Fogo e Gelo escrita por Reira


Capítulo 9
Tristes surpresas, ansiedade e olhos de ressaca


Notas iniciais do capítulo

"Even when I'm walking on barb wire
Even when I set myself on fire
Why do I always feel invisible, invisible
Everyday I try to lock my past...
Even though inside I'm such a mess
Why do I always feel invisible, invisible ?"
(Invisible, Skylar Grey)



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Fiquei paralisada, assistindo a cena. O que uma garota como eu poderia fazer ? Perto de Dajan eu era uma anã. Mas também não poderia assistir o Nath apanhar assim... eu ia dizer algo, mas Dajan foi mais rápido. Nem consegui processar direito, em um segundo Nath estava no chão, com o nariz sangrando devido á um soco do moreno. Arregalei os olhos, assustada, vendo que ele não pretendia parar.

–- Vamos ! Não vai reagir ? - Ele o puxou pelo colarinho da camisa.

–- Dajan, espera ! - Ele virou os olhos cheios de raiva para mim, o que me fez recuar um pouco, assustada. - Nós podemos explicar tudo isso, a Ambre... ela nos fez beber demais entende ? A gente passou dos limites. Fizemos coisas que não devíamos. E viemos pedir desculpas... graças á Ambre soubemos de tudo que fizemos, a gente não lembrava. Fiquei muito mal ao saber que tinha ido parar no hospital... por favor, nos perdoe. - Seu olhar foi suavizando á medida que eu falava. Logo estavam bem mais calmos, apesar de ainda estar agarrando Nath pelo colarinho da camisa.

–- Eu me lembro de você, a garota que me agarrou – E deu um sorriso malicioso. Er... não precisa dizer assim, né. - Posso aliviar a barra desse idiota aqui, mas graças á você. E se chegar perto da Iris de novo, nem sua amiguinha linda ali vai limpar sua barra – Disse ele para Nath, e em seguida o soltou bruscamente. Ele respirou fundo e arrumou o colarinho da camisa. - Qualquer dia a gente termina o que começou, linda – Disse ele quando passou ao meu lado. O encarei com os olhos semicerrados de indignação.

–- Eu tenho namorado.

–- Que pena – E foi embora. Corri até o meu amigo que tinha acabado de se levantar.

–- Que garoto idiota – Eu disse, enquanto o via passar a mão no rosto e ver o sangue que havia escorrido nos seus dedos. Franziu o cenho e olhou pra mim.

–- Nem tanto... foi merecido. E doeu...- É, levar uma completa do Dajan iria ser bem traumático.

–- Poderia ser pior... tá me devendo uma. - Ele riu e me agradeceu. Mas em meio áquele momento solene, acabei esquecendo de Iris, que estava se afastando também. Olhei séria para Nath, e ele assentiu, me encorajando a ir falar com ela.

–- Eu tenho que limpar isso... peça desculpas pra ela por mim, e depois eu peço pessoalmente. - Eu assenti e fui.

–- Iris ! - Chamei, mas ela fingiu não ouvir. Suspirei e corri até ela. - Iris, escuta... - Ela parou, mas não se virou. - Eu sinto muito. Me perdoa, por favor... nem eu nem o Nath queríamos ter dito nem feito nada daquilo, a Ambre, ela fez a gente passar dos limites... foi horrível, você...

–- Você não entende... - Ela se virou e seus olhos estavam cheios de lágrimas. Minha expressão, antes só ansiosa, agora estava séria e surpresa. Odiava ver pessoas chorando, me partia o coração e me dá vontade de fazer de tudo pra ajudar. - Uma garota linda como você não entende o que é se sentir invisível. O que é ser deixada de lado, ser ignorada por não ser como elas querem que você seja. Durante toda a minha vida Shizuka, houveram garotas que fizeram o que você fez, e garotos como o Nath também. Sempre fazendo piada de tudo o que eu dizia... - Agora as lágrimas escorriam de seu rosto, uma atrás da outra; e eu ouvia, sentindo meu coração apertar... - Sempre me iludindo por quinze minutos e depois me ingorando, e rindo pelas minhas costas. Sempre dei o meu melhor mas elas, vocês, as garotas prefeitas, você recebem toda a atenção, de todos. Eu danço sabia ? Eu pratico balé desde os meus quatro anos. Participei em um concurso para estudar em Cambridge, na Inglaterra. Durante minha estadia, em Chicago, onde o concurso ocorreu... as garotas me ignoraram completamente, se achando superiores. Me senti invisível como sempre, mas consegui brilhar no momento que precisava, dancei maravilhosamente, como me disseram. - Eu sorri e assenti, enquanto ela dava uma pausa para secar as lágrimas. - Mas Amanda, uma garota perfeita, linda, linda mesmo... ela ficou com um dos jurados, que manipulou o resultado final. E ela venceu, mesmo que eu tenha sido a melhor. Meu sonho foi destruído... e eu voltei a ser a garota idiota, estranha, invisível.

–- Iris...

–- Não precisa tentar me consolar. Eu continuo sendo tão ingênua... o que eu estava fazendo naquela festa ? Ambre, a garota que divulgou isto pra escola inteira – Nisso ela abaixou as mangas do pulso direito, mostrando uma cicatriz. Encarei aquilo com um peso enorme, os lábios entreabertos de surpresa e compreensão. - Disse que estava arrependida de tudo que fez e me convidou. Disse que o Nathaniel queria muito que eu fosse... - Não estava mais aguentando. Me aproximei dela e abracei com força. Ela não reagiu de início, e pude sentir sua surpresa. Depois de alguns segundos de silêncio, tentei encontrar as palavras para dizer algo.

–- Eu te entendo, Iris...

–- Como pode ? Você não... - murmurou, entre alguns soluços baixos, estava chorando novamente.

–- Eu sinto, eu penso... coisa rara hoje em dia. - Me separei dela o suficiente para olhá-la nos olhos e ela riu, enquanto secava as laágrimas com a manga do suéter. - Mas sério... eu já fiz muitas besteiras e perdi coisas valiosas apenas para ser aceita. E ás vezes me sinto invisível também. Porque eu... - Suspirei, buscando palavras certas. - Porque eu não sou superficial, eu vejo além da aparência, do óbvio. Eu sempre tenho algo á dizer sobre tudo que vejo, que leio. Eu confesso que gosto muito daqueles vestidos da Valentino... - ela riu de novo e eu sorri. - Mas não é só nisso que penso, como a maioria das garotas. Eu amo música, e toco piano, e arrisco na bateria... enfim, acho que me entende. Eu vejo o mundo de forma diferente, eu tenho sensibilidade... e as pessoas encaram isso com desdém. Pessoas como nós se tornam invisíveis diante de tanta superficialidade. Mas acredite, Iris, nós somos vistas. Por aqueles que valem a pena. Então tenha paciência e continue sendo quem você é, não mude. E você é linda, do jeito que é... mas é uma beleza sutil, no olhar, no jeito, no sorriso... aquela vista por raros. E olha só, depois de tudo isso, você continua aqui... isso mostra o quanto você é forte. E não diga que seu sonho foi destruído... haverão outras oportunidades. Não duvido que deva ser uma ótima bailarina, e ainda vai brilhar muito... Espero que possamos no conhecer ainda mais, pra que eu possa confirmar a pessoa maravilhosa que você é. - Ela me encarou por alguns segundos em silêncio e depois sussurrou um obrigada. Estava se segurando para não chorar de novo. Logo minha mãe apareceu buzinando e eu dei um abraço rápido de despedida. - Fique bem, ok ? Ah, e vai lá em casa no dia do Baile de Máscaras, vou te ajudar a ficar mais linda ainda e calar a boca dessas pessoas idiotas. - Ela assentiu, sorrindo, e acenou de volta quando eu acenei de dentro do carro. Enconstei a cabeça no banco e fiquei encarando a paisagem em movimento durante o percurso todo, pensando no que tinha acabado de ouvir. Nunca imaginei que Iris tinha passado por tudo isso... e me senti bem por saber que a ajudei, pelo menos um pouco, e continuaria ajudando. Confesso que ás vezes recebia atenção e benefícios por ser julgada bonita, mas achava isso injusto. Eu nem sou tanto... me olhei no espelho lateral e o que vi foi uma garota comum, e nem tão bonita. Pessoas como eu, Iris, e muitos outros, são como lápis de cor branco. Em papel branco, não tem efeito nenhum. Mas em um papel colorido, o efeito é maravilhoso... ás vezes, não somos nós os errados. Nós só precisamos... trocar o papel.



Iris POV



Se Shizuka soubesse a bagunça que é essa minha mente. Me sinto, o tempo todo, em uma corda bamba. Ao mesmo tempo que sou invisível, sou observada, todos esperando que eu caia, para poderem rir.

O quanto eu mudei pra ser aceita... mas ainda assim, eu fui feita de boba. “Ela quer ser uma de nós, mas nunca vai conseguir”.

Me lembro do primeiro garoto que gostei... ele gostava de garotas de cabelo preto, e pintei meu cabelo pra tentar conquistá-lo. Fiz tudo o que as garotas me disseram, mas acabei fazendo papel de boba. Ri, me lembrando da minha mente á mil, como costuma ser, pensando: “e se eu fizer isso ? E se ele me achar boba?” E tudo isso se confundia com meus outros pensamentos sobre a escola, as garotas, sobre mim mesma. Mas esses dias bonitos acabaram, as ilusões, os sonhos... eles acabaram com tudo.

E distraio minha mente, cuidando dos clubes da escola, participando de uns quatro. Danço, estudo. A cada segundo, penso em alguma coisa, nunca páro.... Para evitar de pensar nas minhas fraquezas, e que, por algum motivo, me sentia bem em tê-las revelado, mesmo que nunca tenha dito pra ninguém. Realmente, por mais impulsivo que tenha sido – eu costumo ser bem impulsiva quando se trata de emoções - colocar tudo pra fora foi bom. Não sei ainda se Shizuka é realmente confiável, mas eu senti que é, quando ela me abraçou... eu pude sentir a sinceridade nas palavras dela... e como sempre, segui minha emoção e acreditei. E algo me dizia que dessa vez eu não me arrependeria.



Shizuka POV



Dez horas, finalmente ! Passei o dia todo ansiosa para conversar com Lysandre no Skype.

Não pude evitar de sorrir ao ver aquele rosto lindo na tela, sorrindo pra mim.

–- Já está melhor ? - Ele perguntou.

–- Sim, bastante... eu me desculpei com a Iris e com o Dajan... e acho que Ambre não vai fazer nada com aquele vídeo, e se fizer também... tenho amigos com quem contar, e tenho você. - Ele abriu um sorriso enorme, que fez aquelas borboletas adormecidas em meu estômago alçarem voo num instante, aquele arrepio subiu pela minha espinha... uma sensação maravilhosa. - Ah, tenho uma coisa pra te contar.

–- O quê ?

–- Tem uma Castiel na minha sala, conhece ? É ruivo... - Ele assentiu. - Ele inventou de falar mal de você, que é pra eu tomar cuidado... - Ele riu e revirou os olhos.

–- Eu conheci ele no intercâmbio também, eu fui á show dele, eles estavam bem no começo ainda... mas eu conversei com a ex dele e ele ficou todo nervosinho. Eu apanhei – Eu arregalei os olhos, com raiva.

–- Meu conceito sobre ele só diminui...

–- Acho bom você não ficar muito perto dele.

–- Nem precisa pedir.

–- Mas não vamos falar de idiotas não é ? - Eu ri.

–- Certo. Me conte como foi sua semana... quero detalhes.

–- Antes, você já descobriu porque te chamei de Capitu ?

–- Ah eu estou lendo, é bem interessante, mas não vi nada sobre os olhos dela ainda... - Ele sorriu.

–- Vai gostar quando ver... tirando uma parte do oblíqua e dissimulada... - E riu. - mas enfim. – Ele começou a contar as novidades e rimos juntos, e depois eu contei as minhas, que nem eram muitas. Eu ia contar da Iris, mas algo em mim me disse pra não fazer isso. Não deve ser certo, afinal, é algo muito pessoal, apesar de eu querer muito falar com alguém... mas era melhor guardar. Depois fizemos graça juntos, falamos de coisas idiotas, mas que me faziam rir; e quando me dei conta já eram 1:30. Quero ver eu acordar amanhã...

–- Tenho que ir, amanhã tenho que acordar cedo... - Ele murchou a expressão na hora.

–- Bom, não vou impedir porque não quero você parecendo um zumbi na escola amanhã – Eu ri e me olhei no espelho, já estava ficando com olheiras. - Ah, e você vai ter uma surpresa em breve.

–- O quê ?

–- É surpresa. - Ele deu aquela risada de quando fazia suspense, e eu já estava super ansiosa. Odeio quando me deixam curiosa... insisti um pouco mais mas ele não contou, então me dei por vencida, nos despedimos e fui dormir. Demorei um pouco, imaginando qual seria a surpresa e pensando na Iris. Nem amigas somos, e ela me contou tudo aquilo, deveria estar realmente nervosa. Eu entendia em parte aquele sentimento, mas não totalmente, porque sempre tive amigos verdadeiros... mas sempre tem aqueles que te ignoram e te fazem se sentir horrível, e ela estava cercada de pessoas assim. Mas eu estava decidida a fazer o possível – se ela quiser, claro – para ajudá-la.





Por incrível que pareça, consegui acordar no outro dia sem olheiras de panda e fiquei acordada em todas as aulas. Mas claro, levei o livro Dom Casmurro pra ler, porque queria saber logo o porque do “apelido” que Ly me deu. Só consegui ler uns dois capítulos, porque os professores passaram muita matéria. Quando deu o intervalo, resolvi ir até o pátio, sentar em um dos bancos e ler. Já fui lendo no caminho pra lá, e finalmente cheguei na parte em que se fala dos olhos dela:



Você já viu os olhos dela? [...] Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava pra dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca... a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me".


Tive um ataque de fofura e falei uns cinco “awwwwnt” enquanto lia, apesar de ter uma certa malícia nisso tudo, era muito amor saber que meus olhos tinham esse efeito. Fiquei mais um tempo lendo, mas estava ficando tonta, porque ler andando é meio ruim. Ergui meus olhos da leitura e quando ia descer as escadas, vi Mel ali perto, junto com uma garota que nunca tinha visto antes... era bonita. Tinha uma cor de cabelo muito linda, um azul claro... a cor dos olhos não vi por causa dos óculos escuros estilo aviador. E era estilosa também, jaqueta de couro preta com tachas, legging e ankle boots. Me aproximei, curiosa pra saber quem era.

–- Bu – eu disse, aparecendo de surpresa por trás de Mel, que nem assustou. - Ah, queria saber aparecer do nada igual você.

–- É que já sou preparada pra isso – e riu. - Ah, olha só, essa é a Hoshina, minha irmã mais velha... só por um ano. Ela faz curso de alemão e foi passar duas semanas na Alemanha, vê se não é pra matar essa criatura. Foi de graça, pelo curso. - Arqueei uma sobrancelha, surpresa.

–- Nasceu virada pra lua hem ?! Prazer, meu nome é Shizuka. - Terminadas as formalidades, eu resolvi voltar á leitura, mas quando ia me despedir, lembrei de uma coisa.

–- Ei, vamos comprar os vestidos e acessórios pro Baile juntas ? Não conheço nada em NY... - Mel sorriu e assentiu.

–- Claro, amanhã depois da escola. A Hoshi pode ir também ?

–- Claro. Combinado então. - Antes que eu fosse, um garoto se aproximou. Alto, moreno, cabelo repicado e vestia Tommy Hilfiger do tornozelo á cabeça – porque nos pés ele usa nike. Reconheci ele na hora, era o outro guitarrista da banda do Castiel.

–- Hoshine ! Até que enfim você voltou... - Ele disse, sem nem dar oi pra mim e pra Mel. Ela veio pra perto de mim e cochichou:

–- É o Armin. Ele arrasta um caminhão por ela. - Assenti, observando os dois conversarem. Realmente, ele a olhava de uma forma diferente, especial. Mas ela não parecia corresponder, apesar de simpática e alegre, tinha um certa frieza no olhar. Resolvi terminar minha leitura. Me despedi e fui para um dos bancos do pátio, que ficava embaixo de uma macieira.

A manhã terminou tranquila, encontrei Nath pelos corredores e perguntei se ele havia falado com a Iris, e ele disse que sim, e que ela havia perdoado. Fiquei aliviada... perguntei se ela disse algo sobre ela e ele disse que não, e tratei de mudar de assunto antes que ele ficasse curioso em saber o que ela me disse. Quanto ao Castiel, nem me atrevi á olhar pra trás. Não queria mais falar com ele de jeito nenhum ! E me faria muito bem evitar aqueles olhos... acho que os olhos dele também são de ressaca... mas balancei a cabeça e afastei esses pensamentos. Quanto menos pensasse nele, melhor. Ou nem pensar, era melhor ainda.

Á noite, antes de dormir, fiquei pensando na surpresa de Ly... e a ideia de ele vir para o baile me passou pela cabeça. E faz todo o sentido, ele conhece Nath, que poderia dar um jeito de fazê-lo entrar... até abri os olhos de tão ansiosa que fiquei. Já comecei a alimentar expectativas e na quarta á tarde mal me aguentava de ansiedade, esperando escolher uma roupa perfeita. Achamos uma loja de fantasias, mas não eram meras fantasias, eram perfeitas. Escolhi uma inspirada no cisne branco – vestido estilo vitoriano, rodado, repleto de babados e rendas nas mangas que lembravam a delicadeza das asas de um cisne. Os detalhes eram em creme e rosado, e a máscara era toda de renda branca, com algumas penas.

Mel e Hoshina escolheram vestidos vitorianos comuns – o de Mel era vermelho vinho e o de Hoshina, roxo. Ambos lindos. Depois saímos pra dar uma volta em NY e tomar sorvete, e foi muito divertido. Mel começou a cantar New York, New York e logo entramos na onda. Parecíamos três loucas cantando Frank Sinatra no meio do Central Park, mas nem ligamos. Depois tiramos muitas fotos legais e rimos muito – Hoshina era muito divertida, e Mel também, e quando juntavam as duas, doía a barriga de tanto rir. Eu estava começando a realmente gostar daquela cidade, as pessoas e tudo mais. Já ouvi falar do Central Park mas não sabia que era tão, mas tão lindo assim. Não via a hora de ver um espetáculo na Broadway. Comentei isso com as meninas e Mel se virou pra mim na hora, com uma expressão de alegria e expectativa.

–- AH ! Sabia que o clube de teatro está com um projeto de fazer o musical do Fantasma da Ópera ?

–- Eu quero ver isso !

–- A Hoshina vai cantar, com certeza. Os testes começaram ontem, tenta o papel da Christine, mana – disse Mel. Ela revirou os olhos.

–- Sou artista de chuveiro, não sirvo pra um espetáculo desses... - Mel jogou a sacola na cabeça da irmã, de leve, e ela revidou, e nós três rimos.

–- Lógico que serve ! Você canta maravilhosamente bem ! Vai fazer os teste e ponto.

–- Ui, fui intimada – Hoshina fez um gesto com as duas mãos, aquele do meme famoso, o watch out, we get a badass over here, mais conhecido como ui. Rimos e continuamos nosso passeio até o fim da tarde, quando chamei um táxi e voltei pra casa. Provei o vestido pros meus pais verem, e eles acharam lindo. A cada dia que passava, minha ansiedade aumentava cada vez mais. Até que enfim, o sábado chegou ! Chamei novamente Iris pra se arrumar em casa, e ela aceitou.

Ela chegou ás quatro horas, e fomos começar a nos arrumar – o Baile começa ás nove, mas sabe como é, mulheres... nem conseguia fazer as coisas direito, pensando na grande possibilidade de Lysandre estar lá... insisti com ele o resto da semana que passou pra ele me dizer a surpresa, mas em vão. Mas quando comentei da minha suposição sobre o Baile, ele apenas riu e me olhou com aquela carinha de suspense. Era quase certeza, Ly estaria lá !







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Notas finais do capítulo

Capítulo tosco, eu gripada, bloqueio de escritor, daora a vida UHASUAHSUAS mas fazer o que né, faz parte. xD'



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