AMOR

E então, a historia se repetia.

Hermione não tinha a mínima ideia do que estava acontecendo. Ela só havia combinado com o seu filho Scorpius, que eles iriam, finalmente, conhecer a sua namorada. Estavam sentados na grande mesa do Salão da Mansão Malfoy, ela, Draco, Narcisa e Scorpius. Logo Harry, Luna e os filhos – Thago Sirius, Ginevra Lilian e Alvo Severo logo chegariam, juntamente com Ron e a família.

Ao escutar um som de aparatação na sala ao lago, Hermione soube que eram eles.

– Harry! – fala ela, abraçando o amigo, sua amizade demorou para voltar a ser a mesma, afinal, a tensão, levando em consideração o que fizeram enquanto caçavam a horcrux, era inevitável, mas finalmente eles haviam voltado ao normal.

Narcisa olhava a cena com uma cara não muito boa. Ela ainda tinha dificuldades de aceitar que seu único filho havia se casado com uma Sangue-Ruim, e que ela tinha um neto mestiço, mas, mesmo assim, ela ainda gostava de Hermione, e sabia que ninguém poderia fazer o seu filho mais feliz.

– Olá, Hermione... Draco, Srª Malfoy. – fala Harry olhando, com um sorriso no rosto – Então, Ron disse que não poderia vir, ele falou que iria conhecer hoje o “Bastardo desgraçado que seduziu a minha Rosinha”... E ele pediu desculpas por não estar aqui.

Eles não conseguiram deixar de escutar uma pequena rosada vindo do fundo da sala, aonde Scopius se encontrava, sentado perto da mesa. Ele tinha um olhar divertido e carinhoso, assim como o da mãe, mas seus olhos eram azuis como os do pai. O garoto tinha cabelos loiros, mas não tão lisos como os do pai, eles eram levemente encaracolados, mas ele sempre os puxava para trás, a fim de fazê-los parecer mais lisos. Ele tinha a mesma estatura de Draco, mas um físico maior, pouco mais musculoso, assim como a família da Morena. Scorpius, mesmo sendo fiel, tinha o mesmo charme do pai, e então, não eram poucas as garotas que caiam nos encantos dele, mas ele só caíra nos encantos de uma única garota.

– Amor! – gritou uma voz estridente, correndo até o garoto e se sentando no colo dele, depositando um leve beijo em seus lábios.

– Ah... O que está acontecendo aqui? – fala Ron, olhando o que acontecia. Ninguém parecia estar entendendo bem o que acontecia. Rose Weasley estava realmente namorando com Scorpius Malfoy. – Rosinha... E... Um Malfoy... Eu não vou aguentar isso... Não outra vez.

Assim, Ron caiu em uma cadeira, parecia exausto, sem acreditar no que acontecia.

– Rose, você gostaria de vir me ajudar a pegar o nosso jantar na cozinha? – fala Hermione divertida.

– É claro, tia. – fala Rose, saindo do colo do namorado e seguindo a mulher.

Ao chegar na cozinha, finalmente Hermione deixou as suas emoções se descontrolarem. Rose pôde ver um grande sorriso no rosto da Morena, e algumas lágrimas em seus olhos.

– Fico muito feliz que você seja a namorada do meu filho, querida. Estava com medo de ser uma vadia qualquer – fala ela, soltando uma pequena risada – afinal, ele puxou muito aos Malfoys, e se tem uma coisa que eles tem em comum é escolher os piores tipos.... Até encontrar a mulher certa.

Hermione abraçou a nora e ainda mais lágrimas correram pelo seu rosto. Abraçar Rose, assim, acrescida era como abraçar Gina, elas eram incrivelmente parecidas, ambas tinham cabelos vermelhos e vivos como o próprio fogo, tinham olhos castanhos e singelos, sardas pelo rosto, tinham um nariz muito parecido, também, além do fato de Rose ter também as mesmas curvas que a tia tinha, apesar da filha de Harry, Ginevra – que também tinha cabelos flamejantes, assim como os da avó e de Gina -, ser batizada pelo mesmo nome da Ruiva, ninguém parecia tanto com ela quanto Rose, não só em seu físico, como na forma de agir e pensar. Era por isso, entre outras tantas razões, que ela sabia o quando a menina seria boa para o filho.

Ao voltarem para o Salão, puderam ver Ron tentando estrangular Scorpius, e alegando que ele não era bom o suficiente para a sua filinha, e que, se ele pudesse impedir, eles não ficariam juntos.

– Pai! – gritara a menina, tentando não rir da situação, ela sabia que o que o pai estava fazendo era errado, mas, mesmo assim, até mesmo ela queria ver Scorpius levar uma surra, por todos os rabos de saia que ele ficava olhando e admirando, dia após dia.

– Ok, ok, eu parei... Por enquanto.

Assim, todos riram e começaram a comer. Era ótimo estar em “família” como naquele momento e aproveitar uma ocasião tão rara, com todos juntos, sorrindo e comemorando. Era ótimo, ótimo para todos, menos para Harry. Não que Harry não esteja amando o clima, é que, mesmo depois de 25 anos, ele ainda não conseguia tirar de sua cabeça o quanto Rose se parecia com o amor de sua vida. Era doloroso olhá-la, Harry amava a sobrinha, mas ela era tão especial para ele quanto os seus próprios filhos, ela era a continuação de Gina, ela ERA a Gina que finalmente teve a chance de crescer e ser feliz, mesmo que com um Malfoy, Harry não podia estar mais feliz em vê-la ali, com alguém que a faria ter uma vida esplendida, mas, mesmo assim, triste porque a sua Gina não pode, nem em sua lápide ter o nome Potter. Fora o seu ultimo pedido, em sua ultima lembrança, deixada por Harry. Que ele seguisse em frente, fosse feliz, fizesse com que o seu filho soubesse que ela o amava mais que tudo, e que ela queria ter o sobrenome dele, pelo menos depois de sua morte.

– Bem, já que estamos todos aqui... – fala Scorpius, se ajoelhando em frente a sua ruivinha e falando – Desde que tínhamos treze anos que você vem iluminando a minha vida, e me fazendo mais feliz do que eu mereço. E eu quero te fazer feliz, Rose, pelo menos, metade do que eu sei que você merece. Rose Weasley, quer se casar comigo?

Assim, ele tira uma caixa com pequeno anel, com um diamante médio em cima, era toda feita de prata dos duendes, pura como a nascente de um rio. Era maravilho, só que o mais lindo nesse anel, era a inscrição dentro. “Ninguém pode saber, porque ninguém entende.”

Draco olhara aquele anel com uma certa surpresa. Era o anel que ele havia encomendado, 22 anos atrás, ao pedir Hermione em casamento. Ficara um mês pensando na inscrição que ficaria dentro, afinal, era para a vida toda, era extremamente especial para ele, pois aquele era o símbolo de que Hermione havia o perdoado e que o amava. Ele já ia se levantar, com raiva – Draco era bom para o filho, mas mesmo assim, não negava quem era o seu pai, Lucio, ele ainda tinha uma certa crueldade e ódio impregnada em seu coração – mas, Hermione o segurou e o abraçou. Ele pôde ver os olhos marejados de sua mulher. Ela, mesmo chorando, continuava linda.

– Eu dei o anel para ele... Ele merece – fala ela, sorrindo e apoiando a cabeça no ombro do marido – Ele é um bom garoto, e além de tudo... Eu não preciso de nada para provar o nosso amor. E eles precisavam de algo magnífico, simplesmente perfeito. Assim como você.

E assim, Hermione depositou um leve selinho nos lábios de Draco. Aquele era um momento perfeito, pelo menos para eles.

Ron olhava a cena estupefato. A sua pequena, sua Rosinha estava recebendo uma proposta de casamento, de um MALFOY! Aquilo era de mais para ele, realmente era de mais. Pelo menos, havia uma coisa de boa naquele moleque, ele era filho de Hermione, mesmo não tento tanto contato quanto queria com a sua família, ele sabia que o garoto tinha o mesmo caráter da mãe, e era uma pessoa tão boa quanto. Ele sabia que ele faria bem para a sua princesinha.

Todos sabiam que não seria fácil para os dois. Assim como não era fácil para nenhum deles. Mas eles sabiam que eles seriam felizes. Tão felizes quanto cada um deles era.

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Ao ver o filho parado no altar, Hermione não conseguiu parar de chorar. Parecia-se tanto com Draco... Ela, também, não conseguia conter um grande sorriso. Afinal, era o seu sonho, tudo dando certo.

Desde sua reconciliação, Hermione e Draco finalmente puderam ser felizes. Sim, demorou para a garota conseguir aceitar o fato de o Loiro ter mentido para ela por tanto tempo, mas, ela sabia que nunca conseguiria ser feliz sem ele. Draco nunca mais se envolveu com nenhum tipo de magia das Trevas, mas não podia dizer que era completamente devoto a sua mulher. Varias mulheres chamavam sua atenção no trabalho, não que desse muita bola para elas, mas, mesmo assim, era com muita dificuldade, afinal, continuaria sendo um Malfoy.

Ao ver a ruiva caminhando na direção do altar, Hermione começou a soluçar. Ela estava tão linda. Ela foi para onde os padrinhos – Alvo Severo, junto com Alice Longbotton (n tenho a mínima ideia dos filhos do Neville, mas fingiremos que tem uma Alice) e Hugo juntamente com Roxane, juntamente com o lindo noivo, se encontravam.

Ela sabia que o seu filho seria feliz, e sabia que ela continuaria mais feliz ainda. Afinal, Hermione havia mudado de cargo, temporariamente, no Ministério. Agora ela trabalhava no Departamento de Misterios, em uma sala que ficava sempre fechada, aonde estudava-se o maior mistério de todos. O AMOR, a maior magia. E Hermione era uma das pessoas que mais entendia sobre ele...

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Fora do Mundo da Mágico, poderiam chamar o que Draco e Hermione tinham de muitas coisas, de atração, amor, ligação química, física, loucura, destino ou coisa de Deus. Mas para eles, não. O que eles tinham um pelo outro era puramente MAGIA. A magia que Ninguém Pode Saber, a verdadeira magia, a profunda e sincera, e que vinha de dentro. Só merecia saber o que era, quem a sentia, quem tinha aquele poder, e aquela grande ligação. E eles, definitivamente, tinham e teriam para sempre.

FIM