Fogo e Gelo escrita por Reira


Capítulo 18
Mentir pra si mesmo é a pior mentira.


Notas iniciais do capítulo

"I wish you'd hold me when I turn my back
(Well) The less I give the more I get back
Your hands can heal, your hands can bruise
I don't have a choice, but I'd still choose you..."
(Poison and wine, the Civil Wars)



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Meu Deus.

Nesse exato momento, estou me olhando no espelho e estou com medo de mim mesma. As olheiras são enormes, meus olhos estão inchados, o cabelo todo desgrenhado. Resultado de uma noite mal dormida, deprimida, chorando.

Lavei o rosto umas três vezes e passei mais maquiagem que de costume para disfarçar as olheiras. Quando estava satisfeita, sorri para o espelho, tentando ver se estava convincente. É, dá pra enganar.

Antes de entrar na escola, suspirei fundo e coloquei em prática a expressão “estou mal, mas vou fingir que estou bem” e entrei. Quando estava quase chegando na escadaria que dava para o corredor, senti alguém me puxar pelo pulso. Era o Castiel. Tentei me soltar, mas ele era forte demais. Ele me levou até a lateral da escola, me soltou e me encarou.

–- O que você quer ? – Perguntei, me afastando dele alguns passos. Ele franziu o cenho.

–- O que eu quero ? Você fica com o Nathaniel e vem perguntar o que eu quero ? – Dei uma risada irônica.

–- Porque você ta me acusando ? Eu vi você com a Charlotte ! – Nesse momento, ele deixou os braços caírem e amenizou a expressão. Depois de alguns segundos, se aproximou de mim, uma expressão quase que de súplica.

–- Isso tem explicação...

–- Explicação ? – Eu piscava, tentando conter as lágrimas. Cruzei os braços de forma automática e deixei os lábios em uma linha rígida.

–- É, eu... – Ele suspirou, talvez tentando organizar os pensamentos. – Ela queria... – Nesse momento, Nathaniel apareceu, parecia apressado. Parou ao meu lado e colocou os braços em volta do meu ombro.

–- Vi vocês de longe e vim conferir se estava tudo bem. – Ele disse isso encarando Castiel friamente, que devolvia o olhar. Era até arrepiante a frieza com que eles se encaravam.

–- Está sim, Nath. – Respondi. – Só estávamos conversando.

–- E de novo você tem que tirar tudo de mim, não é Nathaniel ? – Disse Castiel, já cerrando os punhos.

–- Não tenho culpa se você a traiu. E ela aceitou ficar comigo de livre e espontânea vontade.

–- Mas tem uma explicação ! Porque você tem que se aproveitar da situação ? Você é só um escape pra ela ! Sou eu quem ela quer.

–- Ah é ? Pois saiba que ela cedeu bem facilmente... – Nesse momento Castiel começou a ofendê-lo, com palavras que nem vale a pena citar. Nathaniel, claramente nervoso, devolveu as ofensas e Castiel partiu para cima dele. Corri para ficar entre os dois, impedindo que uma briga começasse.

–- Parem ! – Gritei. Eles se acalmaram aos poucos, mas os olhares ainda eram agressivos. Meu coração estava acelerado, estava nervosa, com medo do que aquilo poderia resultar. E para completar a situação, com um sorrisinho cínico, Ambre apareceu.

–- Aquela chata da Karin tinha que vir falar comigo – Ela disse, ajeitando o cabelo. – Não ia perder o showzinho por nada, eu vi que você ia vir falar com o casalzinho, maninho. Nem adiantou me mandar ir pra sala. – Nathaniel suspirou fundo, apertou os olhos e colocou uma das mãos sobre o nariz, acho que era um modo de se acalmar. Castiel deu uma risada irônica, e chutou uma pedrinha, acho que pensando o mesmo que eu, “não podia ficar pior”.

–- Ambre, saia daqui. – Disse Nathaniel.

–- Ahhh ta. Até parece que eu vou deixar de ver a miss perfeitinha sendo “desmascarada” – Disse ela, fazendo aspas com as mãos. – Acordou pra vida, Castiel ? Essa aí é a maior santinha do pau oco. Mal terminou com o Ly, ficou com você e agora meu irmão. Que fogo hem Shizuska ? Não cansa não ? – Eu não costumo jogar como garotas ao estilo Ambre jogam. Mas a raiva me subiu á cabeça e ser superior acabou ficando de lado.

–- Não tenho culpa se o Castiel gosta de mim, Shizuka.

–- Haha. Como se eu estivesse falando disso. Estou falando de como você age, parece uma santinha... mas cata todos.

–- Não fale assim dela – Disseram Castiel e Nathaniel em coro. Ambre riu.

–- Pelo amor de Deus ! Como vocês são cegos ! – Nesse momento o sinal tocou. Ambre encarou um por um e depois saiu, rindo, Ela é louca, definitivamente.

–- Vamos Shizuka. – Disse Nathaniel me pegando pela mão. Castiel segurou a outra.

–- Espera, me escuta. – Eu quase cedi. Eu olhei para aqueles olhos acizentados, aquela franja ruiva caindo sobre eles de uma forma que me deixava sem palavras. Eu queria ouvir, mas outra parte de mim não queria. Nathaniel me puxou de leve.

–- Vai ouvir as besteiras dele ? – Isso me trouxe á realidade. Castiel poderia muito bem mentir. O que eu sabia sobre o ele ? Isso me fez perceber que eu não sabia quase nada dele. Eu estava confusa, chateada, com raiva de mim mesma. Por saber que Ambre tinha razão. Por medo de Castiel mentir. Por ter me envolvido com Nath e meu medo de ferir os sentimentos dele. Aquilo virara uma bola de neve, e pensar em todas essas coisas me deixava zonza. E, num impulso, soltei minha mão da de Castiel e segui Nath. Não olhei para trás, apesar do impulso que senti. Já estava mal, não precisava do olhar dele me condenando. O que você foi fazer, Shizuka ? Porque sempre tão impulsiva ?




Ambre POV




Aquela Shizuska não vale a comida que come. Porque não age como eu ? Não admite logo que não presta ? Se bem que daquela forma ela consegue mais garotos. Devia ter agido assim, quem sabe o Castiel teria me dado moral...

Com tantos pensamentos me distraindo, quase bati o carro e levei um monte de xingos. Acabara de sair da escola e logo peguei o carro, e fui direto para o hotel onde Lysandre estava hospedado. Aquele indivíduo medíocre – mas que eu gosto – resolveu causar mais por aqui. Só estava esperando uma oportunidade. E agora eu estava precisando de alguém pra me ouvir... na verdade eu estou carente. Mais tarde tenho que encarar aquela Suzanne maldita da agência onde eu trabalho, e ver um pouco de beleza no meu dia vai me alegrar.

Cheguei ao hotel, estacionei. Me identifiquei na recepção e logo subi até o quinto andar, quarto 503. Bati na porta e quem me recebeu foi um Lysandre só de calça moletom e cabelo bagunçado.

–- Isso são horas ? – Ele perguntou, ajeitando o cabelo. Eu ri, entrando no apartamento. É, apesar de ser um hotel, aquilo tinha de tudo. Cozinha, quarto, sala... era enorme.

–- Já é uma e meia. Saí da escola e vim direto pra cá... a Shizuska se ferrou. Depois de ver o Castiel com a Charlotte, ficou com meu irmão e o Castiel ta morrendo de raiva.

–- Essa é das minhas... acho que vou voltar com ela. – Ele disse, com um sorriso malicioso. Eu deu um sorriso falso, e me sentei no sofá, pegando um pouco das batatas fritas que ele estava comendo enquanto via TV.

–- Como você consegue comer batatas fritas ? E ainda ser magro ? Eu nunca posso colocar um grama de carboidratos complexos na boca...

–- Está colocando agora... – Ele se sentou ao meu lado e pegou um punhado de batatas. – E eu faço academia. Sou abençoado com esse corpo, docinho. – Ele disse a última palavra cheia de ironia. Eu o empurrei de leve.

–- Estou carente. – Disse, lambendo o sal da ponta dos dedos. Ele me encarou uma sobrancelha erguida. – Cheguei á conclusão de que o Castiel nunca vai me querer.

–- êêê... nem vem com seus probleminhas amorosos, hem. Pra carência eu tenho solução, agora pra essas melosidades aí... – Eu o olhei de cima abaixo, aquele jeito descontraído, seu corpo perfeito... uma verdadeira armadilha.

– Ei, está sabendo de uma viagem que vão fazer pra Orlando ? Acho que seu irmão vai.

– Não tava sabendo não... eu vou.

– Mas...

– Mas o quê ? Vou pra causar mesmo. Sei que tem um monte que me odeia, mas é pra botar lenha na fogueira mesmo. - Eu ri e comi mais uma batatinha. Depois me lembrei de outra coisa que sempre esquecia de perguntar quando o via e dei um pulo no sofá ao lembrar.

–- E quem vai substituir a Shizuka ? – Ele deu de ombros.

–- Eu acho outra bobinha com um pai empresário... mas ela era um ótimo negócio... – Ele suspirou. – Enfim... acho que também fiquei carente. – Eu ri, na verdade gargalhei. Ele me puxou pra perto e eu deixei que ele me beijasse. Depois que nos separamos, ajeitei o cabelo e ia me levantar.

–- Eu tenho que ir pra agência...

–- Não vão ligar se você atrasar um pouco.

–- Mas vai bagunçar todo meu... – Eu ia dizer cabelo, mas ele me puxou e o resto é bem previsível... mas como eu ia resistir ? No fundo, bem no fundo, eu me sentia vazia. Sentia um pouco de medo de sofrer nas mãos dele, assim como ele fez tantas outras sofrerem. Mas era só não colocar sentimento, que tudo estava certo. Eu ficava me enganando assim, quando me sentia sozinha e aproveitava sua estadia aqui, e vinha fuçar no seu apartamento. Quando acordava no outro dia, eu olhava para o lado e algo em mim me fazia sentir mal. Porque eu sabia que não tinha nada ali. Eu era apenas usada, e logo ele iria embora e nem se lembraria que existo. Mas essa parte os filmes não contam, ninguém conta. Então eu continuo me deixando levar, fingindo que tudo é colorido... fazendo parte desse teatro cheio de falsidades que é a vida. Afinal, a gente tende a colorir nossas atitudes né ? Fazer de tudo para adoçar nossa vida e fazer ela parecer feliz aos olhos dos outros... quando no fundo sou apenas uma menina solitária. Vazia. Usada. Em vários sentidos.




Shizuka POV




Hoje Nath resolveu me levar pra conhecer a casa dele, aproveitando que Ambre ficaria o dia todo fora. Ele me contou que ela trabalha como modelo... não fazia muito tempo que seu nome começou a ficar conhecido. No caminho, enquanto ele dirigia, fiquei observando as ruas e vi o rosto dela estampando uma propaganda em um outdoor, de uma marca famosa de roupas. Ambre era tão linda por fora, mas por dentro...

Nath gostava de cozinhar, então ele preparou quiches recheados com frango pra nós, que ficaram deliciosos. Conheci sua mãe, que era um pouco distante, e ás vezes um pouco fria, mas muito simpática. A intenção dele com tudo isso era me acalmar, depois daquela manhã horrível e a discussão com Castiel... e talvez, no fundo, tentando me manter, para que eu não fugisse para os braços dele... mas confesso que com toda a confusão, Nath estava me fazendo bem, me fazendo rir. Mas eu não conseguia sentir nada... mas poderia tentar não é ? Não queria machucá-lo... deixei minha mente leve e tentei pensar em outras coisas, como nas panquecas que Nath me ensinou a fazer, em algumas pinturas que ele fazia, e em um filme que assistimos... ele me levou embora quando já eram umas seis e meia. Antes que eu saísse do carro, ele me deu um beijo de despedida. Eu correspondi, um pouco confusa, tentando sentir algo menos superficial, mas... não consegui.

Antes de entrar em casa, acenei. Ele acenou de volta e eu entrei, indo direto para o quarto. Minha mãe pergutou algumas coisas sobre ele, os pais dele, e eu dei algumas respostas curtas e rápidas, porque queria ficar sozinha. Pelo jeito, minha mãe percebeu e logo me deixou. O que mais queria agora era tomar um banho e relaxar, relaxar da tensão de passar uma tarde inteira mentindo para mim mesma. Mas era uma mentira que poderia se tornar verdade, não é ? Não consigo encontrar uma resposta definitiva... cansei de pensar. E minha melhor terapia é o piano... mas eu ainda não tinha um em casa. Então resolvi que iria sair. Insisti com a minha mãe pra me deixar usar o carro – sim, eu sei dirigir, mas meu pai não me deixa dirigir o carro dele e nem minha mãe o dela. Ou seja, estão me devendo, além de um piano, um carro. Depois de muita manha, ela acabou cedendo. Peguei o carro e fui para a escola. Tinham aulas á noite, e muitos alunos ficavam até tarde ensaiando peças ou fazendo trabalhos, então não teria problema.





Hoshine POV






–- Ahh, até que enfim ficou perfeito ! - Exclamei, quando finalmente terminamos de ensaiar a coreografia de Masquerade, uma das músicas do fantasma da ópera. De acordo com Dimitri, ficou perfeito ! Sentei na borda do palco, exausta, e Leigh sentou ao meu lado.

– Cansada ? - Olhei pra ele e sorri.

– Nem imagina o quanto...

–- Imagino sim... - Ele deu um longo suspiro. - É bem cansativo passar o dia ensaiando, mas vale a pena não é ? - Assenti, e ele olhou pra mim. Um olhar meio profundo demais que me fez desviar o meu e olhar para o chão.

–- Então... - Ele murmurou e pela minha visão panorâmica, o vi ajeitar o cabelo e se mexer no lugar, parecendo inquieto. - Você não gostaria de... - Ah não, ele vai me chamar pra sair. E agora ? Eu já estava pensando no que ia dizer quando Mel chegou, o interrompendo com sua animação.

– Está ficando ótimo ! Você deve estar tão cansado Leigh... não gostaria de tomar um chocolate quente na cantina comigo ? - Ele olhou pra mim e eu sussurrei um “vai lá”. Agradeci em pensamento à minha irmã, apesar de estarmos brigadas, qualquer ação dela para conquistar o Leigh não me afetaria, apesar de ela pensar que sim por mais que eu negasse.

–- Pode ser... - Disse Leigh dando de ombros e se levantando pra ir com ela. Mel nem sequer olhou pra mim, e dei um longo suspiro pensando em quando iríamos nos resolver. Fiquei observando os dois se afastando até saírem, e enquanto olhava para o nada, pensativa, balaçando as pernas no ar, alguém apareceu do meu lado. Dei um pulo de susto e ri ao ver que era Armin. Ele segurava dois copos de chocolate quente. Entregou um pra mim e se sentou ao meu lado.

– Sou tão feio assim ? - Eu ri.

–- É o monstro do lago Ness, Armin. - Ele riu e eu bebi um gole do chocolate quente. –- Ah, obrigada, é muito bom – Eu disse, erguendo o copo de chocolate.

– De nada. Mas então, está gostando de como está ficando a peça ?

– Sim, muito... vai ficar fantástico ! - Começamos a falar de nossos papéis, que inclusive era o casal principal, mas evitei falar muito dessa parte. Logo a conversa desviou para outros assuntos, rimos, ele apanhou por suas piadas idiotas, e ficamos assim algum tempo. Eu gostava da compahia de Armin, apesar de evitá-lo na maioria das vezes. Já estava aprendendo como lidar com suas investidas sem ser grosseira, e isso estava deixando nossa amizade melhor. Apesar de que, em certos momentos, minha mente embaralhava. Como agora, com ele tocando meu braço e dizendo que estou com frio.

– Tá, eu estou... vai me dar seu casaco ?

– Não, também estou com frio. - Abri a boca com indignação e ri.

-- É, o cavalheirismo morreu – Brinquei, e continuei a beber meu chocolate enquanto me afastava um pouco. Ele riu.

-- Desse jeito é melhor – Nisso ele me puxou, colocou os braços em volta de mim de forma que minha cabeça encostasse em seu ombro. Eu ia me soltar, mas estava tão quentinho e aconchegante que cedi. Eu não queria admitir, mas era bom. Continuamos conversando, rindo, tudo tão natural... não estava me incomodando, e o fato de não estar incomodando me incomodava. Meu Deus, como sou complexa. Mas e daí ? Somos só amigos, é. Só amigos.






Shizuka POV





Abri a porta da sala de música e corri para o piano. Coloquei a pasta e abri em uma partitura nova, de uma música que conheci à pouco tempo, poison and wine... era cantada por uma dupla, the Civil Wars. Ela no piano, ele no violão. Olhei para o lado, sentindo um vazio, pensando em como seria bom ter Castiel me acompanhando, cantando e tocando violão... então comecei a tocar. E a cantar, apesar da minha voz não ser muito boa... mas quando estou sozinha, até que ela sai boa. Com pessoas perto, acabo rindo ou ficando nervosa, como quando cantei wonderwall com ele... tentei deixar minha mente vazia, apenas preenchida pela música, que me acalmava, apesar de me lembrar dele. Mas talvez fosse essa a intenção. Eu imaginava as notas dele no violão, as batidas, a voz. Não me importei se alguém iria ouvir, toquei e cantei com toda minha essência, deixando tudo que estava dentro de mim sair. Deixando que cada nota e letra falasse por mim. Por nós.







Castiel POV





Porque ela não me ouviu ? Mas que droga.

QUE DROGA ! Abri a porta do meu quarto com violência, descontando toda a raiva. Ela prefere ouvir aquele imbecil do Nathaniel. Tudo bem, então. Que ouça.

Meu dia foi horrível. Tentei compor alguma coisa, mas nada saiu. Nada que fiz prestou, minhas tentativas de fugir dos pensamentos ruins foram todas em vão.

Até quando isso vai continuar ?

Cansando de pensar, decidi usar minha principal válvula de escape: a música. Peguei meu violão e me sentei na cama para afinar. Enquanto afinava, pensei que talvez eu também devesse dar o troco nela. Mas valeria a pena ? Talvez ficar sozinho fosse melhor. É, é melhor. E talvez a guerra não estivesse perdida ainda... ainda poderia se explicar. Tentar.

Terminada a afinação, pensei no que tocar. E então me lembrei de uma dupla que conheci recentemente, que canta músicas ótimas... the Civil Wars. Eu ia mostrar pra ela, mas com tanta coisa acontecendo, não consegui. Comecei a tocar uma melodia calma, que ia ficando cada vez mais intensa. Quando comecei a tocar poison and wine e a cantar, a imaginei cantando comigo, me acompanhando no piano. Eu podia senti-la comigo enquanto cantava e tocava e por um momento esqueci tudo, eu só queria senti-la, só isso. Deixei que a música falasse por mim. Desejando que em algum lugar ela pudesse me escutar, apesar de ser impossível...






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Notas finais do capítulo

AEEE, finalmente consegui postar *O* ficou meio parado, mas ;^; espero que gostem ^^ e obrigada por estarem acompanhando mesmo com uma autora toda atrapalhada e demorada >< pra completar o word deu problema... vish >< mas consegui postar UHASUHASUASUHAS XD vejam o vídeo de poison and wine, é lindo gemt Ç-Ç http://www.youtube.com/watch?v=Y-6EwdDiopQ



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