Harry Potter e o Círculo Sombrio escrita por JMFlamel


Capítulo 14
BARAD




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CAPÍTULO 13

“BARAD”







_Como é que é? _ perguntou Janine _ Draco está sendo acusado de tráfico?
_Associação para o tráfico, Sra. Malfoy. Os aviões das Empresas Malfoy estão sendo utilizados para transporte de drogas e isso já está ocorrendo há algum tempo. As atividades da “Malfoy Import & Export” estão sendo investigadas pela Interpol e pela InterSec. _ explicou Pieterzoon.
_E agora? O que farão comigo? _ perguntou Draco.
_Não teria lógica encarcerá-lo, Sr. Malfoy. Sendo um bruxo, o senhor poderia escapar facilmente de qualquer cadeia trouxa e não podemos mandá-lo diretamente para Azkaban, antes de ser julgado. O senhor aguardará o julgamento em liberdade, devendo apenas usar isto aqui. _ e prendeu um bracelete prateado ao pulso direito de Draco.
_Bracelete inibidor de magia? _ perguntou Draco.
_Sim, Sr. Malfoy. Inibidor seletivo. Esse bracelete impedirá que o senhor desaparate para fora da Grã-Bretanha e que utilize Feitiços de Combate. Também servirá como localizador, dando-nos sua posição geográfica o tempo todo. Agora, queira nos acompanhar até a sede da InterSec, para prestar depoimento.
_Sou inocente. A verdade aparecerá. Por isso estou bem tranqüilo e submeto-me às determinações da InterSec. _ disse Draco _ Só gostaria de dar um telefonema antes de qualquer coisa.
_Sem problemas, Sr. Malfoy. _ disse Pieterzoon.
Draco pegou seu celular e ligou.
_Harry? Sou eu, Draco... Sim, aconteceu.... Estamos no campo de pouso da “Malfoy Import & Export”... Já está vindo?... Beleza. Até.
Passado menos de meio minuto, ouviu-se o ronco do poderoso motor da Harley-Davidson de Harry. Ele desligou a moto, tirou o capacete e aproximou-se, apresentando sua identificação.
_O que faz aqui, Potter? Isso não é assunto da sua Divisão.
_Quando soube das acusações contra Draco, solicitei uma transferência temporária para a Divisão de Repressão ao Tráfico, para poder colaborar nas investigações. E o Comando determinou que eu e você trabalhássemos juntos.
_Ninguém merece. Terei você no meu pé, me fazendo passar vergonha?
_Só se você fizer mais alguma burrada, tipo aquela na Austrália.
_OK, trabalharemos juntos. Mas sei que você tem interesse pessoal, pois Draco Malfoy é seu amigo.
_Mais uma razão para que trabalhemos juntos, pois você garantirá minha imparcialidade.
_Está bem. Se você acredita que Draco Malfoy é inocente, vamos lá.

Antes que pudessem sair dali, sofreram o inevitável assédio dos repórteres. Dos trouxas foi fácil livrarem-se. Já dos bruxos, não houve jeito. Ainda mais que era Arianne, acompanhada de Dennis, em uma matéria ao vivo.
_Aqui é Arianne Skeeter-Creevey, da pista de pouso da “Malfoy Import & Export” em Londres, onde algo fora do comum está acontecendo. Foi encontrado um carregamento de ópio em um dos aviões das Empresas Malfoy e seu Diretor-Presidente, Draco, está sendo acusado de associação para o tráfico. Estou aqui com o agente do serviço de segurança trouxa que está encarregado da investigação. Sr. Pieterzoon, o que pode nos dizer?
_Não muito, Arianne, a fim de não comprometer as investigações. O Sr. Malfoy declara não ter qualquer relação com o tráfico, mas as provas estão aí. De qualquer modo, uma investigação completa deverá ser realizada, para que um empresário de tal reputação não seja injustamente condenado.
_E as investigações serão coordenadas pelo senhor?
_Por mim e por outro companheiro da InterSec, que acredita poder provar a inocência de Draco Malfoy. Harry Potter. _ e Pieterzoon apontou para Harry.
_Olá, Harry. _ disse Arianne _ Então, você acredita que Draco é inocente?
_Sim, Arianne. Como disse o Agente Pieterzoon, não poderemos dizer muita coisa, a fim de não comprometer o sigilo das investigações. Mas elas serão procedidas com toda a imparcialidade, independente de eu e Draco sermos amigos de longa data.
_E o que tem a declarar, Draco?
_Apenas que acatarei a decisão da justiça e aguardarei. A verdade aparecerá e saberemos quem é o responsável por isso, Arianne. Para isso, conto com a eficiência do Sr. Pieterzoon e a de Harry Potter, que já é bem conhecida pela Bruxidade, além de que logo estarei providenciando minha defesa. Ainda não constituí advogados, mas pretendo fazê-lo logo.
_Obrigada, senhores. Jan, tem algo a dizer?
_Meu esposo é inocente e logo isso ficará bem claro, Arianne. É tudo o que posso declarar, no momento.
_Muito obrigada, Jan. Ao vivo, do campo de pouso da “Malfoy Import & Export”, com imagens de Dennis Creevey, Arianne Skeeter-Creevey, para o plantão de notícias da WBC.

Assim que saíram do ar e as câmeras foram desligadas, Arianne perguntou, baixinho:
_Harry, você tem idéia de quem pode ter armado isso?
_Ainda não dá para dizer, Arianne. Mas é bom saber que vocês da mídia acreditam em Draco. Como está Lenore?
_Cada dia mais linda. Se bem que opinião de mãe é suspeita. Tchau, Harry. Diga à Gina e às crianças que mandei um beijo. Tchau, Jan, Draco, a verdade vai aparecer.
_Tchau, Arianne. _ em seguida, o casal de repórteres desaparatou.

_Vocês pareciam bem próximos. _ comentou Pieterzoon.
_Não tem como não ser. _ respondeu Harry _ Fomos todos contemporâneos em Hogwarts.
_Não me diga que você também é bruxo, Potter?
_Ainda não sabia? Não lhe contaram, quando você estava na Interpol?
_Não. Mesmo na InterSec só me falaram por alto que ainda existiam bruxos no mundo e que um deles havia derrotado um tal de Lord Voldemort aos dezessete anos, um garoto chamado Harry Potter. Era você?
_Sim, era eu. _ respondeu Harry.
_Eu pensava que era apenas coincidência de nomes. Isso explica algumas coisas.
_Como assim, Pieterzoon?
_Lembra-se daquela vez, em Amsterdam, quando você me corrigiu ao ver que Anastasia Artamonov não havia aplicado aquelas doses em si mesma?
_Sim. Desculpe se eu acabei te fazendo passar ridículo. Mas o que explica?
_Explica como foi que aquele capacete cor-de-rosa apareceu junto ao seu, na moto. Você o conjurou?
_Sim, eu o conjurei para Miep. Normalmente não ando com capacetes cor-de-rosa dependurados na minha moto (os dois riram). Falando sério, Pieterzoon, você realmente acredita que Draco tenha algo a ver com tráfico?
_Olha, Potter, fui designado para esta investigação e tenho de apurar a verdade. O que eu acho é irrelevante, mas eu só digo que acho bem pouco provável que Draco Malfoy seja burro ao ponto de se sujar com isso. Li sobre a família dele e o trabalho que ele e a esposa tiveram para reabilitar o nome da família junto à comunidade bruxa. Ele não seria idiota de colocar tudo fora.
_Concordo com você, Pieterzoon. Principalmente porque participei desse processo. Bem, temos de acompanhar Draco até a sede da InterSec para prestar depoimento, mas antes eu preciso falar com ele.
_OK. Demorar um pouco mais não fará mal. Vai lá, Potter.

Harry aproximou-se de Draco e Janine.
_Teremos de ir daqui a pouco, Draco.
_Que bom que você está na investigação, Harry. Assim teremos a certeza de que a verdade vai surgir. _ disse Janine.
_Terei de constituir um advogado. _ disse Draco _ Alguém que seja muito bom em Direito Criminal. Ainda que eu seja inocente, não quero me arriscar a pôr tudo a perder com uma má defesa.
_Está certo, Draco. _ disse Harry _ E eu já faço uma idéia de quem você deverá procurar.
_Não podem ser Padma e Theo Boot. A especialidade deles é Direito Internacional. _ disse Draco _ A não ser que... Espere! Você está pensando neles?
_Exatamente, Draco. Os dois estavam em férias, curtindo um cruzeiro na Grécia.
_Então eu irei vê-los, assim que prestar o depoimento para a InterSec. Acredito que não deverá demorar muito.
_Eu irei com você, Draco. Até que as investigações comecem oficialmente, eu poderei ajudá-lo. E isso só deverá acontecer amanhã ou depois.
Draco e Janine embarcaram no Mercedes da InterSec e Harry foi atrás, em sua Harley-Davidson mágica. Cerca de duas horas depois foi liberado, indo com Harry à procura dos profissionais que iria constituir como seus advogados. Janine foi para Wiltshire e, como estivesse de férias do Ministério, Luna foi com ela, para ajudar no que fosse necessário. Muito bom, porque Narcisa adorava Tia Luna e a bruxa loira dava-se muito bem com Ziggy.

Depois de deixarem a motocicleta na garagem da “Malfoy Import & Export”, Draco e Harry entraram em uma BMW X-5 preta e dirigiram-se para Notting Hill, onde estacionaram em frente a uma elegante casa. Tocaram a campainha e foram recebidos pelos proprietários.
_Harry! Draco! Que bom vê-los! Nós já imaginávamos que vocês nos procurariam. Quando vimos a reportagem de Arianne e recebemos sua ligação, apenas aguardávamos pelo momento de vocês virem.
_Não poderíamos pensar em ninguém melhor para constituir como advogados do que vocês, Michael. _ disse Draco.
_Obrigado, Draco. Eu e Roger ficamos muito gratificados com isso. Ah, lá vem a Sra. Highsmith com o chá. Vamos passar para o gabinete e vocês me explicam toda a situação, OK?
_Certo, Michael. _ concordou Harry e todos passaram para o gabinete, onde ele e Draco começaram a fornecer as informações das quais Michael Corner e Roger Davies iriam precisar para a defesa do loiro.

Após saírem da residência dos advogados, puseram-se a caminho do escritório da “Malfoy Import & Export”, para que Harry pegasse a moto. Draco comentou:
_Eles são bem sucedidos.
_Sempre foram advogados muito competentes e discretos.
_Inclusive na vida pessoal, Harry. Qualquer um que os veja não imagina o que há entre eles.
_E mesmo entre nós, que fomos contemporâneos deles em Hogwarts, poucos sabem que Roger Davies e Michael Corner são...
_ “Élficos”, um casal Gay. Ainda mais que Michael foi namorado de Gina, por algum tempo e depois de Cho. Bem, vamos voltar, para que você possa pegar a moto. Aguardarei o resultado de suas investigações. _ Draco entrou em uma rua sem movimento e acionou o Multiplicador de Invisibilidade e, logo em seguida, o Comando de Desaparatação da BMW. Em um instante estavam de volta às Empresas Malfoy, Harry pegou a moto e foi embora.

Dois dias depois, Harry e Pieterzoon estavam em uma sala de planejamento, na sede da InterSec em Londres. À frente deles, vários documentos, fotos e uma garrafa térmica, repleta de café.
_Olha, Potter, Draco Malfoy pode até não saber do que rolou, mas os aviões de sua empresa têm feito escalas não-autorizadas em lugares bastante suspeitos. Veja só: Mandalay, Almaty, campos de pouso com acesso à Trilha Khyber, etc.
_Trilha Khyber, você disse?
_Sim. O que há de especial?
_Não muito. Quando eu tinha dezesseis para dezessete anos, descobriram que Voldemort tinha um esconderijo lá, junto a uma tribo Mudjahedin. Se bem que ele possuía vários esconderijos ao redor do mundo e nem todos foram descobertos até hoje.
_Você acha que o Círculo pode estar utilizando alguns deles?
_E por que não? “Sombra & Escuridão” parecem ser Death Eaters remanescentes e podem ter tido conhecimento de tais lugares. E o Círculo pode estar aproveitando os locais e antigos contatos da Ordem das Trevas.
_Nunca entendi direito o que aconteceu naquele tempo.
_Voldemort estudou em Hogwarts de 1936 a 1943. Lá ele descobriu ser descendente de Salazar Slytherin, que foi um dos Fundadores de Hogwarts e voltou-se para as Trevas. Ele seguiu os passos de seu ancestral e reergueu a Ordem das Trevas, que havia ficado desestruturada depois da II Guerra com a morte de seu líder, Adolf Grindelwald, que era conselheiro de Adolf Hitler. Devido a uma profecia, nossos caminhos acabaram se cruzando e ele tentou me matar, depois de já haver matado meus pais. Eu tinha um ano de idade. Seu feitiço voltou para ele, que quase morreu. Eu acabei ficando com esta marca na testa. _ e Harry mostrou a cicatriz _ Ela me avisava quando havia perigo por parte dele. Ao todo enfrentamo-nos sete vezes e, na última, ele cometeu Seppuku para não ser aprisionado. E eu fui seu assistente, decapitando-o quando ele me pediu.
_Uma morte Samurai para o Lorde das Trevas. Interessante.
_E ele, diferentemente de outros bruxos das Trevas, que desprezavam as artes marciais, possuía treinamento Ninja. Os outros, em sua maior parte, são muito dependentes das varinhas.
_Outra coisa que tenho dificuldade para compreender, mesmo tendo tido as instruções de Assuntos Bruxos na InterSec. Nunca soube como funciona uma varinha.
_Não é tão difícil assim, Pieterzoon. Veja bem: segundo a teoria de Dumbledore, que tem mostrado-se cada vez mais verdadeira, todos os seres humanos possuem potencial para a magia, mas nem todos podem utilizá-la. Os que podemos somos nós, os bruxos. As varinhas reagem tão fracamente aos trouxas ou aos bruxos abortados ou seja, que nascem sem poderes, que nem se percebe. Eis aqui a minha. Pegue-a e veja.
Pieterzoon pegou a varinha mágica de Harry e, realmente, nada aconteceu.
_Uma varinha é constituída de um cerne mágico, quase sempre originário de uma criatura fantástica. Os mais utilizados são corda de coração de dragão, pêlo de cauda de unicórnio e pena de cauda de fênix, como é o caso da minha, embora possam ser utilizados outros materiais, como na varinha de Fleur Delacour Weasley, cujo cerne é um fio de cabelo de uma de suas avós, uma Veela.
_Já ouvi falar de Veelas. Elas são mesmo irresistíveis como se diz?
_São. Mas elas possuem controle dos feromônios. Bem, como eu dizia, além do cerne mágico, há a madeira. Normalmente é madeira de lei ou alguma que possua propriedades místicas. A minha, por exemplo, é de azevinho. A de Voldemort era de teixo e havia algo de interessante, a origem do cerne mágico era a mesma do da minha. Pena de cauda de Fênix, no caso a da Fênix de estimação de Dumbledore, Fawkes.
_Isso provoca algum efeito especial? _ perguntou Pieterzoon.
_Provoca. Se houver um duelo entre duas “varinhas-irmãs”, elas ligam-se e uma tenta suplantar a outra. A que vence força a derrotada a regurgitar ecos dos últimos feitiços realizados, em ordem inversa.
_Falaram sobre isso em Assuntos Bruxos. Se não me engano, o nome é “Priori Incantatem”.
_Isso mesmo. Entre varinhas irmãs isso ocorre espontaneamente, mas pode ser invocado entre varinhas não-irmãs, para identificar que feitiços a varinha-alvo lançou.
_Seu mundo é bem interessante, Potter. Mas dá um pouco de medo, pois se os bruxos quisessem poderiam dominar o mundo.
_Alguns tentaram e tentam, tais como Grindelwald e Voldemort, no passado e agora “Sombra & Escuridão”, com o Círculo Sombrio. Mas a imensa maioria da Bruxidade é de pessoas de bem, que só querem viver suas vidas numa boa, atualmente integrados ao mundo trouxa. Para combater o mal existimos nós, os Aurores. Combatemos contra bruxos das Trevas e ajudamos a manter a paz. Bem, por onde você acha que deveríamos investigar?
_Acho que poderíamos começar por Mandalay, em Myanmar. Foi o último lugar de onde o avião saiu. Poderemos pegar um jato ainda hoje...
_... Não será necessário. Como está o tempo por lá?
_Quente e úmido. Por que?
_Por isso: “Indumentaria Cambio”! _ com um gesto de varinha, Harry transfigurou as roupas de ambos em algo mais adequado ao clima de Myanmar. Em seguida, tocou no ombro de Pieterzoon e ambos desaparataram para a garagem.
_Diabos, Potter! Podia ter me avisado! _ disse Pieterzoon, meio assustado. Era a primeira vez que o agente da InterSec fazia uma Aparatação.
_Desculpe, Pieterzoon. Com o tempo você se acostuma. Dizem que a primeira Aparatação é como o primeiro sutiã: você jamais se esquece. _ disse Harry, com um sorriso.
_Com essa cara e jeito de certinho, você está me saindo um baita de um sacana, Potter. Sempre com uma brincadeira na manga.
_Mal de família. Meu pai era bem gozador, na época da escola.
_E como vamos para Myanmar?
_De moto. Olha ela aí.
_Vamos chegar daqui a um mês! Você está de brincadeira!
_Calma, cara. Você está trabalhando com um bruxo. Acostume-se a raciocinar como um. _ montaram na Fat Boy e saíram à rua. Em um beco, Harry acionou o Multiplicador de Invisibilidade e o Comando de Vôo. Decolaram e Pieterzoon perguntou:
_E os radares?
_Tenho um embaralhador. Vamos para Myanmar. _ Harry acionou o Comando de Aparatação e os dois desapareceram, ressurgindo nos arredores de Mandalay.
_Por isso você sempre chegava rápido aos lugares. Sua moto também desaparata.
_E em longas distâncias, você viu bem. É melhor que tenhamos cuidado, pois este país é governado por uma junta militar e é um lugar onde as liberdades individuais e direitos humanos ainda são ignorados.
_E ainda são uns grandes caras-de-pau pois, por mais que tentem negar, grande parte da economia do país é baseada no ópio.
_Cerca de 25% da produção mundial, pelo que eu soube. Myanmar é o segundo maior produtor, ficando atrás somente do Afeganistão. Ali está o nosso destino, a sede da InterSec em Mandalay. Sabia que esta cidade já foi a capital do país?
_Ah, sim, quando Myanmar ainda chamava-se “Birmânia” e era colônia do Império Britânico. A sede é ali, naquele cantinho do mercado. A entrada fica nos fundos daquela tenda.
Deixaram a moto aos cuidados de um guardador e entraram. Atravessaram um corredor e saíram em uma sala de operações, onde vários monitores mostravam imagens de satélite dos campos de papoulas.
_Potter, Pieterzoon, bem-vindos.
_Olá, Wesley. _ disse Pieterzoon _ O que tem para nos dizer?
_Não muito. Eles parecem ter dado uma diminuída nas atividades. Mas aquela cabana no centro da plantação (E Wesley mostrou a imagem da cabana) deve ser um centro de operações, pois gera uma quantidade anormal de calor.
_Vou dar uma olhada. _ disse Harry _ Eles ainda empregam plantadores malaios?
_Sim, Potter. O que vai fazer?
_O que eu puder. _ e transfigurou-se em um homem mais baixo, com traços malaios _ E agora as roupas. “Indumentaria Cambio”!
Em um instante, suas roupas mudaram e era um agricultor malaio que estava à frente deles.
_Eu volto assim que puder. _ e desaparatou, voltando cerca de três horas depois.
_E então, Potter? _ perguntou Pieterzoon.
_Não deu para ver muito, mas a cabana realmente gera muito calor. Vamos penetrar à noite.
Naquela noite, os dois estavam perto dos limites da plantação de papoulas. Harry estava com o traje Ninja e Pieterzoon com um macacão preto.
_Está armado, Potter? _ perguntou Pieterzoon, revisando sua Walther e a Intratec.
_Se você se refere à minha Glock .380, sim, eu estou com ela. Mas quase não a uso. Prefiro as armas Ninja e os feitiços. E mesmo a Glock é enfeitiçada para somente disparar munição sedativa mágica. Não gosto muito de armas de fogo.
Com um alicate, Pieterzoon cortou uma abertura na cerca e os dois entraram. Rastejaram por entre os pés de papoula e aproximaram-se da cabana. A porta estava fechada com um cadeado. Pieterzoon pegou um kit de arrombamento e já ia colocar a mão no cadeado, mas Harry o impediu.
_Calma, Pieterzoon. Veja o fio de alarme saindo do cadeado. Tentar abri-lo irá revelar nossa presença.
_E como vamos entrar?
_Esse feitiço irá desativar o alarme e abrir a porta. “Alarme Evanesco, Alorromora”! _ o alarme foi desarmado e a porta abriu-se, com o cadeado dependurado. Entraram e chegaram a uma sala cheia de mapas e computadores, com um diagrama de rotas em um telão. Harry e Pieterzoon começaram a selecionar os documentos de maior interesse e fotografá-los, evidenciando a ação do Círculo junto ao comércio de ópio de Myanmar.
_Há elementos infiltrados na Cruz Vermelha, nas Varinhas Solidárias e na própria Fundação Narcisa Malfoy. _ disse Harry.
_Isso pode explicar porque os aviões Malfoy estão sendo utilizados, aproveitando a cobertura das organizações humanitárias. Mas ainda não encontramos nada que possa descartar o envolvimento de Draco. _ comentou Pieterzoon.
_Também não achamos nada que o confirmasse. _ retrucou Harry.
_Veja, Potter! Esta foto! Draco disse que não tinha negócios em Myanmar, mas aqui está ele.
_Armação, fotografia forjada.
_Caracas! Está perfeita!
_Para nós, bruxos, é relativamente fácil assumir a aparência de outra pessoa. Dependendo do nível de poder, podemos usar Transfiguração Pessoal Completa ou então tomar Poção Polissuco.
_Ah, sim. Eu li sobre ela. É uma bebida que deixa você com a aparência de outra pessoa durante uma hora, mediante a adição de uma parte do corpo dela, tipo um fio de cabelo, por exemplo.
_Exatamente, Pieterzoon. Você levou a sério as instruções de Assuntos Bruxos. _ e Harry viu que Pieterzoon havia sacado a Walther e a estava apontando na sua direção.
_NÃO, PIETERZOON! _ o holandês disparou e um bandido do Círculo caiu atrás de Harry, com um buraco na testa. Embora o tiro tivesse sido disparado com um silenciador, o capanga derrubou uma estante ao cair, fazendo um enorme barulho e atraindo outros, cujos passos já podiam ser ouvidos no corredor _ Eu já havia percebido a aproximação dele pelo Ki e estava pronto para detê-lo.
_Mas como?
_Eu poderia neutralizá-lo de umas quatro ou cinco maneiras diferentes, sem matá-lo. Agora vamos ter de sair daqui, com o que temos. _ colocando a mão no ombro de Pieterzoon, desaparatou com ele para o local onde estava a moto. Montaram nela e saíram pela estrada.
_Potter, uma barreira!
_Calma. Vamos tomar outro rumo. _ e, acionando o comando de vôo e o Multiplicador de Invisibilidade, saíram voando, totalmente invisíveis. Então, desaparataram para a sede da InterSec.
Lá chegando, puseram-se a analisar o material, não sem que Harry repreendesse Pieterzoon.
_Você foi precipitado, Pieterzoon. Não havia necessidade de matá-lo. Poderíamos ter completado nossa missão em silêncio, mas graças a você, mistura de James Bond com Dirty Harry, nossas informações ficaram truncadas. Ainda bem que dá para aproveitar muita coisa e identificar vários elementos do Círculo infiltrados em organizações humanitárias.
_Pensei que estava salvando sua vida, Potter. _ disse Pieterzoon, meio amuado.
_Tá, esquece. Você fez o que achou melhor no momento. Acho que, no seu lugar, eu faria a mesma coisa. Tudo bem.
_E qual será o próximo passo de vocês? _ perguntou Spader, o superintendente da InterSec na região.
_Poderíamos conferir a rota desse ópio para Almaty e Moscou, mas vi indícios de que a Conexão Amsterdam continua ativa. Acho que vou prosseguir e refazer os passos de Anya, tentando retomar as investigações do ponto em que ela parou.
_Cuidado, Potter. _ disse Spader _ A Srta. Artamonov descuidou-se e acabou sendo capturada.
_Seremos mais cuidadosos do que ela, não se preocupe, Spader. Bem, acho que vamos retornar para a Inglaterra. Vamos nessa, Pieterzoon?
_Sim. Até mais, Spader.
Montaram na Fat Boy e desaparataram para Londres, diante dos olhos de Spader.
_Grande cara esse Potter, gente boa, nada metido. E que bruxo poderoso ele é. _ murmurou Spader.

Cerca de uma semana depois, em Londres, Harry e Pieterzoon analisavam o material de Myanmar e traçavam planos para as investigações na Holanda. Como Pieterzoon era de lá, seria de grande ajuda. De repente, ouviu-se a melodia de “Guilty of Love”, do Shanadoo e Harry sacou o celular enfeitiçado.
_Este é o toque exclusivo de Gina. O que será que houve? _ o bruxo abriu o flip do aparelho e atendeu a ligação. Em seguida, desligou e guardou o telefone no bolso, com uma cara bastante preocupada _ Pieterzoon, tenho de ir ao St. Mungus.
_O hospital bruxo? O que aconteceu, Potter?
_Janine Malfoy sofreu um atentado e está internada, em estado grave. Preciso ir agora. _ e, imediatamente, Harry desaparatou para o hospital.

Mas o que poderia ter acontecido para que Janine Malfoy fosse parar no St. Mungus? É o que vamos ver agora.

Ainda que Hogsmeade e Hogwarts estivessem localizadas no Norte do país, haviam dias de bastante sol e que convidavam à atividade física. E é lá que vamos encontrar Janine e Hermione, correndo pelas estradas ao redor de Hogsmeade, mantendo o mesmo desempenho dos tempos de alunas, com os fones de seus MP3 nos ouvidos. De repente, as coisas começaram a acontecer. Uma nuvem escura formou-se e parecia estar seguindo as duas.
_Reparou, Jan?
_Sim, Mione. Aquela nuvem parece estar nos seguindo.
_Acha que pode ser um ataque?
_Bem provável. Nuvens não seguem pessoas. Vamos aumentar a velocidade?
_Vamos, Jan. AGORA!
Utilizando o Bukujutsu, as duas aumentaram a velocidade da corrida, até que nem mesmo um atleta olímpico poderia alcançá-las. A nuvem fez a mesma coisa.
_A nuvem continua nos seguindo, Mione.
_Estávamos certas. Não é uma nuvem natural. Vamos tentar desaparatar para um local seguro, Jan.
As bruxas tentaram desaparatar, mas não conseguiram. Nesse meio tempo, não paravam de correr. Dali a pouco, começaram a cair pedras de gelo da nuvem, em uma chuva de granizo. Mas havia algo de muito diferente: era granizo flamejante e alguns pedaços começaram a atingi-las, causando pequenas queimaduras.
_Não consegui desaparatar, Jan!
_Eu também não, Mione! Deve haver um Feitiço de Bloqueio de Desaparatação muito forte. Há uma encruzilhada logo à frente. O caminho da esquerda leva a Hogsmeade. Siga por ele, enquanto eu vou pela direita.
_Eu não vou te deixar, Jan! _ disse Hermione.
_Acho que eu sou o alvo, Mione. Se você ficar, seremos duas vítimas. Afaste-se de mim e tente buscar socorro. Chame Sirius ou Dumbledore que eles devem saber como ajudar.
_E você? O que vai fazer?
_Vou tentar chegar às cavernas, aquelas onde Sirius se escondeu quando vocês estavam no quarto ano. Vai logo!

Na encruzilhada, Hermione tomou o caminho da esquerda e novamente tentou desaparatar, sem sucesso. O bloqueio ainda funcionava. Continuou correndo em direção a Hogsmeade e, já que não conseguia desaparatar, pegou sua varinha e convocou sua lontra prateada.
_ “EXPECTO PATRONUM”!! Vá e encontre Alvo Dumbledore ou Sirius Black! O que estiver mais próximo!
O Patrono de Hermione saiu voando, mais rápido do que ela corria e logo sumiu, na direção de Hogsmeade. Hermione continuou correndo, com mais velocidade, enquanto Janine seguia, pela estrada da direita, também procurando se proteger. Invocou um Escudo Máximo, que defletia algumas das pedras de gelo flamejante, mas a maior parte penetrava a proteção, atingindo-a e provocando queimaduras que, embora pequenas, iam ficando cada vez mais dolorosas e faziam com que a brasileira começasse a diminuir a velocidade da corrida, ainda que estivesse chegando perto das cavernas. Estava ficando cada vez mais difícil manter o Feitiço Escudo, o que fazia com que cada vez mais pedras a atingissem. Ainda que seus poderes e o treinamento Ninja aumentassem a força e a resistência de seu corpo, havia um limite e Janine Vargas Sandoval Malfoy estava prestes a atingi-lo. As cavernas já estavam no seu campo de visão, mas a dor fazia com que suas pernas começassem a fraquejar e seus olhos ardessem, com a visão ficando turva. Certa hora, a bruxa não conseguiu mais avançar e desfaleceu, ficando estirada no solo, indiferente ao granizo flamejante que fustigava seu corpo, cada vez mais sofrendo as conseqüências da Praga “Barad”.

Instantes após, em forma canina, Sirius Black chegava ao local onde Janine havia caído.

O Patrono de Hermione havia chegado à casa de Sirius e dado seu recado, exatamente na hora em que ele e Ayesha estavam tomando um chocolate na sala de estar. Adivinhando grandes problemas, Sirius saiu correndo.
_Chegarei mais rápido com quatro pernas em vez de duas, Ayesha. Não há tempo a perder. _ e o bruxo imediatamente assumiu sua forma canina. Ao sair dos limites de Hogsmeade, cruzou com Hermione e latiu para ela. A bruxa de cabelos castanhos chegou à varanda da residência dos Black e desmaiou de exaustão, nos braços de Ayesha. A bruxa Vidente logo tratou de levá-la para dentro e prestar os primeiros socorros para suas queimaduras.

O enorme cão preto que era Sirius Black corria pela estrada, em direção às cavernas, procurando por Janine e esperando de todo o coração não chegar tarde demais. Perto delas, viu a nuvem e o granizo flamejante que caía. Indiferente às queimaduras provocadas pelas pedras, Sirius voltou à forma humana, colocou Janine nas costas e novamente transformou-se em cão. Saiu correndo em direção às cavernas, com o “Barad” a atingi-los. Assim que chegaram, ele entrou e voltou à forma humana, deitando Janine com a cabeça sobre uma almofada que preparou com sua capa.As queimaduras cobriam uma grande parte do corpo da bruxa e ela respirava com certa dificuldade.
_ “Tempermensura”! _ Sirius tocou a testa de Janine com a varinha e ela projetou na parede da caverna a temperatura do corpo da bruxa _ Grande Merlin! Você está ardendo em febre, garota! E esse granizo enfeitiçado do “Barad” que não pára de cair! Assim não vai dar para te levar para o St. Mungus sem desaparatar.
_Sirius... há um b-bloqueio de apa-aparatação. Eu e Mione n-não conseguimos desaparatar.
_Não fale, Jan. Você está muito fraca.
_Não, Sirius! S-só há um jeito de fazer esse... esse granizo p-parar. Lembre-se da... da Bíblia. _ e Janine perdeu os sentidos.
_A Praga do Granizo Flamejante, o “Barad”, somente parou depois que Moisés... orou a Yahweh. Mas claro! Isso só vai passar depois de uma prece! Mas tem de ser uma prece sincera. E eu não sei se conseguirei... Mas preciso, pela salvação da vida de Janine.
Sirius Black ajoelhou-se, acariciou a testa febril de sua amiga e fechou os olhos. Do fundo de seu coração, elevou uma fervorosa prece:
_ “Senhor, embora eu seja religioso e acredite em Vós, não tenho sido muito praticante, ultimamente. Confesso que, há um bom tempo, não tenho ido à igreja e talvez não tenha sido tão piedoso quanto deveria. Mas sei que Sua visão vai além das aparências e que podes enxergar o interior de todos nós e ver se somos sinceros ou não. E é com o coração aberto que venho até Vós, nesta hora difícil. Não sou hipócrita a ponto de achar que sou o mais digno dos mortais e que estou à altura de pedir algo. Mas, mesmo assim, venho aqui para pedir, não por mim, mas por minha amiga que está à beira da morte. Por Janine eu venho pedir Vossa misericórdia, assim como Moisés fez quando o castigo que o Senhor mandou que ele infligisse ao povo do Egito já era suficiente. Desta vez, há alguém pervertendo aquilo que antes foi feito por uma causa justa, fazendo tudo por razões malignas. Por isso, peço que estenda Sua mão e faça com que cesse o ‘Barad’, o Granizo Flamejante que está caindo lá fora, para que eu possa levar Janine para um local onde sua vida poderá ser salva. Se julgardes que sou digno dessa graça então, por Vossa misericórdia, concedei-ma. Que assim seja.” _ e, ao final da prece, as lágrimas corriam pelo rosto de Sirius Black.
Logo depois que Sirius concluiu sua prece, notou que o granizo diminuía cada vez mais, até cessar completamente e a nuvem se dissipar, permitindo que o sol novamente brilhasse.
_Obrigado, meu Deus! _ murmurou Sirius, agradecido. Com Janine nos braços, tentou desaparatar para o St. Mungus, logrando êxito em seu intento.
Aparataram no saguão do St. Mungus e Gina, que estava ali no momento, admirou-se.
_Sirius! Jan! Mas, por Merlin! O que foi que aconteceu?
_Foi o “Barad”, Gina! Jan foi a vítima, desta vez. Está coberta de queimaduras do Granizo Flamejante, veja!
A equipe de emergências do St. Mungus atendeu prontamente e levou Janine para ser tratada. Sirius sofrera poucas queimaduras e permanecera em um apartamento, apenas para observação. No leito ao seu lado, estava Hermione. Ela havia sido levada por Ayesha e já estava se recuperando, pois não sofrera muitas queimaduras.
_Sirius, está acordado?
_Sim, Mione. Como você está?
_Mais cansada do que qualquer outra coisa. Não cheguei a sofrer muitas queimaduras, mas gastei bastante do meu Ki para aumentar a velocidade. E a Jan?
_Mal. Bastante queimada e ardendo em febre. Parece que nas queimaduras eles conseguiram dar jeito, mas ela ainda está inconsciente. Gina disse que as próximas horas serão decisivas para sua sobrevivência.
_Ela mandou que eu me afastasse, para que não fosse atingida pelo Granizo Flamejante. _ disse Hermione, com lágrimas nos olhos e a voz embargada pela emoção _ Ela não queria que eu também fosse atingida!
_Gina e Ayesha avisaram Draco, Harry e Rony. Daqui a pouco deverão estar chegando.

Com efeito, Harry Potter, Draco Malfoy e Rony Weasley chegaram logo em seguida. Hermione e Sirius foram liberados e juntaram-se a eles. Rony abraçou e beijou Hermione e foram todos ao quarto onde Janine estava inconsciente, sob cuidados intensivos. Draco estava sentado em uma poltrona ao lado do leito de Janine, com a cabeça baixa e lágrimas correndo pelo seu rosto, o bracelete inibidor seletivo de magia no seu pulso direito. Harry pôs a mão no seu ombro e o loiro levantou a cabeça.
_Harry, como é que pode? _ Draco estava arrasado _ Já não bastava essa maldita suspeita pesando sobre mim e agora isso acontece com a Jan. Não há limites para aqueles canalhas do Círculo?
_Draco, acho que ninguém pode saber realmente como você está se sentindo, mas posso dizer que também estou triste e indignado. Sei que Jan é a pessoa mais importante do mundo para você, junto com as crianças e lembro-me de quando ela chegou a Hogwarts. Na época nós ainda não sabíamos que ela era sua namorada, foi você quem nos contou e também soubemos da importância que ela teve para que você rompesse com as Trevas e para que terminássemos aquela inimizade de cinco anos, tornando-nos bons amigos desde então. O que quero dizer, Draco, é que eu vou fazer tudo para que aqueles malditos do Círculo Sombrio paguem pelo que fizeram. Jan é uma Inseparável, assim como você. O que fizerem com um de nós atinge a todos. Vamos pegá-los, eu prometo.
Draco Malfoy abraçou Harry Potter, sem reprimir o pranto. Naquele momento, Alvo Dumbledore e Minerva McGonnagall chegaram.
_Estávamos em Londres, quando nos avisaram. Remus e Tonks virão assim que puderem. Foi a Sétima Praga?
_Sim, Prof. Dumbledore. _ disse Draco _ Foi o “Barad” e ela ainda evitou que a Mione fosse atingida, insistindo para que ela saísse da zona de perigo.
_Ela é uma mulher muito forte, Draco. _ disse Minerva McGonnagall, com as mãos nos ombros do loiro _ Ela resistirá e logo irá recuperar-se.
Outros amigos chegaram e, com eles, as crianças. Remus e Tonks, Derek e Marilise foram ao St. Mungus, levando Adriano e Narcisa, Cliff e Mafalda, Sabrina e Randolph, além de Tiago e Lílian. Marilise chorava, junto ao leito, com Narcisa ao seu lado.

A única pessoa que não estava entendendo nada do que se passava era a própria Janine. De pé, em um canto do apartamento, ela via a agitação dos amigos, com sua mãe e Draco chorando, ao lado do leito. Mas quem poderia estar internado ali, mobilizando todas as atenções? Dumbledore, McGonnagall, Harry, Gina, Rony, Hermione, Neville, Luna, Sirius, Ayesha, Derek, Remus, Tonks e as crianças, estavam todos ali. Portanto, quem poderia ser? Aproximou-se do leito, notando que ninguém percebia sua presença e então descobriu, para seu espanto, que era ela mesma quem estava deitada ali, com as queimaduras já curadas, sem deixarem cicatriz alguma, mas ainda inconsciente e febril. Então, em outro canto do apartamento, ela viu que um portal luminoso começava a formar-se e ela, inexplicavelmente, sentia-se atraída em sua direção. Apenas Dumbledore pareceu notar que alguma coisa estava um pouco diferente. Ela encaminhou-se para o portal, cada vez mais atraída, mesmo sabendo que não deveria. Sempre que ouvira falar em experiências de quase-morte e em suas descrições, era unânime o fato de que não deveria seguir em direção à luz e muito menos entrar nela (“Mas por que não? É tão bonito e agradável. Não sei por que não deveria ir para lá. Não vejo mal algum”, pensou a bruxa).

E então, Janine Vargas Sandoval Malfoy dirigiu-se para a luz e entrou nela.


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