Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 50
Progressos


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas queridas! Não demorei tanto, não é? Além disso o capítulo está bem grandinho!
NÃO LEIAM O INÍCIO DESSE CAPÍTULO EM LOCAL PÚBLICO! rsrsrsrs
Espero que gostem e comentem muuuuiiiiiiito! O fim se aproxima! :(
Boa leitura!



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Acordei com os beijos de Edward indo do meu ombro para meu pescoço e com sua mão espalmada em minha barriga.

– Amor... – ele falou para logo em seguida mordiscar o lóbulo da minha orelha – Que tal acordar agora?

A mistura de seu hálito por onde seus beijos passavam com sua mão fazendo círculos estava me enlouquecendo.

Abri os olhos e busquei sua boca sem me importar com hálito matinal. O gosto dele continuava perfeito.

Sua mão que estava em minha barriga migrou para minhas costas me puxando para ele e a próxima coisa que eu sabia era que estava sobre ele e sua outra mão segurava minha nuca mantendo nosso beijo.

Levei minhas mãos ao seu peito e fui descendo para seu abdômen, sentindo a textura perfeita.

De repente, pulei assustada com o som do despertador.

– Mas o que...? – perguntei ainda meio boba enquanto via Edward se esticar para travá-lo.

– Bom dia, amor. – ele respondeu sorrindo, logo vindo deixar um delicado beijo em meus lábios para levantar.

– Mas você... Eu... – me atrapalhei com as palavras ainda um tanto perdida na cama enquanto ele já estava de pé, vestindo apenas uma cueca, exibindo sua beleza – Você sabia que o despertador ia tocar?

– Claro, temos terapia hoje lembra? – acenei com a cabeça sem conseguir responder ao certo – Só achei que você ficaria menos irritada se fosse acordada por mim e não pelo despertador.

– E não pensou em fazer isso um pouco mais cedo? – perguntei um tanto irritada e um pouco louca para fazê-lo voltar para a cama.

– Pensei, mas... – ele parou de falar levando uma de suas mãos para coçar a nuca, mostrando que ele estava sem graça – Não quis te acordar cedo demais e te deixar de mau humor.

– Ótimo, não estou de mau humor! – sorri brilhantemente e ele deu aquele sorriso de menino que viu Papai Noel – Estou morrendo de raiva e vou ficar assim até você terminar o que começou!

Falei isso e tirei minha camisola para logo em seguida pular sobre ele, travando as pernas em volta de sua cintura e agarrando seus cabelos enquanto o beijava.

Senti suas mãos indo para minha bunda e comecei a sentir que conseguiria o que queria. Passei a beijar seu rosto e pescoço, deixando que seus fios de barba matutinos me arrepiassem.

– Vamos nos atrasar. – ele falou.

– Dane-se. – respondi ainda o beijando.

– Bella... – ele começou, mas gemeu logo em seguida, interrompendo sua frase – É importante. – mordi seu pescoço e recebi um novo gemido – É a terapia!

– Fazemos nossa terapia aqui! – pedi mordiscando sua orelha.

– Vai ter que ser no banho então. – ele respondeu e finalmente senti sua mão se movendo por mim e seus lábios voltando ao meu pescoço.

– SIM! – gritei com o efeito de seus movimentos e com as imagens do que faríamos no banheiro.

Edward me carregou ainda em seu colo para o banheiro e entrou comigo no box, abrindo o chuveiro sobre nós.

Dei um gritinho ao sentir a água que no início estava gelada. Os lábios de Edward vieram para os meus e esqueci de qualquer protesto.

Edward me empurrou contra a parede fria e por reflexo arqueei contra ele, que gemeu.

Com o apoio da parede senti o quanto ele estava excitado.

– Vamos tirar isso aqui. – falei já empurrando sua cueca para baixo.

Senti seus lábios indo para meus seios enquanto ele esfregava seu membro entre as minhas coxas, havendo apenas o tecido da minha calcinha nos separando. Joguei minha cabeça para trás, aproveitando as sensações.

– Você vai ter que descer. – ouvi Edward falando contra o vale dos meus seios, a vibração de sua voz me causando ainda mais arrepios.

– O que? Por que? – perguntei abobalhada.

– É isso ou rasgar essa calcinha. – ele respondeu voltando a beijar meu pescoço enquanto continuava a se esfregar em mim.

– Rasgue! – pedi em meio a um gemido digno de atriz pornô, mas estava muito ocupada para sentir qualquer vergonha.

Edward parou seus movimentos por um instante e me olhou estranhando um pouco.

– Edward, por favor! – pedi eu mesma me esfregando contra ele, tendo a certeza de que agora sim eu colocava qualquer atriz pornô no chinelo.

Eu mais senti do que ouvi um rugido vindo dele quando ele rasgou a única peça que nos separava, para logo em seguida finalmente me penetrar.

Gritei provavelmente acordando Nova York inteira e o abracei desesperadamente.

– Te machuquei? – ele perguntou assustado.

– Pelo amor de Deus, não pare! – gritei exigente.

De alguma forma Edward não ficara chateado com minha grosseria e resolveu acatar meu pedido. Sentia seus beijos por meu rosto enquanto ele entrava e saía de mim lentamente, provavelmente tentando fazer com que nosso momento durasse.

O problema era que eu não queria lento nem durável.

Eu queria tudo e queria já.

Cravei minhas unhas em sua nuca sem pensar em machucá-lo e comecei a acelerar o ritmo por mim mesma. Edward prontamente colaborou e eu começava a chegar ao delírio com suas arremetidas finalmente fortes e tão desesperadas quanto eu estava.

– EDWARD! – gritei quando finalmente atingi o ápice e logo depois senti Edward derramando em mim com um rugido.

De alguma forma a mistura das sensações me fizera vir mais uma vez.

Ficamos parados por um instante e eu fechei os olhos aproveitando o momento. Senti Edward lavando meu cabelo e me dando banho com todo carinho que havia dado lugar à urgência minutos antes, mas permaneci como estava.

Ajudei ele a me vestir um roupão e deixei que ele me carregasse de volta para o quarto. Senti falta dele quando ele voltou para o banheiro, mas em menos de 5 minutos ele estava de volta com apenas uma toalha em volta de sua cintura e um sorriso convencido em seus lábios enquanto me olhava.

– O quê? – perguntei sem realmente dar muita atenção.

– Acabei de transar com minha mulher no banho. – ele respondeu alargando ainda mais o sorriso.

Dei de ombros.

– Aposto que foi melhor para ela. – respondi compartilhando de seu sorriso.

– Impossível. Ela estava selvagem e descobri que fico louco quando a vejo assim. – ele provocou se aproximando mais e mais.

– Bom pra ela que descobriu que fica louca quando você fica louco recebendo ordens dela. – respondi sentindo dificuldades para controlar meu sorriso.

– Ótimo! – ele gritou me puxando da cama – Vamos nos dar muito bem!

~*~*~*~*~*~*~

Por pouco não chegamos atrasados à terapia.

A secretária foi ágil em colher nossos dados e logo estávamos dentro da sala com o psicólogo, que era quase o oposto da Dra. Donavan.

Era um homem um tanto rechonchudo, bem mais jovem, com os cabelos quase raspados. Levantou-se para nos receber, se apresentou como Dr. Greene e disse para ficarmos a vontade.

Edward e eu sentamos em duas poltronas extremamente confortáveis, que ficavam de frente para a poltrona onde o Dr. Greene se sentara.

Ele começou fazendo uma breve introdução do que seria a terapia de casal, deixando claro que não deveríamos ter aquilo como um meio para salvar um casamento, já que isto dependia apenas do próprio casal.

Nos explicou que o papel dele era colaborar com a nossa comunicação, descobrirmos e entendermos os sentimentos um do outro.

Tendo nos explicado isso, sempre com muita simpatia, disse que estávamos prontos para “bater um papo” sobre nosso relacionamento.

Falamos sobre a nossa história. Como nos conhecemos, como era nosso relacionamento, nossas discussões, a evolução da nossa relação com o passar do tempo, nossas brigas, o casamento... Me surpreendi ao perceber que era divertido estar ali contando a um estranho toda nossa vida, mas era realmente bom falar das nossas alegrias e nossas vitórias contra os obstáculos que encontrávamos pelo caminho.

Cedo demais, nosso tempo acabou e nos despedimos com um “até breve”.

– Não foi tão ruim. – Edward declarou enquanto andávamos de mãos dadas pela rua, procurando algum lugar para almoçar.

– Na verdade eu gostei. – contei.

– É, acho que eu também. – ele concordou com aquele familiar aperto em minha mão.

– Que tal ali? – apontei para uma casa de massas pouco adiante.

– Nós estamos indo para a Itália daqui a algum tempo, que tal tentar uma culinária diferente até lá? – ele respondeu rindo, me deixando saber que não se importaria de comer ali comigo.

– Vamos andar mais, então. – respondi sorrindo ao perceber um pequeno avanço em nossa relação e ponderei em pensamento se deveria apontá-lo ou não para Edward e acabei decidindo pela honestidade – Sabe, eu gostei disso.

– Disso o que? – ele perguntou me mostrando que ele nem sequer percebera seu grande feito.

– Acho que, há um tempo atrás, você simplesmente teria aceitado o que eu sugeri para me agradar. – comecei devagar – Não me entenda mal, eu gosto disso, mas eu prefiro que você me diga realmente o que prefere. – percebi que Edward estava prestes a retrucar, então rapidamente acrescentei – Eu mereço a chance de te agradar também, certo?

Com isso ele travou e sorriu.

– Você sempre me agrada. – ele falou, nos fazendo parar de andar para deixar um beijo em minha testa.

– Mas você precisa deixar eu saber o que você sente! – falei teimosa como uma garotinha – Não é por isso que estamos indo à terapia, afinal?

Me surpreendi ao ver Edward rindo.

– Certo, minha pequena birrenta. – ele falou apertando de leve meu nariz, para em seguida deixar nossos lábios se tocarem por um instante. – Acho que você realmente já exigiu muito de mim por hoje. – ele completou piscando um olho.

~*~*~*~*~*~*~

– Jesus, eu acho que nunca comi tanto na vida! – declarei empurrando meu prato com talheres cruzados.

Edward sugerira uma churrascaria e entramos em um rodízio do qual eu provavelmente sairia com obesidade mórbida.

– Então você gostou? – o culpado de tudo perguntou rindo abertamente de mim.

– O que haveria para não gostar? – rebati sincera – Viu como foi bom você ter contrariado minha vontade? Eu não acho que teria apreciado tanto qualquer tipo de massa.

– Eu sei que a intenção é você me agradar, mas confesso que fico feliz por você ter gostado. – ele falou pegando minha mão e levando aos seus lábios para deixar um beijo lá.

– Tudo bem, eu posso aceitar isso. – respondi sorridente.

– Então, podemos pedir a conta? – ele perguntou já fazendo sinal para o garçom.

– Não antes da sobremesa! – contrapus – E não se atreva a não me agradar!

– Longe de mim! – ele respondeu rindo, levantando as mãos em sinal de rendição.

~*~*~*~*~*~*~

Depois do tempo exato que levou para eu comer uma fatia de torta de limão, para Edward tomar um café e para andarmos de volta para o carro, estávamos indo ver a casa que havíamos “invadido” ontem.

Os acordes que Debussy extraía do piano soavam oferecendo-nos um ar de tranquilidade.

– Eu sinto falta de você tocando. – confessei olhando pela janela, sem coragem de encará-lo nos olhos ao declarar algo tão bobo.

– Sente? – ele perguntou, mas não consegui identificar emoção em sua voz.

– Sim. – respondi antes de completar – Mesmo quando eu não lembrava, eu fiquei encantada em saber que você tocaria pra mim.

– Eu não queria que a música te atrapalhasse, ao mesmo tempo em que eu não queria perder tempo com isso. – ele ponderou – Mas eu também sinto falta. Especialmente de tocar com você me assistindo.

Olhei para ele e vi um pequeno sorriso em seus lábios.

– Nós precisamos mesmo trabalhar a nossa comunicação, não é? – perguntei retoricamente.

– Acho que estamos fazendo um bom trabalho até aqui. – ele respondeu olhando rapidamente para mim, me oferecendo meu sorriso favorito.

Logo estávamos com o carro estacionado no mesmo local de ontem. Edward como sempre abriu a porta para mim e fizemos o caminho até a porta da casa que poderia vir a ser nossa.

Edward tocou a campainha e menos de meio minuto depois a porta era escancarada por uma beldade ruiva vestida em um tailleur apertadíssimo, que realçava cada curva que ela tinha e saltos de agulha que serviriam como meus assassinos se eu algum dia me aventurasse a sequer experimentá-los.

Inicialmente ela parecia entediada, mas assim que seus olhos cruzaram com Edward sua postura mudou completamente.

– O senhor deve ser o Sr. Cullen! – ela falou animadamente – Eu sou Victoria, entre, fique a vontade, por favor! Eu fiquei imensamente feliz quando você me ligou ontem à noite! – ela foi interrompida, então, por um toque em seu celular – Oh, com licença um minuto!

– Eu aposto que ela pareceu irritada quando você ligou ontem à noite – respondi ironicamente, deixando ele saber que eu não perdera o sentido que ela tentou dar ao “ontem à noite”.

– Não vou apostar contra isso – o homem teve a ousadia de responder com seu sorriso torto.

– Ela está caidinha por você! – respondi dando um tapinha leve, mas não muito leve, em seu peito.

– Pois é, vocês já têm algo em comum! – ele respondeu zombador.

– Babaca! – falei beliscando sua lateral.

– Ciumenta! – ele respondeu rindo e me abraçando pela cintura, trabalhando com seus dedos para me fazer cócegas.

– Sinto muito, onde estáv... Oh! – a ruiva voltara e se deparara com nossa pequena brincadeira ao som das minhas risadas.

– Sem problemas. – Edward respondeu parando de me fazer rir, deixando suas mãos apenas segurarem em minha cintura – Eu estava prestes a te apresentar a minha esposa, Bella.

– Muito prazer. – ela respondeu para mim com um sorriso extremamente forçado e não me senti obrigada a respondê-la de volta.

– Vamos ao que interessa? – Edward perguntou.

– Claro. – Victoria respondeu toda sorrisos para ele.

De início eu estava realmente irritada, mas assim que começamos a ver a casa minha irritação passou. Edward ficara o tempo todo com o braço em volta da minha cintura e, apesar dos olhares apreciativos para Edward, Victoria soube manter distância e ser profissional quanto às informações.

Não havia mobília, mas eu conseguia facilmente me imaginar morando ali.

O chão era de tábuas corridas, e a madeira escura das portas e janelas trazia uma sensação quente. Como um abraço em família.

A porta de entrada da casa dava para um ambiente amplo e arejado onde ficava a escada que levava para o andar superior e, mais ao fundo, ficava a porta para os fundos da casa, onde estivéramos na véspera.

Seguimos para a esquerda e adentramos o que Victoria indicou ser a sala de jantar, apontando como o piso e as paredes contrastavam criando o ambiente perfeito para ter uma refeição em família. Por mais que eu odiasse concordar com ela, ela estava certíssima. As janelas eram enormes, tornando o lugar bem iluminado e arejado.

Mais adiante chegamos à cozinha, incrivelmente espaçosa. Me deparei com bancadas de madeira escura com alguns desenhos talhados e tampo de pedra negra perfeitamente acomodados nas laterais. No centro do cômodo o mesmo tipo de bancada fazia um quadrado e havia alguns banquinhos aderidos a eles, tornando convidativo para um lanche apressado no meio da rotina, ou mesmo um copo de leite no meio de alguma madrugada de insônia. O fato de ser circular e não uma reta, como a bancada do nosso apartamento parecia tornar mais pessoal, aproximar mais quem comia ali.

Voltamos para o hall de entrada e passamos então para a parte direita da casa. O cômodo era semelhante ao que Victória indicara ser a sala de jantar, incluindo o padrão de janelas, exceto pelas cores, que eram mais claras e não tão vivas. De acordo com ela, era uma sala de estar. Me encantei ao perceber uma lareira em uma das paredes e preferi não pensar no número de acidentes que eu poderia sofrer tendo uma lareira em casa, mas sim no tempo que poderíamos passar aconchegados, próximos ao fogo, durante o inverno de Nova York.

Seguimos para o próximo cômodo, que parecia ser bem mais sério, apesar de também ser amplo.

– A ideia original era ser um cômodo que funcionasse como escritório, mas acabou servindo como uma pequena biblioteca. – Victoria explicou.

Senti que meus olhos brilhavam e não consegui segurar um sorriso.

Voltamos novamente ao hall de entrada e subimos as escadas e chegamos ao que eu definiria como “hall superior”, antes de tomarmos o corredor.

Novamente começamos pela esquerda, chegando à suíte principal. Era imensa e eu não conseguia imaginar como um casal precisaria de um quarto tão grande. Me desprendi de Edward por um instante para ir até a janela. Não me deparei com uma coleção de torres cinzentas, mas sim com o que poderia vir a ser nosso gramado e, mais a frente, o gramado de um possível vizinho, e só mais além estava a casa. Era uma vista limpa e me surpreendi ao perceber que gostava.

Uma das paredes era completamente coberta por cinco espelhos. Victoria nos mostrou que, na verdade eram portas de correr que levavam ao que seria o guarda roupas do casal, sendo que uma das portas de correr espelhadas escondia, na verdade, a porta para o banheiro da suíte.

Fomos então ver o banheiro. Era grandioso, contando inclusive com uma grande banheira e tudo parecia acrescentar algum luxo.

Passamos então para a parte direita e vimos o que seriam outros dois quartos. Não tão grandes, mas ainda me pareciam maiores do que o necessário, apesar de ter aquela familiar sensação de aconchego.

Vimos mais um banheiro que era um tanto menor, mas também perfeitamente equipado e também contando com uma banheira, apesar de não ser tão luxuoso.

Descemos e, antes de passarmos para a parte dos fundos da casa, Victoria lembrou de nos mostrar o banheiro do andar de baixo, que ficava estrategicamente atrás das escadas, antes da porta para os fundos. Este, por sua vez, não tinha banheira, mas ainda era maior do que o banheiro do nosso apartamento.

Chegando aos fundos, Victoria apontou tudo o que já tínhamos visto na véspera, mas meu encantamento não pareceu ter diminuído só porque eu já conhecia.

– Bem, vou deixar vocês pensando por um momento enquanto preciso fazer uma ligação, com licença – pediu enquanto saía deixando Edward e eu a sós.

– O que achou? – Edward perguntou depois que ela saiu me dando a impressão de que estava rebolando.

– É grande. – apontei olhando para cima e visualizando a imensidão da casa.

– Grande demais? – ele perguntou e observei um vinco em sua testa, indicando que ele não tinha entendido.

– É o oposto do apartamento. – falei ainda sem saber como me explicar – Lá é tudo moderno, angular, branco ou muito claro e funcional. Aqui parece mais clássico, com curvas, madeira de verdade e espaçoso.

– Achei que você gostasse dos clássicos, além de que espaçoso é um estilo americano. – ele brincou rindo – De verdade, você gostou?

– É como um sonho! – respondi voltando a admirar tudo a nossa volta – É tão bom, e confortável, e aconchegante, e convidativo... É como se já fosse nosso e nós nem mesmo vimos mobília!

– Podemos dar um jeito nisso. – ele contrapôs com um sorriso – Aposto que ela tem fotos da casa mobiliada.

– Já imaginou quanto custaria mobiliar uma casa desse porte? Já imaginou quanto custa uma casa desse porte? – completei alarmada quando percebi que realmente nos custaria muito.

– Já imaginou quanto custa o nosso apartamento? Uma cobertura, já mobiliada, com uma vista incrível e em excelente estado? – ele perguntou ainda com um sorriso, segurando minhas mãos e tentando dissipar um pouca da ansiedade.

– E se tivermos que fazer alguma reforma? – perguntei.

– Podemos contratar alguém para vir avaliar com um olhar mais profissional do que o nosso. – ele sugeriu – Vamos tentar não dizer um não antes de termos realmente tentado.

– Tudo bem. – respondi.

Assim que Victoria voltou, Edward perguntou se poderíamos ver fotos da casa mobiliada, para termos algo em nossas mentes. Ela automaticamente sugeriu enviar as fotos por e-mail e senti que meus instintos assassinos estavam quase tomando conta de mim quando seu tom de voz se tornou sugestivo demais.

Edward, no entanto, anotou no cartão que ela oferecera o meu e-mail, impedindo que ela tivesse possibilidade de ter contato direto com ele.

– Vamos aguardar ansiosos. – ele comentou entregando – Eu e minha esposa mal podemos esperar para encontrar a casa dos nossos sonhos.

Foi só aí que percebi que Edward não estava tentando pensar nas possibilidades da compra da casa apenas por mim. Quando ele disse “nossos sonhos” ficou claro para mim que ele também a queria.

Edward estava lutando por algo que ele queria também e de repente me vi imensamente feliz, afinal, não só ele estava começando a demonstrar suas vontades, como também eu estava começando a percebê-las. Definitivamente, já era um progresso.


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Notas finais do capítulo

Meu Deus! Chorei de emoção quando vi que o capítulo veio pro Nyah com a formatação certinha! rsrsrs