Harry Potter e o Legado de Avalon escrita por JMFlamel


Capítulo 22
RUMO À ILHA SAGRADA




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CAPÍTULO 21

RUMO À ILHA SAGRADA







Era pelo meio da tarde quando o barco, protegido dos olhares trouxas por Feitiços de Ocultamento, deslizava pelas águas do lago de Glastonbury, rumo a Avalon e levava a bordo uma tripulação bastante singular: bruxos e criaturas das Trevas, terroristas da Al-Qaeda e três prisioneiros. Na ponte de comando, Voldemort olhava para diante e perguntou para Ayesha:
_E como você sabe qual o ponto certo para afastar as Brumas, Ayesha?
_Não sei como explicar, Voldemort. Eu simplesmente sei.
_E estamos próximos?
_Sim, estamos.
_Então é melhor que desçamos e que você vá para a proa do barco.
Desceram e Ayesha posicionou-se de modo a poder afastar as Brumas e abrir o caminho para Avalon. Voldemort ainda advertiu:
_É bom que você não falhe, Ayesha, pois as vidas do seu marido e do seu filho estão em jogo. Posso matá-los instantaneamente. _ e não percebeu uma involuntária contração em um dos cantos da boca de Osama Bin Laden.
Ayesha Zaidan-Black olhou para um ponto adiante do barco e estendeu os braços para a frente, fixando um ponto onde uma espessa cerração começou a se formar, logo envolvendo o barco. Quando tudo estava envolto pela névoa, ela levantou os braços e abriu-os em um amplo movimento circular. Algo como um túnel formou-se e, no seu final, a luz do sol brilhava em um lugar diferente daquele do qual haviam saído. Via-se uma ilha, com uma praia e um ancoradouro. Mais adiante, um caminho levava a uma entrada talhada em rocha, representando uma fusão de colunas e frontões greco-romanos, com um que de troianos.
As Brumas de Avalon haviam sido afastadas e o barco havia chegado à Ilha Sagrada.
Atracaram e logo o grupo desembarcou, estabelecendo um perímetro na praia e imediações. Foram vistos por uma sacerdotisa, que reconheceu Ayesha e aproximou-se:
_Ayesha! Há quanto tempo! O que você está fazendo aqui? Quem são esses...
_Arethusa! _ Ayesha gritou _ Não venha até aqui! Fuja!
_ “Incarcerous”! _ Wormtail lançou o feitiço com sua mão de prata e Arethusa caiu, amarrada. Foi levada para onde encontravam-se os outros.
_Por Cerridwen! Você é o Lorde das Trevas, Voldemort. O que faz na Ilha Sagrada de Avalon?
_Venho atrás do segredo da manipulação do tempo, que está sob a guarda da Sacerdotisa-Mor, Viviane. Eu o desejo para poder enfim tornar-me imortal, vencendo a barreira da morte.
_Ela não o compartilhará com você, Mestre das Serpentes. A imortalidade para a sua pessoa somente serviria a fins malignos. _ disse Arethusa, encarando Voldemort com firmeza.
Isso é o que nós veremos, Arethusa. Estou disposto a tudo para atingir meus objetivos e não hesitarei em eliminar quem se interpuser no meu caminho. Romulus, você comandará as criaturas das Trevas. Os Grindylows já estão no lago?
_Sim, Mestre. _ Romulus Lupin respondeu.
_Perfeito, lobo mau. Posicione os Inferi na encosta da montanha e no bosque. Yaxley, Amycus, Alecto, levem para lá aqueles caixotes com argila. Vão dar belos Golens.
Osama Bin Laden também começou a dar ordens aos seus homens:
_Posicionem-se nos locais que assinalamos no mapa, cada um de vocês junto a um bruxo de Voldemort. Mantenham as armas prontas e, se preciso, não hesitem em atirar. Vocês têm munição de sobra, mas não desperdicem. Talvez tenham de usar as granadas. Em último caso, arma branca.
Ouvindo as palavras de Osama, Ayesha sorriu por dentro e deu uma quase imperceptível piscadela para Sirius. Mesmo sendo um grande estrategista entre os trouxas, Osama não tinha conhecimento de um fato que ela acreditava que tivesse passado despercebido do próprio Voldemort, malgrado o Lorde das Trevas também ser um magnífico planejador e seguidor das doutrinas de Napoleão Bonaparte (mesmo que o Imperador da França fosse trouxa), procurando não deixar nada ao acaso e raciocinando com todas as possíveis adversidades. Aquilo que Osama julgava ser um fator de superioridade iria mostrar-se uma falsa vantagem.

No final da tarde o grupo de Hogwarts aparatou, não diretamente nas ruínas da Abadia, mas em um beco, numa rua pouco movimentada de Glastonbury, transversal à High Street. Saíram para a High Street e misturaram-se aos turistas, confirmando que Hermione estava com a razão. Mesmo que não fosse a época do Festival de Música, a cidade estava bastante movimentada e eles, sendo bruxos, sentiam a energia mística do local. Circulando pela cidade haviam também outros grupos vestidos de maneira semelhante, provando que as palavras de Dumbledore estavam certas. Ninguém prestava atenção neles, que pareciam-se com qualquer outro grupo de pesquisadores do oculto, vestidos a caráter. Saíram do centro, tomando a Magdalene Street e indo em direção às ruínas da Abadia. Lá chegando, Dumbledore deu uma rápida explicação:
_A Abadia de Glastonbury é considerada a mais antiga igreja cristã do mundo e, atualmente, a cozinha do Abade é o único prédio que está inteiro. A Abadia foi fechada, por volta de 1530 e adquirida pela Igreja Anglicana em 1906, depois de permanecer como propriedade privada por cerca de 350 anos. A cozinha foi utilizada como local de reunião de Quakers, até que eles foram forçados a deixar Glastonbury e estabeleceram-se em uma cidade próxima, chamada Street, que depois tornou-se uma cidade industrial, com a instalação da fábrica de calçados Clark's, pertencente aos Quakers.
_E por onde penetraremos, professor? _ Tonks perguntou.
_Pelas ruínas da Capela de Sta. Maria, cuja construção é atribuída a José de Arimatéia. Ali eu afastarei as Brumas e nós penetraremos em Avalon. Vejam, estamos quase chegando.
Quase ao anoitecer, quando os turistas já haviam deixado as ruínas, Dumbledore e seu grupo posicionaram-se em frente às ruínas da Capela de Sta. Maria e o Diretor fez os mesmos gestos que Ayesha fizera, no lago. Estendeu os braços para a frente, até que uma espessa névoa os envolveu a todos. Então, abriu os braços e executou um movimento circular. As Brumas abriram-se e revelaram a passagem para Avalon. Os últimos raios de sol iluminavam o círculo de pedras que Dumbledore havia mencionado, projetando sombras que os escondiam de quem quer que estivesse lá em baixo e lá os bruxos da Luz tiveram uma última reunião de planejamento. Dali para diante, seria uma operação tipo ação de Comandos, na qual os nossos Bruxos-Ninjas já tinham experiência.

Liderando seu grupo das Trevas e tendo à sua frente os prisioneiros, Voldemort avançava pela passagem da rocha, até chegar a uma clareira, na qual haviam sacerdotisas instruindo um grupo de noviças e, no meio delas...
_Viviane! _ Ayesha não pôde deixar de exclamar. Não via a Sacerdotisa-Mor de Avalon desde que saíra da ilha.
_Ayesha! Mas o que está havendo? Pelo Sagrado! Esse é Voldemort, o Lorde das Trevas! O que faz aqui, Mestre das Serpentes? Por que Arethusa está amarrada? “Liber”! _ com um gesto de Viviane as cordas de Arethusa caíram ao chão.
_Então é verdade que as Sacerdotisas de Avalon não necessitam de varinhas para realizarem sua magia. _ Voldemort estava admirado _ Para nós, bruxos, isso só é possível depois de muito treino e de adquirirmos muito poder. Viviane, Sacerdotisa-Mor de Avalon, eu desejo que você compartilhe comigo os segredos da manipulação do tempo, para que eu possa adquirir a imortalidade.
_E se eu não o fizer, Voldemort?
_Não sobrará uma sacerdotisa viva em Avalon e a primeira a morrer será sua aluna preferida, Ayesha Zaidan-Black.
_Você não ousaria, Voldemort. Nem mesmo você...
_Ah, Viviane, ele ousaria sim. _ disse Bellatrix _ O Lorde das Trevas não se detém na busca de seus objetivos.
_Qualquer um que se interponha não será mais do que um obstáculo a ser removido do caminho. _ Wormtail complementou.
_Assim você não me deixa alternativa, maldito. _ disse Viviane _ Não posso jogar com a vida de nossas meninas.
_Uma outra coisa, Viviane. Também estou atrás da parte do Tesouro dos Templários que está guardada em Avalon, a fim de prover fundos para o financiamento de minha cruzada pela purificação da Bruxidade e também da Jihad-al-Islami do meu associado.
Então Viviane reconheceu o homem ao lado de Voldemort.
_Osama Bin Laden, o terrorista trouxa. Líder da Al-Qaeda e responsável pela execução de vários atentados e por uma grande perda de vidas. Mesmo aqui em Avalon temos ciência de suas atrocidades. Como foi que vocês se associaram?
_Cada um tinha algo de que o outro precisava, Viviane. Voldemort me prometeu a revelação de um segredo que colocaria meus inimigos a meus pés e eu tenho a mobilidade para praticar as ações de modo a desestabilizar o Ministério da Magia e desviar as atenções deles dos verdadeiros planos de Voldemort. Deu certo e estamos aqui.
_Não me diga, Voldemort, que você tomou conhecimento do Segredo e quer revelá-lo a ele?
_Minha cara Viviane, o mundo trouxa inteiro tem conhecimento do Segredo, principalmente aqueles a quem ele mais afetaria. A única diferença é que quase ninguém crê que seja verdade. Mas nós sabemos que é e agora Osama também saberá.
_E como foi que você se envolveu nisso, Ayesha?
_Eu era noiva de Sirius, até que ele foi injustamente acusado e encarcerado em Azkaban. Meus pais, desde a minha infância, já haviam me prometido em casamento a Osama. Quando Sirius me liberou do nosso compromisso, acabei me casando com Osama e depois que ele descobriu que eu era uma bruxa, me repudiou. Voltei para a Inglaterra com nosso filho e, vários anos depois, as circunstâncias fizeram com que eu e Sirius nos reencontrássemos e nos casássemos. Voldemort lembrou-se da minha existência e idealizou esse plano sórdido.
_Mas que está dando certo, Ayesha. Viviane sabe que não deve colocar a vida das outras sacerdotisas em jogo. Bem, creio que agora é questão de, se me perdoam o trocadilho, tempo.
_Alguém virá atrás de nós. _ disse Ayesha _ Dumbledore...
_Ninguém viu vocês sendo seqüestrados no shopping, Ayesha. E, mesmo se alguém tivese visto, não conseguiria avisar Dumbledore a tempo. Não sei se ele sabe afastar as Brumas, provavelmente sim. Mas meus bruxos, os homens de Osama e criaturas das Trevas estão espalhados pela ilha, as sacerdotisas estão todas presas aqui e não há como eles chegarem. Se bem que eu confesso que gostaria demais que o maldito moleque da cicatriz, Harry Potter, viesse atrás de vocês com o seu patético grupo de Ninjas adolescentes, os Inseparáveis. Principalmente as duas Sangues-Ruins, Hermione Granger e a brasileira Janine Sandoval. Assim eu teria a oportunidade de dar cabo dele e quebrar a profecia, bem como vingar-me das humilhações que as duas me fizeram passar na Fortaleza de Azkaban, no ano passado.
Voldemort teria seu desejo atendido, mas não da maneira que desejava, pois Sirius Black ria-se por dentro. O animago havia identificado um outro furo no “infalível” plano do Lorde das Trevas. Uma outra característica canina que Sirius havia adquirido como animago era a audição privilegiada e, com ela, havia ouvido parte do diálogo sussurrado entre as duas garotas, que ele logo identificou como as amigas trouxas de Janine, Lauren Collingwood e Shanna O’Rourke, cujas fotos ele já tinha visto antes. Se elas estavam ali escondidas, significava que tinham visto o que acontecera. Ora, aquilo somente seria possível se as duas tivessem cartões de acesso bruxo, muito provavelmente de Nível 3. Além disso, Sirius jurava ter visto com o canto do olho Shanna O'Rourke tirar um celular da bolsa e ele seria capaz de apostar uma montanha de galeões como sabia, com toda a certeza, para quem Shanna iria telefonar.

O caminho de descida do mirante onde localizava-se o círculo de pedras era uma escadaria estreita, ladeada por escarpas. Uma curva no seu final constituía-se no lugar ideal para uma emboscada. Por isso o grupo de Dumbledore parou, a uma distância segura, escondendo-se entre moitas de urze. Harry sussurrou para o Diretor:
_Prof. Dumbledore, acho que é uma boa hora para os óculos de visão noturna.
_Boa idéia, Harry. _ Dumbledore respondeu, no mesmo tom.
Colocaram os óculos e logo perceberam quatro emanações de calor, pertencentes a dois bruxos e dois terroristas, postados atrás de algumas pedras e prontos para pegar os Bruxos-Ninjas de surpresa, era o que pensavam. Naquele momento, Harry fez contato telepático com Gina, que estava um pouco distante, com Luna ao seu lado:
_ “Gina, essa é a especialidade de vocês duas. Botem aqueles quatro para dormir”.
_ “OK, meu amor. Já estamos indo”.
Gina Weasley e Luna Lovegood saíram de onde estavam e aproximaram-se, furtivamente… pela parte vertical da escarpa, uma de cada lado, utilizando o Bukujutsu, o que lhes permitia andar pelas paredes tão facilmente como se estivessem no chão. Enquanto andavam, Luna tirou dois Lunares do cinto, enquanto Gina preparou dois dardos blo para sua Fukiya. A ruiva e a loira fizeram pontaria e mandaram seu recado, certeiras. Luna atingiu com um Lunar cada um dos dois do outro lado, assim como Gina, que soprou seus dardos nos outros dois. Os sedativos fizeram seu efeito instantaneamente e os quatro atingidos desabaram, inconscientes.
Os outros aproximaram-se e Mason amarrou os quatro bandidos com as cordas que haviam levado.
_Eles tinham um Sensor de Atividades Mágicas portátil. Isso confirma as suspeitas que tínhamos. _ disse Mason, enquanto desligava o Sensor _ Aqueles Sensores roubados estão nas mãos dos Death Eaters.
Derek, como faremos com os Inferi? Eles não têm Ki e nem emanam calor, pois já estão mortos. _ Tonks perguntou.
_Lembre-se de uma coisa, Tonks. _ disse Harry _ Eles não têm Ki mas emanam calor, só que mais fraco do que o de um ser vivo. Embora um Inferius não possua calor próprio, ele vai irradiar o que absorveu durante o dia. Então nós poderemos detectá-los com os óculos e evitá-los, enquanto não pudermos usar magia.
_Bem, acho que chegou o momento de nos dividirmos em duplas para que seja mais difícil de nos capturarem, conforme combinado. _ Dumbledore disse aos outros _ Derek e Luna, Draco e Tonks, Hermione e Gina, Janine e Neville, Remus e Rony. Harry, você vem comigo.
Dividiram-se e seguiram pelos bosques, rochas e pela proximidade de uma lagoa, no interior da ilha. Teriam de chegar ao centro da Ilha Sagrada, junto ao Templo da Deusa onde, certamente, Voldemort estaria tentando forçar Viviane a revelar a ele o segredo da manipulação do tempo. Todos tinham especulações sobre quais as razões que tivessem originado a aliança Voldemort/Al-Qaeda, o que um teria prometido ao outro para atingir seus objetivos mas, de todos eles, Dumbledore era o único que fazia uma boa idéia do que seria. E Osama Bin Laden, embora pudesse usar essas informações em proveito de sua causa, não ficaria muito contente ao tomar conhecimento delas.

Derek Mason e Luna Lovegood seguiam pela estrada que margeava a lagoa. Em certo ponto, identificaram duas emissões de calor, pertencentes a um Death Eater e a um terrorista da Al-Qaeda. Ele sussurrou para a garota:
_Eles estão em um ponto da estrada pelo qual não dá para passar sem ser atacado, Luna.
_Sim, Prof. Mason. Mas eles pensam que estão em vantagem ao manterem a lagoa às costas. _ Luna sussurrou, em resposta.
_Se eu conheço aquela cobra eles estão sim, pois a lagoa deve estar cheia de Grindylows. Ninguém pensaria em se aproximar pela água.
_Talvez não pela água. Mas, que tal sobre ela? _ Luna começou a tirar alguma coisa de dentro da bolsa. _ Até onde eu sei, os Grindylows só atacam abaixo de uma certa profundidade.
_O que quer dizer... ah, é isso? _ Mason viu o equipamento que Luna havia tirado e montado _ Como faremos?
_Apenas siga pela estrada e deixe-se surpreender pelos caras. O resto é comigo.
Mason seguiu pela estrada, até que ouviu uma voz com sotaque árabe dizer:
_Pare ou eu atiro! _ um terrorista saiu de seu esconderijo, com a pistola apontada para o bruxo, que apenas ficou ali, parado e sorridente.
_Qual é a graça, cara? _ perguntou o Death Eater, também saindo do esconderijo _ Você pode ser um Auror experiente e um Mestre Ninja, mas não é mais veloz do que uma bala.
Mason nem fez caso e continuou a olhar para a lagoa e a sorrir.
_Se você tivesse visto os monstros que o Lorde das Trevas colocou na lagoa, não estaria rindo. _ disse o terrorista.
_Ora, então Voldemort... pára de tremer, Death Eater falastrão... fez um feitiço para que vocês, terroristas trouxas, pudessem enxergar criaturas mágicas?
O terrorista confirmou:
_Sim. E qualquer um que entrar na água não sai vi... _ e não terminou a frase. Soltou a pistola e desabou, inconsciente, com um Lunar cravado no pescoço. Seu companheiro Death Eater olhou para ele, admirado, logo mudando a direção do seu olhar para a lagoa, quase deixando o queixo cair no chão. Luna Lovegood estava andando... sobre a água.
Sua surpresa demorou menos de um segundo. Sacou a varinha e preparou-se para lançar uma maldição letal na loira, sem perceber que Mason colocara as mãos nos bolsos e as retirara. Sentiu apenas uma dor aguda na nuca e também caiu, desmaiado.
Luna saiu da água e sentou-se em uma pedra, começando a descalçar o par de Mizugumo que havia usado para caminhar pela superfície da lagoa. Terminando de dobrar as pranchas Ninja e guardá-las na bolsa, juntou-se ao professor e perguntou:
_Com o que foi que o senhor nocauteou o Death Eater, Prof. Mason?
_Com isso aqui, Luna. _ e mostrou a ela duas pequenas peças de aço.
_Pinhões de aço? Uau! Eles podem ser lançados com muita força e velocidade, por causa do Ki, mas é preciso muito boa pontaria.
_Exatamente. Eu os lancei como se atirasse bolas de gude, mas eles saíram como se tivessem sido lançados por uma atiradeira. Não sei se não fissurei algum osso do crânio dele. Só sei que ele terá, no mínimo, uma bela dor de cabeça quando acordar.
_Com certeza, Prof. Mason. _ Luna sorriu _ Eu não queria estar no lugar desse cara.
O professor e a aluna continuaram seu caminho, atentos para possíveis novas tentativas de emboscada por parte dos inimigos.
Em meio a um caminho entre as rochas, Draco e Tonks avançavam com todo o cuidado, pois o terreno favorecia a quem quisesse armar uma emboscada. Estranhavam que não tivessem detectado uma única emissão de calor de um ser vivo e logo descobriram a razão.
Tonks notou algumas emissões de calor meio fracas, vindas de um ponto logo à frente.
_Também viu, Draco?
_Vi, Tonks. Fracas assim, só pode significar uma coisa.
_Inferi?
_Considerando que vêm na nossa direção e nós sabemos que pedras não se movem...
_E agora? É cedo para usarmos magia e não temos para onde fugir.
_Poderemos fazer uma coisa, embora também possa chamar um pouco de atenção. Já ouviu falar de fósforo, prima?
_Você trouxe uma caixa? Pode não ser suficiente para tocar fogo em todos esses Inferi.
_Refiro-me ao elemento químico fósforo, aquele que brilha no escuro. Ele possui uma particularidade.
_Qual, Draco?
_Lembro-me das aulas de Poções, onde tivemos noções de Alquimia e o Prof. Snape nos explicou sobre o fósforo. Ele incendeia-se, pega fogo em contato com o oxigênio. Por isso os exércitos trouxas utilizam-no em granadas incendiárias, bombas de Termita. Ele queima mesmo debaixo da água e só pára depois de se consumir totalmente.
_Sim, lembro-me de também já ter tido essa aula, quando aluna de Hogwarts. Mas por que?
_Por causa disso. _ e Draco lançou algumas esferas na direção dos vultos as quais, ao baterem neles, romperam-se e espalharam seu conteúdo que logo incendiou-se, queimando os Inferi até que eles não passassem de montes de cinzas no chão.
_Esferas com fósforo?
_Exatamente. Granadas de Termita bruxas. Em um livro que o Prof. Snape me deu haviam instruções sobre como prepará-las e potencializá-las com magia. Por isso elas, embora pequenas, incendiaram-se com tanta intensidade. Vamos em frente.

Janine e Neville julgaram mais seguro irem pelas árvores, saltando de uma para outra. Com o Bukujutsu, aquilo ficava bem mais fácil. Em um ponto, viram uma pequena fogueira e, à sua volta, um grupo de inimigos. Terroristas e Death Eaters estavam reunidos e uma pequena garrafa passava entre eles.
_Bebendo em serviço. _ Neville brincou _ E a noite nem mesmo está tão fria.
_Vamos curar o pileque desses caras, Neville? _ Janine perguntou.
_Poderíamos simplesmente evitá-los mas, se os incapacitarmos, serão menos reforços para Voldemort. Um pequeno susto, para garantir o elemento-surpresa e então...
_... Tadinhos deles.
De cima das árvores, os dois lançaram bombas de clarão nas brasas da fogueira, fechando os olhos enquanto elas explodiam. Saltaram das árvores e atingiram duramente os inimigos, que nem tiveram tempo de sacarem suas armas.
_Dois contra seis... _ Janine disse.
_... E ainda vencemos todos eles. _ Neville completou, enquanto começava a amarrar os inconscientes.
_Ponto para nós. _ concluiu Janine, ajudando o amigo a amarrá-los. Concluída a tarefa, os dois novamente subiram para as árvores e continuaram o caminho para o centro da ilha e o Templo da Deusa.

Remus Lupin e Rony Weasley não tiveram dificuldades em dominar um outro grupo de bruxos e terroristas que guardavam uma passagem, perto do centro da ilha. Depois de incapacitarem e amarrarem os inimigos, continuaram o caminho.
_O senhor não nos disse que tinha experiência em artes marciais, Prof. Lupin.
_Derek ensinou alguma coisa para nós, durante a escola. Só Wormtail não aproveitou quase nada.
_Mas ele até que me deu trabalho em Azkaban. E agora, com aquela mão de prata, ele é ainda mais perigoso. Inclusive, professor, o senhor é mais vulnerável a ele, por ser um Lobisomem.
_Tem razão Rony... espere. Estamos perto de onde Voldemort está. Vamos nos esconder e esperar pelos outros.
_Como o senhor sabe?
_Sendo Lobisomem, acabei por adquirir algumas características de lobo, principalmente a audição e o olfato. E acabei de sentir o cheiro de um outro Lobisomem que só pode ser o meu irmão, Romulus. Ainda bem que o vento está soprando de lá para cá, senão ele nos farejaria sem dificuldade. _ Esconderam-se para aguardar a chegada dos outros membros da Ordem da Fênix.
Dois Death Eaters conversavam, próximo ao local por onde passariam Hermione e Gina:
_Ainda não entendo por que os Bulstrode e os Zabini não nos acompanham nas operações de campo.
_Não serei eu a questionar as razões do Mestre, Rupert. Mas eu soube que o Lorde procura preservá-los dos combates, devido à especialidade deles.
_E qual é?
_Suprimento e provisões. Embora não possuam um grande perfil para comporem escalões de assalto, são incomparáveis administradores e o Mestre sempre quer os melhores em cada função. Por isso eles ficam à retaguarda e, o que é melhor, Giancarlo e Mildred Zabini, bem como Oscar e Karine Bulstrode desfrutam de uma boa reputação na Bruxidade e isso permite a eles circularem sem medo e coletarem informações importantes para o Lorde.
_Desde que ninguém lhes peça para mostrarem o antebraço esquerdo...
_Pois é. Mesmo com Feitiços de Camuflagem é difícil disfarçar a Marca Negra.
_Só por curiosidade, a sua queimou muito quando você a recebeu?
_Como o fogo do Inferno. Mas essa dor não é nada, comparada à honra de servir ao Lorde das Trevas. E a sua?
_Também queimou bastante. E eu a senti arder quando ele retornou, há cerca de três anos atrás. Fiquei contente, pois sabia que era um sinal de sua volta e de que logo retomaríamos o status de antes, temidos por toda a Bruxidade. Ainda falando dos Bulstrode e dos Zabini, é verdade que duas das garotas, Millicent e Blaise, têm um caso desde crianças?
_Soube que sim. Mas isso é coisa delas e ninguém tem nada a ver com isso. Estão na delas e não fazem mal a ninguém.
_Mesmo que eles estejam demonstrando não terem preconceitos quanto a isso, chega de ficar ouvindo palhaçadas. _ Hermione disse, ao mesmo tempo em que lançava uma esfera no chão e tampava o nariz, prendendo a respiração, imitada por Gina. Uma nuvem de fumaça formou-se na explosão e, quando ela se dissipou, os dois Death Eaters e mais três terroristas estavam estendidos no solo, inconscientes.
_Bons pesadelos, escória bruxa e trouxa. A bomba sonífera funcionou maravilhosamente, Mione. _ disse Gina, olhando com desprezo para os cinco caídos, antes de começar a amarrá-los, ajudada por Hermione.
_Acho que eles não se soltarão facilmente, Gina. Estamos chegando perto do centro da ilha e de onde Sirius, Ayesha e Jemail estão presos. Agora é ocuparmos nossas posições e esperar.

A dupla que faltava chegar ao ponto de reunião era formada por Dumbledore e Harry. Estes tiveram um contratempo um pouco pior do que os outros, o que acabou por atrasá-los. Estavam no meio de uma floresta, quando ouviram um barulho alto, parecendo-se com folhas e ramos secos sendo pisados por alguém ou alguma coisa bem grande. Viraram-se na direção dos ruídos e viram do que se tratava. Eram duas figuras corpulentas, quase do tamanho de Hagrid, com caras bem conhecidas. Ambas possuíam o rosto de Tom Marvolo Riddle aos dezessete anos, embora os olhos fossem vazios e inexpressivos. Na testa de cada uma delas, viam-se caracteres hebraicos, formando a palavra “EMET”. Imediatamente Harry e Dumbledore sacaram as espadas. Sim, pois o Diretor de Hogwarts também havia levado a sua. Quando os dois monstros atacaram, tanto Dumbledore quanto Harry executaram golpes em estrela, no melhor estilo do Ryu de Togakure, os quais deceparam os braços e pernas dos monstros, além de cortá-los profundamente em seus troncos.
_Eu não sabia que o senhor conhecia o estilo Togakure, Prof. Dumbledore. _ Harry comentou, admirado.
_Derek me ensinou algumas coisas, quando era aluno e agora, como professor... CUIDADO, HARRY!!! _ Dumbledore saltou, com uma agilidade incrível para um homem com mais de cem anos. Executou um rápido duplo golpe circular, novamente dividindo cada um dos monstros em dois. Harry colocou-se em guarda ao lado do Diretor e ambos viram, admirados, os pedaços das criaturas novamente se unirem e elas continuarem avançando como se não tivessem sofrido nenhum ataque, sem mostrarem nem mesmo um sinal de que tivessem sido atingidas pelas lâminas.
_Como é possível, Prof. Dumbledore? Só se eles forem... _ mas Harry não teve tempo de terminar a frase. Com uma rapidez não esperada em criaturas daquele tamanho, os monstros com a cara de Tom Riddle repentinamente avançaram e agarraram Harry e Dumbledore, apertando-os com uma força incrível. As espadas caíram das mãos dos bruxos.
_Harry, eles são de argila! Só podem ser... _ Dumbledore disse, entre gemidos. O monstro estava quase quebrando suas costelas.
_... Golens, professor! _ Em uma fração de segundo, passaram pela sua memória as cenas de um dia do mês de fevereiro do ano anterior, após uma aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Os Inseparáveis do sexto ano estavam, como de costume, ajudando o Prof. Mason a recolher o material quando, de repente, Janine perguntou:
_ “Prof. Mason, eu e Mione estivemos pesquisando na Biblioteca e ficamos com uma dúvida. Um Golem é ou não é uma criatura das Trevas?”
_ “Mais uma vez, Janine, eu vou lhe responder ‘sim e não’, como daquela vez em que você me perguntou sobre os métodos de destruir vampiros. Um Golem é uma criatura da mitologia hebraica, feita de argila e animada por magia. Era construída por antigos magos hebreus, quando havia a necessidade de se fazer justiça e os métodos trouxas não eram suficientes. O item final do encantamento era escrever na testa do Golem a palavra ‘EMET’, que em hebraico significa ‘Justiça’. Mas, quando bruxos das Trevas começaram a perverter a Kaballah e utilizar seus poderes para o mal, passaram a aproveitar os Golens em seus atentados.”
_ “Então, dependendo de quem o invocar, um Golem poderá ser bom ou mau?” _ Draco Malfoy perguntou.
_ “Exatamente, Draco. Mas existe uma salvaguarda, caso o Golem acabe por sair do controle.”
_ “Deixe-me adivinhar, professor. A palavra ‘EMET’, escrita na sua testa, não é?”
_ “Isso mesmo, Harry. ‘EMET’ significa ‘Justiça’. Mas, se você apagar o primeiro ‘E’, a palavra formada é outra.”
Então Hermione disse:
_ “Já sei, Prof. Mason. A palavra que resta é ‘MET’ que, em hebraico, significa...” _ e a mente de Harry retornou ao momento presente.
_... “Morte”. _ ele murmurou. E disse para Dumbledore _ Professor, apague o primeiro “E” da testa do Golem!
_É mesmo! Obrigado, Harry. Eu havia me esquecido.
Rapidamente, antes que perdessem a consciência, ambos apagaram o primeiro “E” da palavra “EMET” da testa de cada um dos dois Golens. Imediatamente as duas criaturas desfizeram-se em pó.
Dumbledore e Harry levantaram-se e massagearam os corpos doloridos. Recolheram as espadas e olharam para os montes de pó que haviam sido os dois Golens. Com o máximo de cuidado os dois continuaram a progredir pela floresta, rumo ao Templo da Deusa para reunirem-se aos amigos.
_Como foi que você se lembrou da maneira de destruir um Golem, Harry?
_Foi em uma conversa, depois de uma aula do Prof. Mason. Jan perguntou sobre os Golens e ele nos deu uma bela explicação. Veja, estamos quase chegando. Lá estão os outros.

Os Bruxos-Ninjas tomaram posição e ficaram a observar os acontecimentos. Enquanto os Death Eaters mantinham os prisioneiros sob a mira das varinhas, Voldemort e Osama Bin Laden adentravam o Templo da Deusa. Ao saírem, Osama disse a Viviane:
_Muito bem, Viviane. Vimos que a parte do Tesouro dos Templários que encontra-se aqui é mais do que suficiente para mim e para Voldemort. Agora, o Segredo.
_Não, Osama! Não me obrigue a revelá-lo.
_Revele o Segredo a ele, Viviane. _ Voldemort ordenou.
_Não, ele também afeta Osama.
_Como assim, Viviane? _ Osama Bin Laden perguntou.
_Revele o Segredo, Viviane. Bellatrix, pegue Jemail, como um pequeno incentivo. Se ela não revelar o Segredo a Osama, mate-o.
_Está bem, Mestre. _ Bellatrix agarrou Jemail e apontou a varinha para seu pescoço. _ É melhor que obedeça ao Lorde das Trevas, Viviane. Ou o jovem Jemail Bin Laden não completará o seu primeiro ano como aluno de Hogwarts. _ naquele momento Osama contraiu os maxilares, demonstrando que não estava gostando de ter seu filho ameaçado, mesmo que fosse em favor de sua causa.
_Vocês não me deixam outra escolha, bruxos das Trevas. Aproxime-se, Osama Bin Laden. Mas eu advirto que você pode não gostar do que vai ouvir.
Osama aproximou-se e Viviane sussurrou o Segredo ao seu ouvido. Ele olhou fixamente para a Sacerdotisa-Mor de Avalon e perguntou:
_Então é esse o Segredo, Viviane? Tem certeza?
_Sim, Osama. Esse é o Segredo.
Ele voltou-se para Voldemort e disse:
_Voldemort, o Segredo não tem para mim toda a importância que eu acreditava. Acontece que, como Viviane disse, ele também me afeta, aliás, afeta a todo o mundo islâmico, pois nossa religião também é monoteísta. Veja se me entende, Voldemort. A divulgação desse Segredo derrubaria por terra os maiores dogmas de fé da Cristandade, principalmente do Catolicismo. Para os judeus, seria admitir que eles estiveram errados, desde o início. Mas para nós, islâmicos, a revelação também seria catastrófica, pois também abala a nossa religião. O máximo que eu poderia fazer seria chantagear o Vaticano e a Confederação Rabínica Internacional e ainda correria o risco deles não cederem, sabendo que também seríamos afetados. Mas o suporte financeiro do Tesouro dos Templários será útil para nossas causas.

Posicionados à volta dos inimigos, os Bruxos-Ninjas aguardavam a hora de intervirem. Harry sussurrou para Dumbledore:
_Será que já não é a hora de nos mostrarmos, professor?
_Creio que sim, Harry. Vejo que eles têm um Sensor com eles mas, quando ele detectar nossa magia será tarde demais para eles.
_Prof. Dumbledore, estou tendo uma idéia. O senhor consegue tirar Jemail dos braços de Bellatrix com um Feitiço Convocatório?
_Sim, Harry. Isso iria confundi-los o suficiente para que pudéssemos pegar as varinhas de Sirius e Ayesha, devolvendo-as para eles. Comunique-se com Gina, telepaticamente, dando a ela algumas instruções. _ e sussurrou ao ouvido de Harry o que ele queria que Gina fizesse.
_OK, professor. Mas, como é que o senhor sabe do nosso elo telepático... aah, nem sei por que perguntei. O senhor sempre fica sabendo de tudo o que é importante e necessário. Vamos nessa. _ e Harry passou as instruções de Dumbledore para Gina Weasley, por telepatia. Recebeu a resposta de sua noiva e sorriu _ Tudo certo, Prof. Dumbledore. Ela entendeu o recado e já passou as instruções para os outros. Que tal começarmos a fazer algum barulho?
_Excelente idéia, Harry. Queira, por gentileza, tomar a frente e abrir os trabalhos.
_É para já, professor. _ Harry Potter lançou algumas bombas de fumaça e clarão, seguido pelos outros. A confusão instalou-se no grupo do mal.
_ “Accio”! _ Alvo Dumbledore apontou a varinha disparando seu feitiço e, no mesmo instante, Jemail Bin Laden voava para a segurança de seus braços. Ao mesmo tempo, os Bruxos-Ninjas mostraram-se e começaram a distribuir golpes e feitiços.
Invisível, devido a um Feitiço de Desilusão, Gina Weasley tomou as varinhas de Sirius, Ayesha e Jemail, entregando-as a eles, após desfazer o feitiço.
_Agora sim. Obrigado, Gina. _ Sirius agradeceu e entrou no combate. Vendo aquilo, Bellatrix preparou-se para lançar uma maldição letal na ruiva.
_Irlandesinha metida! Vai ver o q... _ e não terminou a frase. Dobrou-se para a frente e caiu no chão, sem ar. Desfazendo o Feitiço de Desilusão, Janine olhou para ela e disse:
_Sentiu a minha falta, bruxa má? Apresento a você “Joelhaço II, a Missão”. Espero que tenha gostado. “Incarcerous”! _ Bellatrix ficou amarrada.
Um Death Eater avançou na direção de Jemail, mas o garoto nem se assustou. Apontou a varinha para ele e disparou, também atingindo um terrorista:
_ “Colon Exonera”!! _ os dois saíram correndo para o meio do mato, acompanhados por um cheiro horrível _ E aí, Draco, aprendi bem?
_Esplendidamente, Jemail. _ o sonserino elogiou, rindo _ Agora proteja-se. Corra para o interior do Templo da Deusa.
Jemail correu para o Templo e, no caminho, cortou as cordas de quantas sacerdotisas pôde, com Feitiços Diffindo. Elas acompanharam-no para o interior do Templo. Enquanto isso, a Batalha de Avalon começava.
Os homens de Osama, vendo que estavam sendo atacados por aquele grupo que não se importava com a sua superioridade numérica, sorriram e apontaram suas armas, confiantes no poder de fogo das Uzi, AK-47 e pistolas que levavam mas qual não foi a sua surpresa quando, ao acionarem os gatilhos, tudo o que ouviram foram estalidos metálicos em vez de fortes estampidos de tiros. Ayesha não havia se enganado em suas lembranças pois, realmente, armas de fogo não funcionavam em Avalon.
_Usem as facas! _ Osama ordenou e os terroristas abandonaram suas armas e granadas, empunhando grandes facas de combate, as quais manejavam com maestria.
Só que não contavam com a habilidade dos jovens Bruxos-Ninjas e seus professores.
Um dos terroristas avançou para Rony Weasley, que havia acabado de estuporar um oponente, brandindo a faca e esperando intimidar o ruivo. Tudo inútil. Rony guardou a varinha e sacou do cinto as suas armas preferidas: um par de temíveis adagas Saï, as quais rodopiou nas mãos de uma forma que a visão do terrorista tinha dificuldades para acompanhar. Bloqueou com facilidade todas as estocadas desferidas pelo adversário e, quando atacou, sequer o fez com a lâmina da adaga. Deu uma forte pancada com o pomo do cabo na têmpora do árabe e disse:
_Você não vale o esforço, matador de indefesos. “Estupefaça”! _ e o terrorista ficou no chão, estuporado.
Outro ameaçava Hermione, que defendia-se da faca dele com um de seus leques de aço, tendo a varinha na outra mão.
_Já me cansei, bandido. “Morpheus”! _ e mais um oponente caiu no chão, adormecido.
Luna Lovegood também movia-se com rapidez, enfeitiçando e golpeando seus adversários sem dó. Concentrada na batalha, não percebeu o perigo que aproximava-se por trás. Neville viu e tentou ajudá-la, mas foi detido por Wormtail, que lançou nele um Feitiço do Corpo Preso com sua mão de prata. Ele foi impedido de avisá-la que Romulus Lupin aproximava-se.
O Lobisomem chegou por trás de Luna, qua acabara de amarrar um Death Eater e derrubou a loirinha no chão. Sujeitou-a, de barriga para cima, dizendo:
_Ora, se não é a filhota de Nigel Lovegood, o dono do Pasquim. Pena eu não estar transformado para que, ao mordê-la, você virasse uma bela lobinha e seu papaizinho pudesse fazer uma matéria com você para aquele lixo de revista. Mas alguma característica lupina você vai adquirir. Acredito que vai começar a gostar, e muito, de filés mal-passados... por que não diz nada, garota? _ Luna estava com sua boca bem fechada mas logo a abriu, para o azar de Romulus.
Quando Luna Lovegood abriu a boca, soprou na direção de Romulus. Este logo sentiu as picadas das várias pequenas agulhas que cravaram-se no seu rosto, uma arma Ninja conhecida como Fukumi-Bari.
_Ora, loirinha, acha que vai me causar algum dano com essas picadinhas?
_Mas claro que eu acho.
_E por que acha..., “Di-Lua” Lovegood?
_Porque essas Fukumi-Bari contêm prata na sua liga, lobo burro!
Romulus Lupin soltou um uivo de enorme dor, enquanto seu rosto começava a fumegar nos locais onde as agulhinhas estavam cravadas.
_É isso que você merece por insultar a revista do meu pai, seu pulguento. “Estupefaça”! _ Romulus Lupin foi estuporado e caiu de borco no chão.

Harry procurava por Voldemort no campo de batalha, sem conseguir localizá-lo (“Será que ele está fazendo como no ano passado lá em Azkaban, escondendo-se para dar o bote, como a cobra traiçoeira que é? Ele tem de estar por aqui”, pensava o grifinório). De repente viu que Gina estava com seis inimigos à sua volta e foi em auxílio de sua noiva. A batalha ficava cada vez mais feroz.


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