Hermione acordara com uma dor de cabeça enorme naquele dia. A única vez que sentira isso, foi quando Fred e Jorge derramaram Whisky de Fogo em seu suco de abobora. Ela só se lembrava de naquela noite ter rasgado as camisetas de Ron e de Harry e passado as mãos nos seus peitorais, mais depois disso, ela só se lembrava de alguns acontecimentos vagos, e de acordar como se tivesse levado um balaço na cabeça. 

Ela acordou naquele dia do mesmo jeito, só que a diferença era que ela não se lembrava de nada, era tudo uma mancha preta, desde ela estar chorando na sala, até ela acordar... O que poderia ser isso? 

Quando a garota abrira os olhos e olhara para a cama, ela percebeu que estava faltando algo alí, como se alguma parte muito importante do lugar não estivesse presente. Isso era impossivel, pois naquela sala ão podia ter nada de mais, e ela tinha quase certeza que não tinha ninguém com ela. 

Ela logo se levantou, colocou a capa no braço e saiu da Sala Precisa. Ela precisava resolver o que era isso de ter falta de memória... Mas no caminho ela trombou com uma pessoa. Ela não reparou quem era, mas viu os seus olhos, azuis acinzentados, recheados de amor e uma pitada de arrogância. Ela vira algo familiar naqueles olhos, mas não sabia o que. Quando ela foi ver a quem pertenciam, a pessoa se virou e saiu correndo. Ela não viu quem eram, mais sabia que essa pessoa tinha algo a ver com aquela noite...

Ela decidiu voltar ao que ia fazer e foi andando para a Enfermaria. Quando chegou lá, explicou para Madame Ponfrey o que havia acontecido, ou melhor, o que ela não lembrava ter acontecido. Logo a velha a encheu de perguntas:

- Você bebeu algo suspeito ontem?

- Não.

- Saiu do castelo?

- Também não.

- Bateu a cabeça em algum lugar ou viu alguém apontar uma varinha para você?

- Não e não.

- Então é pior do que eu imaginava.

Ela saiu da enfermaria as pressas. Enquanto a enfermeira não voltava, Mione foi andando e vendo quem ocupava as camas a sua volta. Ela se espantou ao ver alguns rostos conhecidos. Lupin com a perna quebrada, Tonks com a cabeça enfaixada e sem conseguir controlar as transformações, a professora Sprout aparentemente petrificada, e (essa ela não lamentava tanto) as irmãs Pattil, visivelmente estuporadas. Quando o choque inicial passou, e ela se virou novamente para a porta, ela viu Pomfrey acompanhada de McGonagall, que estava com uma cara preocupada. 

- Senhorita Granger, sente-se - mandou a vice-diretora, e Hermione obedeceu.

- Senhorita, o que vamos tratar aqui é de suma importância, e não importa o que tenha feito, nenhum ato seu será julgado.

- O que? 

- A senhorita saiu com as irmãs Patil ontem a noite para o Três Vassouras?

- Não senhora. - falou Hermione sem entender.

- Olha Granger, o que está sendo medido aqui não são os seus atos, e sim o que aconteceu.

- Mas, Professora, o que aconteceu com o Três Vassouras?

- Ele foi atacado. Algumas pessoas da Ordem, como você pode ver, estavam lá para ajudar, mas elas sairam machucadas. Agora, onde você estava senhorita Granger? Isso pode ser importante.

- Eu estava na Sala Precisa, dentro do castelo. Mas eu não me lembro de nada lá, só de ter entrado, e de acordar com a sala completamente diferente, ainda por cima deitada em uma cama. 

- Ok senhorita Granger. Muito obrigada. Agora, você pode ter sido atacada, então, se você encontrar alguém, ou alguma coisa que te faça lembrar do que aconteceu, me avise, que eu tomarei providências.

- Está bem professora. Agora posso ir? - perguntou Hermione.

- Claro, e já que a sua primeira aula é comigo, tire-a para se reorientar.

Hermione foi para o seu dormitorio completamente exausta, fora uma manhã dificil. Ela não cumprimentou ninguém, foi diretamente para o seu quarto. Ainda bem, não tinha ninguém á para vê-la chorar. 

Ela chorou, chorou até os seus olhos incharem. O motivo? Ela não sabia. Achava que era por exaustão, raiva... dor. Aquilo tinha que sair de alguma forma, e como ela não tinha nenhuma maneira de colocar isso para fora de outra maneira (cantar, dançar, gritar, conversar ou algo assim), a usa única alternativa era chorar. Quando não lhe tinham mais lágrimas, ela se levantou do chão, e foi para o banheiro.

Ela despiu-se e tomou um banho quente e demorado. Ela finalmente estava relaxada. Depois colocou o uniforme, pegou os livros e foi para a biblioteca, pois ainda faltava 45 minutos para a proxima aula que era, para seu desgosto, DCAT com o Snape. 

Assim que ela entrou na biblioteca, ela viu foi para a seção de Transfiguração, ela tinha que revisar as últimas matérias da semana. Mas quando chegou, viu que o Malfoy também não havia ido para a aula, e pior, a Parkinson também. Estavam os dois se agarrando em cima de uma mesa. Hermione não sabia exatamente o porque, mas ela se sentiu muito mal com isso. Ela pensava que já havia superado isso, mas é claro que não, o gostosão Malfoy tinha que ter novamente o seu coração.

- Malfoy, Parkinson - chamou - vão pra um quarto!

Ela estava furiosa. Virou as costas e foi em direção ao lago, onde ficaria escrevendo uma carta para os seus pais avisando que estava tudo bem até a hora de ir para as masmorras. Mas uma coisa a incomodava, ela lembrava de uma única coisa que ela não tinha ideia de que momento era, por isso ela deduziu que era da noite anterior. "Pansy é uma pu*a"

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- Draquinho! Não liga para o que aquela sangue-ruim fala. Vamos continuar, aqui está tão bom...

- É... mas acho melhor agente voltar para o castelo, afinal, já está quase na hora da aula do Snape.

- Desde quando uma aula nos impede, em Draquinho? Vamos, você tem me evitado tanto... 

- Não dá Pansy, depois nós discutimos isso.

Ele saiu dali e foi andando para fora do castelo. Quando viu a morena sentada perto do lago com lágrimas escorrendo por sua face, se arrependeu de ter feito o que Pensy queria.

Flash Back on:

Draco estava entrando na Biblioteca para ver na Seção Reservada algumas coisas sobre o Armário Sumidouro. Mas foi interrompido por uma voz esganissada e chata:

- Draquinho... você na biblioteca? Pensei que estaria na aula, ou sei lá... me traindo com alguma daquelas vadias que você sempre come.

- Não Pansy, eu não to afim de fazer nada disso. Não hoje. - faou ele pensando em Herimione.

- E porque Draquinho? - falou ela já se esfregando nele.

- Porque eu não quero, oras. Não to com ânimo. - falou ele pensando em tudo o que acontecera entre ele e a castanha naquela hora.

- Ahhh, se é assim, eu te animo... -falou ela arrastando o Loiro para uma mesa qualquer, e assim o beijando.

Draco sabia que era errado, e que iria se arrepender depois, mas ele tinha que tentar tirar Hermione da cabeça o mais rápido possivel. Ele estava quase conseguindo - levando em consederação que quando aquilo acabasse, ele voltaria a pensar na castanha.

- Malfoy, Parquinson - falou ela - vão para um quarto!

Ao ouvir isso, Draco se sentiu sujo e realmente uma "barata nojenta e asqueirosa", foi algo que ele não queria sentir novamente... 

Flash Back off.

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Mione estava sentada a beira do lago, pensando em o que escrever para os seus pais. Mas ela não conseguia pensar em outra coisa, a não ser o Malfoy e a Parkinson se agarrando naquela mesa. Logo ela começou a chorar.

- Que merda, eu pensei que tivesse esquecido. - falou ela para si mesma. Enquanto as imagens e a maldita frase ficava repetindo "Pansy é uma pu*a". Em pouco tempo, ela não estava nem mais prestando atenção no que acontecia, só repetindo que isso não podia ter acontecido, e que a Pansy era uma grande vaca.

Malfoy acompanhou isso com uma grande dor no peito. Como ele podia fazer isso com ela? A intenção era protege-la e não magoá-la. "Que merd*!" Pensou Draco.

Ele foi se afastando. Não podia fazer nada de bom sem deixá-la desproegida. O que era uma grande bosta. Quando entrou no castelo, viu que já era a hora da aula de DCAT, então foi direto para a sala de Snape.

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Hermione se atrasara para a aula de DCAT, o que custou 25 pontos para a Grifinória... O Snape é um injusto, pois a Parkinson chegou ao mesmo tempo que ela e não levou nenhum ponto a menos... 

Ela se sentou com Harry, pois Ron e Lilá estavam sentados justos. Esse fato,por encrivel que pareça, não incomodou tanto  Castanha...Ela sentiu ciúmes, mas não aquela gigante depreção que normalmente existia.

Para a sorte de Hermione, naquele dia eles falariam sobre Dementadores, que é uma materia que ela já sabia de cor desde o terceiro ano, seria fácil. Depois de várias explicações tecnicamente chatas e vários pontos a menos para a Grifinoria, a aula acabou. Eles teriam um pergaminho de 50 centímetros sobre Dementadores e Patronos. 

Hermione sai apressada em direção a Biblioteca, tinha que pesquisar, e dessa vez teria um tempo a mais, pois teria uma aula vaga e depois o almoço. Quando ela chega lá, ela vai diretamente para a parte de criaturas das trevas.

Ela pegou um dos livros fazendo pequenas anotações em um pergaminho. Não seria o bastante, ela teria que pesquisar um pouco mais... talvez na Seção Reservada. Ela pegou o livro e foi em direção a Madame Pince. Falou que levaria o livro para o dormitório e que precisaria ir a Seção Reservada. A velha respondeu rapidamente:

- Senhorita Granger, para entrar na Seção Reservada, é preciso da autorização de um professor, e nesse caso, teria que ser a assinatura do Professor Snape. Pois ele que dá a matéria, e ficou encarregado da Seção Reservada esse ano. 

- Mas... - começou Hermione indignada, Snape nunca daria para ela autorização. Ele a odiava, e isso estava na cara. Ela iria tirar nota baixa nessa atividade só por causa daquele Ranhoso e daquela velha sebenta. 

- Nada de "mas",  senhorita Granger. São as regras, impostas pelo Professor Dumbledore. Eu achei que a senhorita, mais do que todos iria entendê-las e respeitá-las.

- Ok... - falou ela já abaixando a cabeça e saindo da Biblioteca com a cabeça baixa. 

Quando ela saiu, viu que já estava na hora do almoço, então foi correndo para o Salão Principal. Como ela não estava vendo para onde andava, acabou batendo em alguém ou alguma coisa. 

- Ai...

- Me desculpe... - ela ouviu uma voz linda, grossa e rouca... Aquela voz era perfeita. 

Ela levantou o rosto, e viu os mesmos olhos que havia visto naquela manhã. Eram mais lindos do que antes. O cinza refletindo no sol, que passava por uma janela, a deixou simplesmente derretida. Simplesmente não conseguiu pronunciar uma palavra direito. Ela só gruía alguns sons enquanto admirava aquelas duas picinas azuis acinzentadas.

- Ah... - ela falou, já se esquecendo de qualqer coisa que estava tentando dizer anteriormente.

- Não se preocupe... - falou o dono daquela linda voz e daqueles olhos perfeitos - Não vou contar para os seus amiguinhos que você está caidinha por mim.

Assim que ele terminou aquela frase, soltou uma risada convencida. Nesse momento ela percebeu quem era o garoto que a encantou tanto. Draco Malfoy.