Second Chance escrita por Andressa Amaro


Capítulo 1
Capítulo Único.




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Capitulo Único.

Pov. Edward

Me joguei ao lado de Isabella na cama logo depois que cheguei ao clímax. Estava com os olhos fechados, ainda ofegando quanto a senti se aconchegando em mim.

– Você sabe que não gosto que grude em mim logo depois do sexo Isabella. – Falei abrindo os olhos e vi seu olhar magoado. – Faz dois anos que estamos juntos e você ainda não aprendeu isso? – Fale rude e minha noiva se desvencilhou de mim se sentando na cama.

– Desculpe Edward. – Disse sem me olhar. – Já está ficando tarde. Vou preparar o jantar. – Falou se levantando e pegou seu roupão. Logo depois de vesti-lo saiu do quarto ainda sem me olhar.

Bufei e fechei os olhos novamente.

No começo de nosso relacionamento tudo era mais romântico e tudo mais, mas com o tempo fomos nos acostumando um com o outro e algumas coisas que fazíamos, em vez de fascinar, irritava.

Fui tomar um banho rápido e quando sai do banheiro ouvi meu celular tocando.

–Alô. – Atendi sem aos menos ver quem era.

– O que faz em um domingo anoite, grande advogado? – Perguntou e percebi que era meu amigo Alec.

– Estou em casa com minha noiva. – Falei. – Ela veio passar o fim de semana comigo.

– Você esta perdendo uma super festa aqui na casa da Samantha. – Falou. Samantha é sua namorada. – Por que não vem se divertir amigo? – Perguntou e eu pensei um pouco.

Minha noite estava entediante e uma festa seria uma boa.

– Vou me trocar rápido e chego ai em meia hora. – Falei e finalizei a chamada.

Me troquei rapidamente e fui até a cozinha, onde certamente Isabella estaria. Entrei na cozinha e minha noiva estava de costas mexendo em alguma panela no foção e não me viu entrando.

– Isabella. – Chamei e ela me olhou dando um sorriso tímido.

Não importava quantas vezes ela ficasse magoada comigo, sempre me receberia com seu jeito meigo e doce depois.

– Estou fazendo aquela lasanha de frango que você gosta. – Falou e eu dei um pequeno sorriso.

– Você vai comer sozinha porque vou sair, mas quando eu voltar eu como. – Falei e ela baixou o olhar.

– Onde vai Edward? - Perguntou.

– Vou a uma festa na casa da namorada de um amigo e não sei que horas volto. – Falou. – Se quiser dormir aqui em casa pode ficar e amanhã você vai trabalhar daqui. – Falei.

– Você não vai dormir comigo?

– Não precisa de mim para dormir Isabella. – Falou rude. – É só fechar os olhos e cair no sono. Não sei que horas volto, mas não vai ser tarde já que tenho que trabalhar amanhã. – Não falei mais nada e sai.

(...)

Cheguei ao meu apartamento ás duas da manhã, depois da festa.

Deixei minhas chaves em cima da mesinha da sala e fui para meu quarto.

Isabella estava deitada de bruços. Pensei que estivesse dormindo, mas quando cheguei mais perto da cama percebi que não.

– Já esta tarde. Deveria estar dormindo já que terá que trabalhar em poucas horas. – Falei tirando minhas roupas e ficando apenas de boxer.

– Você também já que trabalhamos no mesmo lugar. – Falou e eu não disse nada, me deitando ao seu lado na cama. – Disse que não iria demorar. – Falou.

– Nem tudo é como você quer Isabella. – Falei me virando de costas para ela.

– Eu sei muito bem disso. – Ouvi ela dizer, mas logo eu cai no sono.

(...)

Acordei com o barulho que Isabella estava fazendo pelo quarto.

– Que merda está fazendo!? – Falei ainda com o rosto contra o travesseiro.

– Desculpe Edward, estou me arrumando para ir trabalhar. – Me virei para ele e dei um sorriso debochado.

– Você chama de trabalho ensinar aquelas crianças o A B C e musiquinhas idiotas? – Ela me olhou ofendida.

– Sim, é trabalho e eu gosto muito do que faço. – Limpou uma lagrima. – Não vou mais te atrapalhar Edward, mas só pra te avisar você também tem que levantar para ir trabalhar.

– Eu sei muito bem dos meus horários e não preciso de você pra me avisar. – Me sentei na cama. – Agora vai logo trabalhar que já me irritou e suas crianças estão de esperando. – Fiz um sinal de descaso e ela veio até mim e dar um selinho, mas eu virei o rosto. – Não gosto dessa demonstração de carinho constante Isabella. – Ela saiu do quarto, magoada e eu me joguei na cama novamente suspirando.

Eu amava minha noiva, mas não era preciso ficar naquele grude todo que ela queria.

Fui me arrumar para mais um dia de trabalho e ver se aquele dor de cabeça causada pela ressaca melhorava.

Depois de pronto fui para a empresa onde meu pai já me esperava em minha sala com cara de poucos amigos.

– Está atrasado Edward. – Falou assim que me sentei em minha cadeira e eu revirei os olhos.

– Sou dono dessa empresa e não preciso de horário certo pra chegar. – Carlisle passou as mãos nos cabelos e suspirou.

– Você não é dono e sim o filho o dono. – se levantou se se curvou sobre a mesa. – Você tem que parar de pensar só em você e dar valos no que tem, porque um dia você pode ficar sem nada e você sabe muito bem que não é só da empresa que falo. – Bufei.

– Não vem com essa história novamente pai. Sei muito bem cuidar da minha vida e dos meus interesses.

– E é esse o seu problema, você só sabe cuidar do que é do seu interesse e não pensa nas pessoas ao seu redor. – e alterou. – Não sei como uma moça doce como Bella ainda pode estar com um homem como você! – Me levatei também.

– NÃO FALE O QUÊ NÃO SABE CARLISLE! –Gritei. – Do meu relacionamento com Isabella sei eu e você e nem ninguém tem nada com isso!

– Só lembre que Isabela não é eterna, que um dia pode acontecer alguma coisa com ela e você não poderá demonstrar esse amor que você diz sentir. – Saiu sem dizer mais nada e me sentei em minha cadeira novamente.

(...)

Na hora do almoço, eu continuava trancado em minha sala revisando alguns contratos quando o telefone tocou.

– Diga logo Angela. – Falei impaciente para minha secretária.

– Senhor Cullen, sua noiva deseja falar com o senhor pelo telefone. – Disse tímida.

– Diga para ela que estou ocupada, que não tenho tempo como ela. – Desliguei e continuei com o que estava fazendo.

(...)

Quando cheguei em casa, pensei que Isabella estaria na cozinha como sempre preparando o jantar, mas a casa estava vazia.

Fui até meu quarto e quando estava retirando minhas roupas para ir tomar um banho o telefone tocou.

– Deve ser Isabella. – Falei comigo mesmo e fui atender. – Alô. – Disse com a voz polida.

– Senhor Cullen? – Disse uma voz masculina e eu afirmei. – Aqui é do hospital central e estamos ligando para informar que sua Isabella Swan sofreu um acidente e se encontra aqui. – Prendi a respiração e ele continuou. – Conseguimos seu numero no celular dela, o senhor foi o único que conseguimos contatar.

– T-tudo bem, sou o noivo dela, ela está bem? - Perguntei com um medo absurdo me tomando.

– é mais recomendado o senhor falar diretamente com o medico que cuidou dela. – Suspirei.

– Estarei ai em poucos minutos. – Desliguei e telefone e corri até a sala pegando as chaves do carro.

Esperava que nada de grave tivesse acontecido com Bella. Esperava que ele só tivesse torcido pé ou o pulso, como sempre fazia já que é desastrada e vive se machucando.

Não podia ter acontecido nada de grave com ela.

Quando cheguei ao hospital corri até a recepção e perguntei sobre minha mulher. A moça me olhou estranho e me informou que iria chamar o medico responsável por Isabella.

– Por que não me diz em que quanto minha noiva está? Eu preciso vê-la. – Comecei a me desesperar pela falta de informação.

– Senhor Cullen? – Me virei para um senhor grisalho. – Sou o Doutor Tompson, cuidei de sua noiva.

– Por favor, eu quero vê-la, onde Isabela está? – Ele me olhou com compaixão e isso me deixou ainda mais desesperado.

– Vamos conversar meu rapaz. – Me puxou até umas cadeiras e nos sentamos. – Isabella chegou aqui muito machucada depois de ser atropelada com um carro. – Arregalei os olhos. – O condutor estava bêbado...

– Ela está bem não é? – Perguntei e a resposta não veio. – NÃO É? – Gritei.

– Infelizmente Isabella sofreu ferimentos graves e uma hemorragia que não conseguimos reverter. – Eu já chorava pela constatação do pior. – Infelizmente sua noiva faleceu. – Aquilo foi como se uma bomba tivesse caído sobre minha cabeça.

Minha doce noiva estava morta!

As palavras de meu pai vieram como um flash em minha cabeça:

“Só lembre que Isabella não é eterna, que um dia pode acontecer alguma coisa com ela e você não poderá demonstrar esse amor que você diz sentir.”

Meus joelhos falharam e eu acabei caindo no chão em prantos.

Todas as vezes que gritei e recusei os carinhos de Bella vieram em minha mente e isso fez meu choro se intensificar. Nunca mais veria minha linda noiva, a mulher que eu tanto amava e que ao mesmo tempo maltratei e mesmo assim continuou do meu lado me dando seu amor dia após dia.

(...)

Eu estava em pedaços enquanto olhava para o rosto de anjo da minha noiva deitada em um caixão branco.

Minha família estava ao meu lado me dando apoio e os pais de Bella estavam do outro lado, inconsoláveis assim como eu.

Eu não tinha mais lagrimas para derramar, ou mais motivos para me culpar. Minha mente estava quase vazia, só restava a dor em meu peito.

– Vamos fechar o caixão agora filho. – Disse minha mãe e mais uma vez me desesperei.

– NÃO! – Gritei e meus irmãos tentaram me segurar enquanto eu tentava impedir que fechassem o caixão. – ELA NÃO PODE ME DEIXAR! – Alice, a melhor amiga de Bella não aguentou ver sua amiga ali e saiu correndo para longe.

Eu queria poder dizer para Bella o quanto a amava, poder beija-la assim que acordássemos pela amanhã, depois se fazermos amor... Eu só a queria de volta.

(...)

Depois do enterro, eu queria ficar sozinho e fui para o apartamento onde Bella vivia, queria me sentir perto do meu amor, da minha vida.

Infelizmente eu não tinha mais vida, minha vontade viver tinha sido enterrada junto com Bella...

– EDWARD! - Senti alguem me sacudindo e abri meus olhos que estavam molhados pelas lagrimas e foquei na imagem de uma Bella com olhos arregalados.

Sem dizer nada a abracei com todas as minhas forças.

– Você está aqui. – Sussurrei passando as mãos em seus cabelos.

– O que aconteceu Edward? – Perguntou. – Você estava chorando desesperado, me chamando. Eu me assustei. – Me afastei um pouco dela e olhei dentro dos seus olhos.

– Eu te amo. – Me olhou surpresa. – Só de pensar em te perder meu peito dói amor. – Dei um selinho em seus lábios vermelhos. – Ganhei uma segunda chance e não vou deixa-la passar. – Você é tudo pra mim amor, me perdoa por tudo que fiz pra você, prometo que nunca mais vou te fazer derramar lagrimas de tristeza. – Bella chorava, mas estava com um sorriso lindo nos lábios.

– Eu também te amo. – Disse.

Deus me deu a chance de reverter todos os meus erros. Me deu a chance de ver como seria minha vida sem minha noiva.

O que você faria se tivesse a chance de ver como seria sua vida sem a pessoa que você ama, mesmo por um sonho, o quê você faria sem um pedaço de você?

Fim.


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