Harry Potter e o Círculo Sombrio escrita por JMFlamel


Capítulo 22
OS PRATOS DA BALANÇA II: DEFESA




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CAPÍTULO 21

OS PRATOS DA BALANÇA II: DEFESA








_Hoje transcorre o segundo dia do julgamento de Draco Malfoy, no qual será a vez da Defesa apresentar suas testemunhas. Ontem, mesmo que os depoimentos das testemunhas da Acusação não tenham sido conclusivos e a Defesa tenha conseguido rebatê-los, algumas pessoas da assistência ainda saíram com dúvidas sobre a integridade do acusado. Me é vedado opinar, pois estou aqui para noticiar os fatos. Resta-me, portanto, somente aguardar e levar a toda a Bruxidade notícias atualizadas do que acontece aqui, no Tribunal do Ministério da Magia. Lá vem o Ministro Weasley, presidindo a Excelsa Corte. Todos acabaram de se levantar e os trabalhos de hoje terão início. Com imagens de Dennis Creevey, aqui fala Arianne Skeeter-Creevey, para toda a Bruxidade, através da WBC.

Após o comentário de Arianne, teve início o segundo dia do julgamento. Roger Davies e Michael Corner começaram a chamar as testemunhas da Defesa.
_A Defesa chama, para depor, Hermione Jane Granger Weasley.
Hermione foi à frente e prestou seu juramento. Então, Michael começou a perguntar.
_Sra. Weasley, desde quando a senhora conhece Draco Malfoy?
_Desde os onze anos de idade, quando estávamos no primeiro ano em Hogwarts.
_Como era seu relacionamento com ele?
_Até os dezesseis anos, tratávamo-nos como inimigos, até mesmo porque seu pai, Lucius, liderava o esquadrão de Death Eaters contra os quais lutamos no Ministério, no ano anterior.
_E depois disso?
_Depois que Draco retratou-se conosco e rompeu oficialmente com as Trevas, tornamo-nos todos bons amigos e, mais do que isso, companheiros de batalhas contra a Ordem das Trevas. Isso cria um elo para toda a vida.
_Acredita que pudesse haver alguma insinceridade em sua dissidência?
_De forma alguma, Respeitável Defensor! Posso afirmar que Draco Malfoy não é um Trevoso.
_Acha que ele pode estar envolvido nos atos ilícitos dos quais é acusado?
_Jamais! Tenho certeza da inocência de Draco.
_A Defesa não tem mais perguntas.
Pieterzoon assumiu as perguntas.
_Sra. Weasley, como sustenta a afirmação que acabou de fazer ao Respeitável Defensor?
_Respeitável Assistente da Promotoria, até há algum tempo atrás isso era um segredo, mas a Bruxidade ficou sabendo disso, depois da Batalha de Azkaban e da Batalha de Avalon. Nós temos (e Harry tinha) treinamento Ninja de nível avançadíssimo, ministrado pelo Prof. Derek Mason, aqui presente, que instruiu a AD, quando éramos alunos. Vários alunos, entre eles nós seis, eu, Rony, Harry, Gina, Luna e Neville e, mais tarde, Janine e Draco, desenvolvemos um tal nível de poder físico e mental que nos possibilita controlar nossa própria energia espiritual, o Ki, além de perceber o dos outros.
_E que relação tem isso com sua afirmação da inocência de Draco Malfoy?
_A freqüência vibracional do Ki é única para cada ser humano, como uma impressão digital. _ explicou Hermione _ baseado nisso, também podemos afirmar, com certeza, a quem a energia pertence, se seu dono é homem ou mulher e se ela é boa ou maligna.
Pieterzoon começou a ficar meio preocupado, rezando para que as instruções de “Sombra & Escuridão” tivessem sido boas, pois estava bloqueando o seu próprio, desde o início do julgamento (“Então está confirmado o que eu já desconfiava. Só não esperava que ela revelasse isso em público”, pensou o espião).
_A senhora pode provar isso?
_Eu não deveria, assim como todos os outros Inseparáveis, exibir levianamente minhas habilidades. Porém, como estamos em um Tribunal e isso auxiliará a provar a inocência de Draco, eu o farei. Meirinho, poderia me emprestar a varinha, por favor?
O meirinho emprestou a varinha para Hermione, que disse “Indumentaria Cambio”, transfigurando suas vestes formais em um traje Ninja. Em seguida, levantou-se e foi à frente da Excelsa Corte.
_Meirinho, poderia conjurar um manequim?
O manequim foi conjurado e Hermione respirou fundo. Em seguida, saltou. Atingiu cinco metros e desceu, rodopiando como um furacão, como se ainda tivesse dezesseis anos e não trinta. Chutou o manequim, que voou até a parede oposta e ficou caído no chão.
_Dessa mesma maneira, aos dezesseis anos, nocauteei Sibila Trelawney durante a batalha de Azkaban para extrair um pouco do sangue dela e livrar Cho Chang de seu domínio, obtido com Extrato de Servidão, naquele ano. É algo que aprendemos com o Prof. Mason. Espero que tenha sido uma prova suficiente.
Com a varinha do meirinho, transformou de volta seu traje Ninja nas vestes que usava e sentou-se.
_Creio não ter mais perguntas, Excelsa Corte. _ Pieterzoon olhava para o manequim caído pensando, com um calafrio, o que aconteceria se aqueles fantásticos lutadores descobrissem quem ele era e resolvessem atacá-lo.
Hermione desceu e, placidamente, sentou-se ao lado de Rony. Ao terminarem os murmúrios da assistência, a Defesa chamou outra testemunha.
_A Defesa convoca Ronald Bilius Weasley.
Rony sentou-se, prestou o juramento e Roger Davies começou a perguntar:
_Sr. Weasley, há quanto tempo o senhor conhece Draco Malfoy?
_Desde os onze anos e desde os dezesseis anos, Respeitável Defensor.
_Poderia explicar melhor?
_Aos onze anos, conheci “um” Draco Malfoy, aquele que fingia-se de preconceituoso, arrogante e simpatizante das Trevas. Porém, aos dezesseis anos, quando dos acontecimentos de que a Bruxidade já sabe, conheci “o” Draco Malfoy, o verdadeiro. Aquele que teve a grandeza de retratar-se e explicar porque havia agido assim durante todos aqueles anos, aquele que demonstrou a coragem de, mesmo sendo o escolhido pelo próprio Lord Voldemort para sua sucessão, não se deixar seduzir pela ilusão do aparente poder das Trevas e romper com elas, oficialmente. Aquele que, mesmo sendo um Malfoy, com toda a tradição negativa que cerca seu sobrenome, apaixonou-se por uma garota de origem inteiramente trouxa, contrariando tudo o que seria esperado dele e, principalmente por esse amor, assumir uma posição contra a Ordem das Trevas, contrariando tudo o que esperariam de um Malfoy. Aquele que revelou humanidade ao derramar lágrimas com sua mãe morrendo nos seus braços e que, nem por isso, dedicou ódio a seu pai, que foi quem a matou, pessoalmente. Excelsa Corte, esse que acabei de descrever é Draco Black Malfoy, o verdadeiro. Alguém assim jamais poderia ser culpado dos crimes de que acusam-no. Além disso, tenho conhecimento das atividades das Empresas Malfoy, pois elas fornecem transporte e suprimentos para a Liga de Quadribol da Grã-Bretanha, tendo sido alvo de criteriosa investigação, a qual constatou a total inexistência de atividades ilícitas, desde que Draco assumiu sua presidência e legitimou todas as suas atividades, pois as empresas eram uma fachada, nos tempos em que Lucius era o presidente.
_Então, baseado neses dados, o senhor tem certeza de que o Sr. Malfoy é inocente, Sr. Weasley?
_Sim, Respeitável Defensor. Plena certeza.
_A Defesa não tem mais perguntas.

Pieterzoon assumiu a testemunha.
_Sr. Weasley, tenho aqui algumas datas nas quais, supostamente, o Sr. Malfoy deveria estar na Inglaterra, em companhia do senhor e de outras pessoas. O senhor confirma tais datas?
Rony verificou as datas e lembrou-se de eventos e situações nas mesmas, nas quais Draco estivera com ele, tanto só quanto em companhia de Janine.
_Confirmo, Respeitável Assistente da Promotoria.
_Então, como é que o Sr. Malfoy foi visto, nessas mesmas datas, na Turquia, Colômbia, Tailândia, Afeganistão e Myanmar? As provas disso serão apresentadas na hora para isso determinada.
_Refuto sua afirmação, Respeitável Assistente da Promotoria. Nessas datas Draco Malfoy encontrava-se na Inglaterra.
_E que provas o senhor tem? Poderia apresentar alguma?
_Protesto, Excelsa Corte! _ disse Roger Davies _ O Respeitável Assistente da Promotoria está impondo à testemunha um ônus que não é dela. Além disso, as nossas provas também serão apresentadas na hora determinada.
_Aceito, Respeitável Defensor. A testemunha está dispensada de responder à pergunta.
_Não tenho mais perguntas, Excelsa Corte. _ disse Pieterzoon. Embora as afirmações de Rony tivessem sido incisivas e diretas, o espião do Círculo tinha certeza de que havia restado uma semente de dúvida na cabeça dos membros do júri.
Rony retornou ao seu lugar e uma nova testemunha foi convocada. Luna Longbottom prestou seu juramento e pôs-se à disposição da Corte.
_Sra. Longbottom, poderia nos descrever seu relacionamento com o Sr. Malfoy?
_Draco Malfoy é um bom amigo. Fui para Hogwarts quando ele estava no segundo ano, indo para a Corvinal. Quando ele ainda fingia ser o Bad Boy de Hogwarts, nós não tínhamos contato, inclusive pela fama de excêntrica que eu tinha e que, para alguns, ainda tenho (risos pelo tribunal). Mas, no ano seguinte ao combate no Ministério da Magia, quando a Bruxidade finalmente convenceu-se de que o retorno de Lord Voldemort era uma realidade, ele revelou-se como a pessoa que é: um bruxo do bem. Sua união com Janine não é apenas sentimental, mas também espiritual. Para aqueles que podem insistir em não acreditar na sinceridade de Draco Malfoy e no fato de que ele jamais iria envolver-se em esquemas ilícitos, basta lembrar do que ele fez pela Bruxidade, participando das batalhas em Azkaban e na ilha sagrada de Avalon, onde Voldemort encontrou seu fim. Além disso, foi ele quem descobriu e revelou a identidade do envenenador misterioso sob as ordens de Voldemort, intitulado “Venom” e que era ninguém menos do que sua prima. Suas empresas realizam um trabalho magnífico de comércio e apoio a causas humanitárias bruxas e trouxas ao redor do mundo, estando abertas à investigação e auditoria a qualquer momento, por ordem dele próprio. Quem age assim é porque nada tem a esconder. Este julgamento provará que Draco não é culpado de nada.
_Sem mais perguntas, Excelsa Corte.

_Sra. Longbottom, seu pai era o proprietário e Editor-Chefe da revista “O Pasquim”, não era? _ perguntou Pieterzoon.
_Sim, Respeitável Assistente da Promotoria. E eu assumi a função, após a sua morte. Ele morreu no St. Mungus, depois de cair doente em Azkaban, enquanto realizava uma entrevista com antigos Death Eaters. Sibila Trelawney e Peter Pettigrew caíram vítimas de um mal súbito e meu pai ajudou a transportá-los para a Enfermaria, com alguns Death Eaters. Fosse o que fosse, aquilo o contaminou e ele morreu.
_É sabido que Nigel Xenophillus Lovegood tinha uma linha editorial um tanto quanto pouco convencional, não tinha?
_Sim. A revista publicava matérias nas quais a maioria da Bruxidade não acreditava e muitos chegavam a julgar meu pai louco. E alguns a mim, também.
_E a senhora acha que seu depoimento merece crédito, depois do que a senhora mesma acabou de dizer?
_Protesto, Excelsa Corte! _ disse Davies _ A Acusação está dando a entender que é a sanidade da testemunha que está em julgamento, o que não é o caso.
_Deferido. A testemunha não precisa responder.
_Sinto muito, Excelsa Corte. _ disse Pieterzoon _ Mesmo assim, é altamente questionável a veracidade das declarações de alguém que crê em coisas que ninguém mais na Bruxidade acredita e que, juntamente com seu pai, saiu em uma expedição atrás de animais inexistentes, os tais Bufadores de Chifre Enrugado.
Naquele momento, foi a vez de Luna rir, discretamente, acompanhada por grande parte da assistência.
_Excelsa Corte, mesmo sem ser obrigada, faço questão de responder à pergunta que me foi feita. _ respondeu ela _ Respeitável Assistente da Promotoria, creio que o senhor deve estar equivocado ou desatualizado, devido a ter tido acesso ao mundo mágico há relativamente pouco tempo.
_Como assim, Sra. Longbottom?
_Bem, acontece que muitas coisas mudaram, desde que eu estava no quarto ano. Como o senhor deve saber, aquele foi o ano seguinte ao retorno de Lord Voldemort e o Ministério pressionou o Profeta Diário a realizar uma campanha de difamação e desacreditação de Harry Potter, negando o retorno do Lorde. Rita Skeeter, que Deus e Merlin a tenham em bom lugar, entrevistou Harry, naquele mesmo ano, tendo obtido um detalhadíssimo relato de tudo, inclusive de nomes de Death Eaters supostamente respeitáveis na Bruxidade. _ tomou um gole de água e continuou _ Depois que aquela entrevista foi publicada no Pasquim, Rita reergueu-se como repórter, o Profeta acabou comprando os direitos da entrevista e a Bruxidade passou a acreditar um pouco mais na revista do meu pai. Com aquilo, ele também entendeu que devia mudar um pouco a linha editorial, sendo ela mais investigativa e menos sensacionalista. Então, nós não saímos atrás dos Bufadores naquele ano e nem no ano seguinte que, como todos sabem, foi quando houve a batalha de Azkaban. Naquele verão, fomos ao Havaí, investigar as aparições de uma estranha criatura no vulcão Kilauea, que descobrimos ser um escultor trouxa com um macacão de amianto, que fazia as suas esculturas com lava tirada do vulcão. Só fomos atrás dos Bufadores depois que eu me formei, baseados em relatos e evidências incontestáveis locais e Neville nos acompanhou. Por sinal, foi ele quem tirou a foto que foi publicada no Pasquim e no Profeta, a qual finalmente provou a existência dos Bufadores de Chifre Enrugado, que foram identificados como aparentados com os Erumpentes, com a diferença que seus chifres regeneram-se, ao contrário dos Erumpentes, cujos chifres são explosivos. Então, concluindo, Respeitável Assistente da Promotoria, lamento decepcioná-lo mas a perfeição de minha sanidade mental é um fato que, mesmo com o conhecido passado do “Pasquim”, não há como negar. _ e Luna sorriu.
_Sem mais perguntas, Excelsa Corte. _ Pieterzoon mal podia disfarçar sua frustração.

Seguiram-se os depoimentos de Neville, Pansy e Derek, todos mais ou menos com o mesmo teor, atestando a idoneidade de Draco Malfoy. Consultando o relógio, Arthur Weasley ordenou o recesso até as 14:00 h, quando novas testemunhas da Defesa fariam suas declarações.

Quando o Tribunal retomou os trabalhos, Roger Davies chamou:
_A Defesa convoca para depor a Dra. Virgínia Ginevra Molly Weasley Potter.
Gina subiu ao assento e jurou. Em seguida, Roger começou a perguntar:
_Dra. Potter, conhece Draco Malfoy há muito tempo?
_Sim, Respeitável Defensor. Na verdade, fomos contemporâneos em Hogwarts. Quando eu entrei, ele estava no segundo ano, na mesma turma de meu irmão e de Harry, embora em outra Casa.
_E como era ele?
_Bem, ele representava de forma muito convincente o papel de arrogante e desagradável. Nosso primeiro encontro foi na Floreios & Borrões, quando seu falecido pai, Lucius, iniciou um plano de Voldemort. Todos devem lembrar-se de quando Harry me salvou do basilisco de Slytherin e impediu que Voldemort retornasse através da lembrança contida no seu diário. Já naqueles dias, Draco tinha contato com a cultura trouxa e havia aprendido a gostar dela. Foi o primeiro passo para seu sincero rompimento com as Trevas. Ele teve de passar todos aqueles anos dividido, mantendo as aparências, até que passou para o sexto ano e, naquele verão, conheceu Janine. A partir daí, sua posição tornou-se pública. Houveram então todos aqueles eventos que culminaram na batalha de Azkaban, onde sua mãe perdeu a vida. No ano seguinte, tivemos um novo confronto com Voldemort na ilha sagrada de Avalon, quando a Ordem das Trevas aliou-se à Al-Qaeda. Ali foi o fim de Lord Voldemort. Além disso, posso oferecer provas incontestáveis de que Draco Malfoy jamais teve afinidade pelas Trevas e farei isso, no momento oportuno. Vi que o Respeitável Assistente da Promotoria (e Gina teve de utilizar todo o seu autocontrole para não deixar transparecer o asco que sentia em relação a Pieterzoon) mencionou ocasiões em que Draco esteve fora da Inglaterra e posso afirmar que, pelo menos em uma ou duas delas, ele esteve comigo e com Harry.
_Algo mais a declarar, Dra. Potter?
_Apenas que Draco Malfoy é inocente, apesar de tudo o que estejam tentando fazer contra ele.
_A Defesa não tem mais perguntas, Excelsa Corte.
_Respeitável Assistente da Promotoria, a testemunha é sua.
_Obrigado, Respeitabilíssimo Ministro. _ disse Pieterzoon, levantando-se e dirigindo-se a Gina _ Dra. Potter, a senhora disse que tinha provas incontestáveis de que Draco Malfoy jamais foi trevoso. Quais seriam?
_Bem, Respeitável Assistente da Promotoria, a primeira delas pode até mesmo ser considerada uma evidência circunstancial, mas foi um fato ocorrido quando meu irmão estava no segundo ano.
_Os eventos da Câmara Secreta de Salazar Slytherin?
_Exatamente. Houve uma ocasião em que, para tentarem obter alguma informação sobre quem havia aberto a Câmara Secreta da primeira vez, Harry e Rony tomaram Poção Polissuco e passaram-se por Vincent Crabbe e Gregory Goyle.
_Garotos de doze anos? Que danados!
_E Hermione teria ido com eles se, em vez de utilizar um fio de cabelo de Milly Bulstrode, não tivesse pego um fio de pêlo do gato dela (“Então você ficou com a cara do Mr. Blondwhiskers? Mas foi perigoso, pois a Poção Polissuco não deve ser usada com pêlos de animais”, sussurrou Milly para Hermione, que estava à sua frente. “Fiquei uma semana cuspindo bolas de pêlo”, sussurrou Hermione, sorrindo, em resposta à amiga). Draco disse não saber quem havia aberto a Câmara, mas que uma garota nascida trouxa havia morrido. Depois Harry e Rony descobriram que havia sido Myrtle, a Murta que Geme, um dos fantasmas residentes de Hogwarts. Ele disse que aquilo poderia repetir-se e que ele esperava que a vítima pudesse ser Hermione. Mas Rony e Harry me disseram depois que a voz dele tremeu e ele hesitou para dizer aquilo. Algum tempo depois, o próprio Draco me disse que havia dito o nome de Hermione por uma certa inveja de suas notas e, principalmente, para manter as aparências, pois ele não sabia que seus interlocutores não eram Crabbe e Goyle.
_E as outras?
_Uma foi algo que, a pedido do próprio Draco, eu só contei a Harry e a Dumbledore depois da formatura deles, depois de Valérie ter sido levada para Azkaban e após o término do baile. Nem mesmo Rony sabe disso. Nós quatro subimos ao gabinete de Dumbledore e eu contei a eles.
_O que a senhora contou, Dra. Potter?
_Que Draco havia me avisado sobre o Diário de Tom Riddle e o perigo que ele representava. Ele havia reconhecido o livro que eu havia jogado no sanitário e tomou-o das mãos de Harry para jogá-lo fora. Infelizmente, sua atitude foi mal interpretada por Harry, que tomou-o de volta com um Expelliarmus. Na manhã seguinte, uma coruja me deixou uma carta sem remetente, com a recomendação de que eu a lesse sozinha. Eu a li e tomei o livro, revirando o dormitório masculino, principalmente as coisas de Harry, a fim de fazer com que parecesse que era algum inimigo. Infelizmente, eu já estava bastante possuída por Tom. Somente vários anos depois soubemos que era uma Horcrux ou seja, possuía um fragmento da alma de Tom Riddle. Acabei indo parar na Câmara, de onde Harry me salvou, matando o basilisco e evitando que Tom acabasse de drenar minha energia e retornasse, em plena juventude.
_E como Harry fez isso?
_Cravando uma presa do basilisco no livro, que verteu tinta, como se fosse sangue. Não é qualquer coisa que destrói uma Horcrux. Tem de ser algo muito poderoso, tal como um veneno ou um objeto místico consagrado. Quando destruímos Nagini, que era a última Horcrux de Voldemort, Harry estava usando a espada de Gryffindor, em sua forma original de Dai-Katana, a “Espírito do Artífice”, forjada por Masamune, com a assistência de duendes e segundo as suas técnicas. E ela estava impregnada do sangue do basilisco, tendo absorvido-o, pois objetos forjados com técnicas de duendes absorvem o poder daquilo com o que têm contato e repelem impurezas.
_Então, a última Horcrux de Voldemort foi destruída pela combinação de metal duende e sangue de basilisco?
_Sim.
_Mais alguma coisa?
_Sim, Respeitável Assistente da Promotoria. Vi nos seus apontamentos que Draco, supostamente, esteve em Myanmar em uma certa data. Posso afirmar que Draco não esteve em Myanmar na data em questão. Ele e Janine estavam almoçando comigo e Harry, em Godric’s Hollow, com as crianças.
_Tem provas?
_Nenhum documento que prove a presença dele em Godric’s Hollow, mas algo que prova que ele não esteve em Myanmar.
_E o que é?
_Algo que será apresentado juntamente com as provas materiais, no momento adequado, Respeitável Assistente da Promotoria.
_Não tenho mais perguntas para a testemunha, Excelsa Corte. A Acusação dispensa a Dra. Potter. _ e Gina retornou para seu lugar.
O depoimento de Sirius também foi favorável a Draco, sendo que Pieterzoon não conseguira fazer com que o Maroto caísse em contradição. Com Severo Snape foi a mesma coisa. A seguir, foi a vez de Alvo Dumbledore depor.
_Prof. Dumbledore, o senhor conhece Draco Malfoy desde que ele foi matriculado em Hogwarts, não é? _ perguntou Michael Corner.
_Sim, Respeitável Defensor. _ respondeu Dumbledore.
_E o que tem a dizer de seu caráter nos tempos de aluno?
_Draco vem de uma família antiga e tradicional, de origem francesa ou melhor, normanda. Os ancestrais da família Malfoy eram bruxos normandos que radicaram-se na Inglaterra desde a Idade Média. Quase todos eles foram conhecidos por sua inclinação para as Trevas, embora houvessem exceções, tais como Jean-Marc Malfoy D’Alembert, que foi meu aluno em Transfiguração e cujo fantasma nos prestigia com sua presença neste Tribunal. _ e todos os olhares convergiram para o fantasma de Jean-Marc, que acenou discretamente _ Outra exceção, posso afirmar com certeza, é o próprio Draco Malfoy. Do primeiro ao quinto ano, Draco manifestava um comportamento arrogante e pró-Trevas que, se a pessoa não estivesse bem atenta, não perceberia ser muito bem representado. Sua interpretação foi tão boa que mesmo eu demorei para formar minha opinião, só tendo certeza absoluta ao final de seu quarto ano, quando o vi enxugar, disfarçadamente, uma lágrima pela morte de Cedric Diggory depois que Harry trouxe seu corpo, após a luta com Voldemort no cemitério Riddle, em Little Hangleton. No ano seguinte, quando a Bruxidade finalmente tomou conhecimento da Segunda Ascenção de Lord Voldemort, Draco tentou atacar Harry, mas por raiva devido ao encarceramento de Lucius. Segundo palavras do próprio Draco, “Por mais canalha que seja um pai, nenhum filho gostaria de ver o seu encarcerado”. Quando Draco e Narcisa foram visitar Lucius em Azkaban, ao término daquele ano letivo, coincidiu que eu também estive por lá, buscando por pistas que pudessem levar ao paradeiro de Lord Voldemort e os vi passarem pelos corredores rumo ao iate “Belle Narcisse”, para retornarem à Inglaterra. Naquele verão, ele e Janine conheceram-se e logo estavam totalmente apaixonados um pelo outro. Quando ele tomou conhecimento de que os Death Eaters queriam sacrificá-la em um plano de Voldemort, veio a mim para pedir ajuda, na noite do Dia das Bruxas. Naquela noite, eu, ele e Tonks arquitetamos o plano que tirou Janine de Londres e possibilitou que ela fosse levada em segurança para Hogwarts. O resto da história dela é o que toda a Bruxidade já sabe sobre “A-Trouxa-Que-Virou-Bruxa”. O que ninguém mais sabe sobre aquela noite é que, depois que Tonks foi embora, Draco me pediu que penetrasse sua mente através de Legilimência e que o interrogasse com Veritaserum, para que não restasse dúvida alguma sobre sua posição. Infelizmente não tenho documentos escritos sobre esse fato e para obter a verdade incontestável, seria preciso o Veritaserum. Como não estamos em guerra, seu uso não é permitido nos julgamentos. Mas o que tenho a dizer é que Draco Black Malfoy não tem qualquer associação com tráfico de drogas e nem qualquer envolvimento com o Círculo Sombrio ou qualquer outro grupo que esteja tentando reerguer a Ordem das Trevas.
_Obrigado, Prof. Dumbledore. _ disse Michael _ A Defesa encerra.
Vendo que, com Dumbledore, não obteria nada além do que havia sido dito, Pieterzoon seguiu as instruções de “Escuridão” e dispensou a testemunha.
_A Acusação não tem perguntas para a testemunha, Excelsa Corte.
Dumbledore retornou ao seu lugar, no caminho fazendo um sinal de “positivo” e dando uma discreta piscadela para Draco.
Crabbe e Goyle também testemunharam favoravelmente a Draco e, quando a Defesa convocou a testemunha seguinte, houveram murmúrios por todo o Tribunal.
_A Defesa convoca para depor a Sra. Janine Vargas Sandoval Malfoy.
_Protesto, Excelsa Corte. Tal depoimento é parcial, pois uma esposa não depõe contra o seu marido.
Antes que o Ministro Weasley pudesse manifestar-se, Janine falou:
_Com a permissão da Excelsa Corte, faço questão absoluta de prestar meu depoimento. Deixo bem claro que acredito na inocência do meu esposo e que, se eu por acaso desconfiasse de sua idoneidade ou tivesse qualquer prova de seu envolvimento com atividades ilícitas, seria a primeira a denunciá-lo, por mais que eu o ame. Uma das lições que aprendi com meu falecido pai e com minha mãe foi a de que devemos acreditar no amor, mas também devemos dar à Lei a sua devida importância. Se a Acusação, representada pelo Respeitável Assistente da Promotoria, tem alguma dúvida sobre a imparcialidade do meu depoimento, pode me interrogar antes da Defesa, isso não fará diferença.
_Se a Acusação e a Defesa não se importarem, a ordem dos interrogatórios poderá ser invertida. _ disse Arthur Weasley.
_Não fazemos qualquer objeção, Respeitabilíssimo Ministro. A ordem pode ser invertida. _ disseram Pieterzoon, Michael e Roger, após uma rápida conferência _ O Respeitável Assistente da Promotoria fará suas perguntas em primeiro lugar.
Fervendo de raiva, pois suspeitava de uma hábil manobra da Defesa, Pieterzoon resolveu cercar o depoimento de toda a formalidade possível.
_Sra. Malfoy, qual o seu nome completo?
_Janine Vargas Sandoval Malfoy.
_Qual seu local de nascimento e sua idade?
_Nasci em São Borja, Rio Grande do Sul, Brasil. Tenho trinta anos.
_Qual seu relacionamento com Draco Malfoy?
_Somos casados e temos dois filhos, o mais velho já estudando em Hogwarts.
_Como conheceu Draco Malfoy?
_Respeitável Assistente da Promotoria, a história do início do meu relacionamento com Draco Malfoy confunde-se com meu ingresso no mundo mágico pois, como todos sabem, sou conhecida como “A-Trouxa-Que-Virou-Bruxa”, devido a ter manifestado magia tardiamente, aos dezesseis anos. O normal é que ela manifeste-se na infância, até os onze anos de idade, no máximo. Aos quinze anos de idade, voltei a morar em Londres, onde meu pai, o Coronel Adriano Sandoval, já havia sido Adido Militar na Embaixada do Brasil. Foi sua última comissão, antes de retornar ao Brasil e morrer.
_Pode nos dizer como foram as circunstâncias de sua morte?
_Meu pai retornou de Londres conosco e permaneceria como adjunto ao Comando da Brigada de Infantaria Pára-Quedista até sair a sua promoção a General-de-Brigada no final do ano, quando assumiria o comando das Águias. Porém, durante as comemorações do Dia da Independência, ocorreu um acidente durante um salto livre. O velame do seu pára-quedas principal encharutou ou seja, não se abriu. Quando ele o soltou e acionou o velame-reserva, a caixa não respondeu e ele teve de rasgá-la, para liberar o pára-quedas. O velame abriu-se, mas não foi o suficiente para desacelerar sua descida a um nível seguro. Ele continuou descendo com grande velocidade, bateu no solo com muita força e só permaneceu vivo por tempo suficiente para dizer a mim e à minha mãe: “Eu amo vocês. Jamais se entreguem”. O fato foi testemunhado pelos Majores Daniel e Marino, aqui presentes com suas esposas, Millicent e Blaise. Eles eram Segundos-Tenentes na época, quase sendo promovidos a Primeiros-Tenentes. Foram eles que me retiraram do local, em choque e me levaram para o Hospital Central do Exército, onde fiquei dois dias sem comer, beber, falar ou dormir, apenas olhando para um canto do apartamento. _ disse Janine, seus olhos umedecendo-se ao lembrar-se do pai.
_E por que razão? _ perguntou Pieterzoon.
_Havia um Dementador naquele canto.
_Mas trouxas não vêem criaturas mágicas, é o que todos sabem. Como foi que a senhora pôde vê-lo, aos treze anos de idade, antes de manifestar magia pela primeira vez?
_A paranormalidade que eu manifestava desde a infância me permitia vê-los, assim como vi um Testrálio, logo que fui para Hogwarts, mesmo antes de manifestar magia. Bem, o meu primeiro movimento depois daquilo foi pedir um pedaço de chocolate ao Major Daniel, que acabara de abrir uma barra. Com a melhora do meu humor, o Dementador foi embora e eu finalmente falei. Disse: “Ele morreu, não foi?” e chorei. Dormi por mais dois dias, antes de receber alta. Depois daquilo, permanecemos no Rio de Janeiro apenas o tempo suficiente para tomarmos as providências administrativas, desocuparmos o PNR que ocupávamos na Vila Militar e retornarmos para o Rio Grande do Sul. Mudamo-nos para a estância de meus avós maternos, em São Borja e eu segui meus estudos em Porto Alegre, no Colégio Marista Rosário. Aos quinze anos, obtive a transferência para uma escola preparatória em Londres, onde eu queria fazer um curso superior de História, com ênfase em Ocultismo, civilizações e idiomas antigos. Dividia um apartamento com duas amigas cujos pais, soubemos depois, eram Assessores Ministeriais de Ligação com o Ministério da Magia. São Lauren Collingwood Zabini e Shanna O’Rourke Finch-Fletchley, presentes a este Tribunal, acompanhadas de seus esposos, Blasius e Justin, respectivamente. No verão seguinte conheci Draco Malfoy, ainda sem saber que ele era um bruxo. Para mim, o nome de Lucius Malfoy remetia a um bilionário excêntrico, magnata do comércio internacional e que quase nunca aparecia em público. Foi só depois que eu fui saber que a “Malfoy Import & Export” era uma fachada para os trouxas e que Lucius era o segundo em comando de Lord Voldemort. Alguns dias antes de Draco e eu nos conhecermos, uma nova garota veio morar conosco, Pamela Worthington (Janine não disse que Pamela era, na verdade, Tonks disfarçada). Iniciamos nosso namoro e mantivemos uma constante correspondência, após o início das aulas.
_E a senhora não notou nada de estranho?
_No começo sim, pois eu sempre recebia minhas cartas através de corujas treinadas e tinha de depositar as minhas somente em uma caixa de correspondência vermelha, na estação de King’s Cross. Mesmo sabendo o nome da escola, não tive a idéia de procurá-la no Guia de Estabelecimentos de Ensino da Grã-Bretanha. Ouvi o nome de Alvo Dumbledore pela primeira vez quando estava sendo levada para Hogwarts.
_E por que não procurou?
_Confiava em Draco, sempre confiei. Por isso tenho certeza de sua inocência.
_E como foi que a senhora foi levada para Hogwarts?
_No primeiro dia de novembro daquele ano, recebi uma carta das mãos de um policial. Era de Draco e dizia que eu deveria sair de Londres, pois estava em perigo. O policial dise que minha transferência para Hogwarts já havia sido efetuada e que eu usufruiria de uma bolsa integral, cortesia do Diretor. Fui conduzida à estação de King’s Cross e passei para o lado bruxo, indo parar na Plataforma 9 ½, graças a um passaporte mágico, na forma de uma moeda de ouro. Ela mostrou-se bastante útil, depois. Tonks me acompanhou na viagem e me explicou quem era Draco e que ele havia oficialmente rompido com as Trevas, pelas quais nunca teve afinidade.
_Mas a senhora ainda não havia manifestado magia. Como pôde ser transferida para uma escola mágica?
_Embora eu ainda não tivesse me tornado bruxa, a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts possui um currículo teórico e um acervo literário que ajustava-se perfeitamente às minhas aspirações. A principal finalidade era a de me manter a salvo de Voldemort, mas eu poderia acompanhar a parte teórica das aulas. Fui selecionada para a Grifinória e um dia, ao empunhar uma varinha de Auror, feita de liga de Mirtheil, meus poderes manifestaram-se e eu involuntariamente executei um Feitiço Conjuratório. Todos ficaram espantados quando viram um chimarrão prontinho sobre a mesa do Prof. Mason. A partir daí, acompanhei as aulas como mais uma aluna de Hogwarts.
_Depois a senhora foi seqüestrada pelos Death Eaters, não foi?
_Sim. Eles haviam tomado Azkaban e queriam um livro, no qual haviam pistas para que Voldemort obtivesse um objeto místico de grande poder, as quais apareceriam se Draco me sacrificasse e meu sangue fosse derramado sobre o livro. Com a ajuda do Prof. Mason, um plano de resgate foi organizado por Draco, Harry e os demais Inseparáveis. O que se seguiu foi o evento conhecido como “A Batalha de Azkaban”, onde conseguimos executar o único feitiço capaz de bloquear e contra-atacar a Avada Kedavra, o “Olho de Shiva”.
_Naquela batalha Narcisa Malfoy perdeu a vida, não foi?
_Sim. Lucius tinha uma varinha escondida nas vestes e lançou uma Avada Kedavra em mim e Draco, após atingir Shacklebolt com uma cotovelada. Narcisa desaparatou do lado dele e nos empurrou para o lado, fora do raio de ação do feitiço, recebendo todo o impacto da Maldição da Morte, outro fato conhecido pela Bruxidade, pois consta de um dos volumes de “Hogwarts, Uma História”.
_No ano seguinte vocês noivaram e casaram-se, após a formatura?
_Exatamente, Respeitável Assistente da Promotoria. Passei a fazer parte da Diretoria das Empresas Malfoy, além de colaborar com a Fundação Athena de Pesquisas Históricas e assumir a direção da Fundação Narcisa Malfoy, que envolve-se em ações humanitárias bruxas e trouxas. Inclusive, devo agradecê-lo. Foi graças ao senhor e a Harry Potter, com as provas que obtiveram em Mandalay, que descobrimos a infiltração do Círculo na Fundação e entregamos os nomes dos envolvidos aos Aurores.
Trincando os dentes, Pieterzoon prosseguiu.
_Tenho aqui uma relação de datas, nas quais o Sr. Malfoy foi visto em lugares nos quais ele jura jamais ter estado. A senhora pode me dizer se ele estava no país, nessas datas?
Janine viu a relação das datas e uma em especial lhe chamou a atenção.
_Respeitável Assistente da Promotoria, em todas essas datas Draco esteve na Grã-Bretanha. Especialmente nessa, na qual o senhor afirma que ele estava em Mandalay. Nesse dia, estávamos em Godric’s Hollow, com nossos filhos, almoçando com os Potter. A Dra. Potter já havia dito isso, em seu depoimento.
_Mas vocês não têm provas palpáveis ou testemunhas, pelo que eu sei. Talvez vocês pudessem convocar seus elfos domésticos, os irmãos Dobby e Ziggy. Mas, infelizmente, o depoimento de elfos domésticos, mesmo libertos, não é aceito pelo Tribunal. Sua lealdade impediria que fizessem qualquer declaração contra seus patrões.
_Quaisquer provas serão apresentadas no momento certo, Respeitável Assistente da Promotoria. _ disse Janine _ Assim como as da Acusação.
_A senhora então jamais desconfiou de que seu esposo pudesse estar envolvido com essa nefasta organização?
_Eu AFIRMO que ele não está, Respeitável Assistente da Promotoria. E nós provaremos.
_Então a senhora residiu em Londres, no Rio de Janeiro e, depois que seu pai morreu, em Porto Alegre e depois retornou para Londres?
_Exatamente, Respeitável Assistente da Promotoria.
_A Acusação encerra, Excelsa Corte.
_A testemunha é da Defesa. _ disse Arthur Weasley.
_A Defesa não tem perguntas, Excelsa Corte. _ disse Roger Davies.
_Como todas as testemunhas arroladas já prestaram seus depoimentos, encerramos essa fase do julgamento. Amanhã será o dia da Acusação e da Defesa apresentarem suas teses, mostrar ao Respeitável Corpo de Jurados as provas que porventura tiverem em seu poder e convocarem eventuais testemunhas que possam fornecer provas. Os trabalhos do Tribunal estão encerrados por hoje. _ com um golpe de malhete, Arthur Weasley pôs fim a mais um dia de julgamento.
O meirinho recolocou o bracelete inibidor de magia no pulso direito de Draco Malfoy, olhando-o com expressão simpática, diferente do olhar duro com que o encarara no início do julgamento, no dia anterior.
No seu apartamento de Londres, onde estavam permanecendo durante os dias do julgamento, Draco e Janine relaxavam na banheira de hidromassagem, antes de irem dormir. Narcisa estava com Marilise e Adriano estava em Hogwarts. Depois do banho, assistiam à WBC, vestindo confortáveis roupões.
_As reportagens de Arianne estão sendo bastante imparciais, Draco.
_Sim, Jan. _ respondeu Draco, abrindo um Chardonnay e servindo duas taças. Entregou uma a Janine e tomou um gole da sua _ Mas, segundo Roger e Michael, amanhã será o pior dia.
_Como assim, Draco? Será o dia em que irão me difamar?
_Exato. E, segundo eles, vai ser muita lama.
_Quem será que está passando essas informações para nossos advogados?
_Acho que sei quem é, Jan. Deve ser a mesma pessoa que passava as informações para Harry, o tal de “π”.
_Você o conhece? _ perguntou Janine.
_Eu falei com “π” uma vez, no Cemitério Pére-Lachaise, depois que você e as crianças saíram. Ele me pediu que desse a Harry alguns avisos importantes. Notei uma coisa engraçada, Jan.
_O que foi?
_ “π” gosta de disfarçar-se como artista. Quando esteve comigo, estava com a aparência da cantora Kylie Minogue.
_Adoro “I Should Be So Lucky” e “I Can’t Get You Out Of My Head”. Ela é ótima.
_E, Segundo o que Harry me disse, em outras vezes ele já usou a aparência de Humphrey Bogart, Madonna, Justin Timberlake e outros mais. É um excelente transfigurador.
_Para proteger sua identidade ele precisa ser. Bem, agora devemos nos preparar para amanhã e para o que quer que tentem contra você.
_Na verdade, pelo que Roger Davies e Michael Corner nos disseram,será contra nós. _ terminaram suas taças de vinho e foram dormir.
O dia seguinte seria cheio de emoções.

Ao início dos trabalhos, o Tribunal já estava cheio, inclusive com a presença do Rei e do Primeiro-Ministro, assim como nos dias anteriores. À entrada dos membros da Corte, o meirinho anunciou:
_Todos de pé, para a entrada da Excelsa Corte.
Assim que os membros da Corte tomaram assento, Arthur Weasley tomou a palavra.
_Hoje será o dia no qual a Defesa e a Acusação defenderão suas teses, apresentarão suas provas materiais e convocarão para depor eventuais testemunhas de última hora. A Acusação, na pessoa do Respeitável Assistente da Promotoria, iniciará. Depois será seguida pela Defesa. Por fim, o Respeitável Corpo de Jurados procederá, em conclave, às suas deliberações. Essas serão apreciadas pelo Meritíssimo Colegiado de Juízes, que dará seu veredicto. Em caso de empate, o voto de Minerva ficará a meu cargo. Após esses eventos, o veredicto final será anunciado. Sr. Nikolas Pieterzoon, Respeitável Assistente da Promotoria, queira dar início à sua tese.
Pieterzoon ajeitou sua toga, revisou as “provas” de que dispunha, verificou o funcionamento do projetor e a posição da tela. Satisfeito, iniciou.
_Respeitabilíssimo Ministro da Magia, Meritíssimo Colegiado de Juízes, Respeitável Corpo de Jurados, Respeitável Defensor, Digníssima Assistência. Temos aqui hoje a missão de defender nossa tese de Acusação do réu, Sr. Draco Black Malfoy, através da apresentação das provas que tenho em meu poder. Não iremos nos ater ao que já foi discutido nos dois dias passados, pois o Respeitável Corpo de Jurados já possui subsídios bastantes baseados nos depoimentos prestados. Em lugar disso, hoje iremos provar que nem tudo é o que parece pois, muitas vezes, palavras doces e uma carinha bonita podem servir apenas para mascarar um monstro interior e afirmações de idoneidade apenas nos distraem de uma perniciosa cumplicidade. Senhoras e senhores, por que razão a Sra. Malfoy afirma aos quatro ventos a inocência de seu esposo, mesmo com tantas afirmações em contrário e o registro das ações ilícitas do Sr. Malfoy em países com os quais ele jura não ter qualquer espécie de relação comercial? Para nós isso não passa de uma bem orquestrada cortina de fumaça, com a intenção de desviar nossa atenção da verdade (“Lá vem o bombardeio, Jan. Prepare-se”, sussurrou Michael ao ouvido de Janine). E qual é essa verdade, senhores? Pois eu lhes direi. A Sra. Malfoy não é a pessoa honesta, digna e proba que afirma ser. Na verdade, é cúmplice de seu esposo e não ficaria admirado se descobrisse que ela poderia mesmo ser a chefe dessa ramificação do Círculo Sombrio!
Murmúrios, cada vez mais altos, fizeram-se ouvir pelo Tribunal. Pieterzoon continuou.
_Sim, senhoras e senhores. Essa dama, conhecida na Bruxidade por seu trabalho de historiadora na Fundação Athena, pelo seu engajamento em causas humanitárias, à frente da Fundação Narcisa Malfoy e, atualmente, como professora da disciplina de Feitiços na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, esconde um passado que deve estar fazendo seu pai revirar-se no túmulo e que não deve ser do conhecimento de sua mãe. Pois se a Sra. Marilise Sandoval Mason, aqui presente, soubesse das coisas que sua querida filhinha já fez, teria sido a primeira a jogá-la às feras no Coliseu. Basta dizer que sua conduta, já na puberdade e adolescência, coloca-a em um patamar digno dos trevosos desde a Primeira e Segunda Ascenções de Lord Voldemort. Ou seja, ela é alguém que, mesmo nascida trouxa, é a companheira ideal de um Malfoy clássico.
Tomou um gole de água e prosseguiu.
_Ainda na Inglaterra, onde seu pai era Adido Militar na Embaixada do Brasil, a jovem Janine fazia parte de uma bem montada rede de distribuição de drogas na escola onde estudava, em Londres. _ e projetou um slide no qual via-se uma garota de cabelos castanhos e olhos azuis recebendo um pequeno pacote de um homem de aparência suspeita. O slide seguinte mostrava a garota passando-o, disfarçadamente, às mãos de outra, no corredor de uma escola _ Essa atividade prosseguiu depois do seu retorno à terra natal, pois continuou a fazer “avião” para traficantes do Rio de Janeiro, como podemos ver nos próximos slides.
Pieterzoon projetou uma seqüência de slides, nos quais via-se claramente uma adolescente em trajes leves, recebendo papelotes em um morro do Rio e depois distribuindo-os para outros adolescentes e recebendo dinheiro deles. Em um dos slides, era possível ver claramente o rosto de Janine e o piercing no seu umbigo, revelado pela miniblusa que vestia (“Percebeu?”, sussurrou Draco. “Sim, querido. Percebi”, sussurrou ela de volta). Na assistência, Marilise contraiu os maxilares e Mason segurou sua mão.
_Calma, querida. _ sussurrou Mason ao ouvido da esposa _ Está na cara que essa foto só pode ser falsa.
_Eu sei que essa foto é falsa, Derek. _ susurrou Marilise de volta ao ouvido do esposo _ Eu estou é indignada por ver descerem tão baixo para enlamear a reputação de alguém. Mas a Acusação vai ter uma grande surpresa, quando Roger e Michael começarem a defender sua tese, ah, se vão.
_Sua relação com o tráfico persistiu, durante o tempo em que estudou em Porto Alegre. _ prosseguiu Pieterzoon _ O Colégio Marista Rosário retiraria qualquer vestígio de sua passagem por seus corredores, caso soubesse do que aquela garota já fez, inclusive envolvendo colegas. A mácula na Casa fundada por São Marcelino Champagnat jamais seria apagada. Vejam, senhoras e senhores, como ela transitava com desenvoltura pelas ruas da Vila Cruzeiro do Sul, já que era protegida dos barões da droga de Porto Alegre.
Uma gravação em DVD foi projetada, mostrando uma jovem andando pelas ruas de um dos bairros mais perigosos da capital gaúcha, como se estivesse em casa. Conversava com perigosos traficantes sem a menor preocupação, ouvindo-se as instruções que eles lhe passavam, sobre onde pegar a droga a ser distribuída. O piercing brilhava em seu umbigo.
_Aos quinze anos, ela foi prosseguir seus estudos na Inglaterra, onde continuou levando uma vida dupla. Ao mesmo tempo em que estudava, também traficava drogas e, como se não bastasse, integrava um esquema on-line de pornografia infanto-juvenil, gerenciando sites com fotos de garotas e rapazes nus, inclusive anunciando serviços sexuais para pedófilos pervertidos. Suas próprias fotos circulavam na Internet, mas com seu rosto mascarado, para não despertar suspeitas e não chamar a atenção de suas colegas de apartamento, Lauren Collingwood, agora Lauren Collingwood Zabini e Shanna O’Rourke, agora Shanna O’Rourke Finch-Fletchley, filhas dos Assessores Ministeriais de Ligação com o Ministério da Magia Douglas Collingwood e Liam O’Rourke, o primeiro deles falecido no atentado que vitimou a ele e ao ex-Ministro da Magia, Cornelius Fudge.
Ao lado de Draco, Janine disfarçava o mais que podia a náusea que sentia ao ver aquelas fotos e filmes, todos magistralmente forjados.
_Estou desconfiada de que esse cara deve estar vendido ao Círculo, Draco. Só pode ser. _ sussurrou Janine.
_Sim, Jan. Mas eles esqueceram-se de alguns detalhes. _ respondeu Draco.
_E derrubaremos tudo isso na hora de defendermos nossa tese, minha gente. _ disse Roger _ Agüentem apenas um pouco mais, por favor. Sei que eu mesmo estou com vontade de vomitar com toda essa baixaria, mas temos de ter um pouquinho mais de paciência.
Pieterzoon prosseguiu em sua asquerosa tentativa de difamar Janine.
_E, para concluir, aquela linda garota, inteligentíssima, meiga, com aptidão para idiomas, atleta e perita em artes marciais, também participava, vez por outra, de festas nas quais havia farto consumo de drogas, nas quais ocasionalmente consumia Cannabis e que, quase sempre, terminavam em verdadeiras orgias, em que ninguém era de ninguém, inclusive em companhia de sua nova amiga, Pamela Worthington. Advirto-os de que os próximos slides serão chocantes para aqueles não acostumados a cenas fortes e que confiam seus filhos a serem alunos de alguém que supõem ser uma pessoa digna.
Os slides seguintes mostravam uma garota idêntica a Janine participando de festas de embalo, consumindo Cannabis e fazendo sexo, às vezes com mais de uma pessoa. Mas, ao verem um slide no qual ela aparecia de costas, aqueles que a conheciam descobriram a farsa (“Desgraçado! Um pouco mais e até mesmo quem convive com a Jan seria convencido”, pensou Gina). Marilise e Derek também perceberam.
_Agora que já caiu a máscara da Bela e estamos frente à Fera, bem, vamos às provas palpáveis que a Acusação possui contra o Sr. Draco Black Malfoy e, agora, não somente contra ele mas também contra essa dissimulada dama, que também será indiciada como cúmplice de seu marido, verdadeiros Bonnie & Clyde do Século XXI. GANGSTERS! _ e Pieterzoon frisou bem a última palavra _ Vejamos... registros de hotéis em Bogotá, Istambul e, principalmente, Rangoon e Mandalay. Lugares nos quais o Sr. Malfoy jura jamais ter pisado.
Slides de recibos de hotéis, cartões de embarque e registros de desembarque internacional foram projetados na tela e todos viram neles a assinatura de Draco Malfoy.
_Além disso, senhoras e senhores, temos aqui fotos do Sr. Malfoy em companhia de grandes traficantes internacionais, principalmente da região do Triângulo Dourado. É a prova viva do ditado “Uma imagem vale por mil palavras”, principalmente esta aqui, tirada em uma data na qual a Sra. Malfoy e a Dra. Potter afirmam que Draco estava em Godric’s Hollow.
Outro slide foi projetado na tela e todos viram a troca de maletas entre Draco e um traficante de Myanmar. Rony e Sirius viram a foto e lembraram-se da cópia dela, que Anya havia mandado para o cofre do banco de Genebra.
_Baita armação. _ sussurrou Rony para Sirius.
_Com certeza, Rony. _ respondeu Sirius.
Pieterzoon continuou defendendo sua tese.
_E descobrimos que, naquela mesma ocasião, começou a ser tramada a morte de Harry Potter, que culminou com uma BMW 750i mergulhando nas águas do Rio Amstel. Se o próprio Harry Potter não tivesse insistido em ir sozinho para a Turquia, talvez ele ainda estivesse vivo ou então, pensando na pior das hipóteses, seríamos dois mortos em vez de um. O que quero provar com esta tese e com as provas materiais de que dispomos, é que o Sr. Draco Black Malfoy JAMAIS deixou de possuir afinidade pelas Trevas e nem de odiar Harry Potter, sendo um dos mentores de sua captura e morte, em associação com o Círculo Sombrio, com a finalidade de reerguer a Ordem das Trevas e, novamente, submeter a Bruxidade aos horrores que ela já sofreu nos tempos de Grindelwald, nos Dias Negros e na Segunda Ascenção de Lord Voldemort. Draco Malfoy JAMAIS constituiu uma exceção à “Natureza Malfoy”, a lendária tendência para o mal que a quase totalidade da família possui, cujos exemplos mais recentes foram seu falecido pai, Lucius, sua falecida prima, Valérie e, como agora descobrimos, ele próprio. Eis os fatos, Excelsa Corte. E, como contra fatos não há argumentos, a Acusação roga ao Respeitável Corpo de Jurados que delibere e decida pelo veredicto de culpado e que o Meritíssimo Colegiado de Juízes, após apreciar o veredicto, decida pelo que o réu merece, a pena máxima. Prisão perpétua na ilha-presídio de Azkaban. E aproveito para pedir também pelo indiciamento da Sra. Janine Vargas Sandoval Malfoy, por cumplicidade nos esquemas de seu marido com o Círculo Sombrio.
Após encerrar a defesa de sua tese, Nikolas Pieterzoon retornou à sua mesa, sentou-se e serviu-se de um copo de água. Murmúrios crescentes ouviram-se pelo salão do Tribunal e, encobertos por eles, os diálogos de nossos amigos.
_Muito bem armado, não foi, Mione? _ perguntou Rony.
_Sim, Rony. _ respondeu Hermione _ Tiveram muito trabalho, mas esqueceram-se de alguns pequenos detalhes.
_Que eu estou certa de que Roger e Michael não deixarão ao acaso, minha gente. _ comentou Gina _ Se eu os conheço bem, eles já devem estar com uma contraprova para cada uma das “provas” que esse maldito ou quem quer que seja, forjou.
_Você sabe de alguma coisa que não sabemos, mana? _ perguntou Jorge, que estava sentado ali perto, com Angelina ao seu lado.
Como não podia revelar que Harry estava vivo e que Pieterzoon era “Mantis”, ela desconversou.
_Ora, mano, está na cara que essas provas são todas elas forjadas. E quem as forjou tem um interesse especial em ferrar Draco e Jan. Sem contar que também devem estar envolvidos na morte de Harry. Talvez até mesmo esse Acusador, o tal Pieterzoon, possa ter sido comprado.
_Ele é agente da InterSec e estava trabalhando com Harry antes dele desaparecer. _ disse Fred _ É, faz sentido. Vejam, a Defesa irá apresentar sua tese.

_Ordem no Tribunal! _ disse Arthur Weasley, sublinhando suas palavras com golpes de malhete. Quando o salão novamente estava em silêncio, Roger Davies levantou-se.
_Respeitabilíssimo Ministro da Magia, Meritíssimo Colegiado de Juízes, Respeitável Corpo de Jurados, Respeitável Assistente da Promotoria (e Roger teve de disfarçar os engulhos que sentia ao dirigir-se a Pieterzoon), Digníssima Assistência. Caso estivéssemos na Roma Antiga, e onde muitos de nossos ancestrais bruxos e trouxas vieram, eu obrigatoriamente iniciaria a defesa de nossa tese com as palavras de Catão, o Grande, que eram as seguintes: “Delenda Carthago”, “Destruam Cartago”. De qualquer forma, será assim que iniciarei. “Delenda Carthago”! Sim, Bruxidade! Destruam essa Cartago de mentiras e falsidades que foi erigida com o único intuito de condenar Draco Malfoy por crimes que ele não cometeu e de difamar, cobrir de lama a reputação ilibada de sua esposa. É exatamente isso que nós, da Defesa, iremos fazer, baseando-nos não em suposições, histórias ensaiadas, tentativas de compra de jurados e juízes e provas forjadas. Eu digo a todos, Excelsa Corte e Digníssima Assistência, que para cada falsa prova que a Acusação nos apresentou, nós temos mais de uma contraprova que irão derrubá-las, destruí-las, incinerá-las e semear sal sobre suas ruínas, exatamente como fizeram as Legiões Romanas com a Cartago de Aníbal, ao término das Guerras Púnicas. E faremos isso não apenas através das provas materiais que possuímos, mas também com um último depoimento, a apresentação de uma última testemunha que irá elucidar todo esse caso e trazer a verdade à tona. Respeitável Colega Defensor Michael Corner, queira convocar a testemunha.
_Sim, Respeitável Colega Defensor Roger Davies. _ disse Michael Corner, ainda estranhando um pouco aquela testemunha de última hora, que fora convocada por orientação de “π”. Mas, seguindo a estratégia que já haviam traçado, a testemunha foi chamada. _ A Defesa convoca, para prestar seu depoimento, em adjuvância às provas materiais e à tese a ser apresentada, o Sr. Sherlock Scott Holmes.


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