Touched By Hell escrita por raquelsouza, milacavalcante


Capítulo 19
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Eu (raquel) tive que reescrever esse capitulo 3 vezes por motivos de 1) não ter gostado da primeira versão, 2) ter escrito um capitulo simplesmente PERFEITO só que o world não salvou o que causou 3) tive que lembrar dos detalhes pra reescrever.
Sou anta, sim ou claro?
Mas enfim, quero pedir desculpas pela ENORME demora pra postar o epílogo. Desculpa mesmo.
Aproveitem!



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– Você tem que ir me visitar. – eu disse para Thalia, que estava me ajudando com as malas.

Ela me abraçou forte e beijou minha orelha.

– Claro que eu vou te visitar. – ela disse e voltou a dobrar as minhas roupas.

Sorri para ela. Minha vida tinha mudado tanto em poucos dias. Minha mãe tinha ficado mais próxima de mim, eu não ia mais estudar no internato e ia voltar pra minha casa em Manhattan. Percy e eu estávamos mais próximos que nunca, mesmo com a ideia de eu ir pro outro lado do oceano nos próximos dias.

Não vou negar para mim mesma que as memórias de tudo o que tinha acontecido ainda me aterrorizavam quando a noite caía, mas sempre havia alguém ao meu lado para me ajudar. Gabe mesmo morto foi sentenciado como culpado em todos os seus crimes e meu pai foi absolvido. Agora que meu pai estava morto, eu não tenho raiva dele, apenas saudades de um futuro que poderíamos ter juntos.

Apesar disso estava mais radiante que nunca. Terminei de fazer as minhas malas na escola e fui me despedir do pessoal, um pouco triste por estar indo embora. Mesmo tendo chegado odiando tudo isso, eu me apeguei a escola e principalmente as pessoas aqui.

Fui com Thalia até o refeitório onde todos deveriam estar almoçando, mas a nossa mesa estava vazia.

– Onde eles podem estar? – perguntei para Thalia. Não queria ir embora sem me despedir.

Thalia deu de ombros.

– Não faço ideia. – ela disse e me puxou para fora do refeitório. – Vamos atrás de Percy.

Por mais que eu quisesse encontrar Percy e meus amigos, fui andando lentamente até o seu dormitório, queria aproveitar cada momento nessa escola que se tornou o meu inferno e a minha salvação.

– Não sinta tanta falta daqui. – Thalia disse com um sorriso no rosto.

– Estou tentando.

– Sabe... Eu não sou sentimental nem nada, mas você foi a minha única amiga que realmente fiz em todo esse tempo. Eu acho que... – Thalia mordeu os lábios.

– Vai sentir minha falta mais do que deveria? – completei.

– É isso ai.

Dei-lhe um pequeno sorriso e a abracei.

– Se te faz sentir melhor, você foi a única amiga que consegui fazer em toda minha vida, vou sentir sua falta.

Thalia abraçou-me com força.

– Vem, tenho que pegar umas coisas em uma das mais antigas salas dessa escola.

– Que coisas?

– Coisas proibidas nessa instituição.

Paramos em frente a uma sala com aspecto macabro.

– Tem musgo aqui? – perguntei – A quanto tempo essa sala não é usada?

– Uns 10 anos, talvez.

Thalia empurrou a porta e para a minha surpresa, todos os meus amigos estavam ali dentro.

– SUPRESA! – gritaram todos.

Percy veio andando em minha direção e me deu um discreto beijo.

– Não acha mesmo que deixaríamos você sair daqui sem uma festa de despedida, não é? – ele sorria. – Deveria ver a sua cara, esta hilária!

– Uou. – foi a única coisa que consegui dizer.

Passado meu choque, eu já estava me divertindo com todos os meus amigos.

– Ninguém vai ouvir a musica? – perguntei para Percy.

– Não, ninguém vem aqui.

A musica estava contagiante, Radioactive tocava em algum ponto da sala, e todos cantavam no refrão.

Percebi Thalia olhando para Nico conversando com uma garota bonita no fundo da sala, sorri ante a vista.

– Vai lá e mostra que ele tem dona. – a incentivei.

Thalia bebeu o resto de sua batida e foi andando meio que furiosamente meio que sexy até Nico.

– Dá licença. – disse ela para a menina.

Nico ficou um pouco supresso, mas Thalia não deixou que ele ficasse muito tempo assim.

– Ele já tem dona, vá caçar outro. – Virou-se novamente para Nico e o beijou.

Soltei um longo assovio.

– É assim que se faz! – gritei para ela.

– Nem um pouco possessiva, hein? – disse Percy ao meu ouvido.

– Ela está cuidando do que é dela.

Percy virou-me para ele e beijou-me.

Agora que tudo havia acabado, eu me sentia em paz. Toda a apreensão que eu tinha ao ficar com Percy não existia mais. Como ela bom o sentimento de liberdade.

– Vai ser difícil. – disse eu olhando em seus olhos.

– Vai.

– Eu queria ficar.

– Eu queria que você ficasse.

– Promete que não vai ficar com nem uma piranha enquanto eu estiver lá?

Percy riu.

– Prometo.

Levantei uma sobrancelha.

– Quantas vezes eu vou precisar dizer que eu te amo e que não tenho olhos para outra garota a não ser você? – Percy me abraça novamente.

– Adoro quando você diz isso.

– O quÊ?

– “Eu te amo”.

– Eu. Te. Amo. – Percy me beija em cada pausa.

Aproveitei mais um bom tempo antes de Arthur aparecer na entrada da sala.

– É hora de ir. – Ele diz para mim.

Assinto com a cabeça e vou para a porta, Percy vem logo atrás de mim.

– Você está pronta? – Arthur pergunta.

– Não. – digo.

Arthur me dá um olhar triste.

– Tudo bem galera, a festa acabou! Voltem para a escola antes que eu fale para a Diretora que vocês estão aqui.

Com isso, todos fizeram uma fila para sair, mas sem antes cada um me dá um abraço. Thalia e Nico ficaram por ultimo.

– Vamos com você. – Thalia disse.

– Eu iria, mas tenho uma prova de Álgebra. – Grover me abraçou. – Boa sorte. – ele disse antes de sair.

Juntos, eu, Percy, Thalia e Arthur passamos no meu quarto para pegar as minhas coisas e seguimos até o carro. Suspirei quando passei pelo portão e entrei no carro sem olhar para trás. Apesar de tanta dor, pude encontrar brechas para me sentir feliz e naquele lugar eu tinha uma paz que só poderia ser definida como felicidade.

Encostei a cabeça no banco do carro e fechei os olhos sorrindo. Agora tudo o que sentia era a paz que eu tanto queria. Poderia ser tão feliz quanto quisesse e onde quisesse. A possibilidade de ser eu mesma me excitava. Sem mais segredos e mentiras. Apenas eu.

Arthur dirigiu sem pressa até a casa de Percy. Passei a viagem inteira traçando planos impossíveis só pelo fato de agora poder fazer planos. Eu poderia ter uma vida. Gargalhei só de pensar nisso.

– Annabeth, você está bem? – Arthur me olhou pelo retrovisor. Percy virou pra trás me olhando com confusão e preocupação.

– Estou ótima. – disse sorrindo e fechei os olhos novamente.

Estou ótima. – pensei novamente.

Enfim chegamos em casa, onde Sally e minha mãe nos esperavam com um grande jantar. Não tirei as minhas malas do carro pois iria embora logo pela manhã. Entrei em casa pela última vez de mãos dadas a Percy.

Tivemos um delicioso jantar mas o que me deixou mais surpresa foi quando Arthur levantou e começou a falar.

– Tenho um anúncio a fazer. – ele disse e foi até Sally. – Pode parecer estranho pra vocês, principalmente para você, Percy, mas Sally e eu estamos juntos há algum tempo e...

Percy ficou boquiaberto. Comecei a rir baixo.

– Vocês o que? – perguntou surpreso.

– Estamos juntos, meu filho. – Sally respondeu sorrindo meio apreensiva. Claramente tinha medo de dizer a Percy depois de tudo o que aconteceu.

– Desde quando? – ele perguntou com os olhos ainda arregalados.

Arthur riu envergonhado.

– Já faz algum tempo. – ele respondeu. – Uns dois anos.

Percy quase caiu da cadeira.

– Tudo isso? – ele perguntou para si mesmo. – Como pode?

– Nos conhecemos na delegacia, quando eu denunciei Gabe por agressão pela primeira vez e depois de algum tempo... – Sally disse e parou. – Não está feliz, Percy.

Percy coçou a cabeça e pensou por um momento.

– Estou. – respondeu sorrindo. – Surpreso, mas tudo bem, se ele te fizer feliz, porque não?

Sally sorriu ainda mais.

– Obrigada filho. – disse com os olhos marejados.

– Não é só isso que eu queria dizer. –Arthur disse e ajoelhou ao lado de Sally. Percy novamente quase se joga da cadeira.

– Sally Jackson, você é o amor da minha vida e eu gostaria de acordar ao seu lado e viver todos os momentos felizes da minha vida junto a você. – ele disse e pegou uma caixinha no bolso. – Quer casar comigo?

Sally começou a ficar vermelha e a sorrir cada vez mais antes de envolver Arthur num abraço.

– Sim. – ela disse bem alto. – Eu aceito.

Os dois se beijaram e todos nós aplaudimos, até mesmo Percy que ainda parecia querer se jogar da cadeira.

Após o jantar, Thalia e Percy foram para o meu quarto me ajudar com o resto das minhas coisas. Não tinha percebido como minhas roupas haviam se multiplicado até ter que enfiar todas na mesma mala que eu cheguei aqui.

Mesmo com dificuldade, conseguimos fechar e deitamos na cama em silêncio.

– Vou sentir a falta de vocês. – disse olhando para o teto e segurando a mão dos dois.

– Acho bom mesmo. – Thalia disse sorrindo. – Ou eu vou atravessar o oceano só pra te dar uns tapas por não sentir a minha falta.

– Vou fingir que não estou sentindo a sua falta só pra você atravessar o oceano. – respondi sorrindo.

– Espertinha. – ela disse e beijou minha bochecha, levantando-se e ajeitando a franja. – Vou dormir no seu quarto Percy, pronto, a cama é toda de vocês pelo resto da noite.

– Você não precisa ir. – Percy disse de brincadeira.

– E vê seus corpos nus? – ela disse e fez cara de nojo fingido. – Não, obrigada.

Thalia jogou um beijo para nós e saiu do quarto. Me aconcheguei no peito de Percy e ele abraçou a minha cintura. Ficamos apenas nos abraçando em silêncio por um tempo até Percy suspirar.

– Vou sentir falta de ficar assim com você. – ele disse baixinho. Olhei para ele e sorri.

– Eu também. – respondi. – Mas você vai me visitar uma vez por mês, não vai?

Ele beijou o topo da minha cabeça.

– Com certeza. – disse e se mexeu ficando por cima de mim. – E te ligar todo dia, mandar cartas, pombo correio, e-mails, tudo o que der pra fazer.

Sorri e tirei a sua camisa.

– E não vai olhar para nenhuma garota enquanto eu estiver longe? – perguntei enquanto tirava a minha própria camiseta.

– Não posso nem olhar? – ele brincou beijando meu seio.

– Não. – respondi enquanto ele tirava meu sutiã.

– Ok. – ele disse e me beijou. – Não vou olhar pra nenhuma garota não importa o tamanho da bunda dela porque a bunda da minha namorada é melhor.

– Acho bom. – disse sorrindo e o beijei tentando mostrar por aquele beijo o quanto sentiria a sua falta e quanto o amava.

Momentos depois nos amávamos como se fosse a última vez. Mas diferente de antes, eu tinha certeza que não seria a última vez e que Percy estaria para sempre ao meu lado. Dormi em seus braços, feliz por tê-lo em minha vida e por todos os momentos que passamos e ainda passaríamos juntos.

Acordei com alguém batendo na porta do quarto. Minha mãe entrou no quarto e olhou para mim e Percy surpresa.

– Não sabia que ele estava aqui. – ela disse ficando vermelha.

Tinha certeza que estava mais vermelha que ela mas mesmo assim consegui não me enfiar debaixo das cobertas e morrer de vergonha.

– Bom dia, mãe. – disse segurando o riso. Ela sabia que Percy e eu estávamos juntos mas não sabia o quão juntos estávamos.

Ela pareceu pensar numa resposta, mas tudo o que disse foi:

– Espero que tenham usado camisinha.

– Mãe. – reclamei finalmente me escondendo debaixo das cobertas.

– Ok, não digo mais nada. – ela disse gaguejando. – Se arrume logo, temos que ir.

– Tá bom. – disse ela sorriu um pouco e saiu do quarto. Deitei novamente e olhei para Percy babando. Fiz carinho no rosto dele e ele abriu os olhos.

– Eu morri e fui pro céu ou estou mesmo nu no quarto da minha namorada? – ele murmurou e sorriu.

– Bom dia. – disse e o beijei.

– Péssimo dia. – ele respondeu. – Você está indo embora.

– Podíamos morar juntos na Austrália. – disse aleatoriamente.

Percy pensou por um momento.

– Boa ideia. – ele disse e me abraçou. – Sempre quis um canguru de estimação.

– Ótimo, adoro cangurus. – disse e o beijei ferozmente.

Coloquei minha perna pelo corpo dele, ficando por cima dele.

– Mas já? – Percy perguntou com um sorriso bobo. – Insaciável.

Eu gargalhei. Aprendi que uma das melhores coisas da vida era gargalhar sem medo, com toda a força, sem se importar com nada. Outra coisa que eu aprendi sobre melhores coisas da vida era que amar e ser amado é a melhor sensação do mundo. Isso e...

Minha linha de raciocínio foi interrompida por motivos que prefiro não descrever, se é que me entendem.

As horas passaram rápido e logo estávamos no aeroporto prestes a embarcar. Estava com um nó na garganta pelas despedidas. Estava de mãos dadas com Percy e ambos olhávamos apreensivos para o painel de voos, sem saber quanto tempo nos restava.

Rápido demais, meu voo foi chamado e eu senti que meus olhos começavam a lacrimejar. Soltei a mão de Percy e abracei primeiro Thalia, prometendo que nunca a esqueceria e conversaríamos sempre. Em seguida, abracei Sally e Arthur e desejei muitas felicidades aos dois.

Praticamente pulei no pescoço de Percy quando o abracei e ele me abraçou com tanta força como se assim pudéssemos se tornar um só. Beijei seu pescoço, seu ombro e sua bochecha até finalmente afrouxarmos o abraço e ter espaço para encostar nossos lábios. Nos beijamos com urgência, saudade e principalmente amor.

– Eu te amo. – sussurrei entre beijos.

– Eu te amo. – ele respondeu beijando a minha testa e me apertando novamente.

– Annabeth, temos que ir. – minha mãe falou finalmente. Olhei para os olhos verdes de Percy e quase chorei ao lembrarmos de tudo o que passamos, desde a raiva que sentíamos um do outro quando éramos crianças até o amor que criamos depois que crescemos. Sorri entre lágrimas e beijei seus lábios mais uma vez.

– Até logo. – disse encostando a minha testa na dele.

– Até breve. – ele respondeu fechando os olhos e me dando um último abraço.

Não queria soltá-lo mas finalmente tive que fazê-lo. Dei um último beijo nele e nos soltamos do abraço, comecei a andar tentando acalmar o desejo de correr de volta para seus braços mas lembrei a mim mesma, era apenas um até logo. Em breve nos veríamos de novo. Logo estaríamos juntos novamente como sempre estivemos.

Entrei no avião sem nenhum arrependimento.


6 MESES DEPOIS


Minha vida tinha mudado totalmente nesses dias, minha relação com Atena só ia de bom a melhor, cada vez mais forte e confiável, agora eu conseguia chama-la de mãe com amor, um amor verdadeiro, um amor que só uma filha pode sentir.

Mas ela ainda se culpava pelo que tinha acontecido.

– Eu deveria ter prestado atenção. – ela disse em uma das vezes em que estávamos fazendo mais uma das nossas sessões de cinema retro. – Você era uma menina tão boa. Eu deveria ter visto que algo que errado estava acontecendo, mas...

– Mãe, já passou. – a tranquilizei. – Já passou. E eu não ajudei muito, digamos.

– Mas...

– Passado, mãe. Passado.

Voltamos a assistir o filme, mas 10 minutos depois um sentimento de saudade e perda me encheu.

– Eu sinto falta dele. – sussurrei.

– Do Percy?

– Não. – lágrimas vieram a tona – Do papai.

Papai.

– Ele teve o que mereceu, Annie.

– Não mãe. – eu me virei para ela. – Naquele dia eu realmente percebi o quanto ele me amava e o quanto ele estava arrependido daquilo tudo. Não era só porque nós íamos morrer, era um amor genuíno, verdadeiro. Eu queria ter tido a chance de ter salvado ele, eu queria...

Eu queria que ele tivesse aqui, agora.

Atena me abraçou e enxugou meu rosto.

– Ele se sacrificou por você, minha querida, foi um jeito honrável e digno que ele encontrou para se redimir. – ela beijou minha testa. – Eu também sinto falta dele.

Voltamos a assistir o filme caladas.

Agora eu estava passando por uma praça que se enchia de crianças no horário da tarde. Várias delas estavam brincando, correndo e se divertindo.

Um pai estava empurrando uma garotinha no balanço, e a mãe estava do lado, sorrindo.

– Mais forte, papai, mais forte! – ela dizia entre as gargalhadas.

Sorrir ante a imagem.

Eu costumava dizer a mesma coisa para o papai quando era criança.

Que Deus o tenha, pensei.

Estava chegando em casa quando o meu celular tocou.

– Alô? – atendi, o numero era desconhecido.

Prepare-se. – disse uma voz grossa.

– Quem é? – mas já tinham desligado.

Um calafrio me subiu. Olhei para os dois lados da rua e apressei o passo. Cheguei em casa e abri a maçaneta.

A porta estava trancada.

Atena nunca deixava a porta trancada quando eu estava chegando da faculdade.

Procurei as minhas chaves com os dedos trêmulos, meu coração batendo cada vez mais forte.

Abri a porta e entrei com todo o cuidado em casa. Imagens nada agradáveis se passavam na minha cabeça.

– Mãe? – chamei.

Meu cada batida forte que meu coração dava doía, meus passos eram cada vez mais pesados e pareciam fazer mais barulho que o normal.

– Mamãe? – minha voz saiu cheia de medo.

De repente, todas as luzes se acenderam.

SURPRESA!

Na minha frente estavam Sally, Arthur, Percy, Thalia e o pequeno Jason.

– AI MEU DEUS! – eu disse. – EU NÃO ACREDITO!

Passei a mão nos meus cabelos e sei um suspiro.

O medo agora deu lugar à felicidade.

Sai correndo para abraçar todos.

– Como? – eu disse depois de ter dado um beijo nada discreto em Percy. – O que vocês estão fazendo aqui? Percy? Thalia? E a faculdade?

Meu relacionamento com Percy estava normal.

Digo, nos possíveis padrões de namoro a distancia.

– Nós conseguimos entrar na faculdade daqui.- disse Thalia.

– Vocês vão morar aqui? – minha voz saiu esganiçada.

– Sim! – disseram Percy e Thalia.

– Trouxemos todos os três pra morar conosco aqui. Jason não se importou nem um pouco. – disse Sally sorrindo.

– Verdade. – confirmou Jason.

Abracei Percy e Thalina novamente.

– Nem acredito! – eu disse. – Ai meu Deus! Mãe, você sabia disso?

– Sim. – disse ela sorrindo também.

– E não me disse nada?

– Era surpresa! –

– E o telefonema?

– Era eu. – confessou Arthur. – Desculpe se te assustei?

– Você quase me matou de susto! – exclamei.

– Sinto muito.

Olhei para todas as pessoas sorrindo naquela sala. Vi cada rosto, cada detalhe, cada olhar, cada sorriso.

E ao meu ouvir, foi um som lindo. Eu me sentia melhor, como se a simples presença de cada um ali me fizesse ser uma pessoa melhor.

– Finalmente eu me sinto completa. – eu disse

Lágrimas de felicidade vieram, e eu não as segurei.

Eu estava rodeada de pessoas que me amavam, pessoas que me faziam me sentir especial.

– Eu amo todos vocês. Muito.

Finais felizes eram raros na vida real, mas acredite, esse foi o meu final feliz, mesmo que algumas pessoas tiveram que se sacrificar por isso, esse era o meu final feliz. Meu. Somente meu.


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Notas finais do capítulo

VOCÊS CONSEGUEM OUVIR MEU CHORO? Touched By Hell acabou e eu estou me debulhando em lágrimas!
Antes de tudo, eu gostaria de agradecer a todos que acompanharam essa história e a paciência de vocês por cada capitulo. Foi muito gratificante escrever essa fanfic, cada comentário de fúria ou de alegria de cada um de vocês e as recomendações foram especiais tanto pra mim quanto pra Kamila.
Essa fanfic nos marcou muito, foram exatos 2 anos (postamos no dia 02/05/12 e estamos finalizando 02/05/14!) escrevendo-a e nós dói termina-la. Lembro que a postamos faltando alguns dias pro meu aniversário de 16 anos, e agora eu vou fazer 18 daqui a 16 dias e UAU! Nem parece que foi tanto tempo assim.
Mais uma vez eu agradeço vocês por terem lido essa historia, tomei um susto quando vi que a fic já tinha mais de 3.500 mil visualizações.
Isso foi além do que nos imaginamos.
Eu estou triste e ao mesmo tempo feliz e satisfeita por terminar essa historia
"Vocês vão escrever outras fanfics?"
Olha, por mim eu não sei. Talvez sim, talvez não. Eu e a Kamila estamos na faculdade agora, temos outras prioridades, mas avisaremos em nossos twitters (@lightwoods e @euinwonderland).
É isso.
Adeus.
E mais uma vez, obrigada.
Raquel.