Harry Potter e o Estigma da Serpente escrita por JMFlamel


Capítulo 25
Arkham, Massachusetts


Notas iniciais do capítulo

O funeral de Alvo Dumbledore e Minerva McGonnagall reúne amigos de várias partes do mundo. Devido a um importante aviso, Rony Weasley precisa viajar para os EUA e fazer uma visita a uma famosa universidade, em Massachusetts. Mas a missão de Rony na Miskatonic não será nada fácil.



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CAPÍTULO 24

 

ARKHAM, MASSACHUSETTS

Embora Alvo Dumbledore tivesse passado sua juventude em Godric’s Hollow e Minerva McGonnagall fosse, assim como toda a sua família, natural de Edimburgo, ambos já haviam manifestado o desejo de serem sepultados nos terrenos de Hogwarts, pois amavam aquele lugar e ele sempre havia representado uma importante parte de suas vidas. Outra carta, deixada para Sirius, relatava aquele desejo.

Em um terreno plano, próximo ao campo de Quadribol, um jazigo em mármore branco havia sido erguido, com linhas retas e elegantes, porém sóbrias e sem grande luxo, bem ao gosto dos dois. Em frente ao jazigo, um estrado com os ataúdes do casal de bruxos, magicamente conservados e um parlatório ao lado, tudo diante de várias fileiras de cadeiras, nas quais os trouxas autorizados e os bruxos iam chegando e tomando assento. Na primeira fileira, os Ministros da Magia e os parentes dos falecidos. Sirius recepcionava os recém-chegados e Hermione indicava seus assentos, enquanto Arthur Weasley cumprimentava a todos. Leonardo Mafra, Ministro da Magia do Brasil, acabara de chegar, com ninguém menos do que Claudiomir a fazer sua segurança. Viktor Krum representava o Ministério da Magia da Romênia, em companhia de Elisabeta e Mikhail. Ricardo Lugoma cumprimentou Arthur e Harry, logo sentando-se ao lado de Leonardo, a quem não via há algum tempo. Representando o governo da Grã-Bretanha o Primeiro-Ministro trouxa já estava em seu lugar, vestindo um terno preto Ermenegildo Zegna com um bottom na lapela esquerda, com a bandeira do Reino Unido cruzada por uma tarja preta, em sinal de luto nacional.

O brilho de Chaves de Portal anunciava a chegada de vários conhecidos, principalmente ex-alunos. Dean Thomas e Martinette, Seamus Finnigan e Parvati, Theo Boot e Padma, Michael Corner e Roger Davies, Cho e Luke, Fabian e Pansy, Duda e Lilá, todos eles vinham de diversas partes do mundo. Madame Maxime e Ferdinand vieram de Beauxbatons e juntaram-se a Hagrid. Dali a pouco, Draco, Janine e as crianças chegavam, diretamente do Brasil, juntando-se a Derek, Marilise e Sabrina. Logo depois que Randolph e seus pais, Remus e Dora chegaram, juntamente com Neville, Luna e Julius, constataram que todos os que podiam estavam ali. Segundo o desejo dos próprios Dumbledore e Minerva, a elegia ficou a cargo de Harry.

—Obrigado por terem vindo. Certa vez ouvi que uma das medidas do quanto uma pessoa era querida enquanto viva era o número de amigos que compareciam para a última despedida, após sua morte. _ disse Harry, depois de assumir o parlatório, olhando para a assistência _ Se isso for verdade, Alvo Dumbledore era uma das pessoas mais queridas de toda a Bruxidade. Ser o responsável pela elegia não é uma tarefa nada fácil, ainda me lembro de quando tive de fingir estar morto, para combater o Círculo Sombrio e, naquela ocasião, Dumbledore disse que fazer a elegia para mim seria algo impossível para uma só pessoa. Da mesma forma, não posso ter a pretensão de dizer sozinho as palavras de despedida a duas pessoas importantíssimas para a Bruxidade em geral e para mim, em particular. Esta honra terá de ser dividida com mais algumas pessoas. Alvo Dumbledore e Minerva McGonnagall eram amigos de meus pais, pelo que já me disseram e ele esteve comigo no colo quando eu tinha um ano de idade, logo depois de Voldemort matá-los. Foi quando ele me deixou na porta da casa de meus tios, dando início aos acontecimentos que já sabemos. Ele não era apenas o mais poderoso bruxo da atualidade, mas também era uma pessoa preocupada com os malefícios do poder sem medidas. Tanto que, por várias vezes, declinou da indicação para Ministro da Magia porque ele tinha idéia do que o poder total poderia fazer. Ele preferiu permanecer na Direção de Hogwarts, apenas aconselhando os Ministros quando solicitado, como já o fizera com Millicent Bagnold, Cornelius Fudge e, ultimamente, com Arthur Weasley. Isso o torna ainda mais admirável. Além disso, sempre soube manter-se firme diante das adversidades e ter uma palavra de alento para todos. Não dizia explicitamente o que devíamos fazer, mas indicava o caminho. Posso dizer que seus conselhos mais de uma vez me salvaram a vida e creio que não só a minha, mas a de vários aqui presentes. Quanto a Minerva McGonnagall, creio que ninguém irá se esquecer dela, seja pelo seu alto nível de exigência nas aulas, fazendo com que cada um de nós mostrasse o seu melhor, seja pela palavra de incentivo que ela jamais deixava de dizer a quem quer que precisasse. E eu tive várias delas na minha vida, estejam certos disso. Apesar da idade avançada, jamais se furtaram a tomar parte ativa nos acontecimentos, seja nos Dias Negros, seja na Segunda Ascenção de Lord Voldemort, seja agora, contra o Círculo Sombrio. Tive a honra de lutar lado a lado com Alvo Dumbledore no combate final contra Voldemort, em Avalon e em uma duríssima batalha contra o Círculo Sombrio, em Teotihuacan. Quando ele fez a elegia para mim, durante minha morte forjada, ele disse que eu era o filho ou neto que ele gostaria de ter tido e, agora, digo que Alvo Percival Wulfric Brian Dumbledore e Minerva McGonnagall eram um casal que qualquer um de nós gostaria de ter tido como pais ou avós. Passo a palavra ao Diretor de Hogwarts, Sirius Black.

—Obrigado, Harry. Bem, creio que muitos dos cabelos brancos que Dumbledore ganhou possuíam o meu nome, bem como os de Tiago, Remus e Peter. Ainda assim ele jamais deixou de reconhecer o potencial dos Marotos, inclusive durante os Dias Negros. E nós correspondemos à altura, creio eu. Minerva McGonnagall também perdeu parentes naqueles dias, já que todos eles pertenciam à Ordem da Fênix, assim como ela própria. O resultado foi positivo, mesmo que alguns tenham mudado de lado. E até mesmo naquele período no qual acabei por ser mandado para Azkaban, quando ninguém mais acreditava em mim, Dumbledore e Minerva chegaram a me visitar e tentaram interceder junto ao Ministério. E, particularmente, Minerva McGonnagall me disse algo na época de aluno que mudou toda a minha vida. Eu me sentia isolado durante o meu primeiro ano em Hogwarts, devido ao passado de minha família. Os sonserinos me desprezavam por eu ter sido selecionado para a Grifinória e os grifinórios, em sua maior parte, me olhavam com desconfiança por eu ser um Black. Um dia, Minerva me disse: “Sr. Black, não se deixe abater pelo que outros possam pensar a seu respeito. O importante é o que o senhor acredita. Se o senhor tivesse alguma afinidade pelas Trevas, por menor que fosse, Tiago Potter jamais seria seu amigo. Pense nisso”. Nunca mais me senti incomodado. Depois daquilo, Remus e Peter juntaram-se a nós e foi o início dos Marotos. Derek também estava sempre conosco e nos avisava quando estávamos pegando pesado demais com alguém, principalmente com Severo. O que quero dizer é que poucos não foram tocados por algo que Dumbledore e Minerva disseram ou fizeram. Adeus, meus mestres. Sentirei muito a falta de vocês.

Depois de Sirius, Severo Snape ocupou o parlatório.

—O papel de Alvo Dumbledore foi simplesmente o de mudar toda a minha vida. É fato conhecido por toda a Bruxidade que, quando mais jovem, fiz parte dos Death Eaters e era um dos conselheiros mais próximos de Lord Voldemort, sendo seu Mestre-Envenenador. Um acontecimento fez com que eu e Dumbledore nos aproximássemos e com que eu me tornasse um agente da Ordem da Fênix, infiltrado entre os seguidores das Trevas. Onde eu estaria, caso aquilo não tivesse acontecido? Certamente morto ou encarcerado em Azkaban. Dumbledore tinha a capacidade de perceber o que cada pessoa tinha de melhor e desenvolver esse aspecto. Graças a ele e a Minerva McGonnagall, que também foi minha professora, pude iniciar uma carreira de professor de Poções em Hogwarts e encontrar a felicidade, ao lado de Rosmerta e Nereida. Jamais vou me esquecer das acaloradas discussões que tínhamos sobre Quadribol e que sempre terminavam em divertidas apostas. Foram excelentes anos, tendo primeiro Dumbledore e depois Minerva à frente da escola. Anos que deixarão muitas lembranças, todas elas excelentes. De onde estiverem e estou certo de que estão em um bom lugar, eles continuarão a olhar por nós. Muito obrigado aos dois, por tudo.

Depois de Snape, Derek Mason fez uso da palavra.

—Alvo Dumbledore foi extremamente importante para mim, pessoalmente, ao complementar o que meu avô, Ryusaku Komori, me ensinou sobre controlar a raiva e não envenenar meu coração com sentimentos de vingança e isso não é fácil quando se trata de um garoto que, aos cinco anos, viu seus pais recém-assassinados e seu assassino desaparatando. Com ele eu aprendi a me acalmar e aperfeiçoei meus dons de Mestre Ninja, conseguindo transcender os limites no domínio do Ki, o que ajudou a fazer de mim o que sou hoje. Minerva McGonnagall foi colega de meus pais e sempre se constituiu em um exemplo de competência, perseverança e retidão de caráter, inspirando muitos a prosseguirem no caminho da Luz. Adeus. Outros como vocês dois não aparecerão tão facilmente. _ e Derek Mason fez uma reverência para os ataúdes, com os punhos no gesto do guerreiro _ KEIREI!!

Depois de Mason, vários outros externaram seu pesar e relembraram o quanto Alvo Dumbledore havia sido importante para suas vidas, até que um outro bruxo levantou-se e ocupou o parlatório. Era quase idêntico a Alvo Dumbledore, exceto por sua barba e seus cabelos que, em vez de totalmente brancos, eram grisalhos, com algumas mechas de fios acaju. Era o irmão gêmeo de Alvo, Aberforth Dumbledore.

—A convivência entre Alvo e eu nem sempre foi pacífica. Mas quais irmãos nunca tiveram suas rusgas? Apesar disso, nos respeitávamos muito e o valor da família sempre falou mais alto. Até mesmo quando perdemos nossa irmã caçula, Ariana, vítima de um feitiço de Grindelwald, sendo que daquela vez eu o julguei responsável, nossa união não se rompeu, mesmo eu tendo agredido meu irmão daquela vez. Depois ele me disse que aquilo o ajudou a refletir sobre os riscos do poder sem medidas. Eu poderia falar sobre o famoso e poderoso Alvo Dumbledore, Presidente da Confederação Internacional dos Bruxos, Ordem de Merlin Primeira Classe, descobridor dos doze usos para o sangue de dragão, grande alquimista e colaborador de Nicolau Flamel no projeto do qual participamos, inclusive com Grindelwald, para aperfeiçoamento da Pedra Filosofal e do qual pedi para que meu nome não constasse dos créditos oficiais, porque a fama nunca me interessou. Mas prefiro falar sobre meu irmão, que soube compreender a natureza do meu pedido, que visava continuar a levar uma vida simples. Meu irmão, apreciador de doces trouxas, música e boliche. Aquele que jamais deixou que o peso da responsabilidade que carregava mudasse o seu jeito de ser. Alguns podem até achar que ele era meio manipulador e que nunca dizia tudo para ninguém. Mas, na verdade, ele dizia o que cada um precisava saber e fazia o que podia para colocá-lo no caminho certo. Fomos colegas, eu ele e Grindelwald. Ambos acreditavam em um “Bem Maior”, embora suas visões diferissem, já que Grindelwald acreditava que ele seria obtido através da submissão dos trouxas, enquanto que Alvo era de opinião que o ideal seriam tutela e orientação veladas, até que ambos os mundos pudessem retomar a antiga harmonia, com o que Grindelwald não concordava. Em suma, Alvo Dumbledore era um idealista e eu espero que não faltem pessoas para manter vivo o seu sonho. Minerva McGonnagall sempre foi um exemplo de caráter, desde a juventude. Eu a conheci quando ela era aluna e eu já era dono do Cabeça de Javali. Embora ela e sua turma não frequentassem o meu Pub, eles nunca deixavam de me cumprimentar, sempre que iam a Hogsmeade. Jovens alunos que não se pode esquecer: Minerva McGonnagall, Renata e Hiram Mason, Fabiola Wayne, Jean-Marc Malfoy e, por que não dizer, o próprio Tom Riddle, aluno exemplar antes de seguir a trilha das Trevas e se tornar Voldemort. Se ela teve a tristeza de ver seu namorado voltar-se para o mal, embora ele tenha tido a grandeza de protegê-la, conseguiu recuperar a felicidade ao lado do meu irmão, em uma relação madura e tranquila. Seus nomes estarão para sempre gravados no coração daqueles que os conheceram. Descansem em paz.

Por fim, Arthur Weasley subiu ao parlatório, para encerrar a elegia.

—Hoje a Bruxidade se despede de dois dos seus maiores e mais queridos expoentes, os quais tive a honra de ter como professores. Além disso, seu senso de dever para com o bem de todos não permitiria que ficassem de braços cruzados durante a ascenção das Trevas. Alvo Dumbledore combateu contra Grindelwald, nos últimos dias da II Guerra e tomou parte ativa na luta contra a Ordem das Trevas, durante os Dias Negros e também durante a Segunda Ascenção de Voldemort, naquelas duas últimas ocasiões tendo Minerva McGonnagall ao seu lado. Um sentimento que se manteve puro por toda a vida dos dois certamente continuará assim para além dela. Adeus, Alvo Percival Wulfric Brian Dumbledore. Adeus, Minerva McGonnagall. Toda a Bruxidade e eu acredito que também muitos trouxas que conhecemos sentirão a sua falta. O seu trabalho não será interrompido, prometo que durante a minha gestão à frente do Ministério da Magia eu farei tudo para restabelecer a harmonia entre bruxos e trouxas. E tenho certeza de que, no tempo adequado, meus sucessores farão o mesmo. Vocês jamais serão esquecidos.

Com lágrimas nos olhos, Arthur Weasley aproximou-se dos ataúdes e colocou nas mãos do casal de bruxos suas respectivas varinhas. Ajudado por Harry, Sirius e pelo Primeiro-Ministro trouxa, fechou os ataúdes e cobriu-os com a bandeira do Reino Unido, a bandeira do Ministério da Magia e a bandeira da Grifinória. Em seguida os féretros foram conduzidos para dentro do jazigo. Arthur, Harry, Draco, Sirius, Hermione e o Primeiro-Ministro carregavam o de Dumbledore. O de Minerva era levado por Rony, Janine, Gina, Luna, Derek e Snape. Depois que a entrada do jazigo foi magicamente selada, Fawkes levantou voo do poleiro onde estivera, ao lado da cadeira de Sirius e pousou na porta do jazigo, entoando um canto melodioso e que, embora com um acento triste, enchia os corações de todos com esperança pela vinda de dias melhores. Com a última nota do canto, uma pira se acendeu. Suas chamas arderiam para sempre, pois haviam sido alimentadas com o espírito da Fênix. Depois daquilo, Fawkes retornou para seu poleiro, sendo afagada por Sirius.

Depois que a maioria daqueles que vieram prestar as últimas homenagens a Dumbledore e McGonnagall, Ricardo Lugoma aproximou-se de Harry.

—Mas como foi acontecer essa fatalidade, Harry?

—Se é que foi uma fatalidade, Ministro Lugoma. _ respondeu Harry.

—Como assim?

—Acho que estou entendendo, Ministro. _ disse Claudiomir, que estava chegando, em companhia de Leonardo Mafra _ A tal tempestade e a avalanche foram... convenientes demais. Ocorreram em um lugar sem riscos conhecidos, justamente na semana em que Dumbledore e McGonnagall estavam naquela pista. Tem todo o cheiro de coisa armada. Não concorda comigo, Harry?

—Sim. Está parecendo mais uma manobra do Círculo Sombrio, bem orquestrada e talvez realizada com algum feitiço do Necronomicon. Só assim para criar uma tempestade de neve que ocasionasse uma avalanche, bem ali. E você, não está mais no BOPE?

—Temporariamente transferido para a Academia de Aurores, onde eu já havia auxiliado nas instruções de Artes Marciais e Táticas Policiais, com o bônus de fazer a segurança do Ministro Mafra, quando for preciso.

—É melhor tê-lo do meu lado do que contra mim. Ainda não me esqueci de quando ele me chantageou para poder agir naquele caso do pedófilo.

—Foi por uma boa causa, Ministro. _ disse Claudiomir, com aquele seu famoso sorriso safado _ Pegamos o cara e, além disso, eu não perderia de modo algum a oportunidade de novamente estar perto de...

CLAUDIOMIR!!!— ouviu-se uma voz.

MILENA!!— Claudiomir voltou-se e abraçou a enfermeira Milena Kersey, assistente de Gina no Hospital Escolar.

—Você não disse que vinha. _ disse Milena.

—Para mim também foi surpresa. _ respondeu ele _ O Ministro me solicitou para fazer sua segurança. E, como eu disse, agora sou instrutor da Academia de Aurores.

—Eles vão aprender perfeitamente os múltiplos usos das vassouras e dos sacos plásticos. _ comentou Janine, sorrindo.

—Só o básico, Profª Malfoy. O resto dependerá da criatividade de cada um.

—Vamos entrar? _ sugeriu Sirius _ Creio que há um bom chá à nossa espera.

—Excelente. _ disse Draco _ Poderei ficar mais algumas horas, antes de voltar para o Brasil.

—Vai voltar para o Spa em Gramado? _ perguntou Harry.

—Sim. Estou tendo progressos com os pesadelos, já estou conseguindo controlar os sonhos. Só não consigo evitar de despertar antes de ver a verdadeira cara de “Escuridão”. Mas isso já era de se esperar, faz parte do feitiço que aquele maldito colocou em mim, quando eu e Jan fomos prisioneiros do Círculo, em Teotihuacan.

Entraram e sentaram-se a uma mesa no Salão Principal, agora vazio. As crianças foram para outros lugares e Harry fez uma rápida inspeção em busca de Orelhas Remotas, embora soubesse que algumas deixariam de ser encontrada. Afinal de contas, Tiago e Lílian eram dois Potter, bem como Cliff e Mafalda eram dois Weasley.

—É bom estarmos todos aqui. _ disse Harry _ O Círculo Sombrio já afetou diretamente a todos nós, de um modo ou de outro.

—Exatamente. _ disse Leonardo Mafra _ Escapei de um atentado, há algumas semanas. Como eu estava no Rio, aproveitei para acertar pessoalmente os detalhes da transferência do Capitão Claudiomir para a Escola de Aurores. Um faxineiro tentou me atingir com um estilete, oculto no cabo de um espanador, mas Claudiomir estava bem ao meu lado e o impediu. Era um assassino trouxa do Círculo.

—Como Claudiomir o impediu? _ perguntou Hermione, curiosa.

—Já ouviu falar no ditado “É impossível fazer omeletes sem que se quebrem os ovos”, Profª Weasley? _ perguntou Claudiomir, enquanto Hermione fazia uma careta, lembrando-se do que ela mesma já fizera com Voldemort _ Ele deverá falar fino para o resto da vida.

—Dá para fazer uma ideia. _ comentou Harry, lembrando-se de que ele também fizera a mesma coisa com o Lorde das Trevas _ Então o Ministro Mafra resolveu designá-lo como seu guarda-costas eventual?

—Exato. _ respondeu Leonardo _ Embora Claudiomir seja trouxa, possui reflexos e percepção aguçadíssimos, resultado do treinamento e do serviço no BOPE. Também é bom em disfarces e versado em armas Ninja, graças às instruções de Derek Mason. Assim pode agir de forma que bandidos do Círculo não desconfiem.

—Depois daquilo que ele fez com os bandidos que estavam naqueles Jet-Skis no Lago Negro, acho que Claudiomir deve ter subido algumas posições na lista negra do Círculo Sombrio. _ comentou Ayesha.

—Cabeça a prêmio faz parte do dia-a-dia do BOPE, Profª Black. Como precaução, recebi vários Feitiços de Segurança do Ministério, que me permitem detectar uma ameaça à distância. _ disse Claudiomir _ Mudando de assunto, desmantelamos toda aquela rede de pedofilia. As informações de Pendergast foram extremamente valiosas.

—Tem tido notícias dele? _ perguntou Harry.

—Rodando pelo mundo, nunca ficando muito tempo em um lugar, até que a poeira baixe. Sua Reformatação Facial Mágica foi um sucesso, como sabemos e logo ele terá conseguido despistar qualquer eventual perseguidor do Círculo, assim espero. A notícia de sua “morte” foi amplamente divulgada e, para todos os efeitos, seu corpo foi cremado.

—Bom. Ele disse que nos mandaria informações, sempre que fosse preciso.

—É importante, pois se o Círculo já era perigoso antes, ficou ainda mais, depois que minha filha fugiu da Masmorra de Xangô e se juntou com aquele bandido do “Escuridão”. _ disse Ricardo Lugoma.

—Não se preocupe, Ministro. _ disse Neville _ Continuamos sempre alertas para as atividades deles, ainda mais porque ela quer me pegar, também.

—Claro, foi você quem a atingiu com um disparo de munição mágica sedativa. _ disse Rony, servindo-se de uma xícara de chá, que um elfo havia deixado sobre a mesa.

Naquele momento, Harry pediu licença e se levantou, saindo pela mesma porta que o elfo de olhos azuis. Em um ponto seguro do corredor, um pouco distante do Salão Principal, o pequeno ser esperava por ele.

—Eu reconheci você, Pooka. Como vai?

—Pooka vai bem, Senhor Harry Potter. Sinto pelo que houve com os professores Dumbledore e McGonnagall. Suas suspeitas estavam corretas.

—Então a avalanche foi obra do Círculo?

—Sim, com certeza. Pooka estava perto e vi “Sombra” e “Escuridão” falando sobre aquele plano. E Pooka tem um recado de “π” para o senhor.

—E qual é o recado, Pooka?

—É: “Ele sabe onde está a chave para o mal ancestral”.

—Eis uma notícia que não me agradou nem um pouco, Pooka. Muito obrigado por avisar. _ disse Harry.

—Pooka fica feliz de servir ao senhor e a “π”, assim como servia à Srta. Artamonov. É hora de ir embora. Com licença. _ e o elfo saiu por uma porta lateral. Harry foi atrás mas, ao passar pela porta, já não viu mais Pooka.

—Estranho, muito estranho. _ murmurou Harry para si mesmo, enquanto retornava para o Salão Principal. Ao entrar, executou discretamente o Feitiço de Comunicação por Xícaras, estabelecendo uma conversa privada com Rony.

— “Rony, creio que ‘Banshee’ deverá ir aos EUA.”

— “O que houve? Deverei ir atrás daquilo?

— “Exatamente. Acabei de ser informado que o Círculo sabe onde estão aquelas anotações.”

— “Então deverei ir a Arkham, xeretar a Miskatonic University. Por sorte tenho uma boa cobertura.”

— “Como assim?

— “Há um jogador do Boston Blockbusters que está se transferindo para a Liga Britânica e vai jogar no Puddlemere United. O presidente do Puddlemere pediu que eu acompanhasse pessoalmente a assinatura do contrato. Será um bom pretexto para que o chefe da Divisão de Quadribol do Departamento de Esportes Mágicos faça uma viagem até Massachusetts, com a oportunidade de uma esticadinha até Arkham.”

— “Ótimo. Assim ninguém desconfiará. Quando você vai?

— “Daqui a pouco. Vou usar a lareira do Gabinete do Diretor.

— “OK. Faça uma boa viagem e tome cuidado.

—Bem, eu preciso ir. _ disse Rony _ Como já havia dito a Hermione, vou ter de acompanhar a transferência de um jogador da Liga Americana para a Liga Britânica. Posso usar sua lareira, Sirius?

—Certamente. _ disse Sirius _ E para onde vai?

—Boston, o berço da Independência Americana.

—Boa viagem. _ disse Sirius, enquanto Rony dava um beijo em Hermione e ia para o Gabinete do Diretor, para tomar uma lareira rumo aos EUA.

Boston é a capital e maior cidade do estado de Massachusetts, sede do Condado de Suffolk. Conta com mais de cinco milhões de habitantes em sua área metropolitana, possuindo um sistema de metrô e um aeroporto internacional, Logan. Sua fundação pelos ingleses data de 1630, tendo sido palco de várias revoltas durante o processo da Independência, inclusive o famoso episódio do Boston Tea Party, quando a carga de chá dos navios ingleses foi jogada ao mar por colonos revoltados, disfarçados de índios. As revoltas culminaram com a retirada dos ingleses, em 1776. É um dos maiores pólos educacionais dos EUA, destacando-se a Universidade de Harvard e o MIT (Massachusetts Institute of Technology).

E é nessa grande e importante cidade que vamos encontrar o chefe da Divisão de Quadribol do Departamento de Esportes Mágicos do Ministério da Magia da Inglaterra, Ronald Bilius Weasley.

Saltando de um táxi comum na altura do Nº 87 ½ da Prince Street, Rony entrou no Corner Cafe e dirigiu-se ao banheiro masculino. Inserindo uma chave especial na parte de trás de um secador de mãos o espelho se abriu, dando lugar a uma escada com corrimão. Rony desceu por ela e a entrada se fechou atrás dele. O corredor iluminado terminava em uma porta, que ele logo abriu e atravessou. Na recepção do escritório da Liga Americana de Quadribol, a funcionária vestida de verde lhe entregou um crachá com sua foto.

—Bem-vindo, Sr. Weasley. O Presidente da Liga Americana, Frank Copeland, está à sua espera.

—Muito obrigado, Janet. _ disse Rony, depois de ver o nome da recepcionista, no crachá de identificação no lado esquerdo do peito dela.

Dirigiu-se ao escritório de Copeland, que recebeu o ruivo com animação.

—Ronald Weasley! Não vejo você há mais ou menos uns dois anos. O que houve para um figurão do Departamento de Esportes Mágicos se envolver na transferência de um jogador?

—Foi um pedido pessoal do presidente do Puddlemere United e também uma oportunidade para conhecer Boston. Eu já conhecia Nova York, Washington, Salt Lake City e Los Angeles, mas é a primeira vez que venho para cá.

—A cidade é grande e bastante bonita. Como foi fundada por ingleses, a arquitetura de muitos bairros é tipicamente britânica. _ disse Copeland, que tinha muito orgulho da tradição da cidade _ Marston deve estar para chegar, a fim de assinar os documentos... ah, aí está ele.

Daniel Marston, ex-Apanhador dos Boston Blockbusters, havia acabado de entrar.

—Sr. Copeland, aqui estou para assinar os documentos... Ronald Weasley? Um dos melhores Goleiros que o Chudley Cannons já teve!

—Vim a pedido de Anthony Murdock, presidente do Puddlemere United. Ele é um velho amigo e tem muita esperança de que sua atuação possa alavancar o time em algumas posições na próxima temporada. Tudo certo quanto ao contrato?

—Sem problemas. Já o analisei, junto com meu advogado e meu empresário e está tudo perfeito. Podemos assinar, então. _ Marston pegou uma pena e assinou as três vias do contrato _ Bem, com isto eu agora faço parte da Liga Britânica e do Puddlemere United.

—Seja bem-vindo. Sua casa em Puddlemere já está pronta, sua esposa e sua filha foram na frente e já estão se instalando. _ disse Rony _ Já há uma lareira prontinha.

Marston se despediu, pegou a bagagem e entrou na lareira, rodopiando para a Inglaterra.

—E agora, Rony? O que você vai fazer?

—Tenho uns dois dias livres. Vou aproveitar para conhecer e fotografar Boston e outras cidades de Massachusetts.

—Não se esqueça de conhecer Salem. _ disse Copeland _ A cidade é famosa pela associação com bruxas, embora as vítimas dos julgamentos e execuções tenham sido todas trouxas, sobre as quais pesavam acusações infundadas.

—É, uma verdadeira bruxa poderia apenas fingir ser executada na fogueira, enquanto sentia somente cócegas. _ disse Rony, lembrando-se de Wendelin, a Esquisita _ Mas Salem é uma boa dica de lugar para visitar.

—E no mesmo condado ainda tem Arkham.

—Arkham? _ repetiu Rony, fingindo desconhecer a importância da cidade.

—Sim. A Miskatonic University é famosa por pesquisar o oculto, embora seja uma escola trouxa. Se bem que há muitos bruxos entre os alunos e, se não me engano, até entre os membros do corpo docente.

—Acho que vale a pena uma visita. _ disse Rony _ Bem, acho que vou indo.

Saindo do Corner Cafe, Rony tomou um outro táxi, que o deixou em frente ao Hotel Commonwealth, onde já tinha um apartamento reservado. Desfez suas malas e, bastante precavido, executou vários feitiços e Jutsu de detecção, constatando que o apartamento estava limpo, sem nenhum meio de espionagem quer bruxo ou trouxa.

De um fundo falso em sua mala, o ruivo pegou um Ofuda com a forma de um boneco humano e escreveu sobre ele o seu nome, em Katakana. A seguir, conjurou uma agulha e picou seu dedo, deixando que uma gota de sangue caísse sobre o papel. Executou um Feitiço Hemostático no dedo e fez com que a agulha desaparecesse. Então pegou o Ofuda na mão e realizou a invocação que Harry e Derek haviam ensinado.

私の愛する、美しいOfudaに限り、必要に応じて私を置き換え(Watashi no aisuru, utsukushī Ofuda ni kagiri, hitsuyōniōjite watashi o okikaeruMeu querido e belo Ofuda, me substitua pelo tempo que for necessário.”).

No instante seguinte, uma cópia idêntica estava à sua frente.

—O que devo fazer, Rony? _ perguntou o Shikigami.

—Finja ser eu, comportando-se como um turista. Visite pontos turísticos de Boston, tire fotos e volte para o hotel ou seja, aja normalmente. OK, Rony?

—Sem problemas, Rony. Darei a cobertura necessária para que você possa ir a Arkham.

—Valeu. Deverei estar de volta amanhã ou depois.

—Tudo bem. Tenho energia para existir por tempo indeterminado, o seu Jutsu é bastante forte. Pode contar comigo, Rony.

—Confio em você como confio em mim. _ brincou Rony.

Quando o Shikigami saiu do apartamento, em roupas casuais, o Rony original saiu logo atrás dele, camuflado com um Feitiço de Desilusão. Ambos entraram no elevador e saíram para a rua, após atravessarem o Hall do hotel. Enquanto o Shikigami seguia para um lado, em busca de pontos importantes de Boston para visitar e fotografar, Rony ia para outro misturando-se à multidão com o Ki rebaixado, a fim de despistar alguém que tentasse seguir uma eventual emissão de calor ou Ki.

Entrando em um movimentado shopping Center, dirigiu-se a uma loja e, localizando um provador masculino vazio, entrou nele e desfez o Feitiço de Desilusão, logo saindo e misturando-se aos outros clientes.

Vestindo um Blazer de Tweed marrom-esverdeado, uma camisa Abercrombie cinza, jeans Diesel, cinto e Docksides marrons, com os cabelos pretos, olhos castanhos, bigode e uma bem aparada barba, ninguém seria capaz de reconhecê-lo. Saindo do shopping, colocou óculos de sol e foi até uma agência da Hertz, onde alugou uma Dodge Journey e, após consultar o mapa, saiu da cidade, seguindo a Rodovia 128, passando por Salem e Beverly e logo percebendo que o ar começava a ficar mais frio, com uma neblina cada vez mais densa (“Até parece que estou em um daqueles filmes de Roger Corman, estrelados pelo Vincent Price”, pensou Rony). Dali a pouco uma placa indicava a saída para Arkham, através de uma estrada secundária. Cerca de vinte minutos depois de sair da interestadual, Rony via logo adiante, o portal da cidade que anunciava: “BEM-VINDO A ARKHAM, LAR DA MISKATONIC UNIVERSITY”.

Ao atravessar o portal e seguir as indicações até o campus da Miskatonic University, Rony teve a impressão de estar voltando no tempo. Arkham era uma cidade não muito grande, mas com ruas limpas e uma arquitetura que, salvo raras exceções, mantinha o padrão vitoriano. Seguindo pela Church Street, a principal rua de comércio, logo viu o campus e virou à esquerda, pegando a Garrison Street e duas quadras adiante virou à direita, tomando a College Street e adentrando o campus pela entrada principal, estacionando a Journey em uma das vagas para visitantes.

Dirigindo-se à recepção, logo foi saudado pelo Vice-Presidente dos Reitores, Dr. David Edmunds.

—O senhor deve ser Mr. McCarter, que nos foi encaminhado. Vamos ao Gabinete do Presidente dos Reitores, o Dr. Alfred Smith está à sua espera.

—Obrigado, Dr. Edmunds. _ disse Rony, acompanhando o Reitor até uma primorosamente entalhada porta de carvalho, que logo se abriu para lhes dar passagem.

Mr. McCarter, é um prazer recebê-lo, mesmo que esse não seja o seu nome verdadeiro, estou certo?

—Sim, Dr. Smith. _ respondeu Rony _ Creio que Alan Sykes já deve tê-los instruído sobre quem sou e a razão da minha visita.

—Claro, sabemos que o senhor é um Auror e um “Camaleão-Fantasma”. Muitos de nossos alunos são bruxos, bem como alguns dos professores. Então os nossos manuscritos correm perigo?

—Sim, Dr. Smith. Mais especificamente, as anotações da criada de Aleister Crowley.

—Nós destruímos tudo o que havia do Necronomicon em nossa biblioteca secreta, deixando somente as capas. Aqueles livros eram muito perigosos para continuarem existindo. Se bem que nós sabíamos que não eram as únicas cópias. Uma outra que estava em poder dos Nazistas foi destruída pela Ordem da Fênix, em 1942.

—A tal que tinha páginas feitas com pele de prisioneiros judeus?

—Aquela mesma. Foi totalmente queimada e as cinzas espalhadas, para que jamais pudesse ser recomposta. A camareira de Aleister Crowley bisbilhotou a reunião na qual vários ocultistas bruxos e trouxas planejaram o modo de ocultar os sete volumes e fez anotações, sobre como obter a bússola. O que eles não sabiam era que ela também havia feito anotações de trechos do Necronomicon, principalmente os referentes à invocação dos Ancient Ones.

—As anotações sobre a bússola acabaram por cair nas mãos do Círculo Sombrio. _ disse Rony _ Mas eles também acabaram tomando conhecimento dessas outras e é por isso que estou aqui.

—Para levá-las a um local mais seguro ou, se preciso for, detruí-las, para que não caiam nas mãos do Círculo, não é? _ perguntou o Dr. Edmunds.

—Exato. _ disse Rony _ É importante que eu impeça o Círculo de se apoderar de qualquer meio para invocar os Ancient Ones.

—Vai levá-las para Hogwarts? _ perguntou Smith _ Sei que não há lugar mais seguro do que lá. Aliás, soube que Alvo Dumbledore e Minerva McGonnagall morreram em uma avalanche. Eu os conhecia e gostava deles, foi uma enorme perda.

—Vou. Alguns dos volumes do Necronomicon estão conosco e outros com “Escuridão”. Por sorte o que trata dos Ancient Ones está bem guardado em Hogwarts e agora as anotações da camareira de Aleister Crowley seguirão o mesmo caminho.

Seguiram para a Biblioteca da Miskatonic University e no caminho o Diretor da Biblioteca Orne, Dr. Henry Armitage, juntou-se a eles. O Dr. Edmunds fez as apresentações.

—Dr. Henry Armitage, Mr. McCarter, da Inglaterra.

—Bem-vindo à Miskatonic, Mr. McCarter. A Biblioteca Orne está ao seu dispor.

—Obrigado, Dr. Armitage. É muito bom poder contar com sua colaboração. _ disse Rony.

—Não há de quê. Colaboramos com a Bruxidade ao redor do mundo, a fim de manter o equilíbrio necessário para que seja alcançada a tão sonhada harmonia entre bruxos e trouxas. _ disse Armitage _ Aqui na Miskatonic somos guardiões de uma grande variedade de segredos, muitos dos quais ainda não é a hora do mundo conhecer e também alguns dos quais o mundo não deve saber jamais.

—Os assuntos relacionados ao Necronomicon são alguns desses segredos. _ disse o Dr. Smith _ Por sorte e graças a muitos amigos, entre eles H. P. Lovecraft e Alvo Dumbledore, o Necronomicon é considerado uma lenda, mesmo entre os bruxos.

—E espero que assim continue, Dr. Smith, até que consigamos resgatar os volumes que estão em poder do Círculo. _ disse Rony _ Bem, vamos...

—O que houve, Mr. McCarter? _ perguntou o Dr. Edmunds, vendo Rony sacar a varinha.

—Há alguém na Biblioteca Orne, senhores. Alguém que não deveria estar lá dentro. _ disse ele, em voz baixa _ Afastem-se da porta.

Os membros da Universidade obedeceram ao Auror. Rony abriu a porta, sem fazer barulho e, sentindo uma vibração de perigo no seu Ki, mal teve tempo de bradar “Protego” e formar um escudo protetor, que impediu aos quatro de serem atingidos por um verdadeiro enxame de pequenos objetos, clipes de papel desdobrados, que poderiam fazer um estrago caso os atingissem, pois todos estavam em trajetória para atingir suas carótidas.

Mr. McCarter... _ tentou dizer Armitage, mas Rony o interrompeu.

—Saiam daqui e deixem-no comigo. _ disse Rony _ Aquele maldito é mais perigoso do que parece. É bem provável que conheça “Hoda Korosu”!


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