Como Se Nunca Tivesse Acontecido. escrita por BrunaGonda


Capítulo 4
Gina.


Notas iniciais do capítulo

Eita porra, eu demorei!
Gente, muitos problems, but im back!
Esse capítulo eu quis contar tudo o que Harry teria falado a Lílian se pudesse expressar a falta que ela lhe fez.
Um obrigado especial aos meu leitores PercabethcForever, Letícia, GabsMellark, Savannah de la Fey, Paula 007, Herdeira dos Céus, Lóris, (a leitoraé tão fiel que por esses dias vou fazer uma cerimônia em que vou a nominar nobre braço direito na minha corte de leitores) SamanttahHyuuga (Eu realmente adoro ela) LaahGrangerMalfoy, Rosa, Chanandler Bong, Doce Amarga, Luh Potter Black, Lara Uchiha River Michaelis, Biaa Black Potter, Alyss Meryan, JuPJEWL, Bola de Pêlos ( MINHA LINDA MENINA) e Caele.
Ufa, terminei. PAREM DE TER NOMES ESTRANHOS NAS CONTAS DO NYAH CARAMBA, tem noção do quanto é difícil escrever hummmmmmmmmm!
Esse foi mais triste do que os outros mais logo volta ao normal!



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-       EU VOU BEBER O SANGUE DE VOCÊS! – berrou Sirius.

-       Calma pai, a mãe e o tio já estão levando! – Gaspar berrou.

-       É BOM! SENÃO EU TERIA DESERDADO VOCÊ!

-       SIRIUS! – berrou Lílian.

Harry entrou na sala com Gaspar na sua cola. Correu para abrir a porta mas Lucy entrou na frente e a abriu. A garota sorriu.

-       Gina!

-       Oi bebê, tudo bem? – Harry ouviu uma voz conhecida.

-       Tudo! Você nem sabe! Harry e Gaspar estavam de novo mexendo nas bebidas do papai!

Gaspar engasgou com o riso. Harry revirou os olhos e abriu a porta. Gina o olhou. Mas não era Gina. A garota de cabelos ruivos sorriu. Ela usava maquiagem, estava vestida de preto, inclusive a capa de viagem. Seus olhos eram delineados de preto, e sua boca vermelha. Harry nunca, jamais vira Gina assim. Até mesmo parecia mais magra.

Embora a nova Gina fosse sensual e bonitona, Harry sentiu certo desespero em pensar que perdera a Gina que amava. Mas mesmo assim não pode evitar o aperto você-sabe-onde.

Gaspar sorriu como um idiota ao ver a cara de Harry.

Gina revirou os olhos. Sua voz era mais cantada:

-       Não vai me convidar pra entrar?

Mesmo assim Harry sorriu confuso e lhe deu um abraço.

-       Gina...

Mas Gina se surpreendeu. Ela olhou pra ele cética, depois entrou de boca aberta. Gaspar tinha as sobrancelhas erguidas. Logo depois entrou Rony. Ele sorriu para Harry. Parecia exatamente como ele lembrava.

-       E aí Harry!

-       Rony! – Harry sorriu.

-       Oi Harry! – Hermione entrou, e Harry viu que ela estava de mãos dadas com Rony.

-       Mione!

Hermione levantou as sobrancelhas.

-       Entrem! – Harry sorriu.

Mas havia algo errado. Porque essa surpresa com o modo como ele tratava seus amigos? E o mais importante, o que havia acontecido com Gina? Ele queria saber de tudo antes de continuar. Não aguentava mais essa confusão.

-       Hã, Gina, preciso muito conversar com você.

Gina estava cumprimentando sua mãe, ela levantou a cabeça e o olhou assustada.

-       Já? – perguntou Tiago.

-       Fique quieto Tiago – falou Lílian séria.

Sirius e Marlene olharam para a televisão ligada, disfarçando mal. Gina gaguejou:

-       Si-sim.

Gina seguiu pro seu quarto, subindo as escadas, Harry atrás. E o garoto não deixou de perceber que todos olhavam a cena tensos.

Quando chegaram em seu quarto, Harry fechou a porta e Gina lhe virou as costas. Harry se aproximou:

-       Porque é que eles ficaram com aquela cara?

Gina se virou, e Harry viu que ela chorava. Ela limpou as lágrimas e falou com a voz tremida e rancorosa:

-       Ah, não é óbvio Harry? Você só fala isso quando quer terminar com uma garota! Porque pra cama você já me levou! – ela rosnou.

-       Quê? – Harry exclamou perplexo.

Gina se sentou no carpete de seu quarto, enlaçando as pernas com os braços, o rosto furioso escorrendo lágrimas silenciosas.

-       Como eu pude ser tão estúpida? Cair na sua outra vez. Achei... que você tivesse mudado. Que eu não era como as outras.

Harry se ajoelhou ao seu lado perplexo:

-       Porque eu terminaria com uma garota como você?

Gina retrucou:

-       Me diga você, que é quem está fazendo isso!

-       Eu não estou terminando com você, porque achou que eu o faria?

Gina se surpreendeu.

-       Porque é assim que você faz! Sua mãe já está cansada de ouvir as garotas saírem chorando do seu quarto, mas mesmo assim não faz nada porque você é um garoto mimimado!

Harry pegou as mãos dela nas suas, a encarando nos olhos.

-       Escute Gina. Você confia em mim? Você me ama?

-       Eu... eu... – ela gaguejou.

-       Gina...

-       Sim – ela apertou os olhos.

-       Então acho que vai acreditar em mim se eu contar uma história maluca.

E o garoto se pôs a falar o que havia ocorrido. Enquanto Harry lhe contava a história, e o que havia acontecido a ele, Gina ficou séria. Só esboçou reação quando Harry lhe contou todas as coisas horríveis que tinham lhe acontecido. Até mesmo chorou quando lhe contou que havia visto um de seus irmãos morrer.

-       Então é isso Gina – ele falou quando terminou – Mas entende, eu não estou louco nem bati a cabeça. Não sei o que aconteceu. Mas tudo aconteceu ontem, quando pra comemorar meu aniversário me deu um bolinho e me disse pra fazer um pedido.

Gina não olhou em seu rosto. Parecia infeliz.

-       E por que contou isso pra mim?

-       Porque eu te amo, você é minha namorada e a pessoa que melhor ia me ajudar – ele levantou as sobrancelhas.

-       Ah. O.K. Sinto muito, é que esse não é o seu comportamento normal. O Harry que eu conheço não me dá tanto valor assim.

E Harry viu uma dor escondida pro trás daquela maquiagem pesada. Harry sussurrou, pondo as mãos em seu rosto:

-       O que foi que eu fiz?

Ela levantou os olhos na altura dos seus e começou a falar:

-       Bem, a sua vida inteira você teve tudo o que queria Harry, sempre foi desejado por todas, popular, rico e desmiolado. Até o quinto ano seus melhores amigos foram o Gaspar, que é seu primo e amigo desde bebês, Córmaco Mclaggen, e mais um bando de sem cérebros.

-       Córmaco!  - Harry exclamou com nojo – E Rony e Mione?

-       Eu sempre fui apaixonada por você, mas você me humilhou e rejeitou muito Harry. Eu mudei e sou assim por você. Só me transformei nisso por você. Quando eu mudei, você passou a olhar pra mim. Então começou a andar com Rony e Hermione.

-       Eles namoram a quanto tempo? – perguntou Harry com a espinha gelada.

-       Desde o quarto ano. – falou Gina.

Harry engoliu em seco. Aí estava a prova que ele só os tinha atrapalhado.

-       E Hagrid? Neville? Dumbledore? Snape? Voldemort?

Gina se arrepiou ao ouvir ele falar isso.

-       Hagrid continua sendo o nosso guarda caça, Neville sofreu muito, está desaparecido, sem ninguém. Sua avó morreu assassinada faz anos. Snape é e sempre foi um comensal da morte. Dumbledore foi morto por Você-Sabe-Quem em pessoa, e o próprio atualmente controla o mundo bruxo. Muitas pessoas estão sendo mortas. Agora é uma questão de tempo para os trouxas saberem da nossa existência.

Harry passava mal. Gina continuou.

-       Sua mãe finge que não vê que é pior que o seu pai. Não que você seja mal ou qualquer coisa. Você é só metido, mas no fundo é bom. Já seu pai o trata como você sabe, exatamente igual a como Black criou Gaspar.

Harry pensou em todas as coisas que tinha feito, e em todas as coisas que estavam por vir, e enfim, pensou em tudo que podia perder. A dor o esmagava tanto com o peso da decisão, que uma lágrima tremeu em sua pálpebra e correu por sua face. Harry soluçou:

-       Isso é horrível Gina. Como eu posso ter forças pra fazer o que é certo? Se eu ficar, muitas pessoas vão morrer. Voldemort vai vencer e o mundo vai ser controlado por ele para todo o sempre, sem falar que vai ser só o começo da matança. O extermínio de trouxas seria em massa. – ele falou com a voz instável e entrecortada – Mas como eu poderia voltar? Sabendo que se eu voltasse, minha mãe estaria morta, meu pai também, minha irmã nunca teria existido e Gaspar... – Harry não conseguiu terminar.

E por fim, pensando em Marlene e Sirius, e na vida que ele poderia ter e nunca teve, Harry começou a chorar pela primeira vez em sua vida daquele modo. Soluçando, desesperado, a dor e a angústia ameaçando engolfá-lo. Ver seus amigos e sua família morrem é uma coisa. Deixá-los morrer era outra.

Gina ficou desesperada, e em sua tentativa assustada de ajuda-lo, passou os braços a sua volta, os dois sentados no chão, abraçados, chorando como se não houvesse amanhã.

Harry encontrou conforto em seu abraço. Encontrou um esconderijo ao colocar a cabeça encostada em seu pescoço. Mas tudo isso se foi mais rápido do que chegou, uma vez que sua mãe abriu a porta e viu aquela cena estranha.

Ela pareceu sem graça:

-       Ah, desculpem – ela ruborizou – eu queria falar com você meu querido, mas eu volto depois.

Lilian ia fechando a porta quando Harry falou limpando as lágrimas:

-       Não há problemas mãe. O que foi? – ele se levantou e  puxou Gina com ele.

-       Com licença – ela sorriu pra Lílian, saindo ao perceber que ela queria falar com o filho sozinha.

Lílian parecia a beira de lágrimas também. Fechou a porta e olhou triste para Harry.

-       Você terminou com a moça?

-       Não – Harry sorriu, e a mãe sorriu feliz ao ouvir suas palavras.

Tantas pessoas que reclamam de coisas tão poucas. Ele sabia até mesmo quanto valorizar algo tão simples quanto ter uma família. Harry olhou para o seu sorriso enorme e cheio de amor. Era uma coisa forte e triste, o modo como ele havia vivido tanto tempo sem aquele tipo de amor.

Uma lembrança veio a sua mente, uma criança órfã e que nunca tinha conhecido o calor do abraço de uma mãe, olhando no espelho que refletia seu maior desejo e vendo uma coisa tão simples, quanto uma família.

Era assim que ele se sentia agora, como se de novo, ele tivesse que perder seus pais, pois a mulher a sua frente ao mesmo tempo que tão real, parecia tão distante, por ser um sonho impossível de alcançar. Outra lágrima deixou seu rosto.

Harry caminhou a passos largos até sua mãe e a abraçou. A mulher não hesitou em recebe-lo em seus braços, acariciou seus cabelos e suportou seu choro silencioso até que ele se acabasse. O garoto lhe perguntou, e ainda em seu abraço, por ter medo de olhar em seus olhos.

-       Mãe, você me ama?

-       Que pergunta meu amor, é claro que eu amo você – ela choramingou.

Harry engoliu em seco.

-       Mãe, se você fosse levada pra longe de mim, você me esqueceria? – ele perguntou como uma criança.

Um silencio pairou sobre o quarto, Lilian desfez o abraço, mas não largou o filho. Se afastou o suficiente pra olhar em seus olhos, e falou séria:

-       Nunca. Eu sempre estarei com você. Mesmo longe, nunca o deixarei. – ela olhou em seus olhos, uma mão acariciando seu rosto – Sempre tentaria voltar. Sempre.

Harry fechou os olhos e balançou a cabeça negativamente, as lágrimas lhe escorrendo.

-       Não. Você não entende. E se você não pudesse voltar mãe? E se nós fossemos separados pra sempre? – ele tremia.

-       Harry, olhe pra mim. Olhe pra mim filho. Não importa a distância, nem o curto espaço de tempo em que ficamos juntos. Você sempre será a coisa mais preciosa da minha vida, e eu nunca esqueceria você. – ela o mirou com afeto – Porque pergunta essas coisas pra mim?

-       Mãe, e se só os meus braços não fossem o suficiente pra salvar você e Lucy? o que eu faria mãe? Se vocês fossem levadas pra longe de mim? – ele chorou.

Lílian sorriu.

-       Não importa o tempo que ficássemos longe meu querido, nós nos veríamos no final. Eu, você, e todas as pessoas que nós perdemos durante a vida. Acho que entendo o que quer dizer. Se um dia eu e seu pai viermos a morrer na guerra meu filho, eu e ele estaríamos sempre com você, bem aqui – ela tocou em seu peito, onde abaixo estaria seu coração, imitando o mesmo movimento que um dia Sirius fizera – Mas no final meu querido... Eu estaria só esperando você. Um dia, estaríamos juntos outra vez.

“Há pessoas que não se contentam com o que tem, e só dão valor ao que é mais importante depois que perderam. Mas você meu filho, saiba que se eu morresse, eu nunca esqueceria você, nem em nenhum momento, deixaria de amá-lo.”


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Notas finais do capítulo

Comentem ou Rowling vai escrever um livro em que Snape estupra o Canino.