Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 37
Confusão


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas queridas!
Calma, eu demorei, mas não foi porque uma de vocês me matou, foram apenas os "problemas da vida real"!
Obrigada por cada comentário, que responderei assim que puder, e mil agradecimentos a K Nanda pela recomendação! Sem isso o capítulo (que já não está lá essas coisas) provavelmente não teria saído!
Conversamos mais lá em baixo! (TEM UM AVISO!)
Boa leitura!
obs: o capítulo está confuso, mas a Bella está confusa, como já diz o título, e tentei demonstrar isso.



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Minha primeira parada foi em um posto de gasolina, já que eu não tinha a mínima ideia de para onde eu iria.

Depois de abastecer o carro e ter certeza de que ele não me deixaria parada no meio de uma rua qualquer durante a madrugada em Nova York, voltei a dirigir sem rumo.

O céu estava escuro, mas a cidade permanecia acordada. Era dia de semana, mas os bares estavam abertos, as ruas povoadas e as janelas iluminadas. Uma noite comum na cidade.

Eu olhava as pessoas apressadas para fazer alguma coisa em algum lugar e as invejava, porque eu estava completamente perdida, sem saber o que fazer e onde ir.

Estranhei que o celular não tocara. Em algum lugar no fundo de mim achei que a primeira ação de Edward seria me ligar, mas talvez eu devesse saber que ele respeitaria o meu espaço.

Ele provavelmente achara que eu saí com um plano, mas não. Eu fui estúpida o suficiente para sair sem rumo. Amargamente percebi que havia uma chance dessa não ser a decisão mais estúpida que eu já havia tomado.

Não! Eu não havia traído Edward! Eu não faria algo assim!

Assim que o pensamento passou pela minha cabeça passei em frente a uma farmácia aberta, cujo letreiro praticamente zombava de mim.

Eu não precisava fazer um teste! Eu não havia traído Edward!

Segui com o carro. Pela hora, o trânsito estava perfeito, mas eu não fazia questão de andar em alta velocidade. Não havia necessidade, de qualquer forma.

Tudo bem, agora eu precisava pensar.

Eu precisava de um novo ponto de vista. Seria possível que todos estivessem apenas fingindo junto com Edward que estava tudo bem entre nós?

Bati minha cabeça no banco me chamando de estúpida mais uma vez. Edward não parecia ser o tipo que corria para contar aos caras tudo o que acontecia em seu relacionamento. Ele era provavelmente cavalheiro demais para isso e devia manter nossos problemas para nós mesmos.

Ele contaria aos pais dele? Não, com certeza ele não abalaria o que parecia ser a sintonia perfeita que havia entre Carlisle e Esme com nossos problemas matrimoniais. Ele com certeza não era o tipo que corria para o colo dos pais quando encontrava algum problema.

Eu também não correria para os meus. Por Deus! Eu mal podia ter uma conversa com meu pai por mais de 20 minutos. Eu não podia me imaginar ligando para ele e contando que eu e Edward havíamos tido uma briga.

Minha mãe definitivamente não seria uma opção. Ela faria um escândalo, daria gritinhos e imaginaria soluções ou reações mirabolantes. Além do mais, a última coisa que eu faria seria atrapalhar sua vida com seu novo marido.

Eu teria me aberto com as meninas? Definitivamente não com Alice. Ela era irmã de Edward. Seria como agir pelas costas dele indo reclamar da nossa vida com sua própria irmã. Seria um tipo de traição.

Estremeci quando essa palavra veio a minha mente.

Eu conversaria com Rosalie? Essa pergunta ficou pairando pela minha cabeça durante dois sinais vermelhos.

Lembrei da nossa conversa no banheiro do shopping há pouco tempo atrás. Ela demorou a me aceitar como amiga, mas quando o fez, parecia ter sido por completo. Ela me confiara seus medos, suas esperanças, suas decepções... Teria eu retribuído a confiança?

Provavelmente sim, mas se Rose era tão atormentada pelo desejo de engravidar, eu provavelmente não teria interferido nenhum de seus planos com os meus problemas. Eu teria apenas a apoiado, assim como eu faria agora.

Ela tinha recentemente conseguido realizar seu sonho. Não seria eu a bater em sua porta agora para soprar em sua construção.

Lembrei-me de Edward me contando que sabíamos ser discretos em nossos problemas. Provavelmente os guardávamos apenas para nós mesmos. Provavelmente éramos do tipo que só confiávamos um no outro sobre nossas dificuldades. Eu não nos condenava por isso.

Sem querer, me peguei sorrindo pela nossa cumplicidade. Se ao menos tivéssemos realmente parado alguns minutos para realmente expor um para o outro o que estávamos sentindo ou pensando...

Percebi que não fazia ideia de onde estava. Senti um frio em meu estômago e quis desesperadamente voltar para Edward, mas eu ainda não podia.

Eu não sentia que o merecia.

Eu me sentia possivelmente suja, possivelmente culpada, possivelmente pecadora, mas ao mesmo tempo eu não acreditava que eu pudesse ser capaz de tê-lo traído.

Respirei fundo quando a solução veio a minha cabeça. Eu só poderia voltar para Edward quando tivesse a certeza de que eu não o havia traído.

E se eu realmente o traí?

A pergunta veio praticamente junto com sua resposta. Eu teria que ter uma explicação. Não para ele, porque eu não aceitaria ser perdoada, mas para mim. Eu precisava entender como eu teria sido capaz.

Ainda assim, no fundo, no fundo, eu ainda não conseguia acreditar que eu pudesse ter feito algo desse tipo.

A pior parte ainda estava por vir. Eu tinha duas maneiras de obter as minhas respostas. Uma delas seria recuperar minha memória, mas eu não via isso acontecendo tão cedo.

Edward não merecia ficar lá, no topo do nosso prédio, em nosso apartamento vazio, com apenas um bilhete, esperando para sempre.

Eu precisava me resolver logo.

Estacionei o carro sem me preocupar se o local era permitido ou não enquanto pegava meu celular, torcendo para que ele tivesse a informação que eu buscava.

Não havia mensagens nem chamadas não atendidas. Novamente, eu sabia que Edward estava se segurando para permitir que eu tivesse o meu espaço. Isso só fez com que eu me sentisse ainda mais impulsionada a resolver o que quer que fosse.

Achei o contato que buscava em minha lista de favoritos. Que novidade!

Cliquei para mais informações cruzando os dedos. Eu não seria capaz de conversar sobre o que eu queria por uma ligação.

Murchei internamente quando percebi que só havia números de telefone e e-mail. Nada de endereço.

Larguei o aparelho de volta em minha bolsa. Eu precisava encontrar uma outra solução.

O que eu faria, de qualquer forma? Perguntaria a alguém no meio da rua a essa hora como chegar lá?

Ou eu esperava apenas que houvesse um GPS no carro que me apontaria magicamente o caminho? Bom, esse não parecia ser um plano ruim.

Foi então que eu tive o estalo.

Liguei o GPS do carro e procurei por endereços salvos.

Deus, eu era o tipo de pessoa que salvava até mesmo minha casa, meu local de trabalho e os restaurantes que gostava. Se bem que, com a minha sorte, eu provavelmente me perderia sem isso.

Alívio me inundou quando achei o que procurava. Ativei o aparelho enquanto a voz maquinada me guiava para o meu destino.

Sentia borboletas no estômago enquanto dirigia em uma velocidade maior para o único local que poderia me oferecer algum conforto nesse momento.

Eu estava nervosa, é claro, mas eu não voltaria atrás. Eu teria que encarar o que eu havia feito.

Depois de alguns minutos, cheguei a um prédio bonito, mas não tão bonito quanto o meu. A comparação me fez imaginar Edward novamente, sozinho no alto do nosso prédio.

Eu não fazia ideia de qual seria o apartamento, mas só pensei nisso quando já estava parada em frente ao portão, tendo abandonado o casulo que havia se tornado o carro.

O porteiro da madrugada abriu o portão olhando desconfiado para mim e segui até ele.

– Boa noite. – comecei e ele apenas acenou com a cabeça, indicando que eu deveria continuar – Eu vim para ver uma pessoa, mas eu não lembro o número do apartamento.

Seu olhar de desconfiança foi reforçado. Ele não fazia ideia do quão verdadeira eu estava sendo.

– Quem é a pessoa? – ele perguntou.

– Hm... – hesitei tentando lembrar seu sobrenome, sabendo que seria impossível – O nome dele é Max.

O homem me olhou de volta como se eu fosse uma criança passando um trote.

– Por favor. – pedi – É importante.

– A senhorita realmente espera que eu interfone para um dos moradores, no meio da madrugada, sem ter a certeza de que é alguém que a senhorita conhece? – ele perguntou debochadamente.

– Sim! – concordei desesperada – Por favor!

O homem olhou por alguns segundos e puxou um papel com uma lista, para depois larga-lo e puxar o interfone digitando alguma coisa.

Ele logo voltou seu olhar para mim enquanto esperávamos que alguém atendesse.

Depois do que pareceu ser uma eternidade, ele falou.

– Olá, boa noite senhor. Desculpe incomodar, mas há uma moça aqui em baixo procurando pelo senhor. O nome dela é... – ele parou de falar por um instante, olhando interrogativamente para mim e só voltou a falar depois que sussurrei meu nome para ele – Bella Cullen.

O porteiro esperou um pouco e depois desligou. Ele voltou a me olhar, dessa vez mais atentamente, medindo-me da cabeça aos pés.

– Ele disse que vem te buscar aqui em baixo. – falou com má vontade.

Soltei um suspiro longo e profundo de alívio, o que fez com que o homem me olhasse assustado.

– Muito, muito obrigada! – falei com toda sinceridade que existia em mim.

Ele me olhou como se eu fosse a mais estranha das criaturas e apenas acenou com a cabeça novamente.

Alguns minutos se passaram, até que ouvi o elevador chegar e dele surgiu Max, com o cabelo despenteado, os pés em um par de chinelos e um grande sobretudo em seu corpo.

– Bella! – ele disse correndo em minha direção, mas parando quando chegou perto o suficiente para notar que eu não estava confortável com sua proximidade – Você está bem?

– Eu... – parei sem saber o que responder ao certo e acabei optando novamente pela sinceridade – Eu precisava conversar.

– Claro. – ele concordou seriamente – Venha, vamos subir.

Ele me guiou para o elevador, após um rápido cumprimento para seu porteiro. Dentro da caixa metálica fiquei admirando o painel com os botões, sem conseguir olhar em outra direção.

– Reconhece? – Max perguntou.

– Eu deveria? – respondi.

– Provavelmente não... Acho que você só veio aqui uma vez e, se bem me lembro, não chegou a subir. – ele respondeu e isso me trouxe alguma esperança.

Eu nunca havia visitado sua casa. Isso deveria significar algo, certo?

As portas do elevador se abriram e ele me guiou por um corredor não muito longo. A porta do seu apartamento estava apenas encostada.

Passei por ela e me deparei com uma sala pouco iluminada que não ostentava luxo algum, apenas conforto.

Ele trancou a porta e me guiou para o sofá. Quando sentei, percebi duas taças na mesa de centro.

– Você está com alguém! – notei surpresa.

– Está tudo bem, ela está dormindo. – ele respondeu sentando-se a minha frente, me oferecendo um sorriso confortador.

– Espera, você tem uma namorada? – perguntei tentando entender.

– Sim, e foi você quem me ajudou a conquista-la. Por que está tão surpresa, afinal? Eu não sou tão ruim assim. – ele falou brincando, mas logo percebeu que eu ainda estava surpreendida – O que aconteceu Bella?

– Max, eu preciso te perguntar uma coisa. – falei querendo ir logo direto ao assunto.

– Tudo bem, vá em frente. – ele respondeu sério, percebendo minha tensão.

– Eu traí Edward com você?


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Notas finais do capítulo

Por favor, não me matem!
É com dor no meu coração que venho dar um aviso!
Eu tinha um combinado com vocês de posts semanais e eu estou atrasando muito e eu odeio isso.
Eu não consegui arrumar uma forma ainda de resolver os meus "problemas da vida real" então, até lá, estou oficialmente colocando Nossos Momentos em hiatus. EU NÃO ESTOU ABANDONANDO! Vou voltar a postar assim que puder, mas não vou prometer datas, ok?
Ainda espero comentários e juro que vocês não fazem ideia do quão importantes eles são para me inspirar a escrever em cada 15 minutinhos que eu consigo!
Enfim, vejo vocês nos comentários (espero).
Beijinhos!