Gina estava deitada em uma maca na enfermaria. Ela não sabia se o que via era real ou uma ilusão. Se sentia quente e molhada, devia estar suando muito. Sua cabela parecia extremamente enevoada e com algumas imagens que ela reconheia de alguns lugares. Raramente, ela via algo que poderia ser real. Ela via Harry com lágrimas rolando pelo rosto; Via Hermione, exaltada; via os corredores passando. Via sangue.

Em alguns momentos, ela percebia que a sua cabeça não estava aonde deveria estar. Ela tentava não ver o que estava vendo, mas não conseguia.

- Gina, você vai se arrepender... - falou Dino. Que apontou a varinha para ela. - Gina, por que você fez isso... Eu-eu vou reparar este erro... Você vai ver que eu vou... Nós seremos felizes...

- Dino, não. Nós não seremos, eu amo o Harry. Você tem que encontrar alguém que te ame.

Uma mascara obscura de dor atingiu o rosto do rapaz, ele apontou a varinha para a Ruiva, lançando um feitiço de confusão, antes que ele conseguisse proferir as palavras, Gina o atingiu com um Expelliarmos. Ele era bom, e a Armada de Dumbledore o havia ajudado, mas Gina era melhor, ela nascera com o Dom. Ela nasceu para a magia.

Quando o garoto já estava desarmado, a Ruiva foi se aproximando e logo viu, saindo do bolço de Dino um bombom, ela o pegou e o abriu, sentiu  cheiro, Poção do Amor, um truque baixo de um bobo apaixonado. Típico.

Gina logo abria os olhos e começava a falar coisas sem sentido, olhando fixamente para o nada. "Desculpe, desculpe, eu não queria ferir ninguém".

Logo ela estava se debatendo novamente, tremendo, enquando voltava a suar. Harry não queria ferí-la, mas foi forçado a segurar a namorada pelos pulsos, enquando Hermione e Ron seguravam as pernas. Gina merecia mais carinho, mas a vida de Thiago Sirios estava em jogo.

Quando Gina acorda de seu transe e vê o rosto de Harry, não pode evitar sorrir. Sentir-se forte era o que ela queria e precisava naquele momento, e isso acntecia quando ela estava com Harry. Harry era a fonte de sua força e sua esperança. Com toda a certeza, a de mais pessoas, mas para ela, era especial.

Logo o seu sorriso se esvaiu. Ela fora puchada novamente para uma lembrança, mas não qualquer uma, a lembrança do momento mais lindo e intimo, em que ela se sentiu mais forte, em toda a sua vida.

FLASH BACK ON:

Gina estava sentada no Salão comunal da Grifinoria, imaginando se realmente valia a pena fazer tudo o que ela estava fazendo. Dino, Miguel. Nada funcionara, ela já estava farta de ficar com garotos que ela não gostava. Tudo o que ela queria era que Harry a notasse, uma única vez. Mas, não deu certo.

- Tudo bem aí, Gina? - perguntou Harry, se sentando na poltrona ao lado dela. Não estava tão dificil quando normalmente encontrar poltronas disponíveis, levando em consideração de que as luzes já haviam sido apagadas e estavam todos em suas camas.

- Tudo, sim - falou ela, dando um sorriso fraco.

- Não acho que esteja tudo bem, pode falar pra mim. - falou Harry, pasasndo a mão, docemente, pelo seu rosto.

- Você me acha bonita, Harry? - perguntou ela.

- É claro, você é muito bonita, Gina... - era visivel um brilho nos olhos de Harry.

- Você está mentindo. - falou a Ruiva, arqueando as sombrancelhas, mostrando sinais de tristeza.

- É claro que é verdade, Gina, você é linda - assim, Harry não se conteve. Ele chegou mais perto, e parou o seu rosto a um centimetro do da ruiva. Mas logo, ela irrompeu o espaço que alí havia.

Começou como um beijo calmo e sem preça, simplesmente encostando os seus lábios de leve e sentindo a boca um do outro. Mas foi almentando, logo Harry já estava pedindo passagem com a lingua, o que foi logo consedido, com todo o prazer, por Gina.

Harry logo passou as mãos pelas costas de Gina, e ela estava com as mãos por dentro de sua camisa, arranhando as suas costas.

Os beijos e arranhões continuaram, assim como as caricias que vieram logo em seguida, até que uma coisa levou a outra, e eles já estavam deitados, nus, no meio do salão comunal. Como ninguém os havia visto ou ouvido, não sabiam, mas não importava, o que importava era aquele momento.

Logo, pensamentos começaram a percorrer a cabeça de Gina. Harry, provavelmente não a amáva. Ele só o fizara para que ela ficasse feliz. Para que parasse de chorar. Ou ele estava, simplesmente, exitado. Não era como se homens fizessem aquilo por amor...

Então, ela, novamente triste, se levantou, e foi para o seu quarto. Não antes de deixar um bilhete para o seu amado.

"Querido Harry, essa noite, mesmo que tenha sido inesquecivel para mim, eu lhe pesso que a esqueça. "

Simples, curta e grossa, sem rodeios ou idiotisses, ela simplesmente queria poder ir embora, desfrutar de sua dor. Desfrutar do mometo lindo que ela havia acabado de viver. Desfrutar da força e da coragem que acabara de ganhar.

Flash Back Off.

Gina acordou escutando algumas confusas palavras que ela mal entendia. Ela não estava mais se sentindo mal. Sentia o seu corpo leve, e a sua cabeça enevoada. Sabia que nada ficaria preto novamente, assim como ela tinha certeza que a sua vida ficaria preta. As coisas ficariam mais dificeis tanto para ela, quanto para os amigos e a familia. Ela havia complicado tudo para Harry. Isso, só por ser descuidada.

Depois de Dino ter caido, ela pegou a poção do amor em suas mãos e pensou o estrago que poderia ter sido causado com somente uma gota daquela substancia. Ela poderia querer deixar Harry, poderia ter dado, tido, extremamente, errado.

Quando ela foi sando, ela viu, um vulto se esgueirando para a sua direção. Pelas paredes, nas sombras, como uma cobra. Não podia correr pela sua barriga, já nao consegia se movimentar com tanta rapidez, e tinha medo que isso atingisse o seu filho. Então, só pegou a sua varinha e se armou, ogo começou a ovir ruidos vindo de suas costas.

- Gina... Me desculpa, eu não sabia... Eu não sabia - repetia Dino Thomas, choroso.

- O que você fez, Thomas? - perguntava ela, enrivessida.

Quando o vulto começou a tomar forma, ela senti a sua espinha congelar.

Aquela pele extremamente branca e com leves cicatrizes, a sua beleza estranha e maníaca. Os cabelos negros, lisos e mal cuidados caidos pelos ombros e se estendendo pelas costas até as cochas, as roupas tipicas, negras como a noite, seus cabelos e sua alma, deixando uma das mangas puchadas, para mostrar a sua Marca Negra. O seu sorriso maldoso e amarelo, debochando da fraquesa da garota, estampado em sua face sofrida pelos anos de lutas, loucura e Dementadores. E os seus olhos, olhos mortais e maldosos,gelidos como a noite e duros como as pedras do local que ela passou por tantos anos, sentindo um maníaco orgulho de estar lá, e pder ser chamada de Comensal da Morte. Bellatriz Black Lestrange. A Comensal da Morte mais cruel e mortifera que Voldemort tem, teve e terá. Tudo nela exalava raiva, ódio e trazia medo.

- Olha, a Traidorazinha do Sangue vai ser mamãe? - falou Belatriz com tom de deboche.

Quando a Comensal levantou a varinha, Gina não exitou, lançou um Expeliarmus. Mas ele não surtiu efeito algum, Blariz era muito boa, e se desviou dele, sem problema algum.

- Nossa, estamos só conversando... De mulher-para-mulher - Gritou Bellatriz, com uma voz esganiçada.

Belatriz logo estava perto de Gina, que tentou atingir a Comensal, falhando novamente. Belatriz derrubou a Ruiva, e falou no seu ouvido:

- Quem é o pai?

- Não intereça! - falou Gina, decidida.

- Ah, não? É esse garoto aqui? - perguntou ela, lambendo os lábios e se virando para Dino.

Logo, Lestrange viu, perto de Dino, viu o bombom de licor. Ela lançou mais um maldoso sorriso e se voltou, novamente para Gina.

- Na-não... Acho que não. - sussurou ela - Essa criança não é filha do garoto aqui... Por que você não me diria? Somos tão... Amigas!

Assim, Bellatriz se levantou e apontou a sua varinha para Gina. Dino estava rastejando para uma saída do beco, aonde se encontrava a sua varinha.

Logo, Gina sentia uma dor insuportavel corrompendo as suas entranhas, ela estava sentindo a Maldição Cruciatus. Quando o mundo já estava escurecendo, a dor sessou.Gina se levantou, encarando a mulher enquanto tentava encontrar uma forma de se concentrar.

- Sabe de quem eu acho que é esse bebê? - perguntou Bellatriz enquanto andava na direção da Ruiva- Do Potter.... Ah... ele vai ficar tão feliz quando souber o que eu vou fazer... Não vai?

Assim, Bellatriz passou as suas mãos e a sua varinha pela barriga de Gina, logo a Ruiva, que já estava sem forças, começou a chorar, e seus joelhos cederam.

- Querida... Na hora certa, na hora que você estiver mais fraca e deploravel, você, ou a pessoa que você mais confia vai ter que decidir, você ou o seu filho... Ah... Acho que o Potter vai gostar da conversa. E eu espero que ele saiba que fui eu - Gina viu um brilho maldoso e cruel nos olhos de Lestrange -, assim, ele vai vir atraz de mim... E eu vou ver a luz deixar os olhos do Mestissozinho...

Assim, Bellatriz se virou, indo embora enquanto ria descontroladamente. Ela sabia que isso, paga Gina e Harry, era pior que a morte. Gina estava se sentindo invadida e inútil.Ela sentia como se a sua vida estivesse se explodindo.

Mas, assim que Bellatriz Lestrange se virou, ela soube o que faria, e não teve duvida de quem faria.

- Gina! Gina! Que bom que você acordou! - ela ouviu a voz da mãe, vindo da porta da enfermaria da escola.

- Mãe? - ela ainda via tudo de forma estranha e enevoada.

Ela logo olhou em volta, e viu Hermione, com uma cara preocupada. Isso deixav Gina culpada, essa era uma das únicas noites da semana que ela podia passar com Draco, e ela passava a noite inteira alí, com a Ruiva.

- De-desculpa - falou Gina, pensando.

Hermione estava realmente apaixonada, ela amava Draco de um jeito tão desesperado e avaçalador, que, Gina sabia, isso doia em Hermione. Vê-lo com Pancy cortava a sua alma aos poucos, quebrava o seu coração peladço por pedaço. Já bastava o que a amiga havia passado com Ron...

Gina tinha a esperança que Hemione e Draco ficariam bem... e se não ficassem, ela sabia quem juntaria os cacos de Hermione...

Flash Back on:

Gina estava sobindo para a Torre de Astronomia, o que ela fazia todos os dias, desde que soubera que estava grávida. Era um lugar calmo, tranquilo, simples... e lindo. Era lá que ela meditava, olhava para o céu e imaginava o futuro...

Neste dia, as coisas não foram bem assim, Gina ouviu vozes, mas mesmo assim, subiu, reconhecendo que aquelas vozes eram de algumas das pessoas mais importantes da vida dela. Mas, logo, a profundidade e a leveza do assunto a detiveram, a fazendo ficar ouvindo escondida.

- Ele te faz feliz, Hermione? - perguntou, Harry, olhando com uma intensidade, no mínimo assustadora.
– Sim... – disse Hermione, abraçando o Moreno.

Gina viu que a situação não estava favorável para ela, se sentiu mal, mas mesmo assim, preferiu não interferir... Tecnicamente, nem deveria estar alí.

Depois de algumas palavras ditas pelos dois, Gina sentiu que o clima entre os dois estava mudando, e ela se sentiu, ainda mais do que antes, sobrando naquele lugar. Mas mesmo assim, a curiosidade venceu a vergonha e o amor próprio, e ela decidiu ficar para ver oque aconteceria.

– Você também sempre será a minha melhor amiga... E será a madrinha do meu filho.

Gina reparou que Harry estava vermelho e com os olhos brilhando. Ele foi se aproximando da morena, e logo os lábios dos dois estavam juntos. Aquela era uma cena tão romântica, simples e bonita, que Gina teria se emocionado, se aqueles não fossem os personagens da historia. Ela estava pronta para interrompê-los, quando viu que eles estavam realmente felizes ali. Logo ela relembrou o assunto que eles estavam falando minutos antes, e percebeu, mesmo com os carinhos, e os beijos tão perfeitos e bonitos, eles continuariam sendo amigos, somente amigos. Hermione amava de mais Draco, e Harry estava demasiado com medo e carente naquela noite para realmente se sentir daquela forma para com Hermione.

Depois de meses, Gina percebeu que aquela cena, que parecia mais de um filme trouxa, seria bem aproveitada caso as coisas entre Hermione e Harry dessem errado. Os dois podiam vir a se amar um dia. Eles poderiam vir a ser um consolo um para o outro.

Isso deixava Gina extremamente feliz, duas das pessoas que ela mais amava no mundo estariam felizes...

Flash Back off

Gina imaginava que estava em um sonho, um sonho que ela estava tendo deitada em seu mais novo dormitório, deitada na cama ao lado da de Luna e da de Hermione.

 Gina se sentia culpada em tirar as amigas de seus dormitorios em suas respectivas casas, mas desde que fora achada caída no chão de um beco ao lado da Dedos-de-Mel, ela estava sempre sendo vigiada. Ninguém sabia de seu segredo, e ninguém poderia saber, ela se assegurava disso, falou para Dino para não comentar sobre nada do que havia acontecido alí, ou ele se arrependeria, ela contaria que ele estava tentando dar a ela Poção do Amor, ela teria certeza de que ele não se safaria disso. Mas se ele ficasse calado, ela nada faria.

- Gina, querida? – perguntou Harry com uma aparência cansada, provavelmente não saíra do lado da namorada naquela noite.

- O-Oi, Harry... – falou ela, tentando sorrir, mas o menor esforço a fez sentir muita dor do “pé” da barriga.

- Não, fique calma... – falou Harry, exaltado – eu fico feliz que você esteja bem...

- Também – falou ela.

Ela se sentia mal com aquilo, e se sentiu ainda pior quando viu lágrimas nos olhos de Harry.

- Eu não sabia o que fazer, Gina – falou ele, se debruçando sobre a maca – Eu não saberia o que fazer se te perdesse...

- Oh... Harry – falou ela sorrindo, também sentindo lágrimas escorrerem pelo seu rosto.

- Eu te amo, Gina... Te amo muito.