assim, vocês ainda estão em minoria. Não têm a menor chance de sustentar um combate.

Mal “Escuridão”concluiu a frase, uma sirene começou a soar. O alarme geral da “Cidadela de Bóreas”, que havia sido instalado sem a menor pretensão de que, um dia, tivesse que ser acionado.

Hogwarts, Salão Principal.

—Então vocês organizaram uma resistência? _ perguntou Daphne, apontando a varinha para Gina _ Pois não vai adiantar de nada, estamos em grande número e somos bem treinados.

—E acham que são páreo para nós? _ perguntou Snape, saindo das sombras.

—Severo Snape. _ disse Christian Rosier _ Você deu as informações a “Olho-Tonto” Moody, que matou meu avô. Está na hora de retribuir o favor!

—Ora, ora. Você é neto de Evan Rosier, bem que eu reconheci os traços. E aí, vai tentar tirar um naco do meu delicado nariz, como ele fez com Moody, antes de morrer?

—Vamos deixar de palhaçadas. _ disse Daphne Cornwall, mantendo a varinha em riste _ Viemos tomar Hogwarts e ninguém nos deterá. Aconselho a senhora a baixar a varinha e se render, Dra. Potter. Caso contrário, poderá perder mais uma criança.

—Isso você jamais conseguirá, bruxinha pretensiosa. _ disse Gina.

—Rendam-se enquanto podem. _ disse Snape _ Nossa paciência não vai durar para sempre.

—Jamais sem luta, traidor do Lorde das Trevas! _ exclamou Rickman, apontando sua varinha para Snape e disparando seu feitiço _ “ESTUPEFAÇA!

O Feitiço de Estuporamento foi facilmente bloqueado por Severo Snape, mas foi o bastante para deflagrar o combate.

— “EXPELLIARMUS!” _ pega de surpresa, Gina viu sua varinha saltar de sua mão. Mas Croydon não contava com a agilidade e o treinamento Ninja da professora grávida.

— “ACCIO VARINHA!” _ a varinha logo retornou para a sua mão, logo disparando seu feitiço _ “ESTUPEFAÇA!

Croydon mal teve tempo de se defender com um “Deflexio”, desviando o raio estuporante de forma aleatória, tendo sorte. Lilá foi atingida e caiu deitada. Mas o bruxo não teve tempo de comemorar. Uma ardência e uma sensação molhada no pescoço, seguida de um torpor, confirmou que havia sido atingido, não por um reitiço direto, mas por uma esfera de Airsoft enfeitiçada. A pontaria de Duda Dursley não falhara, colocando por terra aquele que havia estuporado sua esposa. Mudando de posição para não ser localizado, ele logo nocauteou mais dois operativos do Círculo Sombrio. O primo de Harry Potter era praticamente um Sniper.

— “ENERVATE!” _ exclamou Simone, reanimando sua mãe. Logo Lilá estava de volta ao combate.

—Excelente, prima! _ Tiago subiu correndo por uma coluna, tão facilmente como se estivesse no chão. Um salto e aterrou logo atrás de Portman, pressionando um nervo no pescoço do sonserino. Mas, com o treinamento que teve, o jovem esquivou-se o suficiente para que a pressão não o desacordasse.

—Andei aprendendo algumas coisas, Potter. _ disse Portman, girando o corpo, colocando-se em posição e atacando Tiago com um Matipong Tyuan (Golpe do Cavalo Destruidor).

—Você melhorou, mas continua previsível e cheio de brechas. Acho que está na hora de descansar um pouco. _ disse Tiago.

O filho de Harry Potter desviou-se facilmente e atingiu o diafragma de Portman com um Empi, tirando-lhe o ar. Em seguida, aplicou uma rasteira e, quando o outro estava no chão, disparou um “Morpheus” e manietou o jovem com cordas mágicas, produzidas por um “Incarcerous” (“Isso não vai prendê-lo por muito tempo. Já, já alguém vai libertá-lo”, pensou Tiago).

Os poderes de vidência de Ayesha davam a ela uma boa vantagem, permitindo à bruxa antecipar os movimentos dos seus adversários, embora este estivesse sendo particularmente difícil (“Já saquei, esse sujeito deve ser muito bom em Legilimência, está lendo minha mente sem que eu perceba. Mas agora ele perdeu a vantagem, pois já adquiri a maior arma, o conhecimento”, pensou ela).

— “PETRIFICUS TOTALUS!!” _ tendo perdido o elemento surpresa, o bruxo do Círculo Sombrio foi um alvo fácil.

—Estamos ficando meio que em desvantagem aqui. _ McMurdo estava começando a se preocupar. Nesse meio tempo, um punho saiu das sombras e golpeou seu rosto. Em seguida, foi estuporado. Saindo em outro ponto, Cassandra estava satisfeita. Havia aprendido muito bem as lições de seus pais.

—Nós não estamos vencidos, gente! _ exclamou Lyla _ Estou certa de que o “Avatar das Trevas” tem um plano para nos fazer recuperar a vantagem. O que o senhor poderá fazer?

—Nada, Lyla. _ respondeu o “Avatar”.

—Como assim, “nada”? _ Lyla estava surpresa _ O senhor não vai nos ajudar?

—Olha, Lyla, eu lamento mas não vai rolar. Inclusive, acho que está na hora de darmos um fim nisso. _ disse o “Avatar das Trevas”, sua voz soando com um eco metálico por dentro da máscara de prata _ Como havíamos treinado, jovens do escalão de apoio, AGORA!

Os membros do escalão de apoio, que estiveram lutando contra os defensores de Hogwarts, voltaram suas varinhas para os operativos do Círculo, pegando-os de surpresa.

—Não acredito! _ exclamou Daphne Cornwall _ O senhor nos traiu!

—Garota iludida. _ disse o “Avatar” _ Há um bom tempo que “Escuridão” já não mais me domina. Vocês caíram em uma muito bem elaborada armadilha. Rendam-se e não sofrerão... muito.

Mas Croydon deu um sorriso perverso e apontou sua varinha para a porta do Salão Principal.

— “BOMBARDA MAXIMA!!” _ o feitiço de Ralph Croydon pulverizou as portas, permitindo a entrada de um contingente de uns cem operativos bruxos e trouxas do Círculo Sombrio.

Cidadela de Bóreas”, Ártico.

Enquanto a sirene soava, “Escuridão” pegou um comunicador e entrou em contato com seu Chefe de Segurança.

—Espinosa, o que está acontecendo?

—Estamos sendo atacados, SeñorEscuridão”. _ respondeu o bruxo espanhol para seu líder _ E é um ataque em larga escala, Jefe. Conjure uma tela mágica e veja por si mesmo!

—É exatamente o que vou fazer. “CINESKOPIA!

Na tela mágica, “Escuridão” olhava a cena, boquiaberto. Lanchões de desembarque, esquadrilhas de bruxos em vassouras e de trouxas em Jetwings, até mesmo dois pequenos aviões, despejando um contingente de paraquedistas.

Los hijos de la chingada estão prestes a desembarcar, Jefe! Estamos mobilizando as defesas, mas o combate vai ser duro! _ exclamou Espinosa.

—Não deixem que passem da praia! _ exclamou “Escuridão”.

—Desista, “Escuridão”. _ disse Harry _ Entregue-se e evite um derramamento de sangue inútil.

—Se houver derramamento de sangue aqui então o seu será o primeiro, Harry Potter! “AVADA KEDAVRA!

— “AGNI CHAKSHU SHIVA, BHASMASAYA ANDHAS AGHA SARPAH!!!” Mas você não aprende mesmo,hein? _ com o “Olho de Shiva”, Harry defletiu a Maldição da Morte e a batalha começou. Harry utilizou Feitiços de Mudança de Roupas e aqueles que possuíam treinamento Ninja, tiveram seus uniformes da Royal Navy transfigurados para trajes Ninja completos e os outros para uniformes de combate leves, de Dri-Fit e tecido Ripstop, com coletes táticos, protegidos contra Feitiços de Combate. Infelizmente não era possível proteger contra “Cruciatus” e “Avada Kedavra”.

Outro feitiço trouxe o armamento de todos eles, que estivera armazenado em um espaço fractal mágico. As varinhas foram parar nas mãos de seus donos e os trouxas puderam novamente empunhar suas pistolas e submetralhadoras. Não havia bloqueios contra armas de fogo na “Cidadela de Bóreas”, pois eles também acabariam por atingir as armas dos operativos do Círculo Sombrio.

O próprio Harry levava equipamento completo, pois além de sua varinha e anel (não que precisasse, graças aos seus poderes de Magid) ainda portava a “Espírito do Artífice” e uma pistola, desta vez não sua Mini-Glock .380 com munição sedativa mágica, mas uma SIG-Sauer P226 9 mm, com munição real e alguns carregadores de reserva. A situação assim o obrigava.

Os operativos do Círculo tentaram por todos os meios impedir o desembarque da Força-Tarefa, mas já era tarde. Os paraquedistas já haviam aterrado nas ameias, as vasssouras e as Jetwings haviam pousado em vários pontos do pátio do castelo e os lanchões despejavam o seu mortífero efetivo na praia, subjugando os bandidos, que não puderam se valer do elemento-surpresa. Mas não o fizeram sem baixas, já que o Círculo Sombrio não tinha a intenção de fazer prisioneiros.

—Mas como é que o Sensor de Atividades Mágicas não detectou a presença de tanta gente? _ perguntou “Escuridão” _ Ele deve ter apresentado algum defeito ou então... mas é claro! Só pode ter sido sabotagem. O espião que eu desconfiava existir finalmente fez seu movimento!

Dos lanchões desembarcaram militares trouxas fortemente armados e vestindo coletes à prova de balas, com proteção mágica contra feitiços, além de bruxos que disparavam certeiros feitiços de combate. Os fuzis e submetralhadoras cuspiam munição real e deixavam um rastro de morte na praia, pois era uma situação de guerra e os pistoleiros do Círculo também não economizavam tiros, já que haviam recebido ordens de não fazer prisioneiros.

—Vamos lá, gente! Isso não tem muita diferença de subir o morro, o que nós fazemos quase todos os dias! _ incentivava o Tenente-Coronel Nogata, que liderava a tropa do BOPE que desembarcou juntamente com os COMANF. Essas tropas, juntamente com os elementos do SAS e dos Rangers, chegaram ao sopé da escarpa e lançaram os arpéus, logo começando a escalar e atingir o seu cume. Pelas entradas secretas que conduziam a um conjunto de galerias, avançaram os SEALs e GSG-9. Nesse meio tempo, a cabeça-de-ponte no pátio e nas muralhas, a comando de “Olho-Tonto” Moody,  já se estabelecia.

Salão Principal de Hogwarts.

—Estão chegando reforços do Círculo! _ exclamou Angelina apontando para a porta _ E muitos estão com armas de fogo!

—Não podemos deixar que comecem a atirar! _ Gina avisou os outros, que logo apontaram as varinhas para os bandidos _ Vamos deixá-los mais... leves.

— “COMMEATUS EVANESCO!!!” _ pelo menos vinte varinhas dispararam o feitiço, bradado em uníssono. A munição de todas as armas de fogo desapareceu.

—Pronto. _ disse Amanda _ Agora que usem as armas como tacapes, se quiserem.

Waverly apontou a varinha para Albert Pettigrew, pensando que o filho de Wormtail seria uma presa fácil.

—Seu traidor de &*%$#!!! Vou fazer com que se arrependa de ter mudado de lado!

—Pare de falar besteiras, Waverly. _ disse Pettigrew _ Nunca me senti tão bem, desde que eu e Tiago resolvemos nossas diferenças.

—Famosas últimas palavras. “AVADA KEDAVRA!

A Maldição da Morte disparada por Waverly não teria força suficiente para matar Albert Pettigrew, mas o jovem não estava disposto a arriscar sequer um sangramento nasal. Estourando uma bola de um Chiclete de Fuga, realizou uma Desaparatação de Curta Distância, reaparecendo à esquerda do adversário.

— “MORPHEUS!” “INCARCEROUS!” Assim eu evitarei que você cause perigo para si e para os outros. “MOBILICORPUS!” _ Albert conduziu o colega desacordado para uma sala, onde o trancou _ Fique por aí. Se tiver sorte, este combate vai terminar antes que você acorde.

O Salão Principal foi ficando pequeno para aquela batalha, que começou a se estender para os corredores, pórticos e pátios, iluminados pelas tochas e pelos clarões dos feitiços. Naquele momento, Adriano e Nereida chegaram a uma conclusão em comum.

—Dri, aqueles reforços do Círculo não podem ter simplesmente aparatado ou vindo com Chaves de Portal.

—Tem razão, Ne. “IMPEDIMENTA!” _ disse Adriano, enquanto fazia uma pistoleira voar longe com uma Azaração de Impedimento _ Hogwarts tem um Bloqueio de Aparatação fortíssimo, que foi estendido contra Chaves de Portal.

—Isso mesmo. “CULEX!” _ Nereida conjurou uma nuvem de mosquitos a qual envolveu dois bruxos, atormentando-os _ Aqui dentro só podemos usar Chicletes de Fuga, pois são uma forma mais leve de Aparatação Élfica, eficaz em curtas distâncias.

—Isso quer dizer que eles devem ter encontrado algum tipo de caminho. Mas por onde seria... ei, espere! Só há um lugar onde poderia haver uma passagem do exterior para cá.

—Quer dizer, a Sala Precisa? _ perguntou Nereida _ Mas é claro! Se houver uma passagem, só pode ser lá! Vamos, Dri.

Neutralizando operativos do Círculo Sombrio à medida que progrediam, Nereida e Adriano chegaram ao corredor do sétimo andar, em frente à tapeçaria onde Barnabás, o Amalucado, tentava ensinar balé a um grupo de trasgos. Adriano concentrou-se em sua solicitação (“Preciso encontrar um depósito de coisas perdidas, no qual haja uma maneira de comunicar Hogwarts com o exterior”, pensou ele), mas nem foi preciso.

—A porta está visível. _ disse Adriano _ Isso quer dizer que ainda deve ter alguém na sala.

—Vamos tomar cuidado, pois pode haver mais de uma ou duas pessoas lá dentro. _ disse Nereida, em voz baixa _ Mantenha a varinha pronta.

Abrindo cuidadosamente a porta, o casal entrou na Sala Precisa e avançou, ocultando-se nas sombras. Chegando a um ponto da sala, viram dois alunos e dois operativos do Círculo Sombrio, em frente a um armário.

—Como será que deve estar a batalha? _ perguntou um aluno.

—Infelizmente, esta sala isola qualquer tipo de som, é como se estivéssemos em um lugar muito distante. _ respondeu outro, mudando a posição da perna no banco onde estava sentado _ Mas nossas ordens são para ficarmos aqui, a fim de garantir passagem para os escalões do Círculo.

—E graças à nossa parte da tarefa, logo outro contingente estará chegando e venceremos pelo maior número, jovens. _ disse um dos operativos do Círculo.

—Não se pudermos evitar. _ sussurrou Adriano, ao ouvido de Nereida, explicando o que tinha em mente.

— “Nebula hypnotica.” “Zephyr.” _ disseram juntos os bruxinhos.

Uma suave brisa impulsionou a bruma conjurada até os quatro invasores, que logo estavam dormindo profundamente. Depois de agruparem os inimigos em um canto, manietaram os quatro com cordas conjuradas e jogaram longe suas varinhas.

—Agora, temos que providenciar para que não venha mais nenhum bando de bruxos maus e pistoleiros trouxas por essa via. _ disse Adriano.

—Vamos dar um jeito nisso juntos, como sempre. _ disse Nereida, de mãos dadas com o namorado. “REDUCTO!

O feitiço dos dois bruxinhos, disparado com força total, pulverizou a peça do par do Armário Sumidouro, deixando apenas um montinho de pó no chão. Retiraram os quatro invasores da Sala Precisa e deixaram-nos trancados em outra dependência. Em seguida, desceram para o local do combate. A porta desapareceu e com ela qualquer esperança de reforços para o Círculo Sombrio.

No pátio um grupo de alunos, formado por Tiago, Narcisa, Julius e Sun-li foi cercado por uns quinze invasores, com varinhas e espadas apontadas para eles.

—Rendam-se! _ disse o líder _ Ou seus pais lamentarão sua perda.

—Mesmo? _ perguntou Tiago, irônico _ Pois eu iria dizer o mesmo a vocês, já que estão em desvantagem.

—Bruxinho metido! Você não notou que estamos em maior número?

—Como eu disse, vocês estão em desvantagem e eu vou provar isso agora. “影文庫のじゅっ!

Com o Jutsu da Multiplicação dos Clones de Sombras (“Kage Bunshin no Jutsu”), dez cópias de Tiago Potter surgiram no pátio, prontas para o combate. E ele não foi o único.

— “影文庫のじゅっ!” _ repetindo a invocação do Jutsu, logo Narcisa, Sun-li e Julius também estavam multiplicados, embora não por dez como Tiago, que tinha mais habilidade em Magia Onmiyô do que eles.

Aproveitando-se da surpresa dos invasores, os bruxinhos multiplicados partiram para cima deles, com feitiços e duros golpes. A vantagem numérica se invertera e os bandidos do Círculo logo estavam estuporados e envoltos em Novelos Constritores, além de bastante contundidos. Os bruxinhos deixaram os quinze aos cuidados de um grupo de Aurores, que trataram de manietá-los com algemas inibidoras de magia e foram todos se engajar em outros combates.

Cidadela de Bóreas, Ártico, durante a batalha.

—Se eu pegar o traidor desgraçado que sabotou o Sensor de Atividades Mágicas, vou fazer com que se arrependa de ter nascido. _ disse “Escuridão” para “Sombra”, extremamente furioso.

—Mas quem pode ter sido? _ perguntou “Sombra”, bloqueando um feitiço lançado por Milly.

—Não faço ideia, mas só sei que não poderia ter sido em uma hora pior, gente! _ exclamou Draco, esquivando-se de um golpe de bastão de Luna, rindo-se por dentro _ Eles estão ganhando terreno.

—Não podemos deixar que cheguem à Central de Comando. Há muita coisa importante por lá, ora pois. _ disse Mariana.

—Saia daqui e vá para lá, Mariana! _ exclamou “Escuridão” _ No seu estado, eu não quero que você fique nos locais de maior perigo!

Mariana estuporou um Auror e saiu por uma porta lateral, com Luna em seu encalço. A loira estava resolvida a vingar a morte de Neville e, vendo que ela poderia acabar agindo de forma imprudente, Rony foi atrás da amiga.

—Pare aí mesmo, maldita assassina! _ exclamou Luna _ Hoje você vai pagar pelo que fez, de um jeito ou de outro.

—Até parece que tens a fibra necessária para encarar um combate mortal comigo, rucinha. _ disse Mariana _ Posso te matar agorinha, sem tirte nem garte.

—Por que não experimenta? _ perguntou Luna, prestes a manifestar a mesma fúria que a fizera, em uma noite, poupar o trabalho de alguns meses da polícia de Londres.

—Com o maior prazer, mas não hei de matar-te antes de chegar-te a roupa ao pêlo, ora pois. _ disse Mariana _ “ESTUPEFAÇA!

— “PROTEGO!” “DEFLEXIO!” Vai ficar só nisso? Assim vai me dar sono.

—Vá mamar na quinta pata do cavalo, ora pois! _ Mariana estava perdendo a calma _ Prefiro perder a diversão e resolver isso logo. “AVADA KEDAVRA!

Pega de surpresa, Luna não teria tempo de invocar o “Olho de Shiva” e Rony não iria alcançá-la, mas algo inesperado aconteceu. Um vulto surgiu das sombras e entrou na trajetória do raio verde, com um brado.

— “PROTEGO HORRIBILIS!!!” _ um disco azul-elétrico formou-se à frente dos dois, fazendo com que a Maldição da Morte se decompusesse em centelhas que logo se dissiparam. Então, Rony viu de quem se tratava. Vestindo um uniforme de combate como os tripulantes da Royal Navy, mas portando sua varinha, estava...

PERCY!— exclamou Rony _ O que está fazendo aqui?

—Vim tentar consertar um pouco das burradas que fiz, mano. E acho que estou conseguindo.

—Mas e esse feitiço, Percy? _ perguntou Luna _ Como você defletiu uma “Avada Kedavra”?

—Passei anos desenvolvendo esse “Escudo Ultrapotencializado”, com base em lendas sobre outro feitiço além do “Olho de Shiva”, que fosse capaz de defletir a Maldição da Morte e acho que consegui obter resultado... _ e Percy deu um gemido, enquanto um filete de sangue começou a escorrer do canto de sua boca _ ... Mas parece... que n-não totalmente.

Percy Weasley caiu de joelhos e seus olhos começaram a ficar desfocados.

—Mano! O que está acontecendo com você?

—Nao t-tenho poder suficiente para invocar esse... esse feitiço com força total, é o q-que parece. Defleti uma... uma parte, mas o que r-restou ainda teve potência l-letal. _ e Percy caiu estendido, sua voz ficando mais fraca _ Apenas digam... digam ao papai q-que procurei me... me redimir.

Percival Ignatius Weasley fechou os olhos e parou de respirar. Os sete irmãos agora eram seis. Naquele exato momento, ali mesmo na “Cidadela de Bóreas”, Fred, Jorge e Harry tiveram uma sensação desagradável, atribuída ao combate. Em Hogwarts, Gina sentiu o mesmo.

Miep van de Vries e Ayesha Zaidan-Black, respectivamente ao lado de Harry e de Gina, choraram silenciosamente, pois sabiam exatamente o que havia acontecido.

PERCY!!!— Rony gritou, com lágrimas nos olhos e uma expressão de fúria, dirigindo-se para a porta por onde Mariana havia desaparecido.

—Não, Rony! Ela pode estar armando uma emboscada! _ Luna puxou o ruivo e foi a sorte dele. O raio roxo de um “Sectumsempra” cortou o ar, bem onde ele estaria. A amiga simplesmente evitou que mais um irmão Weasley perdesse a vida, pois aquele feitiço certamente iria fatiá-lo.

—Me disseram que você era meio sensitiva, mas nunca levei a sério, Luna... até agora. _ disse Rony.

Abriram a porta com cuidado, mas não encontraram nem sinal de Mariana Lugoma. Então retornaram para ajudar Harry e os outros.

—Ouvi “Escuridão” dizer para Mariana ir ao Centro de Controle. Deve ser naquela direção. _ disse Luna _ Não a localizamos, mas iremos para lá, assim que possível.

—De acordo com as informações, lá certamente estarão os volumes do Necronomicon que nos faltam, bem como objetos necessários para libertar o “Avatar das Trevas”. _ disse Rony.

No calor da batalha, alguns dos nossos conhecidos sentiam-se totalmente à vontade. Marino e Daniel procuravam capturar o máximo de operativos do Círculo que podiam, somente “cancelando os CPFs” quando não havia mais jeito. Blaise e Milly compreendiam aquela necessidade e davam toda a cobertura possível aos esposos. Mesmo Claudiomir, calejado nas arriscadíssimas operações do BOPE, parecia limitar-se mais a encher os bandidos de porradas e imobilizá-los com algemas plásticas, que ele carregava em grande quantidade e que haviam sido preparadas no Ministério para inibir magia.

Aproximando-se de “Escuridão”, estava “Guise”. O bruxo apontou a varinha para lançar um feitiço mortal mas, inesperadamente, ela lançou um dardo Shuriken em vez de usar a varinha. O resultado foi que “Escuridão” foi pego de surpresa e desarmado. Tentando alcançar sua varinha, ele pediu apoio a Draco e Svetlana.

—Pegue essa garota, Svetlana! Draco já deu um jeito naquela Sangue-Ruim em Londres, agora vamos neutralizar a substituta.

—É ruim, hein?! _ disse Svetlana _ Não sabe que a causa está perdida?

—Como é? De que lado você está?

—Certamente não do seu. _ respondeu Svetlana. _ Você foi enganado.

— “Viper”, não vai fazer nada? Detenha essa garota, enquanto recupero minha varinha. Ela vai se arrepender de ter participado daquela pantomima de Harry Potter, todos fingindo que Janine está viva e fazendo intercâmbio na Miskatonic.

—Acha mesmo que eu vou fazer alguma coisa? Você é mesmo estúpido.

—O quê? _ “Escuridão” não acreditava no que ouvia.

—Olha, bandido burro, você é péssimo para perceber os detalhes. Por isso que você se comporta como um vilão clássico de filme de 007 ou de Fu-Manchu e deixa de perceber o que está bem debaixo do seu nariz.

—Mas você é o Prior do Conselho dos Sete! Como é que está agindo dessa maneira?!

—Bruxo cretino. Primeiro, eu e Svetlana somos os responsáveis pela armadilha que resultou nesta invasão. Segundo, eu sabotei o Sensor de Atividades Mágicas. Terceiro, eu enganei todos vocês, a começar por Nitobe Suwo, que pensou estar me dominando. Eu jamais estive sob o controle dele. E, por último, o que o faz pensar que eu faria algo contra minha esposa?

—???

Escuridão” ficou boquiaberto quando “Deniece Stevens Guise” disse “Revertere ad Forma Mea” e bem à sua frente, vestindo um traje Ninja, estava alguém que ele julgava morta e achava que nunca mais veria.

Olhando para ele, sorridente e com os olhos azuis faiscando, estava Janine Vargas Sandoval Malfoy.


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