Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 33
Luzes da Cidade


Notas iniciais do capítulo

Queridas! Perdoem meu atraso! Eu esqueci completamente que ontem era sexta de Carnaval!
Agora sim, vamos ao capítulo!
Boa leitura!



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O som do telefone me acordou de um sono perfeito. Rolei na cama e senti Edward ainda ao meu lado.

 – Atende – reclamei com ele, ainda sonolenta e de olhos fechados, querendo que ele fizesse logo aquele som parar para eu poder voltar para a inconsciência.

– Não – ele gemeu se agarrando ainda mais em mim – deixa tocar.

Ouvi o som irritante mais uma vez.

– Uma ligação a essa hora deve ser importante – falei ainda rabugenta tentando encontrar algum argumento para convencê-lo a parar aquele som.

– É o interfone. Deve ser alguém querendo irritar. – ele falou sem apresentar qualquer movimento que mostrasse que ele levantaria.

Deixei para lá. Ninguém viria aqui em casa a essa hora sem ser chamado.

Foi então que lembrei.

– A PIZZA! – gritei abrindo os olhos, sentando na cama, empurrando Edward e puxando o edredom para me envolver com ele enquanto me levantava. Tudo ao mesmo tempo.

Saí correndo pela casa, notando que a luz já havia voltado e torcendo para que eu não tropeçasse ou escorregasse, especialmente por estar envolta em um edredom que poderia ser mortal para mim.

Chegando a cozinha me atirei no interfone e permiti que o entregador subisse assim que ele se identificou.

Voltei para o quarto em passos mais tranquilos e, chegando lá, notei que Edward estava saindo do banheiro vestindo sua calça, para meu desgosto. Seu cabelo, no entanto, era uma prova dos momentos que havíamos acabado de compartilhar e me peguei sorrindo por isso.

Ele veio até mim e me abraçou pela cintura e grudou nossas testas. Soltei o edredom, deixando que ele ficasse seguro por nossos próprios corpos e levei minhas mãos para sua nuca.

– Ah se você soubesse como está sexy assim. – ele falou e beijou meus lábios.

Sem perder tempo, correspondi, apesar de ter plena ciência de que ele estava errado sobre a minha aparência. Eu estava, muito provavelmente, uma bagunça.

– Você pode atender para mim enquanto eu visto alguma coisa? – perguntei a ele quando quebramos nosso beijo, mas ainda mantive minhas mãos em sua nuca, acariciando os pequenos tufos de cabelo ali.

– Como se eu fosse deixar você aparecer assim para mais alguém... – ele riu – Essa visão é só para mim, senhora Cullen.

Ele sussurrou a última parte ao pé do meu ouvido, criando arrepios pelo meu corpo. Deixando um beijo ali mesmo, ele começou a se afastar de mim.

Voltei a segurar o edredom a minha volta enquanto Edward saia do quarto e imediatamente senti falta dele.

Usei o banheiro, prendi meus cabelos em um rabo de cavalo mal feito e vesti minha camisola de malha em tempo recorde para não ter que ficar um segundo sequer além do necessário longe de Edward.

Fui para a sala, mas ouvi movimentos e achei melhor não aparecer para que o entregador me visse, ficando apenas no corredor.

– Desculpe pela demora, senhor. Com a falta de luz... – ouvi a voz do rapaz tentando explicar.

– Sem problemas. – Edward o cortou – Você não poderia ter escolhido momento melhor.

Pude ouvir o sorriso em suas palavras e me peguei sorrindo bobamente também.

Quando a ouvi a porta sendo fechada, fiz minha aparição e ainda pude ver Edward largando sua carteira na mesinha.

– Então, ele não poderia ter escolhido momento melhor, não é? – provoquei.

Ele sorriu para mim, piscou e me deu as costas, deixando agora as caixas com as pizzas e a garrafa de refrigerante na mesa para logo depois ir para a cozinha.

– Se fosse mais cedo nós não iríamos querer e se fosse mais tarde nós estaríamos mortos de fome. – ele declarou seu argumento irrefutável enquanto eu ouvia o barulho de louça.

– Não vou discutir com você quando o modo advogado está ativado! – brinquei enquanto me sentava para espera-lo, mas ouvi os barulhos na cozinha pararem de repente.

Edward voltou da cozinha com as mãos vazias e com um olhar assustado no rosto.

– Está tudo bem? – perguntei avaliando a postura dele e levantando lentamente.

– Sim, eu acho. – ele respondeu meio hesitante e ainda mantendo uma distância segura entre nós enquanto me avaliava.

Sem entender o que aconteceu voltei a me sentar e abri a caixa da pizza. O cheiro delicioso invadiu minhas narinas e percebi que eu estava há muito tempo sem comer e realmente estava morrendo de fome.

Edward trouxe pratos, copos, talheres e guardanapos e os arrumou para nós dois na mesa enquanto eu partia a pizza em fatias.

– Ei, nós podemos comer na sala? – perguntei a ele.

– Claro que podemos. – ele respondeu com um sorriso lindo e agradeci pela luz ter voltado para que eu pudesse ter novamente aquela imagem.

Na sala, nos jogamos no tapete e ficamos admirando as luzes da cidade durante a noite.

Os pratos e talheres foram ignorados, enquanto usávamos nossas mãos para comer. Em algum momento, acabei ficando sentada com minhas costas apoiadas no peito de Edward enquanto ele estava apoiado no sofá.

– Não é linda? – perguntei.

– O que? – ele perguntou de volta.

Sua voz, novamente ao pé do meu ouvido criando mais arrepios. Eu não sabia se algum dia me acostumaria com isso.

– A cidade. – respondi – Quero dizer, assim, como estamos olhando, toda iluminada. Parece que ela toda foi montada só para a gente ver.

Eu sabia que estava divagando, mas eu não me importei.

– Precisamos lembrar de passar mais tempo admirando. Eu não me importaria de ficar assim com você. – ele respondeu e ouvi o sorriso em sua voz enquanto ele me apertava mais forte.

Sorri como uma boba. Isso estava se tornando um hábito muito comum e eu não poderia me importar menos. Era até bom, sabendo que a causa desses meus sorrisos eram Edward.

– Edward? – chamei.

– Hmm? – ele respondeu provavelmente ainda preso em nossa bolha e eu quase me senti mal por estar prestes a quebra-la. Quase.

– Eu preciso de doce! – falei com aquela voz que eu tanto odiava, parecendo uma criança.

Achei que ele fosse ficar chateado por eu quebrar aquele nosso momento, mas ele apenas jogou sua cabeça para trás enquanto gargalhava alto.

– Tudo bem, linda. Vamos te encher de açúcar! – ele falou levantando e me puxando junto com ele.

Fomos andando grudados até a mesa, onde estava a caixa com a pizza doce. Seus braços a minha volta, ainda mantendo meu corpo muito colado ao dele e seu rosto enterrado na curva do meu pescoço, como se meu perfume fosse mais importante do que oxigênio.

Abri a caixa e salivei. Eu realmente estava com carência de chocolate e coco em meu organismo.

Cortei em fatias e peguei uma delas com Edward ainda agarrado a mim e, agindo por impulso, levei a pizza na direção dele antes de trazê-la para mim.

Ele pareceu surpreso com o gesto.

– Você está me oferecendo? – ele perguntou sem fazer qualquer movimento que indicasse se ele queria ou não.

– Estou. – respondi sem entender o que havia de tão grande naquele gesto.

Ele cautelosamente esticou seu pescoço para frente, indicando que eu poderia continuar o que comecei. Levei a pizza para ele e ele a mordeu. Logo em seguida, trouxe para mim e percebi o quão íntimo aquele gesto era.

Indicava que o nosso relacionamento estava indo bem não só na intimidade física, mas também na sentimental.

Estávamos apenas compartilhando uma fatia de pizza. Era simples. Era bobo. Ainda assim, era um indicativo de que estávamos avançando.

Edward se afastou um pouco de mim, mas manteve um de seus braços a minha volta. Ele puxou a uma das cadeiras da mesa e, por um breve instante, pensei que ele iria querer que sentássemos e comêssemos como em uma refeição qualquer.

Totalmente ao contrário do que imaginei, Edward se sentou na cadeira e me puxou para o colo dele. Assim ficamos, cabendo a mim a tarefa de nos alimentar.

Em algum momento, Edward riu e ficou olhando para o meu rosto como se tentasse decorar cada traço. Enquanto isso, aproveitei para admirar os seus olhos, iluminados pelas luzes da cidade. Tão lindos... Tão verdes... Tão Edward!

Ele trouxe seu polegar para o canto dos meus lábios, passando-o ali mostrando que eu havia me sujado com chocolate.

Sem esperar mais um momento sequer, seus lábios estavam nos meus. Foi um pequeno beijo, mas que era muito bom, porque era com Edward.

Depois desse, ele escovou seus lábios nos meus novamente e ali ainda ficamos por algum tempo, apenas namorando, vendo que, de alguma forma, nós estávamos realmente tendo grandes avanços na nossa relação. 


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Notas finais do capítulo

Quem esperava mais momentos hot, acalmem-se! Eles ainda virão!
Se comentarem bastante eu tento postar o próximo capítulo na quarta, que tal?
Beijinhos!



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