Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 56
O Melhor de Nós Dois Parte III


Notas iniciais do capítulo

Oi queridas!
Eu li, reli, li de novo e reli mais e mais e mais uma vez este capítulo antes de postar. A cada releitura eu modificava alguma(s) coisa(s), então podem haver alguns errinhos aqui e ali. Me perdoem por isso!
Eu estou super insegura com esse capítulo que, dependendo de vocês, pode ser o último! Eu realmente espero que eu não tenha estragado a fanfic com esse final. Para ser muito sincera, eu não queria que acabasse nunca.
Vou sentir saudades disso aqui e de cada uma de vocês que leem e comentam.
Foi maravilhoso brincar de ser autora e, mais maravilhoso ainda, foi ter recebido tanto apoio, elogios, e aplausos eletrônicos na minha primeira fanfic.
Vocês são demais!
Dedico esse capítulo a cada uma de vocês que leram, comentaram e estiveram comigo durante esse tempo.
Se ainda houver um epílogo: até a próxima!
Caso esse tenha sido realmente o último: Meu muito obrigada a todas! Beijinhos, B.



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~ Sétimo Mês ~

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– Eu disse que chegaríamos atrasados! – falei com Edward, com o melhor tom de “eu avisei” possível, enquanto ele procurava uma vaga para estacionar o carro.

– É uma festa, Bella! – Edward respondeu tentando me acalmar – Nem todos chegam na hora marcada. Além do mais, foi por uma boa causa.

E então eu já estava sorrindo novamente.

A causa para nosso atraso de mais de uma hora para a festinha do primeiro ano de JJ era que estávamos, oficialmente, fazendo aulas de parto.

O curso não duraria muito, mas seria útil, além de ser engraçadíssimo ver Edward se desesperando com o desespero de outras futuras mamães.

Contrariando todas as expectativas, eu permanecia calma. Eu sabia que o parto não seria algo confortável, mas infinitas mulheres na história da humanidade passaram por isso antes de mim. Eu também conseguiria.

Entramos no quintal da casa de Leah e Jacob e logo fomos recebidos pela musica infantil que ecoava para todos os lados.

Alice havia participado da decoração da festa, cujo tema era safari. O jardim inteiro estava com bichinhos espalhados. Pelúcias, esculturas de madeira, algumas porcelanas e até mesmo infláveis. A selva estava completa.

Leah convidara muitos amigos do trabalho e, inclusive, alguns pais da escola em que ela dava aula, o que explicava também o fato de haver crianças para todo lado.

– Uau, Bella! Você está enorme! – Jacob me saudou assim que nos viu, olhando logo para minha enorme barriga.

– É minha filha aqui dentro, seu animal! – respondi um tanto irritada com ele.

– Azar o dela por ter uma mãe com esse gênio! – ele rebateu rindo, antes de se virar para Edward – E aí, cara! Seja bem vindo!

Edward o cumprimentou com um típico aperto de mão de macho.

De repente, senti um abraço em minhas pernas.

– Tia Bell! – JJ gritou com sua pronúncia não muito certeira, mas cheia de fofura.

Era incrível ver o quanto ele crescera nos últimos meses. Ainda lembrava da primeira vez que ele me chamara de “Bell”. Abracei-o muito apertado e o joguei para o alto, fazendo com que ele soltasse muitos risos enquanto gritava “Bell, Bell, Bell” entre eles.

Agora, a dificuldade era fazê-lo parar de falar. Mesmo quando não sabia falar a frase completa, ele repetia mil vezes as palavras que conhecia até que alguém o compreendesse.

– JJ! – gritei louca para pegá-lo no colo, mas sabendo que minhas costas não aguentariam – Você já está andando sozinho?

– Começou essa semana. – Leah respondeu chegando logo atrás dele, com a aparência cansada – O desafio agora é fazê-lo parar.

Como se soubesse que o assunto era sua esperteza, JJ soltou uma risada.

–Bell! Bola? – JJ perguntou tentando alcançar minha proeminente barriga, arrancando risos de todos.

– É a barriga dela, amigão. – Edward respondeu rindo e pegando JJ no colo, trazendo-o para perto de mim – Tem um bebê aí dentro.

– Bebê? – JJ perguntou incerto, olhando para minha barriga e esticando a mãozinha para tocá-la.

– Sim, um bebê. – respondi sorrindo, deixando que ele sentisse minha pele esticada por cima do tecido do vestido.

– Não! – ele respondeu depois de estudar atentamente o que tocava – Bebê ali!

Olhamos para onde ele apontava e vimos Rose e Emmett, cada um com uma das gêmeas no colo.

Todos rimos da esperteza dele, o que fez com que JJ olhasse em volta sem entender nada.

Logo ele desistiu de entender e quis descer do colo de Edward para voltar a brincar com os animadores de festa e as outras crianças.

– Tenho que ir atrás dele. – Leah se desculpou suspirando – Aproveitem a festa!

– Sintam-se em casa, gente! – Jacob falou, apontando para as mesas – E era brincadeira, Bells! Você está ótima!

Dei um soquinho nele e fomos encontrar com os outros Cullens.

– Ei, lindas! – cheguei já falando com as gêmeas.

– Viu, Rose? A Bella concorda que elas são a minha cara! – Emmett comentou, sendo respondido apenas com um bufar de Rosalie, enquanto eu e Edward ríamos.

– Como vocês conseguem saber qual é qual? – Edward perguntou admirado com o quanto ambas eram idênticas.

– Nós, mães, sempre sabemos! – Rose respondeu com muito orgulho de si.

– E eu pus uma pulseira em cada, com os nomes gravados. – Emmett respondeu também exalando orgulho pela sua ideia, o que novamente fez com que ríssemos.

– Edward, seu imprestável! – ouvimos Alice gritar chegando perto de nós – Por que demoraram tanto?

– Estamos fazendo aulas de parto! – respondi animada, esperando que aquilo tirasse o foco de Alice da bronca em Edward.

– AHHHHHH! – ela gritou, assustando as gêmeas – Edward deve estar fazendo papel de idiota! Eu não podia estar perdendo isso!

– Ei, caras! – Jasper nos cumprimentou com seu jeito sempre quieto, ignorando a loucura de sua esposa.

– Ai, não! Os garçons estão servindo os pratinhos errados! Preciso ir! – Alice falou como se ela fosse o super-homem indo salvar a cidade e, em questão de segundos, sumiu, deixando Rosalie com cara de quem mataria o próximo que passasse em sua frente, enquanto Emmett fazia malabarismo para acalmar as meninas.

– Deixa uma com a Bella! – Edward sugeriu – Ela faz mágica com JJ!

Sem precisar de mais estímulo, Emmett colocou a criança que ele segurava em meus braços. Olhando para sua pulseirinha, descobri que eu segurava Violet, enquanto Rosalie terminava de acalmar Lily.

Ao contrário do que todos esperavam, no entanto, mesmo com todos os meus esforços Violet continuava gritando a plenos pulmões.

– Ela quer o colo da mãe, idiotas! – Rose observou completamente cheia de si e olhando apaixonada para sua filha.

Colocou Lily, já mais calma, no carrinho e veio pegar Violet, que rapidamente foi se acalmando.

– Golpe de sorte! – Emmett comentou emburrado – Ela gosta de mim também.

– Ela ama você! – Rose falou, olhando para ele com muita admiração – Só precisava saber que eu estava por perto também.

Com isso, devolveu Violet a ele, que se ajeitou nos braços de seu pai e voltou a ressonar tranquila.

– Viram? Eu disse! – Emmett comentou sorrindo como um bobo.

Eu mal podia esperar para quando fosse a minha vez de revezar minha filha com Edward.

Ficamos nós cinco e as duas crianças em uma mesa, enquanto Alice ia de um lado para o outro ajudando na organização da festa.

Em algum momento Jacob desistiu de correr atrás de seu filho e veio se juntar a nós.

Pouco mais tarde Leah veio trazendo JJ, que chorava querendo voltar a brincar, para comer e beber alguma coisa.

Jacob ficou responsável por distraí-lo enquanto Leah o fazia comer qualquer coisa que ela conseguisse fazê-lo por na boca.

Rose saiu para amamentar as meninas e Emmett foi atrás para ajudá-la.

– Uau. – Jasper falou admirado – Bebês são incríveis!

– Sim! E eu estou quase tendo um! – Edward respondeu como quem declarava que ia receber um prêmio da loteria, o que arrancou uma gargalhada de mim.

– Tia Bell! – JJ gritou, esticando os bracinhos para mim, como se tivesse acabado de se dar conta da minha presença ali.

Trouxe ele para sentar em minhas pernas, mas foi impossível fazê-lo comer mais.

– Bola? – ele perguntou novamente, apontando para minha barriga.

– Não, JJ, aí dentro tem um bebê. – tentei explicar novamente.

Curiosamente, minha filha se mexeu naquele momento, assustando o menino em meus braços.

– Viu só? – perguntei rindo – Tem um bebê aí dentro.

Ainda com os olhinhos arregalados, JJ apoiou as duas mãozinhas em minha barriga. Não muito tempo depois, minha filha se mexeu novamente, fazendo com que ele risse.

– Oi bebê! – ele gritou com carinha de animado, arrancando risos de todos nós.

JJ passou mais um tempo balbuciando com minha filha, mas acabou tirando um cochilo ali no meu colo, abraçado à minha barriga e só acordou na hora dos parabéns.

Depois do bolo partido, Jacob o incentivou a escolher alguém para ganhar a primeira fatia de bolo.

Surpreendendo a todos nós, e me arrancando algumas lágrimas por causa dos hormônios estúpidos da gravidez, JJ se inclinou para mim, oferecendo a fatia de bolo enquanto dizia “bebê”.

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~ Oitavo Mês ~

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Me olhei no espelho não acreditando como o vestido que eu estava usando conseguira disfarçar tão bem minha barriga gigante de oito meses de gravidez.

Eu ainda não estava reclamando da minha barriga proeminente, mas era muito ruim nem sempre caber na roupa que eu queria.

Alice estava certa, como sempre. Havia lojas especializadas em grávidas com todo tipo de roupa.

– Ei, amor! – Edward chamou entrando no quarto – Você está pronta?

– Prontíssima! – respondi indo até ele e o abraçando.

– Você está linda. – ele comentou me dando um selinho.

– E você está o homem mais sexy do mundo! – respondi admirando ele em seu terno – Mas temos que ir logo, ou sua irmã te mata por chegar atrasado.

Hoje tivemos nosso, por hora, último encontro com o Dr Greene. Nosso progresso foi muito elogiado por ele. Mais uma vez, ele nos lembrara a importância do diálogo aberto, da segurança e das demonstrações de afeto. De acordo com ele, éramos um casal com tudo para dar certo.

Eu não poderia concordar mais.

Edward riu por eu lembrar o quão ameaçadora a baixinha poderia ser, mas saímos de casa sem demora para o tão esperado desfile com as criações de Alice.

A baixinha que já era sempre ligada no 220, de uns tempos para cá, vinha parecendo ter adquirido o poder de viajar no tempo ou prever no futuro, de tantas coisas que ela vinha tentando fazer e resolver ao mesmo tempo.

Chegamos ao salão, cujo ambiente estava lindamente decorado, com muito branco, dourado e cristais. Alice era ótima com combinações.

Reparei em alguns repórteres que eu conhecia do New York Times, que estavam lá para cobrir o evento. Vi outros pertencentes a outros jornais e percebi que Alice tinha a mídia ao seu lado.

Tínhamos lugares reservados na primeira fila, juntamente com Japer, Rose e Emmett com as gêmeas, além de Carlisle e Esme que jamais deixariam de prestigiar Alice nesse momento.

O desfile começou com pouca luz e uma música misteriosa de fundo.

As modelos começaram a ganhar a passarela e flashes e mais flashes estouravam em cima delas.

Eu não entendia nada de moda, mas percebia pelas expressões das pessoas que estava sendo um sucesso.

Ao final, Alice entrou desfilando como se ela mesma fosse uma modelo, sendo aplaudida de pé por todos.

Após os aplausos, um microfone foi entregue a ela.

– Boa noite! – a baixinha começou, como sempre, animada – Eu quero agradecer muito a cada um aqui pela presença, pelos aplausos, pelo apoio e tudo mais! Agradeço às minhas modelos por possibilitar isso, agradeço minha ex-chefe pela oportunidade e a todos vocês por terem vindo! – os aplausos novamente ocorreram, juntamente com alguns assobios vindos de Emmett e Edward – Principalmente eu quero agradecer a minha família pelo apoio e pela compreensão em tudo o que eu faço. Mãe, pai, obrigada pela confiança! Irmãozinhos, obrigada por me ajudarem não atrapalhando! Cunhadas lindas, obrigada por confiarem em mim quando o assunto é roupa! E Jazz, amor, obrigada por tudo, mas, principalmente, pelo nosso bebê.

Ao final do discurso, Alice levou as mão ao seu abdômen ainda plano, ao mesmo tempo que Jasper deixou cair a taça que ele segurava e o público aplaudia com mais entusiasmo ainda.

Acho que nunca antes eu havia visto Jasper perder o controle, mas naquele momento, ele literalmente largou tudo e escalou o passarela, até chegar a Alice e abraça-la como se seu mundo dependesse disso.

Foi lindo!

– Mais um Cullen para a família! – Emmett gritou – Tomara que seja macho para variar!

– Não estrague o momento! – Rose reclamou, batendo em sua cabeça.

Em meio aos nossos risos, gritos e aplausos, Jasper tirou o microfone de Alice.

– Só para constar, esse aqui é um Whitlock! – ele falou se virando para Emmett, quase voltando a sua postura fechada, mas, não conseguindo se segurar, voltou a abraçar Alice e a rodopiou.

Os fotógrafos fizeram a festa de flashes e eu podia ter certeza que o acontecimento estaria em todos os jornais de amanhã.

Olhando a minha volta, Edward e Emmett tinham a pose de machos orgulhosos, provavelmente por não terem ficado por último em encomendar a próxima geração.

Rose ria da loucura dos dois e parecia sinceramente feliz por Alice também estar prestes a descobrir as maravilhas da maternidade.

Esme chorava e Carlisle parecia não saber se apoiava as emoções de sua esposa ou se ele mesmo se entregava às suas.

Com certeza, a noite não poderia estar sendo melhor.

~

~ Nono Mês ~

~

Ao contrário das últimas semanas, eu estava relaxada. Nossa filha vinha estando muito agitada nos últimos dias e descobrimos que ela se acalmava quando seu pai tocava piano para ela.

Edward e eu estávamos na biblioteca da casa. Ele ao piano e eu recostada em uma cadeira maravilhosa que Edward havia comprado especialmente para eu relaxar em minha gestação.

Nossa filha estava mais calma, então resolvi levantar para me esticar um pouco.

Foi quando eu senti a umidade descendo pelas minhas pernas.

Eu congelei. Edward congelou. O mundo parou.

No instante seguinte, Edward estava me colocando no carro, já com a bolsa para a maternidade em seu ombro, me lembrando a respiração para diminuir as dores das contrações, ao mesmo tempo que ligava para seus pais, para meus pais, para seus irmão, para minha obstetra, para meu trabalho, para seu trabalho, para o presidente, para o papa, etc.

Chegando ao hospital, havia uma cadeira de rodas pronta para me receber.

Logo trocaram minha roupa, fui deitada, examinada e Edward ficou ao meu lado enquanto as contrações iam se tornando mais frequentes.

Cerca de oito horas depois, fui levada para a sala de parto.

Me desesperei ao perceber que Edward não estava ali.

Estava prestes a gritar com todos exigindo que chamassem meu marido, quando ouvi a porta se abrindo e logo o par de olhos verdes mais lindo do mundo se pôs ao meu lado, todo vestido em pijamas cirúrgicos, com touca e máscara. Lindo!

Então me perguntei se eu tinha problemas mentais por admirar a beleza do meu marido vestido de médico quando eu estava prestes a dar a luz.

– Tudo pronto, Bella! Pronto para trazer essa mocinha ao mundo? – minha obstetra perguntou.

Mais uma contração teve início e minha resposta afirmativa se perdeu em meio ao grito que soltei.

Depois de quase esmagar as mãos de Edward por conta das milhares de contrações pelas quais ainda passei, depois de respirar como um cachorrinho junto com ele, depois de achar que perderia a voz de tantos gritos, ouvi o som mais lindo do mundo.

Minha filha estava chorando. Minha filha tinha nascido.

Logo depois foi bem acomodada entre meus seios, onde continuou chorando como se estivesse arrependida por ter saído de seu refúgio em meu útero, ou como se tivesse sido cruelmente ofendida e agora estava ressentida. Era o som mais perfeito do mundo.

Ouvi Edward meio rindo, meio chorando, completamente embasbacado com a visão de nossa filha.

A observei atentamente. Ainda não era possível definir a cor, mas já havia alguns tufos de cabelo em sua cabecinha. Cinco dedinhos em cada mão. Cinco dedinhos em cada pé. Nada entre as perninhas, confirmando ser a minha menininha. Seus olhinhos estavam bem fechados, impossibilitando que eu conseguisse ver sua cor.

Seu rostinho era perfeito, seu corpinho era perfeito e eu não podia imaginar nada melhor do que tê-la em meus braços.

– Deus, eu te amo tanto! – ouvi Edward dizer enquanto beijava minha testa, para em seguida beijar a cabeça de nossa filhinha, que já estava parando de chorar.

Era impossível definir o que eu estava sentindo. Ao mesmo tempo em que eu sentia meu corpo vazio, agora que meu bebê estava em meus braços, eu sentia meu coração cheio de um amor que eu nunca antes conhecera.

Agora eu sabia o que é o amor que mães sentem pelos seus filhos. Enquanto eu segurava minha pequena em meus braços eu tinha a certeza de que, por ela, eu faria qualquer coisa.

– Como vamos chamá-la? – Edward perguntou, seu rosto praticamente grudado ao meu, observando nossa filha enquanto ela começava a se acalmar, mas ainda fazia careta como se estivesse emburrada por ter saído de seu cantinho dentro de mim.

Nós havíamos discutido vários nomes, mas nenhum nunca parecia perfeito. Resolvemos então que esperaríamos nossa filha nascer para descobrir que nome combinava com ela.

Foi por causa do novo sentimento que tomava conta de mim que eu tive a ideia.

– E se nós criássemos um nome para ela? – perguntei – Algo único.

– Único como ela é. – Edward falou, ainda admirando-a.

– E com significado. – acrescentei, porque eu não conseguia deixar de lado aquele sentimento de espanto por descobrir agora o quão potente era o amor de mãe.

– Eu concordo. – Edward falou, parecendo ansioso – Qual?

– Renesmee. – falei, misturando os nomes das nossas mães, mas sem explicar, porque eu sabia que Edward não ia conseguir entender meus motivos, já que era impossível colocar em palavras o que eu estava sentindo naquele momento. Era impossível descrever o que é o amor de mãe.

– Renesmee Carlie... Soa bem para mim. – Edward respondeu e eu podia ouvir o sorriso em sua voz.

Foi quando percebi que ele juntara o nome dos nossos pais. Então entendi que, de alguma forma, ele estava sentindo praticamente aquele mesmo sentimento que eu sentia.

Como se nossa filha entendesse a importância do momento, escolheu aquele para finalmente abrir seu olhinhos e nos encarar.

Foi quando uma enfermeira tirou nossa foto. Lá estava a nossa família. Eu, Edward e nossa pequena Renesmee Carlie Cullen.

~*~*~*~

Renesmee era um pequeno anjinho.

Tirando os momentos em que estava com dor, com fome ou com algum desconforto real, ela nunca chorava.

Com o passar dos dias, seus pequenos tufos de cabelo foram ganhando a cor acobreada idêntica a de Edward, para minha imensa felicidade.

Em compensação, ela herdara os meus olhos. A mesma cor castanha no tom chocolate, fazendo com que Edward cantasse sua vitória.

Fora esses dois aspectos, ela era uma perfeita mistura de nós dois e conquistava o amor incondicional de todos logo à primeira vista.

Na verdade, quase todos. JJ não pareceu muito interessado nela quando foi conhecê-la, já em nossa casa. Diagnostiquei o quadro como ciúmes, mas com um pouco de persuasão, o convenci de que seria legal ter uma amiguinha para brincar quando ele fosse me visitar.

Algumas horas depois eu sabia que “Nessie”, como ele pronunciava o nome dela, teria um fiel escudeiro para o resto da vida. Batava minha pequena gemer para JJ correr desesperado atrás de mim, preocupado com ela.

Meu pai, Sue, minha mãe e Phil vieram logo conhecer sua mais nova netinha. Foi praticamente impossível fazer minha mãe parar de chorar ao saber o nome escolhido por mim e Edward. Meu pai, por sua vez, ficou sem palavras, o que não era muito incomum.

Esme ficou sabendo do nome quando ainda estávamos nos hospital, mas sua reação foi a mesma da minha mãe. Carlisle, por outro lado, externou suas emoções abraçando Edward fortemente e fazendo caretas para sua nova netinha.

Rosalie logo trouxe infinitos presentes, apontando tudo o que as gêmeas gostava, tornando provável que Renesmee fosse gostar também. Emmett, enquanto isso, fazia palhaçadas tentando arrancar sorrisos das três, mas o máximo que conseguiu foi que as meninas o encarassem.

Alice, ao contrário, causava choro às três, com seu jeito acelerado e ditador. Jasper, por sorte, conseguia controlá-la, o que acabava trazendo a paz novamente.

Edward, como eu já previa, era um pai extremamente coruja.

Renesmee não tinha previsão para ir dormir em seu próprio quarto. Além do quarto completo que Esme decorara para ela, com o tema princesa, Edward colocou um bercinho em nosso quarto, para que passássemos as noites em família. Eu sabia que isso nos traria trabalho em alguns meses, mas por enquanto, eu estava adorando ter minha filha sempre por perto.

Nossa filha era também fã numero um de Edward ao piano. Nada a acalmava tanto quanto música clássica.

Durante minha licença maternidade eu costumava passar quase cem por cento do meu tempo com ela, o que fazia de mim sua pessoa favorita no mundo, ao menos por enquanto.

Eu sabia que ela não entendia ainda, mas gostava de ler para ela e conversar sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Além disso, Edward e eu não quebramos a rotina de contar algo sobre nós antes de coloca-la para dormir. Ela parecia adorar cada um desses momentos em que ouvia nossa voz.

Durante esse período, no entanto, eu costumava ter alguns momentos de tédio, tendo em vista que minha filha era provavelmente o bebê mais calmo que havia estado neste planeta.

Juntando os hábitos de leitura e conversa com Renesmee aos assuntos sobre os quais eu conversava com ela e adicionando meu tédio do tempo sem trabalhar, comecei a escrever histórias para ela. Qualquer tipo de fábula infantil que eu inventava e ela parecia se interessar, apesar de, com seus poucos dias de idade, não entender nada.

Minha ideia era criar uma coleção de histórias para ela ter quando fosse um pouco maior.

Foi assim que, em um dia qualquer, eu estava na biblioteca da casa, terminando de digitar uma história para Renesmee com a própria ao meu lado, muito bem acomodada em sua cadeirinha, que tive uma enorme inspiração.

Ao olhar para a parede a minha frente, buscando ideias, me deparei uma série de fotos minhas, de Edward e algumas muito recentes de Renesmee.

As mesmas fotos que ficavam na sala do piano do nosso apartamento antigo, mais algumas dos nossos álbuns de casamento e viagens, fotos de mim grávida, fotos de Renesmee ainda no hospital... Era praticamente uma parede só dos nossos melhores momentos.

Foi quando um estalo surgiu. Minha vida inteira se passou em minha mente em poucos minutos, avaliando tudo o que havia acontecido até chegar naquele momento específico, em que nossa família estava completa.

Em minha história com Edward houve bons e maus momentos, erros e acertos, lágrimas e sorrisos, gritos e sussurros, segredos e confidências, mas independentemente de qualquer coisa, foi o que levou nossa família até onde chegamos, naquele exato momento em que tudo estava perfeito.

Nós passamos por muita coisa, mas aprendemos com nossos erros e fortalecemos ainda mais o nosso amor.

Chequei pela milésima vez se estava tudo bem com meu bebê, que era a melhor parte de nós dois, e me pus então a digitar o que seria provavelmente a melhor história que escreveria na minha vida e poderia vir a se tornar uma relíquia para Edward e eu.

Não houve dúvidas quanto ao título que ela levaria.

Nossos Momentos.

~ fim? ~


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Notas finais do capítulo

pelamordeDeus, não se esqueçam de comentar, heim! rsrsrsrs