Harry Potter e o Legado de Avalon escrita por JMFlamel


Capítulo 25
O ERRO DE VENOM




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CAPÍTULO 24

O ERRO DE VENOM







Assim que passaram pelas Brumas, viram-se nas ruínas da Abadia de Glastonbury e Dumbledore disse:
_Rápido, amigos. Vamos desaparatar par o Ministério. Não temos tempo a perder se quisermos salvar as vidas de Arthur e Amélia. Ayesha, abrace Jemail para que ele nos acompanhe.
_Remus me disse que a Aparatação-Acompanhada teria de ser com um beijo, Diretor. _ Harry observou.
_Na verdade, Harry, basta que haja contato físico. _ Remus Lupin disse, com um leve sorriso _ Eu mencionei beijos porque pensei que Gina e Luna achariam mais romântico.
_Maroto é Maroto, não adianta. _ Sirius brincou _ Vamos lá?
_SIM! _ responderam todos. Harry beijou Gina, Neville beijou Luna, Ayesha abraçou o filho e todos desaparataram.

Aparataram no Átrio do Ministério da Magia e correram para o corredor do Grande Anfiteatro, onde estava tendo lugar a Cerimônia de Posse do novo Ministro da Magia, Arthur Weasley e sua Vice, Amélia Bones. Na primeira fileira de assentos, em poltronas de honra, sentavam-se Sua Majestade Elizabeth II, Rainha da Inglaterra; Tony Blair, Primeiro-Ministro trouxa e seu Assessor de Ligação com o Ministério da Magia, Liam O’Rourke, pai da amiga de Janine, Shanna, além de Molly Weasley e seus outros filhos, Gui com Fleur do seu lado, a gravidez prosseguindo e a barriguinha da garota parte Veela cada vez mais bonita.
Arthur Weasley estava prestando o juramento:
_ “Juro e prometo, diante de Deus, diante dos homens e em nome de Merlin, cumprir com os deveres de Ministro da Magia da Inglaterra, pautando minhas ações pela honra e dignidade, procurando direcionar a Bruxidade para o caminho do restabelecimento da harmonia entre bruxos e trouxas, visando sempre o melhor para ambos os mundos. Que Deus e Merlin me ajudem. Que assim seja”.
Sob estrondosos aplausos, Arthur Weasley e Amélia Bones tomaram de suas penas e deixaram suas assinaturas no Livro de Posse do Ministério. Um garçom aproximou-se com uma bandeja, sobre a qual haviam duas taças tipo Flute, já contendo Champagne, para o brinde oficial.
Naquele momento, nossos amigos chegaram, rapidamente, à porta do Grande Anfiteatro, guardada por um Auror, Kingsley Shacklebolt.
_Shacklebolt, precisamos entrar! _ Dumbledore avisou _ Venom vai tentar matar Arthur e Amélia!
_Por Merlin! Entrem, rápido! _ exclamou o Auror.
Os primeiros a adentrarem o Grande Anfiteatro, correndo, foram Gina e Draco. Vendo que o Ministro e sua Vice estavam com as taças de Champagne na mão, prontos para levá-las às suas bocas para o primeiro gole do brinde oficial, o sonserino disse:
_Gina, dardos nas taças, agora!
Gina Weasley mais do que depressa pegou sua Fukiya e soprou dois dardos blo nas taças seguras por seu pai e por Amélia Bones as quais partiram-se, deixando seus donos apenas com as hastes na mão.
_Mas que di... Gina? Draco? O que houve? _ perguntou Arthur Weasley, querendo saber o que estava acontecendo.
_Veneno... no... Champagne! _ disse Harry, ofegante pela corrida.
_Mas quem trouxe as taças foi o...
_...GARÇOM! _ Neville e Janine exclamaram, apontando na direção da porta para o garçom, que acabara de estuporar Shacklebolt e saíra correndo, rumo ao Átrio.
_Só pode ser Venom. Eu vou atrás dele! Harry, veja que veneno ele utilizou nas taças, eu aposto que foi Acqua Tofana! _ Com dois saltos, Draco Malfoy alcançou a porta utilizando o Bukujutsu e saiu pelo corredor, atrás de Venom (“Preciso alcançá-lo, antes que chegue ao Átrio. Se ele tomar uma lareira, poderá escapar”, pensou Draco Malfoy).
Em certo ponto antes do Átrio o corredor fazia uma curva e foi lá que Draco sentiu uma desagradável vibração no seu Ki, sinalizando perigo. Subiu pela parede e continuou a correr pelo teto, descendo pela parede oposta, sendo que aquilo foi a sua sorte. Três objetos cruzaram o ar com uma incrível velocidade e cravaram-se na parede, bem onde Draco estivera há um segundo. Eram apenas moedas comuns de um galeão mas, arremessadas com a força do Ki de Venom, mais pareciam balas. Aquela rápida explosão de Ki foi sentida por Draco e ia, cada vez mais, confirmando suas suspeitas sobre a identidade do assassino.
Aquele contratempo custou segundos preciosos para Draco. Chegando ao Átrio, apenas teve tempo de ver uma das lareiras de partida brilhar e apagar-se. Estendida no chão, via-se uma bruxa baixinha e gorda, vestindo um uniforme, com toda a aparência de ter sido estuporada. Atento para uma possível armação de Venom, Draco Malfoy procurou sentir o Ki da pessoa que estava ali, confirmando que pertencia a...
_Madame Umbridge! _ Draco exclamou, depois de reanimar a Chefe do Departamento de Serviços Gerais do Ministério _ O que foi que aconteceu?
_Draco! Draco Malfoy! _ disse a bruxa, ainda meio atordoada após recuperar-se do estuporamento _ Fui atacada de repente. Ele veio pelo corredor e, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, me estuporou. A última coisa que vi, antes de desmaiar, foi ele entrando em uma lareira e indo embora.
_Quem, Madame Umbridge? Um dos garçons da Cerimônia de Posse?
_Não, Draco. Não era um garçom. _ respondeu a ex-professora de Defesa Contra as Artes das Trevas.
_E quem era?
_Era... era o seu tio-avô, Jean-Marc Malfoy D’Alembert!
_Impossível! Tio Jean-Marc morreu antes de eu nascer! Morreu anos antes do meu avô Abraxas, de enfisema pulmonar. E meu avô morreu devido a Varíola de Dragão. Mesmo existindo a cura, encontrada por Gunhilda de Gorsemoor, ele já era muito idoso e não resistiu. E como a senhora sabia a diferença, Madame Umbridge?
_Eu conheci os dois, Draco. E, embora os dois fossem gêmeos idênticos, havia um detalhe que os diferenciava.
_Acho que sei qual era. _ disse Draco, meio que já adivinhando.
_Exatamente, Draco. Ele estava fumando. Ao contrário de Abraxas, Jean-Marc fumava. E fumava demais, tanto que isso o matou, lentamente. Mas quem era aquela pessoa com a aparência dele?
_Era Venom, Madame Umbridge.
_O tal envenenador misterioso que agia em Hogwarts, a mando de Você-Sabe-Quem?
_Sim, senhora. E agora, graças a essa última informação, eu já sei quem é ele. Aliás, Madame Umbridge, não precisa mais ter medo de dizer o nome de Voldemort (e não ligou para o tremor que a menção daquele nome provocou na gorducha). Ele está morto.
_Morto, Draco? E quem o matou?
_Ele cometeu Seppuku. Apunhalou-se e Harry Potter foi o seu assistente, decapitando-o. A Profecia foi cumprida.
_Então foi por isso que vários bruxos foram presos em flagrante, gritando de dor e com Marcas Negras esfumaçadas saindo dos antebraços.
_Exatamente, Madame Umbridge. Muito obrigado. Vou voltar para o Anfiteatro.
E Draco Malfoy juntou-se aos companheiros, com as respostas para todas as suas perguntas já respondidas.
_E então, Draco? _ Rony perguntou.
_Não consegui pegá-lo, Rony. Mas já sei, com certeza, quem é Venom. E aí, Harry, o que havia nas taças? Acqua Tofana?
_Exatamente, Draco. Era a escolha lógica, pois é o veneno que mais se adapta a ser adicionado a bebidas. _ Harry Potter confirmou as suspeitas levantadas pelo amigo _ E você disse que já sabe quem é ele, Draco?
_Sim, Harry. Preciso apenas coletar as últimas provas e vou fazer isso agora. Precisarei da ajuda de vocês. Prof. Dumbledore, lembra-se do envelope que deixei com o senhor, no Natal?
_Sim, Draco. _ o Diretor respondeu.
_Pois o senhor já poderá abri-lo, ao chegar a Hogwarts. Jan, meu amor, preciso que você desaparate para Wiltshire. Chegando à Mansão Malfoy, chame Ziggy e diga a ele exatamente isso: “Mestre Draco quer a pasta verde”. Depois que ele lhe entregar a pasta, volte para cá e entregue-a ao Prof. Dumbledore.
_OK, querido. É para já. _ e Janine Sandoval desaparatou, com um estalido. Menos de um minuto depois estava de volta e entregou a pasta ao Prof. Dumbledore.
Identificando Madame Edgecombe entre os Chefes de Departamento, Draco aproximou-se dela e disse:
_Madame Edgecombe, há algo que preciso pedir à senhora e creio que, como Chefe do Departamento de Transportes Mágicos, estará dentro de suas possibilidades. A senhora poderia, por favor... _ e Draco Malfoy sussurrou seu pedido ao ouvido de Madame Edgecombe.
_Certamente, Draco. Conte comigo. Entregarei ao Prof. Dumbledore, como você me pediu.
_OK. Obrigado, Madame Edgecombe. Rita Skeeter, você tem acesso aos arquivos do Profeta Diário, não tem?
_Sim, Draco. Aliás, obrigada pela ajuda que você deu a Arianne em Defesa Contra as Artes das Trevas.
_De nada. Rita, eu precisaria que você me conseguisse uma cópia da edição... _ e, novamente, Draco sussurrou seu pedido à repórter _ Pode ser, Rita?
_Claro, Draco. Vou agora mesmo e entregarei ao Prof. Dumbledore.
_Isso, Rita. Muito obrigado. _ a repórter desaparatou e logo retornou com um jornal enrolado e o entregou a Dumbledore.
Naquele momento, Gina soltou um gemido de dor e apoiou-se em Harry, pálida e transpirando.
_Harry, eu acho que Gina não está muito bem. _ disse Draco, preocupado com o estado da amiga _ Creio ser melhor que você a leve para o St. Mungus.
_Tem razão, Draco. Acho que aquelas costelas fissuradas acabaram de f-fraturar. _ Gina Weasley concordou e desmaiou, nos braços de Harry. Este, mais do que depressa, beijou a noiva e ambos desaparataram para o St. Mungus.
_E agora, Draco? _ Luna perguntou.
_Bem, ainda há algumas coisas que preciso fazer e para isso precisarei da ajuda de Fred e Jorge, com suas habilidades tecnomágicas.
_Para onde iremos, Draco? _ perguntou Fred.
_Poderíamos ir para a Mansão Malfoy e usarmos o meu computador. Mas eu sei que há um Cybercafé a umas três quadras daqui. Estou louco por um café bem forte e como até hoje Ziggy ainda não aprendeu a preparar um Espresso no ponto ideal... _ Draco brincou com os amigos _ Vamos nessa?
_Vamos. _ Jorge concordou e os três prepararam-se para sair.
_Oba, vamos Hackear! _ ainda ouviram Fred dizer, antes que os três desaparatassem.
_Não sei se é a convivência, Mione, mas o Draco está ficando muito parecido com você. _ Janine comentou.
_Como assim, Jan? _ Hermione perguntou.
_Acho que sei o que a Jan quer dizer. _ comentou Luna _ Ele tem grandes idéias mas não nos diz nada, até que chegue a hora.
_Acho que, nesse caso, ele fez isso para nossa própria segurança e vou tomar como um elogio, amiga. _ disse Hermione, sorrindo.
Dali a pouco todos, menos Draco, tomaram uma lareira para Hogwarts. Ele só foi depois de, junto com Fred e Jorge, encontrar o que estava procurando, após os três ficarem algumas horas sentados em frente à tela de um computador e tomarem uma boa quantidade de xícaras de café.

Os funerais de Lord Voldemort tiveram lugar no dia seguinte, em um grande pátio pertencente ao Ministério da Magia. A cobertura foi ampla, pois a despedida e o destino final do Lorde das Trevas constituíam-se no evento do século. Toda a Bruxidade, ao redor do mundo, acompanhava o acontecimento e, quem não havia conseguido credenciais para estar no local, assistia às transmissões pelo canal bruxo da TV por assinatura. A pira funerária estava pronta e caberia a Harry Potter acionar o fogo. Depois que tudo terminasse, as cinzas de Voldemort seriam levadas por uma esquadrilha de Aurores sob Feitiço de Desilusão, montados em vassouras e espalhadas em local ignorado, para que os restos mortais do Lorde das Trevas não viessem a se constituir em objeto de veneração por parte de remanescentes da Ordem das Trevas.
Os bruxos presentes, todos em vestes a rigor, aguardavam o início das exéquias fúnebres. Antes de acionar a pira funerária, Harry Potter subiu ao parlatório e tomou do megafone mágico que, através de um Feitiço Sonorus, tinha a capacidade de amplificação de um potente microfone trouxa. O jovem grifinório voltou sua atenção para a platéia ali presente, com o Ministro e sua Vice, os Chefes de Departamento, os Inseparáveis e os membros da Ordem da Fênix na primeira fileira. Olhou direto nos olhos verde-jade de Gina Weasley, que já estava recuperada das costelas quebradas e, após respirar fundo e vencer sua timidez, fez uso da palavra:
_Senhor Ministro, senhora Vice-Ministra, Chefes de Departamento, todos os demais bruxos presentes e também todos os que nos assistem ao redor do mundo, através do canal bruxo, bom dia. Hoje estamos aqui para que sejam realizados os funerais de Lord Voldemort, o líder da Ordem das Trevas e dos Death Eaters. Coube a mim, como seu inimigo jurado, dizer algo a seu respeito antes de procedermos à cerimônia fúnebre. Todos sabem que Lord Voldemort era um bruxo de grandes poderes, um inimigo terrível e um assassino impiedoso e cruel. Creio não haver aqui um bruxo sequer que não tenha perdido um parente ou amigo nas mãos dele ou de seus seguidores. Eu mesmo não sou exceção pois, como todos vocês sabem, os Death Eaters mataram meus avós paternos, Voldemort matou meus pais e tentou me matar. Apesar de tudo isso, nos seus momentos finais, ele mostrou não ser totalmente desprovido de honra. Ao ver que seu destino final seria ou o encarceramento em Azkaban ou o aprisionamento em uma árvore da Ilha Sagrada de Avalon, decidiu-se pela saída dos Samurais, praticando o Seppuku, no qual fui seu assistente. O que estou querendo dizer é que, embora ele tenha sido um bruxo maligno, sua partida final foi com honra e dignidade, tendo eu e vários outros aqui presentes sido testemunhas do fato. Que o Lorde das Trevas possa, em um próximo Samsara, em um próximo ciclo de nascimento, morte e renascimento, retornar como uma boa pessoa, alguém que possa prosseguir no caminho da evolução espiritual, cumprindo as Leis do Universo. Isso é tudo. Muito obrigado a todos. _ e descendo do parlatório, aproximou-se da pira funerária. Sacou sua varinha de azevinho e pena de Fênix da bainha de antebraço e apontou-a para o ponto de ignição da pira, olhando para o corpo do bruxo lá deitado, vestido de negro e tendo nas mãos sua varinha de teixo com empunhadura de marfim gravada em Scrimshaw e cerne de pena de Fênix, irmã da de Harry Potter.
_ “INCENDIO”! _ bradou o bruxinho. Um jato de fortes chamas saiu de sua varinha e atingiu o ponto de ignição. Altas labaredas levantaram-se, consumindo e transformando em cinzas o corpo daquele que havia sido o Lorde das Trevas. Harry Potter retornou para seu lugar. Beijou sua noiva e ficou de mãos dadas com ela, assistindo à dança das chamas até que elas se extinguiram totalmente. Os Aurores recolheram as cinzas em uma urna e prepararam-se para executar um Feitiço de Desilusão e levantar vôo, a fim de conduzirem os restos mortais de Lord Voldemort ao seu destino final. Antes disso, porém, os membros da Ordem da Fênix e os Inseparáveis perfilaram-se em frente à urna e postaram-se, perfilados, na posição do guerreiro, com o punho direito cerrado unido à mão esquerda espalmada, simbolizando o ataque e a defesa. Após uma leve inclinação do tronco, todos eles bradaram, a um comando de Mason:
_ “KEIREI”!!! _ uma despedida honrosa para um inimigo que partia honradamente.

Nos dias que se seguiram, os envolvidos na Batalha de Avalon viram-se na desagradável situação, já conhecida por Harry Potter, de estarem na mira dos holofotes. Para abreviar aquilo, Dumbledore convocou a imprensa bruxa para uma entrevista coletiva, realizada no Salão Principal, transmitida para o mundo inteiro pelo canal bruxo. Lá foram respondidas todas as perguntas que os repórteres tinham, até o ponto em que não entrasse em assuntos sigilosos. Aquilo funcionou pois, depois daquilo, todos foram deixados em paz.
Passado o furor da mídia, notou-se uma coisa estranha no comportamento de Harry. Ele, que já era bastante tímido, agora retraía-se de qualquer contato, mesmo dos amigos, procurando ficar sozinho o máximo possível de tempo. Chegava para as aulas sob Feitiço de Desilusão e sentava-se sozinho na última mesa, o que facilitava sua saída da sala. Estudava de forma mecânica para os N.I.E.Ms e, nos finais de semana, ninguém o via, do amanhecer ao pôr do sol. Gina estava bastante preocupada, pois Harry estava evitando até mesmo a sua companhia. Aquilo prolongou-se por quase um mês, até que ela comentou com Hermione, as duas sentadas na mureta do pórtico:
_Harry está tão estranho, Mione. Evitando todo mundo, sempre com uma expressão dura no rosto. Isso não é bom.
_Ele ainda está abalado pelo que aconteceu em Avalon, Gina. Querendo ou não, Harry tirou uma vida. Isso mexeu demais com ele.
_Mas ele deveria entender que era o que devia ser feito. Ele está evitando até a mim, sequer tem me procurado. _ e corou _ Isso não fará nenhum bem a ele, Mione, principalmente porque poderá afetar seu desempenho nos N.I.E.Ms, fazendo com que ele tire notas abaixo das que precisará para ser aprovado na Academia Européia de Aurores.
Ouviu-se uma outra voz, dizendo:
_Vous avez razão, Gina. Harry está muito abalado pelo que teve de fazer. Só que ele está deixando que isso o consuma pour dentro e, para que ele acabe caindo em uma depressão patológica, c’est un petit passo. _ Valérie acabara de chegar e, sem poder deixar de ouvir a conversa, deu sua opinião. Então Gina Weasley levantou-se e achando que já era hora de resolver aquilo, disse:
_Vou procurar por ele, garotas. Tenho uma idéia de onde ele pode estar. Obrigada por preocupar-se com ele, Valérie. _ e Gina saiu, em direção ao Lago Negro.
Harry Potter estava sentado à sombra de uma faia, a mesma onde os Marotos estiveram, quando seu pai usara o Levicorpus em Snape, como vira naquela lembrança do professor, que acessara no quinto ano. Tinha nos ouvidos os fones do MP3 Player que ele, assim como todos os Inseparáveis e também Jemail, haviam ganho de Sirius, como lembrança adiantada de final de ano letivo. Estava tão distraído com a música, olhando para o lago, o céu e as montanhas, que nem percebeu estar sendo erguido no ar por um Wingardium Leviosa, enunciado de forma não-verbal. Só notou que algo estava diferente quando o feitiço foi suspenso e ele caiu na água, levando um enorme susto e saindo do lago, totalmente ensopado.
_Mas que di... Gina?! Que idéia foi essa?
_Foi para ver se você voltava para a Terra, Sr. Harry Potter. Espero que tenha adiantado. “Secar”! _ em um instante o noivo estava seco _ O que estava ouvindo?
_Dido, “Here With Me”. _ disse Harry, retirando os fones dos ouvidos e desligando o aparelho que, inexplicavelmente, não havia se perdido no lago, após aquele banho forçado.
_Ela é linda, não é?
_Sim, Gina. E canta muito bem.
_Mas a voz dela, apesar de muito bonita, dá às músicas um tom meio triste.
_Combina bem com o meu estado de espírito atual.
_Não me venha com essa, Harry. Você fez o que tinha de ser feito.
_Gina, eu tirei uma vida! _ disse Harry para sua noiva, com uma expressão desesperada no olhar _ Mesmo tendo sido a de Voldemort, meu inimigo jurado. Lembro-me de ter dito a vocês no Expresso de Hogwarts, no ano passado, que matá-lo não seria assassinato, mas livrar o mundo de uma praga. Mesmo assim, o fato de eu haver matado alguém, mesmo sendo ele, me perturba e muito. Não sei como lidar com isso, meu amor. _ e Harry Potter recostou sua cabeça no ombro de Gina Weasley, enquanto algumas lágrimas lhe desciam pelo rosto.
_Segundo as palavras do próprio Voldemort, ele já estava morto e você só abreviou seu sofrimento. _ Gina respondeu, conjurando um lenço e secando as lágrimas de Harry.
_Ainda assim, não me sinto bem com essa morte em minha consciência. _ ele insistiu.
_Não é motivo para você cair em depressão, Harry. Lembre-se de que, se as posições estivessem invertidas, ele não hesitaria em matar você. Além disso ele estava certo em dizer que, se você lhe tivesse negado uma morte honrada, ele é que teria vencido. Meu querido, eu estou preocupada com você e não sou a única. Os outros Inseparáveis, “Coturno”, “Sandalhinha”, vários amigos e colegas de todas as Casas, inclusive Valérie, além dos professores e funcionários demonstram sincera preocupação. Harry, ninguém quer que você fique se martirizando e definhando por causa disso. Isso sim, seria dar a vitória a Voldemort.
Harry ia argumentar com Gina, quando sentiu que alguma coisa cutucava a biqueira do seu sapato. Olhou para baixo e viu...
_Gina, esse aí não é... _ deixou a frase pela metade e Gina completou:
_... O corvo de Voldemort! E ele tem uma mensagem.
_Vamos ver o que está escrito. _ e Harry retirou a mensagem que o corvo trazia. Este, completada sua missão, saiu voando a crocitar não mais agourenta mas alegremente, até sumir de vista.
O pergaminho ampliou-se magicamente nas mãos de Harry Potter, que reconheceu nele a letra de Voldemort, a qual já havia visto no diário de Tom Riddle. O casal de noivos viu o que estava escrito na carta enviada pelo Lorde das Trevas. A carta dizia:
_ “Harry Potter...

Se o meu corvo cumpriu a missão que eu lhe deleguei e você está lendo esta carta, isso significa que eu fui vencido e devo estar morto, muito provavelmente pelas suas mãos. Posso fazer uma idéia de como você deve estar se sentindo, pois eu já me senti assim um dia, quando matei alguém pela primeira vez. Mesmo que tenha sido por vingança e de maneira premeditada, aquilo me impressionou bastante. Afinal de contas, as vítimas foram meus avós, meu pai e minha madrasta. Eu me forcei a esquecer aquilo, porque era algo que eu tinha de fazer para trilhar o caminho que eu havia escolhido e tornar-me o Lorde das Trevas. Da mesma forma, ser o responsável pela minha partida era algo que você, Harry Potter, tinha de fazer e fazê-lo principalmente para preservar a sua própria vida. Era para ser você ou eu, não havia espaço para um meio-termo. Eu não hesitaria em matá-lo, caso tivesse a oportunidade e essa é a diferença entre nós. Você é, em sua quase totalidade, bom e altruísta enquanto que eu sou maligno, cruel e impiedoso. Apesar disso, alguma coisa aconteceu quando tentei te matar pela primeira vez. Sei que passei para você parte dos meus poderes, memórias e habilidades mas, em contrapartida, também recebi alguma coisa de você, algo de que eu já havia quase me esquecido. Conceitos tais como honra, decência e respeito a um inimigo digno, coisas que meu Sensei Isamu Kobayashi me ensinou no Ryu de Kuji-Kiri, ainda que fosse um Dojo de técnicas negras. Creio que foi isso que não me deixou esquecer completamente o que é sentir algo de bom por alguém, algo que eu não sentia desde que era aluno de Hogwarts e namorava Minerva McGonnagall. Sim, Harry Potter. Eu e ela já fomos namorados, bastante apaixonados, antes de eu me entregar total e irreversivelmente às Trevas.
O que estou querendo lhe explicar é que não vai lhe fazer nenhum bem ficar remoendo o que aconteceu. Lord Voldemort era o líder da Ordem das Trevas, mas a Ordem das Trevas é maior do que Lord Voldemort. Isso quer dizer que, um dia, surgirá um novo líder em torno do qual os bruxos das Trevas irão se agrupar. Mas eu creio que antes disso acontecer você terá bastante trabalho, porque sempre haverá um bruxo mau querendo pegá-lo, seja para vingar a morte de Lord Voldemort, seja para tentar demonstrar que é capaz de derrotar o bruxo que destruiu o Lorde das Trevas. Para poder se defender deses possíveis agressores, você deverá estar afiado nas habilidades de um Auror, carreira que eu sei que você deseja seguir, colocando em prática os conselhos de vigilância constante que aquele excêntrico do Moody sempre repete. E isso você jamais conseguirá se, por acaso, se deixar consumir por tristeza e autopiedade, afundando em depressão, como um personagem de romance de Goethe, tipo o jovem Werther. Você será uma presa fácil para qualquer assassinozinho medíocre que surgir no seu caminho, pois é certo que você, como Auror, irá enfrentar situações nas quais acabará por ter de tirar a vida de alguém para evitar que alguém tire a sua, situações nas quais qualquer hesitação será fatal. Lembro-me de Wormtail, aquele rato gordo, haver citado uma frase que seu padrinho, Sirius Black, gostava de usar e que simbolizava a persistência e a firmeza para não se entregar. Era: “Caiu sete vezes, levanta-te oito”. Espero que você leve esse conselho a sério e que olhe sempre para a frente. Eu estou morto, você me matou. Mas a vida continua e Harry Potter deverá prosseguir em sua jornada, com Virgínia Weasley ao seu lado. Vocês dois merecem um futuro juntos pois, se você conseguiu liquidar Lord Voldemort, então merece, mais do que nunca, viver. Mas, chafurdando em autocomiseração você estará, embora vivo, morto por dentro e não será capaz de empreender tal jornada significando então que, mesmo morto, eu terei vencido. Reflita nas minhas palavras e verá que estou certo. Mas, seja qual for a sua decisão, jamais se esqueça de que você foi o mais difícil, honrado, digno e melhor inimigo que alguém poderia ter. Vivam felizes e com honra, você, Virgínia Weasley e os descendentes que ela lhes proporcionar.
Sayonara, Harry Potter-san.

Com honra e dignidade, seu maior inimigo...

Lord Voldemort”

Terminando de ler a carta, Harry e Gina ficaram boquiabertos. O Lorde das Trevas pensara em tudo, já prevendo que poderia não retornar vivo da Batalha de Avalon. Reconhecia que, se Harry o havia vencido, era digno de continuar vivendo. Inclusive havia escrito aquela carta, a ser entregue a Harry no caso de sua morte. Ali havia tudo o que Harry Potter precisava saber, para não se entregar à depressão. Paradoxalmente, o conselho de que Harry mais precisava havia vindo da parte de seu maior inimigo, aquele que passara anos a fio tentando dar cabo da sua vida e que, agora, o aconselhava e incentivava a seguir em frente, sem se entregar a sentimentos negativos, que serviriam apenas para prejudicá-lo em atingir suas metas.
Abraçou e beijou Gina Weasley. Ambos ficaram olhando os raios de sol que incidiam sobre o lago por entre as nuvens e murmurou, de forma quase inaudível:
_Sayonara..., Voldemort-san. _ o Lorde das Trevas ganhara o seu respeito.

Nas semanas que se seguiram, o estado de espírito de Harry melhorou bastante. Ele não mostrou a ninguém, nem mesmo a Dumbledore, a carta de Voldemort. Estudava com afinco para os N.I.E.Ms, esperando que chegasse a data dos exames. Quando ela chegou, ele estava totalmente preparado e se saiu de forma excelente, assim como Rony, Hermione, Janine, Neville e Draco. Aguardariam as corujas, embora já soubessem os resultados. Todos eles estavam perfeitamente aptos a seguirem as carreiras de suas preferências.
A partida final da Copa de Quadribol das Casas estava realizando-se entre Lufa-Lufa e Corvinal. Naquele dia em que os Inseparáveis haviam ido para Avalon, a equipe da Grifinória não havia perdido por W.O., como era a preocupação de Harry, que estava extremamente grato por Colin Creevey tê-lo substituído como Apanhador. Inclusive, o jovem nascido trouxa e fã de Harry desde que era calouro, havia até mesmo apanhado o pomo, evitando uma fragorosa derrota dos Leões, que perderam por um placar de duzentos e cinqüenta a duzentos e quarenta, com uma diferença de apenas dez pontos, compensando as falhas de Cormac McLaggen, que não tinha o mesmo nível de Rony Weasley. Uma derrota honrosa, que permitia às Águias e Texugos disputarem uma glória que não viam há muito tempo.
_Sabe, Draco, acho que até estou gostando desta final. Lufa-Lufa e Corvinal merecem.
_Tem razão, Harry. De vez em quando é bom ser apenas um espectador. _ respondeu o sonserino, abraçado a Janine.
_Vejam! _ Luna avisou _ Wilcox e Malone estão disputando o pomo! Qual dos dois vencerá?
_Acho que saberemos daqui a pouco. _ Hermione respondeu.
Com efeito, poucos minutos depois, Malone capturava o pomo, depois de ter executado uma impecável “Manobra de Weasley” e subido, com a esfera alada bem segura na mão. Na torcida da Lufa-Lufa, Colin Creevey e Paula Benton trocavam um beijo apaixonado enquanto agitavam bandeiras amarelas e negras, assim como Heloísa Midgeon e Gregory Goyle. Os Texugos, após muitos anos, haviam conquistado a Copa de Quadribol das Casas. Merecidamente.
Aquela vitória lançava a Lufa-Lufa disparada na liderança da Copa das Casas naquele ano, com a Grifinória em segundo, quatrocentos pontos atrás. Nem com pontos extras de última hora que porventura pudessem ser dados, aquela situação não iria se modificar. Quanto à Sonserina, bem..., havia ficado em último lugar naquele ano, graças a mais uma armação desastrada de Baddock e Pritchard, que haviam tentado lançar Feitiços de Confusão em Cormac McLaggen, sem sucesso (pois eram dois desastrados que não conseguiam nem mirar direito) e foram descobertos. Se bem que nem foi preciso, pois McLaggen havia engolido frangos suficientes para abastecer uma galeteria. O resultado da brincadeira foram mais duzentos pontos perdidos para a Sonserina e uma nova queda na popularidade dos dois, se é que isso era possível.

Estarem em Hogsmeade, daquela vez sentados não à mesa de sempre, mas em uma sala reservada no Três Vassouras, protegida por um Feitiço de Privacidade lançado por Dumbledore, tinha um que de nostalgia pois o ano letivo estava acabando e, para seis dos Inseparáveis, aquela seria a última visita como alunos. Desta vez haviam juntado mais uma mesa e contavam com a companhia de Mason, Dumbledore, Sirius e Ayesha. Dumbledore levantou sua taça e propôs um brinde:
_Aos mais valorosos alunos de Hogwarts, desde a época dos Marotos. Sua passagem pela escola já está eternizada na Sala de Troféus.
_Agradeço, em nome de todos os Inseparáveis, Prof. Dumbledore. E tenho certeza de que a tradição estará mantida com os “Honra e Amizade”, jovens que fazem justiça ao apelido. _ disse Janine _ Só espero que eles não tenham de encarar tantos perigos. Mas, mesmo quase tendo sido sacrificada por Voldemort no ano passado e enfrentando uma dura batalha em Avalon neste ano, a melhor fase da minha vida começou ali. Eu e Draco nos apaixonamos (e beijou o noivo), vim para Hogwarts, conheci todos vocês e manifestei magia. Isso vale para toda uma existência.
_Foram muitos perigos, grandes aventuras, todos nós descobrimos o amor e agora estamos prontos para seguir os caminhos aos quais nos propusemos, levar nossas vidas. _ disse Harry. Ele já havia superado o trauma de ter matado Voldemort e voltara a ser o Harry de sempre.
_Mas ainda não terminou. _ Draco disse, baixinho e olhando na diração da porta para ver se ninguém bisbilhotava, mesmo com o Feitiço de Privacidade lançado no local _ Ainda temos de desmascarar Venom.
_E como isso será possível, Draco? _ Neville perguntou.
_Já tenho tudo o que preciso, Neville. Agora é só esperar pelo momento certo.
_Tem idéia de quando será, Draco? _ o Prof. Mason estava curioso.
_Sim, professor. Eu e o Prof. Dumbledore já temos tudo preparado e vai ser algo, eu diria..., “Cinematográfico”. _ Draco respondeu, com um sorriso e tomando um gole de sua cerveja amanteigada _ Terá de ser algo bombástico e elaborado, para que a revelação da identidade de Venom não deixe dúvidas.
_E quando será, meu amor? _ Janine perguntou, curiosa.
Foi Dumbledore quem respondeu:
_Será no Baile de Formatura. Draco e eu já temos tudo planejado e vocês deverão apenas dançar conforme a música, seguirem nossas instruções na hora.
_Isso será fundamental para não alertar Venom. Se ele escapar, jamais o pegaremos novamente. _ Draco disse, em tom conclusivo. Depois daquilo, todos procuraram desviar a atenção para coisas mais agradáveis, reafirmando os projetos que haviam levantado no ano anterior.
_Você obteve N.I.E.Ms suficientes para matricular-se na Academia Européia de Aurores, Harry. _ Mason estava contente pelo sucesso de seu aluno, que iria para a Bélgica depois da formatura _ Bruxelas te espera, meu jovem, pelos próximos três anos.
_E você bem que gostaria de voltar à Bélgica, principalmente para dar uma esticadinha até Antuérpia, não é, Derek? _ Sirius Black perguntou ao amigo, com aquele jeito gozador que todos conheciam.
_Lucienne? Não, gente, vocês estão confundindo tudo. Eu e ela nunca fomos namorados. Ela ter vindo no seu casamento e no de Severo e Rosmerta foi uma coincidência.
_Com a sua fama de conquistador, Derek... _ Ayesha observou, divertida, vendo o amigo corar _ Acho que só a do tio-avô de Draco, Jean-Marc, era maior. E olha que mesmo ele acabou se casando.
_É, Ayesha. Meus pais me contaram, quando eu era criança. Só que Voldemort morreu sem contar o que queria com eles.
_Acho que agora dá para lhe dizer, Derek. _ Dumbledore tomou um gole do seu hidromel e explicou _ Ele queria o segredo da localização de Shamballah e como chegar lá.
_E isso eles não contaram nem a mim. Melhor dessa maneira, pois assim o segredo fica mantido. Avalon, Shamballah, Aggartha, Atlântida, Lemúria, Skartaris, Shangri-Lá..., quanto menos gente souber desses lugares, melhor. Em cada um deles há segredos e mistérios suficientes para enlouquecer qualquer um. Eu vivia me perguntando por que eles pareciam tão jovens se haviam sido colegas de turma de Minerva McGonnagall, Tom Riddle, Jean-Marc Malfoy e Fabiola Wayne.
_Minha avó materna, que casou-se com Marcus Westenra. Estranho como os caminhos de todos, embora pareçam se afastar, acabam por entrelaçar-se... _ Neville falou, pensativo.
_E quanto a você, Neville? _ Harry perguntou _ Firme no seu propósito de seguir a carreira farmacológica?
_Sem dúvida nenhuma, Harry. Principalmente agora, que o Departamento de Pesquisa do Ministério está avançando cada vez mais na busca de uma cura para casos como os de meus pais. Não vejo a hora de começar a ajudar. E Luna pretende, depois de formada, tentar uma vaga no Departamento de Feitiços Experimentais, não é, querida?
_Com certeza. E treinamos bastante para isso nos últimos anos. Vejamos... “Colon Exonera”, “Protego Maxima”... _ Luna Lovegood começou a enumerar.
_... “Colon Exonera Plus, cum Retarda”, “Infrarubra Thermosensora”... _ Draco foi continuando.
_... “Reducio Indumentaria Intima”, “Indumentaria Evanesco”, entre outros. _ Harry comentou, divertido.
_Fora o aperfeiçoamento do “Porcifacies” e do “Cianoderma”, criações de Angelina Johnson e Alícia Spinnet, aperfeiçoadas por Jemail e os outros “Honra e Amizade”. _ Ayesha lembrou-se _ Mas todos têm seus planos, não é?
_Sim, Ayesha. Eu pretendo seguir a carreira esportiva e depois me candidatar a alguma vaga que surgir no Departamento de Esportes Mágicos. _ Rony disse, satisfeito _ E Mione quer se preparar para o Magistério, não é, querida?
_Sim. Como chegamos a comentar, no ano passado, cedo ou tarde o quadro terá de renovar-se e eu espero ser digna da honra de lecionar em Hogwarts. E não digo isso por estar na sua presença, Prof. Dumbledore. _ todos riram.
_Eu sei, Hermione. _ disse o Diretor _ E Hogwarts só terá a ganhar com sua presença, quando chegar a hora. Assim como o St. Mungus ganhará uma excelente Medi-Bruxa Pediatra, quando Gina Weasley concluir sua formação. Agora que o St. Mungus é um Hospital Geral e não mais somente um Hospital para Doenças e Acidentes Mágicos, todas as especialidades serão bem-vindas. Inclusive há uma ala de Medicina Bruxa Experimental, onde combinam-se as artes bruxas e trouxas. Isso já era feito em outros lugares, tipo o Spa dos tios de Luna, só que em pequena escala. Quanto a Draco e Janine, eles já começaram a preparar o futuro. As Empresas Malfoy vão de vento em popa, com um sólido comércio internacional bruxo e trouxa, além dos serviços de transporte para a Cruz Vermelha Internacional e as Varinhas Solidárias.
_E além disso Janine ainda está preparando-se para uma carreira como Historiadora. _ disse Draco _ Não vai demorar muito para o conhecimento dela rivalizar-se com o do Prof. Binns.
_Sem contar que, se ela resolver lecionar, será mais difícil de alguém dormir nas aulas. _ Sirius brincou _ A voz dela não é sonífera como a dele.
Janine puxou de um bolso das vestes uma coisa avermelhada: uma nota novinha em folha, com uma efígie feminina de um lado e a figura de uma arara do outro.
_Dinheiro brasileiro. Esta nota é de dez reais, o equivalente a pouco menos de meio galeão. “Octon Scriptum, Octon Diffindo”. _ os nomes dos oito Inseparáveis foram magicamente escritos em cada uma das oito partes nas quais a nota se dividiu. _ É uma coisa meio simbólica, pois é certo que vamos nos cruzar durante esse tempo, mas eu gostaria de marcar um reencontro para daqui a cinco anos, quando juntaremos as oito partes desta nota.
Janine distribuiu as partes da nota entre os Inseparáveis, enquanto Ayesha comentava:
_Acho que já vi isso em um filme, um filme trouxa muito bonito.
Retornaram para Hogwarts, já pensando nos preparativos para a formatura. Naquela noite, Janine e Draco estavam no banheiro dos Monitores, cobertos de espuma e totalmente apaixonados, planejando seu casamento. Certa hora Janine perguntou:
_Draco, vamos desmascarar Venom no Baile de Formatura?
_Sim, Jan. Mas não fique perguntando muito, por segurança. Basta saber que você vai me ajudar na hora e, quando ela chegar, vai saber direitinho o que fazer. O plano que o Prof. Dumbledore e eu bolamos tem tudo para dar certo, as peças de todo esse quebra-cabeças irão se encaixar perfeitamente, eu prometo. Agora temos de pensar no mais importante. Qual a melhor data para o nosso casamento?
_Que tal em janeiro, Draco? Poderíamos passar a lua-de-mel em Aruba. Dessa vez eu te convenço a fazer um curso de mergulho.
_Se for com você, vou adorar. _ Draco Malfoy e Janine Sandoval beijaram-se e novamente se amaram, já com saudades daqueles momentos românticos e secretos na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

O Baile de Formatura, dali a alguns dias, seria inesquecível. Por várias razões.


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