Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 52
Despedidas


Notas iniciais do capítulo

Minhas queridas, eu fiquei de postar no fim de semana passado, mas esqueci que era Carnaval! Mil perdões, mas não tive como parar para postar, foram muitos agitos! rsrsrsrs
Novidade: eu tenho um perfil no facebook! Fiquem a vontade para adicionar e mandar sugestões de como podemos manter a comunicação sobre o andamento da fanfic e possíveis novos projetos! (https://www.facebook.com/bee.beatrice.71)
Estamos na reta final, lindas! Seria ótimo se os comentários bombassem!
Sem mais delongas, boa leitura!



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Estar na sala do Dr. Greene quando ainda ontem eu estivera na sala da Dra. Donavan me fazia comparar ainda mais as duas personalidades.

O ambiente era bem mais aberto, sem preocupações com simetria e dava certa liberdade.

O Dr. Greene nos recebeu e, como da última vez, disse para ficarmos a vontade. Assim que nos sentamos, não consegui mais segurar minhas palavras.

– Edward pensa demais em mim. Desde o acidente é como se eu fosse o centro do universo. Acho que isso não é saudável para uma relação. – mal terminei de falar e os olhares de ambos estavam sobre mim, espantados, demonstrando que provavelmente nenhum deles esperasse que eu fosse ser tão direta.

O Dr. Greene, depois do momento de surpresa, apenas moveu seus olhos para Edward, como se esperasse que ele respondesse.

– Eu preciso pensar mais em você! Você não entende o quanto é importante para mim? – ele perguntou parecendo desesperado.

– Isso não justifica! Do jeito que você coloca as coisas é como se você não fosse tão importante para mim! – contrapus virando para ele sem entender sua lógica.

– Não! Não é isso! – ele praticamente gritou frustrado antes de respirar fundo e passar a mão no cabelo diversas vezes, indicando seu nervosismo – Você não entende... Tudo o que aconteceu foi culpa minha!

– Como é? – perguntei completamente perdida no raciocínio dele enquanto o observava sacudir a cabeça como se tentasse encontrar uma forma de explicar.

Eu comecei a negligenciar nossa relação, sendo que nós juramos que estaríamos juntos na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza! Eu não comparecia aos seus eventos. Eu te prejudiquei com os ciúmes. Eu saí de casa naquela noite, te deixando completamente sozinha sem saber o que pensar. Eu sou o culpado pelo seu acidente! – Edward respirou fundo e jogou a cabeça no encosto da poltrona antes de completar de olhos fechados – Quando me ligaram falando que minha esposa tinha sido atropelada, depois do inferno de noite que eu te fiz passar... – sua mão voltou a desarrumar seus cabelos e seus olhos voltaram para os meus desesperadamente – Eu preciso cuidar de você! Eu preciso te colocar em primeiro lugar! Eu preciso te mostrar o quanto eu te amo porque esse acidente me fez perceber o quão facilmente eu posso te perder.

Quando dei por mim lágrimas estavam escorrendo dos meus olhos. Eu jamais poderia imaginar que Edward estava vivendo com esse tipo de culpa, com toda essa pressão mental sobre si mesmo.

– Você não me perdeu. – apontei simples e fracamente, sem conseguir pensar em uma forma de trazê-lo para a realidade.

– Não, eu não perdi. – ele concordou e fez um breve momento de silêncio em que ele voltou seus olhos para seu colo antes de voltar a falar – Ao invés disso eu tive você de volta. A menina por quem eu me apaixonei, sem todos os erros que cometemos. Eu tive a chance de te conquistar de novo e só o que eu podia pensar era que eu precisava te mostrar o quanto eu te amo. Foi então que eu percebi que não importava todos os erros que cometemos, eu continuava te amando. Entende porque eu preciso cuidar de você? Eu preciso que você nunca duvide do quanto é importante para mim.

– Edward... – comecei sem saber como fazê-lo entender o quão absurdo era aquilo – As falhas foram nossas. Os erros foram nossos. Estamos juntos nisso. Nós dois pecamos. Você desconfiava de mim porque eu não confiei em você o suficiente para te contar um segredo!

– Guardar um segredo é um direito seu! – ele afirmou fortemente.

– Certo, mas antes daquela noite, antes de você me perguntar sobre isso nós já estávamos ruindo. – apontei – Foi apenas a gota d’água. Nós erramos juntos e precisamos melhorar juntos. Não vai adiantar se você tentar sempre fazer as minhas vontades. Precisamos de um equilíbrio.

– Vou tentar. – ele falou alcançando minha mão – Por você – falou me oferecendo um pequeno sorriso.

– Não. – falei, mas mantive sua mão apertada na minha – Você vai tentar por nós.

Passamos um momento sorrindo um para o outro e dando força um para o outro quando Edward virou-se para o Dr. Greene e senti minhas bochechas esquentarem ao lembrar que não estávamos sozinhos.

– Bella tem muito ciúme. Ela está controlando, mas não vai adiantar se ela continuar se sentindo insegura. – ele falou como uma criança que foi acusada de alguma coisa e agora acusa outra dando o troco.

– Não pode estar falando sério! – esbravejei – Eu não fiz mais acusação alguma a você por causa de ciúmes!

Ainda não! – ele contrapôs – Mas eu não quero correr o risco de passar por uma briga dessas de novo.

Eu lembrava perfeitamente de como eram nossas brigas por ciúmes. Eu me sentia a pior das criaturas, alguém que chegou ao fundo do poço, que após passar anos com um homem como Edward corria o risco de ser trocada por alguém a altura dele. Eu acabava despejando isso nele, com gritos, acusações, choro e distância.

– Eu juro que estou tentando pensar mais antes de agir, mas não é nada fácil viver com medo de você perceber que merece alguém mais atraente do que eu. – falei baixinho, sentindo aquele aperto costumeiro no peito de quando eu me permitia pensar sobre isso.

– Você está se ouvindo? – ele perguntou exasperado – Você estava aqui quando eu te falei o quanto eu te amo? Você estava comigo nas últimas vezes em que eu te mostrei o quanto você me atrai fisicamente?

– Eu sei, eu sei... – afirmei sem muita firmeza – Só é difícil acreditar que eu tive essa sorte toda.

– Bella, você precisa confiar em mim. – ele afirmou com um pequeno puxão em minha mão, me fazendo olhar para ele – Mas, mais do que isso, você precisa confiar em você.

– Eu vou tentar. – falei com um pequeno sorriso.

– Por nós? – ele perguntou levantando as sobrancelhas e sorrindo.

– Por nós. – concordei já não conseguindo mais segurar meu sorriso.

Novamente senti minhas bochechas esquentarem ao lembrar que o Dr. Greene estava ali, presenciando nossa conversa.

– Desculpe. – falei sem graça olhando para ele.

– Tudo bem, vocês estão se comunicando. – ele falou calmo com um sorriso confortador – Estão indo muito bem, na verdade. Aliás, acho que já ultrapassamos o tempo da consulta.

– Sinto muito. – falei, mas o sorriso do Dr. Greene me acalmou de imediato, além do seu gesto fazendo pouco caso do assunto.

– Dr Greene, - Edward começou – Bella e eu temos uma viagem esse fim de semana e ficaremos a semana inteira fora. O senhor acha que vai nos prejudicar de alguma forma, perder as duas próximas sessões?

– Possivelmente vai ajudar – ele respondeu sorridente e tranquilo como sempre – E, de qualquer forma, estarei aqui na outra terça esperando por vocês.

Com isso nos despedimos e senti aquela sensação de ansiedade gostosa ao lembrar da nossa viagem que se aproximava.

~*~*~*~*~

Estávamos mais uma vez chegando à casa que poderia vir a ser nossa. Na calçada estava um homem loiro, alto, com cabelos cumpridos presos em um rabo de cavalo baixo parecendo um tanto hippie.

Ao chegarmos mais perto ele se apresentou.

– Senhor e Senhora Cullen? – ele perguntou para confirmar – James Hunter.

Passamos pelo breve momento do aperto de mão e do “como vai”, mas logo estávamos entrando na casa.

Victoria veio nos receber na porta e não pude deixar de notar que sua saia estava mais curta e seu decote mais profundo, mas ela fez questão de demonstrar o quanto era bom ver Edward novamente. Ah sim, e eu também.

– Nós trouxemos um avaliador, se você não se importar. – Edward falou apontando para James – Victoria, este é James. James, esta é Victoria.

– Perfeitamente. – ela falou olhando séria para ele e percebi que ele não fez o menor esforço para disfarçar seu olhar por suas pernas e pelo busto.

Victoria então adotou uma postura superior e fez o mesmo tour que fizera conosco na antevéspera. A diferença é que, enquanto nós só tivéramos olhos para o encanto da casa, James apontava cada falha que seus olhos treinados conseguiam alcançar.

Victoria parecia querer arrancar os olhos dele com suas unhas a cada comentário depreciativo que ele fazia. Especialmente quando eram absurdos, como por exemplo, o fato de que a paisagem da janela da sala de estar estava com o gramado muito seco. Algo dentro de mim dizia que ele fazia algumas de suas críticas especialmente para provocá-la.

Quando retornamos ao hall de entrada, após voltar do lado direito da casa, dei a ideia de eu e Edward esperarmos pelos dois ali mesmo.

– O que está achando? – Edward perguntou me abraçando pela cintura.

– Acho que dois vão acabar se matando lá em cima. – respondi brincando, mas no fundo eu estava realmente preocupada com isso.

– Ainda bem que ele achou outra mulher para tentar provocar. – Edward comentou.

– Como é? – perguntei de volta.

– Ele estava babando por você antes de perceber que nós éramos os clientes. – Edward contou e, por um momento, temi que haveria alguma indireta por ciúmes, mas depois percebi que era apenas uma constatação.

– Ambos se merecem então. – respondi rindo e selando nossos lábios.

Nosso beijo começou calmo, mas logo passou para algo mais ardente e, de repente, eu já sentia falta do corpo dele pressionando o meu.

Estava prestes a intensificar nosso contato quando ouvi gritos no andar superior.

Nos afastamos com um susto e olhamos em direção a escada, mas continuamos parados sem saber como agir. Era possível ouvir as vozes alteradas, mas não conseguia distinguir o que diziam.

Pouco antes de eu sugerir que subíssemos para ver o que estava acontecendo, James surgiu descendo as escadas rapidamente.

– Essa mulher é louca! – ele afirmou seriamente enquanto pulava os últimos degraus.

– Eu!? Você está sendo absurdo! – Victoria vinha correndo logo atrás dele, mas não conseguia ser tão rápida, provavelmente por causa dos saltos mortais que ela calçava.

– Senhor e Senhora Cullen, eu sinto muito, mas me nego a fazer negócio com essa mulher envolvida. – ele afirmou respeitosamente para nós, enquanto nos mantínhamos parados no mesmo lugar, apenas olhando a interação dos dois.

– Isso é ridículo! – Victoria gritou exasperada.

– Ridículo é você se negar a aceitar os problemas dessa casa! – James respondeu no mesmo tom.

– Dessa forma não haverá negócio! – Victoria decretou.

– Quer apostar? – James provocou parecendo um tanto mais controlado – Se eu conseguir fechar negócio, te levo para jantar.

– Já disse que não vou aceitar suas condições para negociar! – Victoria bradou, seu cabelo vermelho esvoaçante dando mais efeito à sua declaração.

– Que seja. – James respondeu como quem se rende e, sem mais uma palavra, saiu da casa.

Edward e eu continuávamos congelados, sem saber como agir. Finalmente, Edward me puxou e saímos, seguindo os passos de James.

Lá fora, James parecia estar tendo uma série de respirações profundas, até que percebeu que estávamos ao lado dele.

– Senhor e Senhora Cullen, – ele começou – quanto vocês gostariam de pagar por esta casa?

– Como é? – Edward perguntou, claramente sem acreditar no que tinha ouvido, assim como eu.

– Eu faço questão de sair com aquela mulher e de conseguir essa casa para vocês por nada além de um preço justo. – ele declarou muito sério – Então, talvez vocês queiram estipular um preço.

Edward e eu nos entreolhamos sem saber como responder, até que eu tive uma ideia.

– James, – chamei sua atenção – talvez você queira avaliar o nosso apartamento antes de fixarmos um preço. – falei observando sua reação e a de Edward.

Pelo sorriso, ele entendera minha ideia e aprovara.

~*~*~*~*~

Edward e eu demos uma carona a James para nosso apartamento. O olhar de James era contemplativo para o prédio e ele fez questão de começar a avaliação desde a entrada.

Quando finalmente chegamos ao apartamento em si, Edward e eu mostramos a ele todos os cômodos e lembrei de quando Edward me apresentara ao nosso lar no meu primeiro dia fora do hospital após o primeiro acidente.

Apesar de todas as nossas brigas, esse lugar guardaria sempre boas recordações.

James fizera algumas perguntas sobre a estrutura que Edward soube responder melhor do que eu. Elogiou bastante a decoração e ficou satisfeitíssimo com a vista.

Ao final sentamos todos em nossa mesa de jantar para tomar um chocolate quente feito por mim mesma enquanto conversávamos.

– Nosso plano é vender o apartamento por um preço próximo ao que compraríamos a casa, assim não gastaríamos tanto com a troca. – Edward explicou.

– Não vai ser difícil. – James respondeu e observei que seu olhar era um tanto contemplativo para o nada – Vocês se importariam se eu tirasse algumas fotos?

– Fique a vontade. – respondi e, antes mesmo de terminar sua caneca, James se levantou e foi agir.

Não muito tempo depois James retornou nos mostrando as imagens que ele capturara e aproveitou o momento para nos perguntar se estaríamos dispostos a deixar algum dos móveis junto com o apartamento.

Foram necessários alguns momentos de reflexão até que Edward e eu selecionamos o que iria conosco e o que ficaria para trás nessa possível mudança.

Finalmente, depois de pedir o contato de Victoria, James se deu por satisfeito e foi embora, prometendo entrar em contato conosco até o dia seguinte pela manhã.

– Acha que isso vai dar certo? – perguntei a Edward assim que sentamos no sofá, após levar James até a porta.

– Acho que não nos custa tentar. – ele respondeu carinhosamente, envolvendo seus braços a minha volta, me trazendo para me apoiar nele e deixando um beijo no topo da minha cabeça.

Estávamos tendo um excelente momento quando meu estômago rugiu, nos atrapalhando.

– Meu Deus, mulher! – Edward gritou rindo – Tem um monstro aí dentro?

– Tem! – respondi tentando me fingir de séria – E se não for alimentado vai acabar devorando você! – completei já me levantando pensando em algo para comer, até que Edward me puxou pelos braços, fazendo com que eu caísse em cima dele.

– Isso é uma promessa? – ele perguntou um tanto brincalhão e um tanto sedutor.

– Mais tarde. – prometi beijando-o.

– Jantar hoje a noite? – ele perguntou quando nossos lábios se separaram, mas nossos rostos se mantiveram próximos – Eu, você e uma garrafa de vinho...

– Vai tentar me embebedar? – perguntei meio que brincando.

– Não se você o fizer por conta própria. – ele respondeu no mesmo tom, deixando um selinho em meus lábios.

– Mal posso esperar. – confessei.

~*~*~*~*~

– Nós devíamos ter ido às compras! – Alice reclamou, não me surpreendendo.

Pelo olhar que ela dedicava às roupas que eu planejava levar para a Itália, estava realmente demorando para sua declaração vir a tona.

– Se tivessem tido a ideia da viagem com mais antecedência poderíamos ter feito uma mala só de roupas novas. – Rose comentou com certa tristeza.

Escolhi não responder, porque eu ainda não havia entendido por que eu precisaria de mais de uma mala, já que só passaríamos uma semana fora, então fazia ainda menos sentido para mim precisar de uma mala só de roupas novas.

– Certo, mas já que não podemos mudar isso, por que não nos focamos no que temos aqui? – perguntei tentando fazê-las voltar para o que era nossa intenção inicial.

Eu precisava da ajuda delas para arrumar minha mala para a viagem, mas acabei descobrindo que dava mais trabalho com elas do que daria sem elas. Especialmente quando Alice insistia que eu precisaria de pelo menos dez casacos diferentes e Rose não se contentava com menos do que uma mala só para sapatos.

Eu provavelmente nunca invejara tanto Edward, que levaria um sapato, um chinelo, um pijama e um conjunto de roupas para cada dia.

Por fim, resolvi fazer como sempre fazia e deixei que as duas fizessem tudo do jeito delas, tentando apenas memorizar o que se encontrava em cada mala.

Eu queria aproveitar aquele momento para termos um tempo de meninas, mas as duas estavam focadas demais, então a hora delas irem chegou antes que pudéssemos trocar algumas fofocas.

Edward, que estivera com Peter planejando sobre o trabalho antes da nossa viagem, entrou no quarto bem quando eu analisava uma bolsa com diversas lingeries diferentes.

– Você parece desanimada. – ele comentou chegando de mansinho e me abraçando pela cintura.

– Eu não esperava que precisasse pensar tanto nas roupas. – confessei passando a mão pelos braços dele – Queria apenas relaxar e passar um tempo com você.

– Então não pense tanto. – ele respondeu beijando meu pescoço.

– Você é provavelmente o primeiro homem no mundo que aceitaria deixar uma mala de lingeries da sua mulher para trás. – brinquei apontando para a bolsa que eu estava analisando.

– Acontece que minha mulher já fica suficientemente sexy vestindo apenas minha camisa de pijama e suas meias coloridas – comecei a rir, mas meu riso foi cortado quando ele passou seu rosto com sua barba por fazer pelo meu pescoço – Aliás, ela fica ainda mais linda quando não está vestindo nada.

Nossos lábios se grudaram como imãs e, por um momento, esqueci tudo o que estava a nossa volta.

Edward e eu caímos na cama e eu já sentia seu corpo todo colado ao meu, mas quando tentamos virar encontramos com as roupas, malas e sapatos espalhados pela cama.

Suspiramos e não consegui me segurar, soltando para ele em uma voz de criança:

– Me ajuda? – percebi o olhar de Edward se derretendo quase de imediato.

Com a ajuda dele consegui separar as roupas necessárias para passar a semana fora. Roupas para passeio, roupas para a noite, casaco para o caso de fazer frio, um par de sapatilhas, um par de sandálias com um salto que não me mataria e um par de botas só para o caso de precisar. Edward se negou a permitir que eu levasse pijamas, alegando que não seriam necessários. Roupa íntima apenas para sair e, pela quantidade, Edward planejava passar muito tempo no quarto. Coloquei a necessaire que eu usara quando voltei para o apartamento após o acidente e acrescentei um conjunto de joias de prata e outro de outro.

Finalmente terminamos e tivemos que nos arrumar para nosso jantar.

~*~*~*~*~

Edward me levou para comer fondue. Nosso jantar foi dividido em entrada, prato principal e sobremesa. Eu não sabia se gostara do de queijo com pão e legumes ou do de carnes, mas definitivamente, as frutas mergulhadas no chocolate ganharam em disparada.

O vinho fazia com que meus risos saíssem sem precisar da minha permissão e a presença de Edward me causava mais arrepios do que normalmente.

Não lembro exatamente como chegamos em casa, mas lembro já estar deitada na cama enquanto sentia Edward tirando minhas roupas e me cobrindo com o edredom, para logo se afastar.

Sentei-me olhando em volta e percebendo que estávamos em nosso quarto. Meu momento de confusão, durou pouco, no entanto, pois assim que vi Edward tirando suas roupas de costas para mim decidi que não importava.

Saltei pulando em cima dele como uma selvagem e aproveitando para morder seu ombro. No início Edward se assustou, mas logo correspondeu às minhas ações, virando-se para mim e me levando para a cama.

– Devo parar, levando em conta que você está embriagada? – ele perguntou, mas continuou nosso trajeto até cairmos sobre o colchão.

– Achei que me embriagar era a sua intenção. – respondi sem conseguir evitar uma série de risinhos que só pararam quando senti beijos próximos da minha orelha.

– Teria sido, se você não o tivesse feito sem minha ajuda. – ele respondeu e suas palavras fizeram com que sua respiração batesse nas áreas em que sua língua passaram, causando arrepios.

– Sei que você gosta de mim assim. – respondi passando minhas unhas pelas suas costas nuas.

Como eu amava suas costas!

Minha intenção era que minha voz saísse sedutora, mas percebi que estava um tanto arrastada e entre suspiros e gemidos mais vergonhosos e pornográficos do que o normal.

– Eu adoro você assim. – ele suspirou se esfregando em mim e meus olhos rolaram.

Antes que eu pudesse perceber nossas roupas tinham sumido. Edward, no entanto, parecia lerdo demais para mim, então resolvi tomar as rédeas da situação.

Nos virei e sentei sobre ele, sentindo entre as minhas pernas o quão excitado ele estava e sem conseguir conter um alto gemido sobre isso.

Nenhum de nós conseguiu esperar mais do que isso. Mesmo sem as longas preliminares eu já estava completamente pronta para ele.

Me movi para encaixá-lo em mim e pude sentir ele entrando, centímetro por centímetro. Eu não conhecia sensação melhor no mundo.

Edward se sentou e passamos um breve instante olhando nos olhos um do outro, mas não consegui mais me manter parada e passei a saltar sobre ele. Nossos movimentos eram rápidos, nossos encontros eram fortes e nossos gemidos eram altos.

Em algum momento eu estava tão perdida entre as sensações de ter seu olhar sobre mim, seu membro dentro de mim e seus lábios passeando por mim que não consegui mais manter nosso ritmo.

Edward então passou a me ajudar, trazendo suas mãos para minha bunda, enquanto eu envolvia meus braços em seus ombros para pegar mais impulso.

Finalmente, a sensação arrebatadora de ir ao céu chegou até mim, enquanto sentia Edward derramando dentro de mim, com sua cabeça tombada para trás.

Não consegui mais sustentar meu corpo e deixei que seus braços me amparassem. Ainda senti beijos doces e castos espalhados pelo meu rosto, mas antes mesmo dele me deitar na cama eu já estava completamente adormecida.

~*~*~*~*~

Acordei com o som irritante do telefone tocando.

– Atende! – gritei mal humorada, trazendo o edredom para cima da minha cabeça, como se ele pudesse fazer uma barreira contra o som irritante.

Senti Edward deslizar da cama e o ouvi correr para atender o telefone.

Entre o sono e a consciência, não entendi bem o que ele falava e estava prestes a voltar a dormir quando senti seu corpo pulando sobre o meu.

Acordei de repente e me virei para ele, apenas para ver seu rosto de menino que acabara de descobrir que o maior presente sob a árvore de Natal era para ele.

Eu estava prestes a agarrá-lo e apertar suas bochechas até fazer seus olhos saltarem para depois tentar fazê-lo de escravo sexual, quando percebi que ele vestia uma cueca. Já ia reclamar quando Edward fez uma declaração que me trouxe de volta a realidade.

– A casa é nossa, Bella! – ele falou ainda com aquele olhar, mas agora havia um enorme sorriso se estendendo por seu rosto – James conseguiu.

– Ahhhhhhhhhhhhhhh! – gritei levantando para abraçá-lo.

Caí sobre ele na cama e ríamos como dois loucos. Eu só podia pensar em como seríamos felizes nessa nova fase da nossa vida.

O telefone tocou novamente e por um instante morri de medo de ser James retirando o que dissera anteriormente.

– Oi, mãe! – Edward respondeu animado, trazendo minha calma de volta – Vou falar com ela, mas com certeza estaremos aí. – ele falou após uma pausa – Também te amo, mãe. Beijos.

– Falar o que comigo? – perguntei curiosa.

– Minha mãe está planejando um almoço especial para hoje. – ele explicou voltando a deitar ao meu lado – Você sabe, por causa da nossa viagem, a partida de Tanya, comemorar a gravidez de Rose...

– Ótimo! – respondi feliz comigo mesma – Será que meio dia está bom?

– Depende. – ele respondeu olhando para a tela do celular – Você se arruma em uma hora?

Olhei para o relógio em sua tela e saltei da cama para o banheiro ao som dos seus risos.

Em cerca de uma hora estávamos entrando na casa de Esme e Carlisle.

Carlisle estava na churrasqueira concentrado no churrasco enquanto Esme estava na cozinha com os acompanhamentos. Eu e Edward nos separamos para ajudá-los, assim como Alice e Jasper já estavam fazendo.

Emmett e Rose chegaram logo depois, quase junto com a família Denali, que trazia mais um homem com eles. Aparentemente, era um antigo amigo de Carlisle, chamado Garrett, que Kate conhecera na festa de bodas.

Passamos um tempo tranquilo juntos. Era bom a sensação de estar em família, especialmente com convidados a mais, já que agora eu lembrava da amizade entre a família Cullen e a família Denali. Apesar do meu ciúme em relação a Tanya e da postura arrogante de Irina, Kate sempre fora uma pessoa realmente agradável de conversar e Carmen e Eleazar não poderiam ser um casal mais doce.

No início, Esme estava sempre perguntando se estava tudo bem comigo e pude perceber que ela estava insegura ao me ver em torno de tantas pessoas, provavelmente pela recuperação recente da memória, mas depois de algumas provas de que eu estava realmente bem, ela relaxou.

Irina, que desde o início parecia desconfortável, apareceu com uma desculpa e foi embora assim que terminamos de comer. Não pude deixar de lembrar que Rose tinha aquela mesma postura arrogante no colégio e cheguei à conclusão de que talvez, no fundo, Irina tivesse um motivo para agir assim nos eventos de família.

Rose, Alice, Kate e eu conseguimos convencer Esme a deixar as preocupações com os convidados de lado e se unir a nós em um bate papo feminino voltado para a chegada iminente do herdeiro Cullen. Carlisle, Tanya e Eleazar entraram em uma conversa sobre Medicina. Edward, Emmett e Jasper e Garrett sentaram juntos e, vez ou outra, risos bruscos vinham do grupo deles, especialmente na medida em que seus copos iam esvaziando.

Só levantamos para ir embora quando o sol já havia se posto. Todos nós abraçamos Tanya e aproveitei para sussurrar em seu ouvido a minha gratidão por tudo.

Quando já estávamos prontos para ir, pareceu que todos se lembraram da viajem que Edward e eu faríamos no dia seguinte e uma nova onda de abraços aconteceu, mas dessa vez ao invés de frases prometendo sentir saudades, ouvimos muitos encorajamentos para aproveitarmos ao máximo possível.

Nada se comparou, no entanto, com o fato de Esme já estar desinibida o suficiente para nos pedir que trouxéssemos da Itália mais um neto para ela. Pude sentir meu rosto se tornando completamente vermelho, quando senti as mãos de Edward passando por trás de mim para envolver minha cintura, me puxando contra ele.

– Vamos caprichar. – ele prometeu, fazendo com que meus olhos se arregalassem e todos à nossa volta dessem altas risadas.

Edward então me arrastou para o carro já que minha vergonha era tanta que eu mal andava em linha reta.

– Eu quero te matar. – falei entre dentes quando já estávamos dentro do carro, indo embora.

– Tudo bem, eu aceito ser castigado. – ele respondeu rindo e olhei para ele sem entender a graça – Pode fazer o que quiser de mim. Prometi mesmo caprichar.

Seu dar de ombros foi tão charmoso e sua conclusão tão absurda que não resisti e acabei rindo junto com ele.

– Vamos ver. – de repente, eu estava mais do que ansiosa pela nossa viagem.


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Notas finais do capítulo

repetindo: perfil de facebook (https://www.facebook.com/bee.beatrice.71)
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E lembrem-se de me fazerem feliz com muuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiitos comentários!
Beijinhos!