Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 51
Soluções


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas queridas!
Desculpem a demora, mas precisei deixar vocês "de castigo" porque poucas estavam comentando no último capítulo, então resolvi esperar mais um pouquinho para ver se mais comentários surgiram.
Finalmente, espero que gostem e que comentem bastante porque estamos mesmo chegando ao fim!
Boa leitura!



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Era incrível acreditar que eu finalmente estava prestes a começar o que seria a minha última consulta com a Dra. Donavan.

Edward estava sentado ao meu lado nas cadeiras do lado de fora do consultório esperando eu ser chamada, mantendo seu hábito de segurar minha mão.

Bocejei pela terceira vez naquela manhã e ouvi um riso vindo dele.

– Alguém está com sono. – ele brincou.

– Alguém foi dormir tarde demais ontem porque outro alguém a forçou a ficar acordada vendo arranjos de viagem para a Itália. – contrapus ironicamente enquanto cruzava meus braços, soltando sua mão, sem me dignar a olhar para ele.

– Hmm... – ele murmurou parecendo contemplativo – Achei que fosse dizer que alguém a acordou cedo demais hoje. – falou provocativo.

Não consegui conter um sorriso lembrando a forma adorável que Edward havia me acordado hoje, uma hora antes do necessário, apenas para que pudéssemos, como ele mesmo dissera, “desfrutar da cama”, já que ontem ela fora negligenciada e só demos atenção ao chuveiro.

Lembrar de seus dedos passando pela minha pele, seus beijos pelo meu corpo, seus suspiros no meu ouvido e do calor do seu corpo contra o meu fez com que eu me perdesse completamente e me assustasse quando a secretária chamou meu nome.

– Isabella Cullen? Já pode entrar. – levantei após Edward tomar de volta minha mão, e levá-la aos seus lábios para deixar um beijo ali.

Entrei no consultório que não parecia ter mudado em nada e fui direto para a poltrona que já estava se tornando familiar para mim.

– Olá, senhora Cullen – ela me cumprimentou sem expandir muito seus gestos, como sempre – Como vai?

– Muito bem. – respondi satisfeita comigo mesma.

– É mesmo? – ela perguntou indicando que gostaria que eu fosse mais explícita.

– Sim, minha memória voltou desde o acidente de sábado, a senhora deve lembrar que eu e meu marido te procuramos, e parece que tudo ficou em ordem, desde então. – expliquei, relembrando-a que havia tido uma breve consulta com ela, quando Edward aproveitou para pedir uma indicação para a terapia conjugal, ainda antes de eu receber alta.

– Sim, é claro. – ela deu uma breve olhada em seu bloquinho e depois passeou por ele com uma caneta antes de voltar a falar – Então, sua memória foi a solução para todos os problemas?

– Bem... Não. – respondi e recebi de volta apenas um olhar inquiridor dela – Na verdade, acho que foi a falta dela.

– Estou ouvindo. – ela falou com bloquinho pronto.

Contei a ela, então, todos os dilemas que eu e Edward vínhamos passando, por todas as discussões, brigas, segredos e negligência. Contei sobre a noite antes do primeiro acidente e sobre meus pensamentos, desejando mais do que ardentemente que eu não morresse antes de ter a chance de concertar tudo, e que eu realmente tivesse essa chance, porque se pudesse, eu começaria tudo de novo.

Falei sobre as exatas duas semanas que passei sem lembrar de nada, mas como, de alguma forma, meus sentimentos por Edward pareceram permanecer e, mesmo sem conhecê-lo, eu confiava nele e o amava, apesar de demorar a admitir.

Não deixei de fora as desconfianças e as poucas discussões que tivemos, mas me vi na obrigação de acrescentar que, provavelmente pela primeira vez, soubemos encarar uma “briga de casal” como dois adultos.

Comentei que, mesmo sem memória, eu e Edward conseguimos abrir o jogo e termos mais confiança um no outro.

– Algo mais para me falar sobre isso? – ela perguntou quando parei de falar e ela terminou de fazer suas anotações, recebendo um sinal negativo de mim – E sobre a volta da sua memória?

– Foi de repente. – lembrei – Foi durante um novo acidente, de novo um atropelamento. Quando vi o carro vindo tive uma sensação de dejavu, mas só depois que já tinha sido atingida comecei a lembrar de tudo. Foi como se eu fosse morrer. Sabe nos filmes? Quando as pessoas vêm a vida inteira passando? Foi exatamente assim!

Só percebi que minha voz estava mais urgente quando terminei de falar.

– Então você viu sua vida toda? – ela perguntou com seu familiar tom gélido.

– Sim, incluindo antes de conhecer Edward, coisas que eu já lembrava. Até mesmo coisas que, na medida em que fui crescendo, eu havia esquecido. – confirmei – Mas depois eu me vi indo para Forks, conhecendo ele, namorando, casando... Eu vi e lembrei de tudo.

A Dra. Donavan soltou um murmúrio de entendimento enquanto ainda anotava e, sem conseguir me segurar, perguntei:

– Você já sabia, não é? – ela estava anotando alguma coisa e assim continuou.

– A que você se refere? – ela finalmente perguntou me olhando de volta.

– Eu praticamente quis esquecer. – admiti – Você sabia que, no fundo, mesmo sem eu saber, eu não queria lembrar. Porque, no fundo, eu precisava começar de novo para consertar as coisas.

– A mente é algo astuciosa, Bella. – ela começou me olhando profundamente – Pode não parecer, mas você mostrou com isso tudo que tem um grande poder sobre a sua. Você soube fazê-la deixar de lado anos da sua vida, tudo em prol de um objetivo muito almejado. Foi necessário um grande acontecimento para fazer com que ela parasse de reter suas lembranças, além do que, podemos dizer que isso só aconteceu depois que seu objetivo foi alcançado. Você conseguiu permitir a vocês uma nova chance.

Levei alguns momentos ponderando sobre isso e não consegui encontrar falhas no raciocínio que ela oferecia.

– Agora que já esclarecemos que sua mente vai bem, – ela voltou a falar – eu iria sugerir que você e o senhor Cullen fizessem uma visita a um terapeuta conjugal, mas como já estou familiarizada com o fato de que já estão fazendo isso, eu apenas posso lhes desejar boa sorte e dizer que estarei bem aqui caso você volte a precisar.

Sorri imensamente e tive vontade de abraçá-la, mas me contive, sabendo que ela provavelmente tomaria isso como uma ofensa, tendo em vista toda sua perfeição.

– Acho que nosso tempo acabou. – ela declarou colocando o bloco e a caneta de lado, como sempre fazia ao final de nossas sessões.

~*~*~*~*~

Encontrei Edward no corredor do hospital, falando ao telefone. Quando vi que ele notou minha presença, fiz sinal de que estava tudo bem e não havia motivo para pressa e movi meus lábios tentando indicar para ele que iria até o final do corredor pegar um copo de água.

Ele relutantemente acenou em concordância e, pelo pouco que ouvi da conversa, estava falando sobre trabalho. Agora eu já previa que a relutância de Edward se dava ao fato de que ele ainda se sentia culpado por trabalhar demais. Eu precisava encontrar uma forma de fazê-lo perceber que não era para tanto.

Estava pensando nisso enquanto enchia meu copo e mal percebi que outra pessoa se aproximava.

– Bella? – ouvi sua voz e, antes mesmo de me virar, sabia que seria Tanya.

– Oi... – falei um tanto incerta e bastante sem graça.

Eu nunca a havia tratado mal, mas tinha certeza de que ela sabia dos meus ciúmes, especialmente depois da conversa que tivemos poucos dias atrás, e agora não sabia como agir.

– Está tudo bem? – ela perguntou com uma pontada de preocupação na voz.

– Sim, claro. Eu só vim para minha última consulta com a Dra Donavan. – expliquei ao ver que ela poderia achar que eu havia me sentido mal, ou mesmo que havia sofrido um novo acidente.

– Ah sim... Desculpe me intrometer, é que eu achava que ela só trabalhava aqui às segundas e terças. – ela se explicou parecendo sem graça.

– Ela deve ter aberto uma exceção hoje. – respondi sorrindo, tentando tranquilizá-la – Edward tinha a procurado no sábado e falou sobre o novo acidente e marcou um outro compromisso para nós durante o horário em que seria minha consulta com ela ontem, então, acho que ele deve ter conseguido convencê-la a me atender hoje.

– Eu imagino que ele conseguiu mesmo. – ela comentou sorrindo de volta quando percebeu que eu ficara sem graça com minha enxurrada de palavras.

– O compromisso era terapia conjugal. – falei antes de perceber, sem saber porque resolvi admitir isso para Tanya.

– Tenho certeza que vai dar tudo certo para vocês. – ela confirmou animadoramente.

– Sim, eu também. – respondi e passamos por um momento de silêncio pesado, mas nenhuma de nós tomou a iniciativa para sair, até que resolvi voltar a falar – Obrigada por ter conversado comigo, Tanya.

– Eu gosto do Edward, Bella. Ele é provavelmente o meu melhor amigo e você o faz muito feliz. Eu não poderia deixar de tentar fazer algo por vocês. – ela respondeu e me dei conta de que, realmente, eu nunca precisei ter ciúmes de Tanya.

Além de tudo o que ela me contara, Tanya era uma mulher correta e jamais se envolveria com um homem compromissado.

– Eu vou voltar para o Alasca. – ela falou, provavelmente mais por falta do que falar do que com a real intenção de anunciar sua partida. Eu a conhecia o bastante para saber que ela não gostava de chamar atenção para suas ações.

– Quando? – perguntei.

– Sábado. – ela respondeu e, pelo seu tom de voz, ela estava realmente querendo a viagem.

Lembrei que, assim que ela se formou, foi para lá e lá ficou durante muito tempo. Pela primeira vez me dei conta de que não sabia ao certo quando ela voltara para Nova York.

– Tenho certeza de que vai dar tudo certo para você. – declarei sincera, usando quase as mesmas palavras dela.

– Sim, eu também. – ela respondeu de volta e ambas sorrimos enquanto eu me sentia mais leve.

– Bella? Tanya? Tudo bem? – Edward chegou de repente até nós, parecendo um pouco assustado.

– Sim, tudo ótimo. – respondi sorrindo sincera para ele, que ainda me olhava um tanto tenso – Estávamos apenas conversando.

– Eu estava dizendo a Bella que vou voltar para o Alasca no sábado. – Tanya explicou, passando a ele a notícia.

– Não acredito! – Edward exclamou espantado – Meus pais sabem disso?

– Ainda não, mas não vou sem me despedir, prometo. – ela falou e, pela primeira vez, não me senti mal ao presenciar uma conversa entre eles dois.

Edward aceitara Jacob. Por que eu não poderia aceitar Tanya?

Os dois se abraçaram amigavelmente e não durante muito tempo. Nos despedimos e fomos para o carro.

– Sinto muito por ela estar indo embora. – comentei enquanto saíamos do hospital.

– Sério? – Edward perguntou, mas percebi que ele estava surpreso e não desconfiado.

– Sim. – respondi simplesmente – E eu sinto muito por todos os ciúmes. Acho que acabei percebendo que vocês são realmente bons amigos e que você jamais iria me trair com ela.

– Bom. – ele comentou abrindo a porta para mim, mas antes que eu pudesse entrar ele segurou minha cintura e me puxou contra ele – Logo você vai perceber que eu jamais iria te trair. – entramos no carro e Edward deu partida antes de completar – E não precisa se sentir mal por ela estar indo embora – ele falou me olhando carinhosamente – Por mais que eu admire que você se sinta assim, Tanya não pertence a esse lugar, mas sim aos seus estudos lá no Alasca.

– Eu não consigo imaginar viver assim. – comentei contemplando a passagem.

– Ótimo, eu não saberia viver sem você mesmo que você quisesse. – ele falou com uma piscada e um sorriso torto, acabando com o momento melodramático.

– Quem era no telefone? – perguntei mudando de assunto.

– Ah sim... Certo... Sobre isso... – Edward precisou respirar fundo antes de responder – Peter estava me chamando para almoçar com ele para discutirmos sobre trabalho.

– Perfeito, assim você não almoça sozinho enquanto estou com Rose e Alice! – comemorei fazendo o possível para ele perceber que não tinha nada contra os ocasionais almoços de negócios.

– Eu deveria estar passando mais tempo com você. – ele comentou melancólico.

– Vamos ter uma semana na Itália para isso. E, depois, teremos ainda o resto das nossas vidas. – falei suavemente mostrando a ele que estava tudo bem.

Finalmente vi um sorriso em seu rosto, mas fiz uma nota mental de lembrar de me esforçar mais para conversarmos sobre o tempo de trabalho e o tempo de casal.

~*~*~*~*~

Edward me deixou na porta do restaurante em que eu havia marcado de encontrar Rose e Alice e seguiu para seu almoço com Peter, mas não sem antes me cobrar um beijo de boa sorte, que acabou se tornando longo o suficiente para que o carro que estava atrás buzinasse.

Mal entrei e logo avistei a mesa em que elas estavam, já que Alice estava falando alguma coisa muito animadamente, fazendo mil gestos por segundo.

– Contenha-se, Alice! – cheguei brincando.

– Bella! – ela exclamou olhando para mim – Por que demorou tanto? Vou ter que começar tudo de novo! Não sabe o quanto eu descobri sobre a moda para gestantes nessa estação! Tem cada tipo de...

Automaticamente me desliguei, sabendo que eu não acompanharia nada do que Alice diria, especialmente porque ela voltara ao seu modo de falar aceleradamente com todos os seus gestos e pequenos saltos. Era uma perfeita bolinha de energia.

Olhei para Rose que apenas me ofereceu um breve rolar de olhos, indicando que Alice já estava assim há algum tempo.

A garçonete veio anotar nossos pedidos e, como estávamos em um restaurante saudável em homenagem a gravidez de Rose, todas nós pedimos uma salada com tiras de frango. Claro que, sendo como eu sou, optei por uma salada de penne colorido e deixei para os adicionais fazerem a parte mais natural e saudável.

Aproveitei o momento em que Alice parou de falar para experimentar o suco que a garçonete acabara de trazer para interromper seu discurso interminável sobre moda para gestantes.

– E como está sendo a gravidez, Rose? – perguntei finalmente conseguindo dirigir a conversa para algo que eu já vinha querendo saber.

– Até agora tudo bem. – ela respondeu lentamente colocando o canudo em seu suco de pera – É só que... Eu fico preocupada, sabe? Eu sempre quis tanto que agora fico com medo de que alguma coisa aconteça.

– Pois então pare de pensar nessas coisas! – Alice esbravejou – O sangue Cullen é forte e vai ficar tudo bem! Guarde sua preocupação para quando estiver sendo acordada no meio da madrugada pelo som de choro!

Por um instante me perguntei como Alice conseguia ser insensível daquela forma, mas ao me virar para Rose, notei seu olhar um tanto perdido e seu sorriso de antecipação e percebi que nem mesmo horas de conversa tentando animá-la e não temer teriam feito o efeito que a bronca de Alice fizera.

Enquanto comíamos conseguimos fazer com que Alice se acalmasse um pouco e deixasse que nós também falássemos nossas notícias. Rose contou um pouco sobre a gravidez, os exames e as reações de Emmett, enquanto aproveitei para contar da viagem que eu e Edward estávamos planejando.

Terminado nosso almoço, fomos bater pernas nas ruas comprar tudo o que uma gestante pudesse precisar.

Começamos pelas lojas de roupas e Rose admitiu que já sentia seu corpo mudando.

– Não é muito cedo ainda? – perguntei.

– Eu já vou pra sexta semana, talvez não seja tão cedo. – ela respondeu enquanto se olhava no espelho com uma calça jeans cuja cintura era uma faixa elástica, possibilitando que ela a utilizasse por muito tempo.

– Tenho certeza de que está no ritmo certo. – Alice afirmou – Pegue uma calça maior, esta está te vestindo muito bem, melhor apostar em tudo maior.

– Claro que você tem certeza, Alice! – Rose provocou.

– Eu sei das coisas! – a baixinha afirmou batendo o pé.

– Relaxe! – brinquei rindo.

Depois de vermos todas as roupas possíveis, passamos para os utensílios. Rose comprou uma almofada vibratória, um aparelho de massagear as costas e um para aliviar os pés. Isso sem contar com as meias para prevenir varizes, os hidratantes para prevenir estrias e os cosméticos próprios para gestantes.

Ao final das compras eu já estava esgotada, com fome e louca para chegar em casa.

– Que tal pararmos para um lanche? – Alice convidou.

– Perfeito! – Rose concordou de imediato, já que ela vinha reclamando de fome há duas lojas atrás.

– Não sei... – respondi incerta – Está escurecendo, acho que já vou para casa.

– Você está na civilização, Bella! Existe luz depois que escurece! – Alice debochou e fomos em direção a lanchonete que elas queriam.

No caminho mandei uma mensagem para Edward.

Fui aprisionada pela sua irmã e pela sua cunhada. Desculpe, queria estar com você. Com amor, Bella.

Chegamos finalmente a uma lanchonete especialista em sanduíches naturais, mas antes de fazer meu pedido fui ao banheiro. Já lá dentro, senti o celular vibrar com a resposta de Edward.

Onde vocês estão? Quer que eu vá te buscar?

Sorri por causa da prontidão dele e me apressei a responder.

Não precisa se incomodar.

Usei o reservado e saí para lavar as mãos e, por curiosidade, chequei o celular novamente.

Você nunca é incômodo. Já estou saindo de casa. Aguardo o endereço.

Sorri como uma boba ao enviá-lo o nome da lanchonete e a rua enquanto voltava para a mesa onde as garotas estavam.

– Edward está na rua. – comentei tentando fingir um tom de lamento – Disse que ia passar aqui para me buscar.

– Como é que é? – Rose perguntou e, pelo seu tom e suas feições, ela parecia pronta para esquartejá-lo.

– Está tudo bem, Rose. Podemos sair de novo quando você quiser. – falei tentando defendê-lo e levá-la para outra linha de pensamento – Aliás, vou precisar de vocês para me ajudarem a arrumar as malas para a viagem!

– É, Rose, aposto que ela está se lamentando para nós, mas vai se jogar nele assim que tiver a chance. – Alice comentou provocante e preferi ignorar.

Tarde demais, percebi o sorriso malicioso de Rose e entendi que ela havia compreendido que Alice estava falando sério por trás de sua provocação.

Não muito tempo depois, vi o carro de Edward chegando. Me despedi rapidamente e corri para meu cavalheiro que vinha me salvar de mais uma refeição saudável.

~*~*~*~*~

– Precisamos de pizza! – falei me jogando no sofá assim que chegamos em casa.

– Posso perguntar o porquê? – Edward perguntou se jogando ao meu lado e já me puxando para ficar colada a ele.

– Já fui saudável demais hoje. – declarei simplesmente me virando para encarar seu rosto.

Antes que me desse conta, nossos lábios estavam conectados e Edward me puxava para mais e mais perto dele.

– Eu quero cerveja. – ele falou quando nos afastamos momentaneamente e percebi que eu provavelmente ainda estava aérea demais para ter entendido bem.

– O quê? – perguntei sacudindo a cabeça e me inclinando para trás, em uma tentativa de clarear meus pensamentos.

– Cerveja. – ele deu de ombros – Acho que enjoei de vinho e champanhe e seu pai me fez lembrar de como cerveja é bom.

– Perfeito! – exclamei – Se eu ver mais um copo de suco ou refrigerante zero hoje sou capaz de atirá-lo pela janela.

Edward jogou sua cabeça para trás com a gargalhada que saiu dele e aproveitei para ir pegar o número.

– Do que você quer? – voltei perguntei e me jogando em seu colo dessa vez, ao invés de sentar no sofá.

– Que tal pepperoni? – ele sugeriu jogando meu cabelo para longe, tentando ler o panfleto.

– Ótimo! Meia pepperoni e meia prestígio? – sugeri e recebi de volta uma nova onda de risadas.

– Como eu não desconfiei!? – ele gritou em meio aos seus risos.

– Vou tomar isso como um sim. – falei simplesmente enquanto ligava para o número, mas não pude deixar de sorrir enquanto o fazia.

Edward desceu para comprar sua tão desejada cerveja enquanto eu coloquei a mesa e, cerca de uma hora depois, estávamos largados no tapete da sala comendo pizza com as mãos e tomando cerveja direto da garrafa enquanto víamos no lap top as imagens que Tanya havia mandado para meu e-mail.

– Parece um pequeno palácio – comentei encantada vendo as imagens da casa que um dia ainda poderia ser nossa.

– Parece que veio dos nossos sonhos. – sorri ao ouvir Edward declarar novamente que era um sonho nosso.

– Sabe em que eu pensei? – perguntei, mas parei para tomar um gole da cerveja antes de completar – Poderíamos ver com sua mãe algumas sugestões para a mobília. Algo que se encaixasse com o ambiente, mas que não fosse tão caro.

– Por que ninguém nunca me avisou que eu tenho um gênio dentro de casa? – Edward brincou concordando com a minha ideia – Eu também tive uma ideia. Andei procurando alguém para avaliar a casa por nós.

– E...? – perguntei curiosa enquanto assistia os lábios de Edward envolverem a boca da garrafa e sentia um arrepio correr por mim.

– Pedi uma indicação de Peter e cheguei até mesmo a ligar para Jacob. Os dois me falaram da mesma pessoa. Um cara chamado James. Disseram que ele trabalha como um predador e não sossega até conseguir o que quer. – Edward falou, aparentemente sem perceber o efeito que ele causava sobre mim.

– Parece bom ter um aliado desses na nossa batalha pela casa. – comentei.

– Muito bom, já que eu já contratei ele. – ele respondeu com seu sorriso provocativo.

– AHHHHH! – gritei me jogando em seus braços sem me importar com pizza, cerveja ou tapete, enquanto ele ria me recebendo.

Edward era o meu mundo e eu não acreditava que qualquer outra pessoa conseguisse me fazer tão feliz.


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Notas finais do capítulo

Queria lembrar que o fim se aproxima!
Pelas minhas contas essa fanfic vai até o capítulo 55, sendo que este já foi o 51, então, me façam feliz comentando muito!
Beijinhos!