Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 49
Nosso Lar


Notas iniciais do capítulo

Oi queridas!
Calma! Eu posso explicar a minha demora!
Um milagre aconteceu e surgiu a oportunidade de eu viajar para aproveitar as férias! Como foi tudo de repente e eu não sabia ao certo como seria o lugar pra onde eu iria, não tive como avisar aqui e resolvi não levar computador. O resultado foi que eu quase entrei em síndrome de abstinência de internet e, infelizmente, não consegui atualizar a fanfic.
Maaaas, vamos que vamos!
Sem mais delongas, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/220364/chapter/49

Muita coisa aconteceu em pouco tempo.

Eu tive alta do hospital logo pela manhã seguinte.

Antes de sairmos, no entanto, Edward e eu procuramos a Dra. Donavan e conseguimos dela uma indicação de terapia para casais e, de tanto insistirmos, conseguimos marcar um horário para o dia seguinte.

Assim como Edward previra, o jornal praticamente me obrigou a entrar de licença por conta dos dois acidentes em um curto período de tempo. Fingi a princípio que era contra a ideia e, com isso, pude fazer uma exigência: colocar Bree em meu lugar enquanto eu estivesse fora. Ela sempre estivera me acompanhando e provou durante o tempo que eu estivera sem memória que merecia aquele posto.

Rose já tinha datas marcadas para comprar tudo que fosse necessário (e desnecessário também) para um bebê. Desde os itens mais básicos até decoração e ela queria que eu, Alice e Esme estivéssemos com ela em cada escolha. Emmett estava mais do que contente em patrocinar tudo. Ele estava completamente enfeitiçado pela ideia de ter um bebê com Rose.

Esme e Carlisle já planejavam transformar o quarto de hóspedes em um quarto infantil para que pudessem curtir durante o maior tempo possível seu primeiro netinho ou netinha.

Phill precisou voltar para seus treinos e, após ouvir mil vezes que eu ficaria bem, minha mãe foi com ele, mas prometera me ligar diversas vezes para saber se eu estava bem e se eu ainda lembrava de tudo. Coisas de Renée.

Meu pai e Sue ainda ficariam por mais tempo, especialmente para colaborar com Leah e Jake, que estavam recentemente mudados e com um filho pequeno.

Apesar da alta recente, Edward e eu estávamos indo no jantar na casa de Jake, para o qual ele próprio havia nos convidado na véspera, quando me visitou no hospital.

Era fim de tarde e, milagrosamente, o clima estava bem ameno, permitindo que andássemos com as janelas do Volvo abaixadas. Eu sentia o vento bater em meus cabelos e ficava cada vez mais apaixonada pela vizinhança em que Jake moraria a partir de agora.

O lugar era quase completamente residencial e havia apenas casas com diversas árvores pelas calçadas, além dos gramados. Era tudo tão perfeito... Tornava até difícil acreditar que ainda estávamos em Nova York.

– Você gostou daqui. – Edward observou, sabendo me ler com facilidade.

– É tão... Bom! – respondi.

– É sim. – ele concordou rindo.

Não havia trânsito e cheguei a ver um homem empurrando uma criança em uma bicicleta. Me perguntei se não era um sonho que eu estava tendo.

Andamos mais um pouco quando eu vi algo que chamou minha atenção.

– EDWARD, PARE O CARRO! – gritei e ouvi logo em seguida o som dos pneus arrastando contra o asfalto pela freada brusca.

– Tudo bem? Está passando mal? Você quer ir para casa? Ou para o hospital? – Edward perguntava parecendo desesperado, me olhando com os olhos arregalados e a testa enrugada – Bella? Fala comigo!

– Está tudo bem. Olha! – respondi apontando para o que me fizera soltar o grito.

Havia uma casa branca, com fachada simples dois andares. Além disso, uma placa de vende-se decorava o início do quintal.

Por um instante, achei que Edward fosse ficar irritado, e com razão, mas ele apenas riu e estacionou direito o carro para em seguida descer e vir abrir a porta para mim.

– Vamos dar uma olhada. – ele falou piscando.

Não havia muro, apenas uma cerca viva com uma abertura para o caminho de pedras que levava até a porta de entrada e outra para o caminho de carros que levava até a garagem. Adentramos o quintal e paramos para olhar melhor.

– Não estamos invadindo? – perguntei em dúvida.

– Estamos apenas fazendo uma visitação. – ele respondeu marotamente – Além disso, não vamos entrar na casa em si.

Chegamos até a parte de trás, onde havia uma espécie de varandão com uma mesa de madeira com seis cadeiras, além de um sofá e até mesmo um balanço de madeira para duas pessoas.

Mais adiante, o gramado se estendia. Pouco a frente havia mesinhas menores com apenas duas cadeiras cada, ao lado de uma pequena área com chão de pedra onde havia uma churrasqueira em pedra com uma bancada e alguns banquinhos na lateral.

Mais para frente o gramado acomodava algumas espreguiçadeiras, para logo dar lugar ao chão de pedra que estava envolvendo uma grande piscina, com azulejos de um azul muito profundo.

No final do gramado, já quase na cerca viva que indicava o final do terreno, havia ainda três árvores de folhas longas, fingindo um visual tropical.

– É isso, não é? – Edward perguntou, me trazendo de volta para a realidade.

– Isso o que? – perguntei ainda sem entender.

– Nossa casa. Nosso lar. Com grama até a porta, piscina cavada, churrasqueira... – ele falou e lembrei de ter dito quase exatamente essas palavras em nossa última viagem.

– Não sei... – fingi pensar por um instante – Não vi a casinha para o cachorro nem o espaço para as crianças...

Ri em seguida e logo fui atacada por um abraço de Edward, chegando a me levantar do chão.

– Podemos dar nosso toque pessoal. – ele falou tentando me convencer e de repente senti o peso que aquela decisão representava.

– É a hora certa? – perguntei levando minhas mãos aos seus ombros, tentando obter alguma distância para conseguir olhar em seus olhos.

– Não faz mal apenas procurarmos mais informações, certo? Podemos tentar agendar uma visita para ver o interior... Sem compromissos. – ele falou calmamente, deixando seus dedos acariciarem minha cintura.

– Oh, droga! – falei travando meu corpo, tentando segurar o riso – Eu realmente achava que estávamos em um relacionamento sério!

Edward então grunhiu apertando mais minha cintura e enterrando seu rosto em meu pescoço, para logo depois subir, chegando ao meu rosto e atacando minha boca. Era incrível pensar que depois de todos esses anos ele ainda conseguia causar todas aquelas sensações de explosões em mim.

– Bella, – ele começou se afastando um pouco e recuperando o ar – Eu quero tudo com você.

– Eu também. – respondi acariciando os cabelos de sua nuca.

Selamos aquele momento com mais um beijo e, de mãos dadas, seguimos caminho para voltar para a frente da casa. Estávamos passando pela lateral da garagem quando vi uma casinha de cachorro.

Estava prestes a chamar atenção de Edward para isso quando ele me fez olhar na direção oposta.

– Olha só! – ele apontou para uma cesta de basquete pregada na parede dos fundos da garagem – Uma área para crianças perfeita para descobrirmos quais dos nossos filhos têm seu gene estabanado.

– Ótimo – respondi fingindo irritação – E eu encontrei o lugar perfeito para te colocar quando eu estiver brava com você – falei apontando para a casinha de cachorro recém descoberta.

Edward apenas riu e me deu um tapa na bunda.

Nesse clima tranquilo fomos para o jantar na casa de Leah e Jacob.

~*~*~*~*~*~

Para nossa surpresa, a casa em que passamos ficava a apenas dois quarteirões da casa de Leah e Jacob.

Fomos recebidos com muitos sorrisos e abraços, além das constantes perguntas sobre a minha saúde.

JJ estava todo sorrisos, tendo acabado de mamar, quando o peguei e assisti novamente os olhares de alívio de Leah e Jake e notei que até mesmo Sue pareceu mais tranquila. Meu pai, como sempre, não transpareceu muito suas emoções, mas seu bigode tremeu, indicando um ligeiro sorriso.

Leah e Sue prepararam um peixe delicioso para o jantar e quando as conversas foram ganhando mais e mais enredo me lembrei de como era estar em La Push, mas dessa vez era ainda melhor, já que além dos amigos, eu estava com as pessoas que eu amava.

Meu pai até mesmo dividia suas cervejas favoritas com todos. Assim como eu me lembrava, o gosto da cerveja continuava amargo, por isso acompanhei Leah no refrigerante que ela tomava.

Contamos piadas, casos e histórias e fiquei satisfeita ao perceber que eu lembrava de todos em que eu estivera presente.

Só percebemos quanto tempo havia se passado quando JJ chorou para mamar novamente e percebemos que já passava da meia noite.

Enquanto Leah foi pegá-lo, eu e sue tiramos a mesa. Fui ao céu quando minha madrasta tirou um cheese cake da geladeira me pediu ajuda para servir.

– Disfarce essa água na boca, formiguinha. – Edward brincou, me dando uma leve cotovelada.

– Não consigo! – respondi e todos na mesa riram.

– Quando foi mesmo que Bella começou a gostar tanto de doces? – Jake perguntou servindo uma fatia para mim.

– Acho que foi na faculdade... – respondi sem conseguir lembrar exatamente quando.

– Sim, mas parece que ela passou a gostar ainda mais desde que eu falei que gostava disso nela. – Edward complementou rindo.

– Claro, especialmente porque parece que desde então você só tem incentivado essa preferência. – respondi fingindo estar irritada enquanto brincava com a colher sem ainda comer o doce.

– E por que eu não incentivaria algo que gosto tanto de ver? – Edward perguntou puxando minha cadeira para ainda mais perto dele, passou um braço pelos meus ombros me puxando em sua direção e senti seus lábios em minha bochecha.

Com isso, não resisti e me aconcheguei nele, apoiando minha cabeça em seu ombro e só aí percebi que todos os olhares estavam sobre nós.

– Não deveríamos esperar Leah para comer? – perguntei tentando tirar a atenção que estava sobre nós.

– Nem pensar! – Jake respondeu brincalhão e logo começou a comer sua fatia.

Segui seu exemplo e tive que me segurar para não passar vergonha com meus gemidos de satisfação.

Algum tempo depois os homens foram para a sala assistir alguma partida de algum campeonato de algum esporte que Charlie estava acompanhando, que seria transmitida ao vivo de algum lugar do mundo.

Sue me pediu para ir ver se Leah estava precisando de alguma coisa enquanto ela tirava os pratos da mesa.

Fui à procura de Leah um tanto sem graça por estar invadindo um espaço da casa que ainda não me havia sido apresentado. Parei em uma porta semiaberta e percebi Leah sentada lá com JJ nos braços.

Bati levemente para não assustá-la e entrei, me deparando com o quarto do bebê. Era todo em verde e marrom, com uma grande árvore pintada em uma parede e diversos quadros de animais pendurados pelas outras. Os móveis eram todos em madeira escura e apenas o enxoval do berço, as cortinas e a poltrona em que Leah estava sentada quebravam um pouco as tonalidades coloridas, trazendo o branco ao ambiente.

– Desculpe – comecei tendo o cuidado de sussurrar para não acordar JJ – Sua mãe pediu para ver se você precisava de alguma coisa.

– Não, está tudo bem. – ela respondeu sorrindo – Acho que eu esqueço do tempo quando estou aqui.

– É lindo. – concordei tendo minha atenção sendo presa por uma coleção de bixinhos de pelúcia.

– É minha parte preferida da casa. – ela comentou.

– Nada de lobos? – perguntei esperando não estar ofendendo, ao ver que havia um leão, uma girafa, um macaco, um elefante, um hipopótamo e até mesmo uma zebra, mas nada de lobos e eu me lembrava bem da participação que os lobos tinham nas histórias de La Push.

– O quarto dele em La Push é todo decorado em floresta do lobos, mas resolvemos mudar um pouco aqui. Ainda assim, algumas coisas não se modificam... – ela respondeu apontando com a cabeça para o berço.

Ao me aproximar de lá vi que os bordados tinham lobos desenhados e o enfeite que girava sobre o berço tinha pequenos lobos pendurados. Sorri com isso.

– Aposto que ele também gosta. – falei.

– Acho que sim. – ela respondeu ajeitando ele em seu colo – Ele está crescendo rápido demais.

– Quanto tempo ele tem? – perguntei lembrando que Edward dissera, antes de eu recuperar a memória, que achava que ele tinha um mês, mas olhando para ele parecia ter mais. Além do fato de que eu mesma achava que havia mais de dois meses que Jake me ligara anunciando que seu filho tinha nascido.

– Já vai completar quatro. – ela respondeu sorrindo orgulhosa para o bebê que dormia tranquilo em seus braços.

– Nossa! – exclamei surpresa.

– Você tem jeito com ele... – ela comentou vindo em minha direção e colocando ele no berço – Não pensa em ter um?

– Não sei. – respondi – Não acho que eu saiba ser mãe.

Com isso, Leah riu baixinho para não incomodá-lo.

– Ninguém nasce sabendo, Bella. – ela respondeu contemplando seu filho – Eu mesma erro muito, mas acho que ele acaba me guiando em alguns aspectos. Com o tempo você vai aprendendo a diferença entre o choro de fome, de incômodo, de dor e de manha... Nunca é fácil, mas é sempre bom.

Sorri com isso. Leah estava me mostrando o que Edward já vinha tentando me mostrar. Hoje, amanhã ou daqui a anos... Eu ainda seria a mesma pessoa, com as mesmas limitações. Eu só me sentiria segura em uma nova casa depois que eu estivesse na nova casa. Eu só conseguiria aprender a cuidar de uma família com crianças quando eu tivesse a minha família e as minhas crianças.

Pouco depois disso nos despedimos de todos e me desculpei com Sue por demorar tanto lá dentro e deixa-la sozinha com a louça, mas ela dispensou minhas desculpas dizendo que não fora nada demais.

Eu voltei dirigindo, já que Edward havia bebido, apesar dele ter repetido diversas vezes que estava bem.

– Eu estava pensando... – comecei.

– Sim...? – ele me incentivou a continuar.

– Acho que realmente não faz mal procurarmos mais informações – falei ainda muito concentrada no volante.

– Sobre...? – ele perguntou sem entender.

– A casa que vimos hoje. Aquela que você disse que poderia ser a nossa casa, nosso lar, lembra? – expliquei.

– Ah sim! – ele respondeu – Bom, já que eu acordei a corretora para agendar uma visita enquanto você me abandonou para ir fofocar com Leah.

Olhei para ele rapidamente e vi aquele sorriso torto lindo em seu rosto e não consegui evitar abrir um enorme sorriso de volta.

Edward puxou minha mão e, após apertá-la ligeiramente, deixou um beijo nela. Em resposta, trouxe suas mãos aos meus lábios e a beijei também.

Era nossa forma de passar nossos bons sentimentos um para o outro e, nesse momento, eu estava além de feliz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

obs: sério que é normal ter todo esse trabalho com a formatação do texto?