Harry Potter e o Estigma da Serpente escrita por JMFlamel


Capítulo 30
ΤΟ ΣΏΜΑ ΤΟΥ ΧΡΙΣΤΟΎ / CORPUS CHRISTI


Notas iniciais do capítulo

A maldade de "Escuridão" não tem limites. Nem mesmo quem pretende celebrar a Eucaristia está a salvo dos atentados do Círculo Sombrio. Como será que nosso amigo Capitão Claudiomir, personagem principal deste capítulo, poderá impedir um morticínio na Basílica de Aparecida?



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CAPÍTULO 29

ΤΟ ΣΏΜΑ ΤΟΥ ΧΡΙΣΤΟΎ / CORPUS CHRISTI

O Rio de Janeiro sempre havia sido uma das mais belas cidades do mundo, verdadeiro cartão-postal do Brasil. Isso se devia em grande parte à beleza de suas praias e à sua geografia privilegiada, com vários morros separando os bairros, cada um com suas características próprias.

Infelizmente, como nem tudo são flores, os morros também foram alvo do processo de “favelização” da cidade, já ocorrendo desde a época do Império. Mas o maior problema foi que as comunidades tornaram-se redutos do tráfico e, posteriormente, de milícias. A dor de cabeça para a polícia era grande pois, além do terror imposto pelas quadrilhas, havia elementos infiltrados nas próprias forças policiais, corrompendo-as.

Por sorte, existiam unidades de elite, comprometidas com sua missão. E uma delas era o Batalhão de Operações Policiais Especiais, o BOPE.

Não é necessário descrever a origem do BOPE (Esta já foi citada em “Harry Potter e o Círculo Sombrio”). Basta saber que se constitui no melhor do melhor da PMERJ.

Um de seus integrantes, atualmente desempenha atividades no Ministério da Magia, como Assessor de Segurança do Ministro Leonardo Mafra. Isso se deu quando ele, Harry Potter e os gêmeos Weasley participaram da investigação que culminou no desmantelamento de uma rede de pedofilia ligada ao Círculo Sombrio. Ele e Harry já se conheciam, desde a ocasião em que subiram um morro em busca de Draco e Janine, que haviam sido seqüestrados pelo Círculo, ocasião na qual a vassoura Firebolt Mk III de Harry esteve a um passo de ir parar dentro do traficante Zezinho “Microondas”.

Seu nome?

Claudiomir. Capitão Claudiomir.

Claudiomir não havia passado grandes dificuldades na vida, o que não significava que ele tivesse seguido um caminho fácil. Sua mãe, filha de um fazendeiro do Mato Grosso, havia sido aprovada para o vestibular da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro e, no último ano, havia conhecido e se apaixonado por um oficial da PMERJ, o Tenente Nilmar. No início, o pai dela havia dito que não aprovava e, em uma visita ao Rio, conversou com Nilmar e disse a ele seus motivos.

_ “Nilmar, não vejo com bons olhos esse relacionamento, não pela sua pessoa, pois agora que te conheci sei que é um cara direito e de princípios, ou não faria parte do BOPE. Mas o problema está exatamente aí. Casando-se com você, ela passa a ser uma viúva em potencial”.

Ao que Nilmar respondeu:

_ “A morte é a única coisa inevitável nesta vida. Quando entramos para uma unidade de elite, que está sempre na linha de fogo, vivemos a testar nossa habilidade em driblar a “Dama-da-Foice”. Não tenho a ilusão de que morrerei de velhice, o que me faz amar cada vez mais a vida. Entendo seus motivos, mas não se manda no coração. Só o que posso prometer é ser bom marido e bom pai”.

Ela formou-se e passou em um concurso para Delegada da Polícia Civil, tendo cursado e assumido uma delegacia. O passo seguinte foi a Polícia Federal, quando Claudiomir já estava com seus cinco anos de idade. Infelizmente, a notícia da aprovação para a Polícia Federal havia chegado junto com a comunicação de que Nilmar, agora Capitão, havia sido morto em ação, durante uma operação em um dos morros.

Os princípios morais herdados dos pais e do avô, já presentes em tão tenra idade, nortearam o caminho de Claudiomir para um destino que não podia ser outro. A decisão, tomada desde a infância e amadurecida na adolescência, foi concretizada com a aprovação no concurso para a Academia da PMERJ e, três anos após a formatura, o curso de formação e ingresso no BOPE. No último ano de Tenente ele passou por uma experiência memorável, quando o Comandante, Capitão Nogata, o havia escalado para participar de uma missão de busca e apreensão em um morro, mas que na verdade era uma operação de resgate, na qual estavam procurando por um casal que havia sido seqüestrado por uma organização criminosa internacional da qual ele havia ouvido falar vagamente, o Círculo Sombrio.

Naquela ocasião, Claudiomir havia conhecido um agente da InterSec, com quem imediatamente simpatizara e consolidara uma grande amizade, vindo depois a saber que era um bruxo.

Quem era ele?

Potter, Harry Tiago Potter.

Depois daquilo, veio sua promoção a Capitão e uma investigação sobre uma quadrilha de pedófilos e sites de pornografia infantil, que o levara até Londres e de lá à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde desmascararam o professor que era o elo da quadrilha, terminando por desmantelar aquela operação, para o que contaram com a ajuda de um outro amigo vindo de Nova York, o policial Dickie Stabler, investigador de uma SVU (Unidade de Vítimas Especiais). Também conhecera e começara a namorar a enfermeira Milena Kersey, assistente da Dra. Gina Potter no hospital escolar de Hogwarts.

O relacionamento intercontinental andava bem, pois ambos se viam sempre que possível, com a ajuda de Chaves de Portal. Ele gostava muito do mundo bruxo e ela também adorava a sociedade trouxa, com a qual integrava-se muito bem. E ambos procuravam sempre manter ativas as medidas de segurança, pois estavam na lista negra do Círculo.

Por essa razão, Claudiomir mantinha seu verdadeiro endereço em segredo, tendo um pequeno apartamento de fachada, de onde desaparecia por uma saída secreta. Desnecessário dizer que ambos eram bem protegidos por Feitiços de Segurança, colocados pelo Ministério da Magia.

Só que nem mesmo isso foi suficiente.

Ao sair da padaria, onde havia comprado dois croissants para o lanche, percebeu que alguém estava entrando no prédio, junto com ele. Vendo que era uma freira, ficou parcialmente tranquilo. “Parcialmente” porque, mesmo assim, uma sensação estranha não o abandonava, graças ao seu treinamento com Derek Mason, que fora instrutor de Ninjutsu no BOPE, antes que ele tivesse tido contato com a Bruxidade. Havia algo de estranho no Ki dela, que ele só concluiu tarde demais, quando ela lançou uma cápsula no chão e o gás fez com que Claudiomir apagasse. A última coisa que viu, antes de cair inconsciente, foi duas outras pessoas desfazendo Feitiços de Desilusão, uma delas um oriental calvo de malignos olhos verdes.

Acordou em seu apartamento de fachada, sentado em uma poltrona da sala, em frente à TV. Tentou se mover, mas não conseguiu.

_Não tente se mover, Capitão. Não conseguirá, pois está sob Feitiço Inmobulus. Ele impede seus movimentos, mas você ainda pode falar. _ disse o oriental.

_Ora, “Escuridão”, eu presumo. _ disse Claudiomir _ Finalmente estou tendo o desprazer de conhecê-lo pessoalmente. Por que resolveu vir empestear meu apartamento?

_Insolente em qualquer situação. _ disse “Sombra”, que era a freira, finalmente tendo tirado o hábito e colocado vestes bruxas, estando encapuzada _ Mesmo com sua vida em nossas mãos, ainda encontra tempo para fazer piadas.

_O apartamento está limpo, chefe. _ disseram outros dois capangas, juntando-se aos três bruxos na sala _ Nada de especial, só o que se esperaria existir no apartamento de um PM.

_Muito bom. _ disse “Escuridão” _ Sabe, Capitão Claudiomir, eu deveria matá-lo por tudo o que você já fez para atrapalhar o Círculo Sombrio, principalmente ajudando o maldito Testa Rachada. Mas não vou fazer isso.

_Harry é um bruxo decente, ao contrário de você e sua corja. Eu fiquei sabendo o que você fez com a filha dele, ainda não nascida. _ disse Claudiomir, com raiva e começando a sentir uma dor no peito.

_Eu disse que não o mataria porque, na verdade, você mesmo é que vai fazer isso.

_Como assim? _ perguntou Claudiomir, sentindo que a dor diminuía.

_Enquanto você estava inconsciente, eu lhe apliquei um veneno experimental, que pretendo utilizar com uma forma mais potente em uma operação do Círculo, aqui no Brasil. Se você ficar nervoso, excitado ou assustado, sua pulsação irá se acelerar e a adrenalina aumentará, fazendo com que o veneno lhe cause uma parada cardíaca que será tomada por um infarto. Ou seja, o veneno não será detectado em uma necropsia, parecerá que você morreu de causas naturais.

_Maldito. _ disse Claudiomir, fazendo o máximo para manter a calma.

_Levem-no para o quarto. Vou desfazer o Feitiço Inmobulus e sedá-lo, novamente. Depois disso, o quanto ele viverá só dependerá dele. Será divertido imaginar um oficial do BOPE, que vive um dia-a-dia de risco, tentando se acalmar.

“Sombra”, o outro bruxo encapuzado e dois dos três capangas levaram Claudiomir para o quarto, sem muita delicadeza. Tanto foi que um deles, Claudiomir não soube qual, arranhou profundamente seu antebraço. Depois que foi colocado na cama, outra cápsula de gás sonífero foi quebrada e ele novamente mergulhou nas trevas da inconsciência.

Despertou algumas horas depois, já podendo novamente se mover. Olhou para seu antebraço, no qual já não havia sinal do arranhão. Levantou-se, ainda meio tonto, indo até a cozinha e servindo-se de um copo de água. Tomou a água, em pequenos goles, ainda pensando na desagradável visita que tivera. Então quer dizer que “Escuridão” o havia envenenado. Bem, ele já passara por muitos apertos antes, embora aquele fosse algo diferente. Mas algo estava estranho, não havia mais marca alguma do arranhão e ele havia sido profundo. Colocou as mãos nos bolsos da calça e viu que em um deles havia um papel dobrado. Desdobrou-o e leu o que estava escrito.

Capitão Claudiomir, não se preocupe quanto ao veneno. Quando arranhei seu antebraço, ao mesmo tempo administrei o antídoto. “Escuridão” ainda não deu nenhuma pista sobre a nova operação, mas soube que ela é um plano de “Viper”, novo operativo de alto escalão do Círculo. Espero ter detalhes dela o mais breve possível. Harry Potter deve saber que “Viper” é, na verdade, Draco Malfoy. Ele foi capturado pelo Círculo e sofreu uma profunda lavagem cerebral. Não revele isso a ninguém, exceto a Harry pois será mais seguro. Tentarei obter mais informações e, se possível, descobrir um jeito de livrá-lo do controle de “Escuridão”. Aguarde novo contato.

p

Uma mensagem da misteriosa informante de Harry Potter. Então ela havia salvo sua vida, com aquele arranhão. Talvez fosse melhor fingir que ainda estava envenenado, pois era possível que o Círculo tivesse gente de olho nele. No outro bolso, notou que havia um pequeno objeto. Ao tirar a mão, viu que em sua palma estava uma pequena pen-drive de 4GB (“Provavelmente foi colocada no meu bolso quando me levaram para o quarto ou quando eu estava inconsciente”, pensou ele). Mas conteve a vontade de conectá-la a um computador, antes certificando-se de que não haviam sido deixadas escutas mágicas ou Cristais de Armazenagem. De um compartimento em um canto da parede, que não havia sido percebido quando reviraram o apartamento, tirou um Sensor de Atividade Mágica de bolso, versão compacta dos portáteis (“Por causa daqueles #$%&*!!! daqueles bruxos do Círculo, a empregada vai ter um trabalhão para arrumar o apartamento”, pensou o policial).

Depois de constatar que não havia sido deixada nenhuma escuta ou qualquer outro meio de espionagem bruxo ou trouxa, tanto no apartamento quanto nele mesmo, Claudiomir conectou a pen-drive na entrada USB do notebook. Submeteu o acessório ao antivírus e viu que estava limpo. No Windows Explorer selecionou a unidade correspondente à pen-drive e abriu os arquivos, quase caindo de costas. Era uma descrição detalhada da operação que seria levada a cabo no Brasil, a mesma que “p” afirmara ser um plano de “Viper”. Ali havia o local, o método, o veneno a ser utilizado e os operativos do Círculo Sombrio envolvidos na montagem. De posse daquele material, Claudiomir poderia desmantelar aquele golpe com facilidade, mas deveria fazê-lo com inteligência, para poder capturar todos ou quase todos os envolvidos. Mas teria de já começar a organizar a contra-ofensiva, tendo o maior cuidado para que nada vazasse, ou o Círculo suspenderia a operação. Para isso teria de escolher muito bem com quem trabalharia e já sabia de antemão que não podia confiar em todos os elementos do Ministério, pois já haviam descoberto “toupeiras” do Círculo Sombrio até mesmo na Seção de Aurores, o que dava muita dor de cabeça para a Academia, na Bélgica.

Mas Claudiomir já sabia com quem podia contar e deveria logo entrar em contato com eles. Estornou e desconectou a pen-drive, guardando-a no bolso. Os operativos co Círculo eram bons, mas a saída secreta era muito bem camuflada, já que a passagem somente se revelava quando ele acionava o controle em frente a ela. Antes de acioná-lo, parou e pensou. Havia ficado inconsciente por algum tempo e por duas vezes. “Escuridão” era extremamente ardiloso e poderoso, podendo lançar feitiços não-verbais. Nesse caso, mesmo que “π” estivesse presente, não poderia perceber se ele tivesse sido alvo de algum feitiço de efeito retardado, algum tipo de ordem subliminar?

Uma das maiores características de Claudiomir era sua imprevisibilidade que, aliada a uma grande criatividade e capacidade de improvisação que deixariam admirado até mesmo Salazar Slytherin, tornavam-no um inimigo perigoso e que não devia ser subestimado. Em vez de utilizar a passagem para seu verdadeiro apartamento, saiu pela porta da frente e desceu pelo elevador, saindo normalmente à rua. Tomando um táxi, foi direto para um edifício-garagem que ocultava a entrada não para um escritório de Aurores, mas para o de um investigador bruxo independente, que seria capaz de descobrir se havia recebido algum feitiço.

_Fala aí, “Caveira”! Faz tempo que você não aparece.

_Oi, Pestana. Pode me fazer um favor?

_Qualquer coisa para quem conseguiu tirar minha filha das drogas, cara. Do que é que você precisa, Claudiomir?

_Use Legilimência Profunda em mim. Tive um “agradável diálogo” com alguns $%&*(###)!##%%&& do Círculo Sombrio (Claudiomir achou melhor omitir que havia sido com “Escuridão” em pessoa) e preciso ver se não me lançaram nenhum tipo de feitiço não-verbal ou sugestão pós-hipnótica.

_OK, Claudiomir. Sente-se naquela poltrona e relaxe. _ disse Ademar Pestana, diminuindo as luzes. Claudiomir relaxou e Pestana apontou a varinha para ele _ Legilimens!

Algum tempo depois, Ademar Pestana suspendeu o feitiço, encerrando a sessão de Legilimência Profunda.

_E aí, Pestana? Como foi? _ perguntou Claudiomir.

_Cara, você tem uma das mentes mais fortes que eu já vi. Realmente, o tal bruxo do Círculo tentou implantar um Feitiço de Submissão com efeito retardado, mas ele não conseguiu alcançar as áreas da sua mente responsáveis pela vontade. O máximo que conseguiriam seria que você hesitasse em algum momento de decisão.

_O que, na minha profissão, pode ser fatal. _ disse Claudiomir.

_Com certeza. Eu removi o feitiço e aproveitei para reforçar suas defesas e travas mentais, que já são bastante poderosas. Parece que você consegue resistir até à Maldição Imperius, não é?

_Aprendi com Derek Mason e com Harry Potter.

_Pois é, aqueles dois são “Os Caras” nessa área. Está em alguma missão para o Ministro?

_Não exatamente, Pestana. Mas creio que você poderá ajudar. Vou precisar do seguinte...

Pouco tempo depois, Claudiomir saía do escritório do ex-Auror e agora investigador independente Ademar Pestana, respeitosamente cumprimentando e dando passagem a uma bela garota oriental.

_Posso te ajudar? _ perguntou Pestana para a garota, assim que ela entrou.

_Sim, pode. O senhor me foi indicado por pessoas de confiança.

_Quem é você e que tipo de ajuda procura?

_Meu nome é Hsiao e creio que estou na mira do Círculo Sombrio.

_Essa é forte. Mas vamos ver o que posso fazer por você.

_E se envolve o Círculo, isso muito me interessa. _ ouviu-se uma voz. Os dois se voltaram e deram de cara com Claudiomir, que havia retornado ao ouvir a garota mencionar o Círculo Sombrio, parado na porta. Hsiao ficou branca, mas Pestana tratou de tranquilizar a garota.

_Calma, menina. Este é o Capitão Claudiomir, do BOPE. É um amigo e está do nosso lado.

_Já ouvi falar do BOPE, mesmo lá na China. _ disse Hsiao _ Então posso confiar em vocês.

_Conte tudo, começando pelo início. _ disse Claudiomir.

Na manhã seguinte, Claudiomir estava ao volante de sua IX-35 e percorria a Rodovia Rio-Santos. Ao chegar em Paraty, entrou e estacionou a SUV em frente a uma pousada, já nossa velha conhecida (“Me disseram que ele está em férias. Sendo assim, é certo que o encontrarei aqui”, pensou ele). Assim que se aproximou da recepção, uma voz o alcançou.

_Mas eu não acredito! Tu por aqui, “Caveira”?!

_E aí, “Major Rabino”? Já faz algum tempo, hein? _ respondeu Claudiomir, apertando a mão de Daniel Wiesenthal _ Te procurei lá no Rio, mas me disseram que estava em férias. Então, vim ao lugar mais certo para te encontrar, a sua pousada.

_Claudiomir! Mas não acredito! _ Claudiomir se voltou para o lado de onde vinha a voz e deu de cara com uma bela loira bem bronzeada.

_Sra. Wiesenthal, é bom te ver de novo.

_Ah, larga mão de ser gozador, Claudiomir. Sabe que para os amigos é “Milly”. E você é um dos melhores.

_Obrigado, Milly. E as crianças, indo bem em Hogwarts?

_Muito bem. _ respondeu outra voz _ E você?

_Ora, Blaise Zabini Marino! Então estão todos aqui, que bom.

_Pela sua expressão, você não veio só fazer turismo. _ disse Marino, vindo de dentro e juntando-se ao grupo _ Vamos conversar lá no escritório, enquanto levam sua bagagem para uma suíte.

No escritório, os cinco saboreavam deliciosas batidas de abacaxi, feitas com a cachaça dos seus próprios alambiques. Claudiomir contou o que havia passado e inseriu a pen-drive no computador, mostrando o plano do Círculo.

_E é isso que temos de evitar. Já planejei a contra-ofensiva e o Pestana está me dando uma força.

_Ademar Pestana, o investigador bruxo? _ perguntou Marino _ Ele tem um grande conhecimento.

_E quando eu disse que estava pensando em falar com vocês, ele deu total apoio. E então, podem conseguir o pessoal que falta?

_Certamente. _ disse Daniel _ Não temos muito tempo, pois será no próximo final de semana. Domingo, se não me engano. Vamos à luta, então.

_Quer dizer que você esteve em Hogwarts. _ disse Blaise _ Vicenzo me disse, em uma de suas cartas. Como estavam Harry e os outros? Fiquei muito triste quando soube que Dumbledore e McGonnagall haviam morrido.

_Estive em Londres e depois fui para Hogwarts, onde ajudei Harry em uma investigação. No fim a coisa se ramificou até o Ministério e aquela dona sapinha, a tal de Dolores Umbridge, acabou morrendo.

_Criatura horrível. _ disse Milly _ Mesmo quando estávamos no quinto ano e ainda éramos seduzidas pelas Trevas, nunca gostei muito dela.

_Nem eu. _ disse Blaise _ Sempre nos tratando como bebês ou como retardados. Fora o abuso do rosa. Eu até gosto de cor-de-rosa, mas ela era exagerada.

_Então, vamos botar a mão na massa de novo? _ perguntou Marino _ Salvar o mundo das Trevas, mais uma vez?

_ “Escuridão” é um chinês falso? _ comentou Daniel, enquanto brindavam a mais uma ação contra os bandidos das Trevas.

Aparecida, localizada no Alto Vale do Paraíba, na microrregião de Guaratinguetá, estado de São Paulo, é a capital religiosa do Brasil. Localiza-se lá a Basílica de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Santuário Nacional da Padroeira do Brasil. Esta foi consagrada no ano de 1980, pelo Papa João Paulo II, sendo o quarto santuário mariano mais visitado do mundo, com capacidade para até 45.000 fiéis.

Mas por que “Aparecida”?

Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo da Companhia de Jesus, em Roma: a história registrada pelos padres José Alves Vilela, em 1743, e João de Morais e Aguiar, em 1757, cujos documentos se encontram no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá. Segundo os relatos, a aparição da imagem ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717, quando Dom Pedro de Almeida, conde de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava de passagem pela cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica.

O povo de Guaratinguetá decidiu fazer uma festa em homenagem à presença de Dom Pedro de Almeida e, apesar de não ser temporada de pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba com a intenção de oferecerem peixes ao conde. Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus. Após várias tentativas infrutíferas, desceram o curso do rio até chegarem ao Porto Itaguaçu. Eles já estavam a desistir da pescaria quando João Alves jogou sua rede novamente, em vez de peixes, apanhou o corpo de uma imagem da Virgem Maria, sem a cabeça. Ao lançar a rede novamente, apanhou a cabeça da imagem, que foi envolvida em um lenço. Após terem recuperado as duas partes da imagem, a figura da Virgem Aparecida teria ficado tão pesada que eles não conseguiam mais movê-la. A partir daquele momento, os três pescadores apanharam tantos peixes que se viram forçados a retornar ao porto, uma vez que o volume da pesca ameaçava afundar as embarcações. Este foi o primeiro milagre atribuído à imagem.

Durante os quinze anos seguintes a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da santa. A fama de seus supostos poderes foi se espalhando por todas as regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo tornou-se pequeno para abrigar tantos fiéis. Assim, por volta de 1734, o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. A capela foi erguida com a ajuda do filho de Filipe Pedroso, que não aprovava o local escolhido, pois considerava mais cômodo para os fiéis uma região próxima ao povoado.

Há relatos não confirmados de que no dia 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, o então Príncipe Regente do Brasil, Dom Pedro I e sua comitiva, visitaram a capela e conheceram a imagem de Nossa Senhora Aparecida. O número de fiéis não parava de aumentar e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (a atual Basílica Velha), sendo solenemente inaugurada e benzida em 8 de dezembro de 1888.

Em 6 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e ofertou à santa, em pagamento de uma promessa (feita em sua primeira visita, em 8 de dezembro de 1868), uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul, ricamente adornado. Em 28 de outubro de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas.

A 8 de setembro de 1904, a imagem foi coroada com a riquíssima coroa doada pela Princesa Isabel e portando o manto anil, bordado em ouro e pedrarias, símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do Núncio Apostólico, muitos bispos, o Presidente da República Rodrigues Alves e numeroso povo. Depois da coroação o Santo Padre concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário. No dia 29 de Abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909 e recebendo os ossos de são Vicente Mártir, trazidos de Roma com permissão do Papa.

Em 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros, tornou-se município, vindo a se chamar Aparecida, em homenagem a Nossa Senhora, que fora responsável pela criação da cidade. Nossa Senhora da Conceição Aparecida, foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Principal em 16 de julho de 1930, por decreto do papa Pio XI. A imagem já havia sido coroada anteriormente, em nome do papa Pio X, por decreto da Santa Sé, em 1904. Pela Lei nº 6.802 de 30 de junho de 1.980, foi decretado oficialmente feriado no dia 12 de outubro, dedicando este dia a devoção. Também nesta Lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil.

Em 1967, ao completar-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a “Rosa de Ouro”, gesto repetido pelo Papa Bento XVI que ofereceu outra Rosa, em 2007, em decorrência da sua Viagem Apostólica ao país nesse mesmo ano, reconhecendo a importância da santa devoção.

Houve necessidade de um local maior para os romeiros, e em 1955 teve início a construção da Basílica Nova. O arquiteto Benedito Calixto a qual idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura. Em 4 de julho de 1980 o Papa João Paulo II, em sua visita ao Brasil, consagrou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, o maior santuário mariano do mundo, em solene missa celebrada, revigorando a devoção à Santa Maria, Mãe de Deus, e sagrando solenemente aquele grandioso monumento. No mês de maio de 2004 o papa João Paulo II concedeu indulgências aos devotos de Nossa Senhora Aparecida, por ocasião das comemorações do centenário da coroação da imagem e proclamação de Nossa Senhora como Padroeira do Brasil. Após um concurso nacional, devotos e autoridades eclesiais elegeram a Coroa do Centenário, que marcaria as festividades do jubileu de coroação realizado naquele ano.

A imagem retirada das águas do rio Paraíba em 1717 mede quarenta centímetros de altura e é de terracota, ou seja, argila que após modelada é cozida num forno apropriado. Em estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a analisaram ,acredita-se que originalmente apresentaria uma policromia, como era costume à época, embora não haja documentação que comprove tal suspeita. A argila utilizada para a confecção da imagem é oriunda da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Quando recolhida pelos pescadores, estava sem a policromia original, devido ao longo período em que esteve submersa nas águas do rio. A cor de canela que apresenta hoje deve-se à exposição secular à fuligem produzida pelas chamas das velas, lamparinas e candeeiros, acesas por seus devotos.

Através de estudos comparativos, a autoria da imagem foi atribuída ao frei Agostinho de Jesus, um monge de São Paulo conhecido por sua habilidade artística na confecção de imagens sacras. Tais características incluem a forma sorridente dos lábios, queixo encravado, flores em relevo no cabelo, broche de três pérolas na testa e porte empinado para trás. O motivo pelo qual a imagem se encontrava no fundo do rio Paraíba é que, durante o período colonial, as imagens sacras de terracota eram jogadas em rios ou enterradas quando quebradas.

Em 1978, após sofrer um atentado que a reduziu a quase duzentos fragmentos, a imagem foi encaminhada a Pietro Maria Bardi, à época diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP), que a examinou, juntamente com João Marinho, colecionador de imagens sacras brasileiras. Foi então totalmente restaurada, no MASP, pelas mãos da artista plástica Maria Helena Chartuni.

Atualmente, a cidade possui uma cada vez melhor estrutura hoteleira, de gastronomia e comércio, para sempre acolher os visitantes. A própria Basílica possui seu shopping, que conta com uma praça de alimentação central, de onde partem quatro braços com corredores duplos nos quais há lojas em todos os lados, bem supridas de artigos religiosos, presentes, eletroeletrônicos originais (e outros nem tanto), para todos os gostos. Além disso, nos sábados e domingos, uma gigantesca feira organiza-se em frente à Basílica, estendendo-se por várias quadras.

A missa das 16:00 h seguia normalmente. Já haviam passado pela Acolhida, Ato Penitencial, Glória, Oração, Primeira Leitura, Salmo Responsorial, Segunda Leitura, Aclamação e Evangelho. O Padre destacava, em sua homilia, a importância da família na formação moral do indivíduo desde a infância. Ao término, seguiram com a Profissão de Fé, Preces da Comunidade, Ofertório, Oração Sobre as Oferendas, Bênção e Consagração. Depois da Prece Eucarística, Pai Nosso e Oração da Paz, todos prepararam-se para a Comunhão. Considerando o número de fiéis, não eram formadas filas, mas os Ministros da Eucaristia percorriam os corredores da nave central e distribuíam as hóstias a eles, que tomavam-nas e retornavam aos seus lugares, para orar e refletir.

Cerca de cinco minutos depois de receberem a Comunhão, os fiéis começaram a tombar, um após o outro, inclusive os Padres e Ministros.

Todos, menos seis deles, duas mulheres e quatro homens, que filmaram o ocorrido e preparavam-se para sair pela porta. Mas, assim que saíram, foram detidos por mãos fortes que pertenciam a agentes bruxos e trouxas da Corporação de Aurores e da Inteligência Militar. Receberam braceletes inibidores de magia e a última coisa que viram antes de serem levados para uma viatura foi que os fiéis levantavam-se como se nada tivesse acontecido. Por fim, um homem de cabelos pretos, olhos azuis e o sorriso mais sacana que eles já haviam visto acenou em despedida. Claudiomir não falhara em seguir as instruções da pen-drive.

Depois da missa, Claudiomir, Marino, Daniel, Blaise, Milly e mais outros agentes foram à Sacristia.

_Padre David, muito obrigado pela sua colaboração e por concordar em substituir todas as hóstias da missa por aquelas que nós trouxemos. _ disse Marino.

_Não há problema, Major Marino. O que havia nas hóstias que tomamos?

_Uma substância inofensiva, que provocava um momentâneo lapso de equilíbrio e consciência. _ disse Daniel _ Os fiéis que não sabiam o que era sequer perceberam.

_Muito melhor do que o veneno que “Escuridão” havia colocado nas outras. Causaria uma parada cardíaca em todos, pois não dependeria de variações emocionais, diferente da versão que ele testou em você, Claudiomir. _ Milly e Blaise estavam aliviadas por tudo ter dado certo.

_Confesso que tive dificuldade para acreditar, até que vi vocês testarem naquele pobre cão que já estava desenganado. _ disse o Padre David _ Como é que alguém pode cometer tal sacrilégio, envenenar hóstias?

_Padre, esses terroristas são capazes de tudo, acredite. _ disse Marino _ E eles estão infiltrados em quase todos os setores, desde governos, indústria, comércio e a Igreja não é exceção.

_Ainda é meio difícil de acreditar na existência de magia e de bruxos nos dias atuais, mas contra fatos não há argumentos, temos de nos curvar à realidade. _ disse o Padre Miguel, outro dos celebrantes daquela missa _ Ainda mais que o próprio Arcebispo tem esse conhecimento.

_A magia não é boa nem má, Padre. _ disse Milly _ Bom ou mau é o uso que se faz dela. Temos gente de bem e gente má entre nós, assim como entre os não-mágicos.

_Trouxas, é como vocês dizem. _ comentou o Padre David.

_Sim. E temos organizações de Segurança e Justiça, para evitar que os maus bruxos dominem. Fazemos o possível para conter a criminalidade e, quem sabe, no futuro bruxos e trouxas poderão conviver em harmonia, como já aconteceu antes. _ disse Blaise.

_Mas algo ainda não está bem claro. _ disse o Padre David _ Como eles tiveram acesso às hóstias, trocando-as pelas envenenadas?

_Bem, é aí que chega a hora de lançar um pouco de luz sobre o assunto. Mesmo que seja luz negra. _ disse Marino.

_Blaise, Milly, poderiam fazer as honras? _ perguntou Claudiomir.

_É para já. _ Blaise sacou a varinha e trancou as portas.

_ “Tenebrus”! _ disse Milly, mergulhando a sacristia em uma densa escuridão mágica.

_Muito bem. _ disse Claudiomir, sacando uma lanterna de luz negra e acendendo-a na sacristia_ Todos conhecemos a luz negra e sua capacidade de revelar a presença de vestígios de certas substâncias. E quando a lanterna é tecnomagizada, melhor ainda. Ora, por mais que lavem as mãos ou usem luvas, a menor partícula poderá ser vista por esta lanterna, que recebeu um incremento tecnomágico de “Suspectum Revelio”, para revelar o que procuramos. Ora, mas que interessante.

Dois dos padres presentes tentaram fugir mas, sem nada enxergarem, foram facilmente derrubados por Marino e por outro agente da Inteligência Militar. Ambos usavam óculos com Feitiços “Infrarubra Thermosensora”, que lhes permitiam ver tudo claramente.

_São estes, Claudiomir? _ perguntou Marino.

_Sim, Major. Padre David, esses dois calhordas, cujas atitudes os tornam indignos das batinas que vestem, estão a soldo do Círculo Sombrio, a organização criminosa de que lhe falei.

_Floriano e Sílvio, mal posso acreditar. Fomos colegas de seminário, como é que vocês se venderam assim?

_Caíram em tentação, Padre. _ disse Claudiomir _ Acenaram com promessas que os fizeram esquecer seus votos, sucumbindo à ilusão do falso status que o Círculo lhes proporcionaria. Não conseguiram ser fortes na sua fé. Veja as mãos deles.

À luz negra, as mãos dos Padres Sílvio e Floriano apresentavam diminutos pontos verdes brilhantes, resultado da exposição das partículas do veneno que havia sido colocado nas hóstias.

_Os pontos verdes são do veneno. _ disse Milly _ Vejam a diferença, quando iluminamos as hóstias que continham o sedativo.

Claudiomir iluminou as hóstias e todos viram pequenos pontos vermelhos. Em seguida, ele apontou para uma hóstia normal.

_Ela fica branco-azulada, sem nenhum pontinho diferente. De novo, muitíssimo obrigado a vocês todos. _ disse o Padre David _ Evitaram um horrível atentado.

_ “Finite!” _ disse Milly, desfazendo o Feitiço de Escurecimento _ Fazemos o possível para combater o mal e já fazemos isso desde que éramos mais jovens.

_A Arquidiocese e, por que não dizer, a Igreja Católica como um todo, agradecem pelo que fizeram. _ disse o Padre David _ Espero que consigam derrotar esses bandidos de uma vez por todas.

Horas depois, de volta ao apartamento da pousada em Paraty, Claudiomir colocava as idéias em ordem. Mais uma operação do Círculo Sombrio havia sido desmantelada, mas o experiente policial desconfiava que era somente a ponta do iceberg. Nada tirava de sua cabeça que aquilo havia sido um teste para outros golpes. Recolhera uma das hóstias envenenadas e enviara para Neville Longbottom, no Departamento de Farmacologia do Ministério. O mestre em Herbologia e Farmacologia, membro dos Inseparáveis, seria capaz de determinar sua composição e origem, após analisá-la, estando em condições de elaborar um antídoto.

Mas ainda faltavam algumas peças para encaixar nesse macabro quebra-cabeças. Afinal, qual seria o golpe principal de “Escuridão” e o que ele pretendia, fazendo lavagem cerebral em Draco Malfoy e fazendo-o passar para o lado do Círculo, como um operativo de alto escalão? Difamar o nome “Malfoy”, que Draco e Janine tiveram tanto trabalho para reabilitar, desde seus dezesseis anos de idade? Algum interesse oculto e bem importante, na certa.

Outro elemento que acabara de se somar àquela trama era a jovem oriental que havia procurado por Pestana e com quem Claudiomir tivera a felicidade de conversar, prometendo colocá-la em contato com Harry. A jovem Hsiao prometera contar aquilo que sabia e ele tinha o palpite de que não era pouca coisa, a garota parecia ter tido acesso a muita informação. Bem, o negócio agora era fazer contato com Harry, pelos canais seguros. O bruxo saberia o que fazer.


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