Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 24
Confissões


Notas iniciais do capítulo

Passamos dos 250 comentários?? É isso mesmo??? Ai, como eu adooooro vocês!
Me perdoem a demora! Esse capítulo foi delicado para mim e meu computador, que há mais ou menos 5 anos era de última geração, tornou-se finalmente um ser idoso e não aguenta ficar por muito tempo ligado, o que tornou minha vida muito mais difícil.
Vou correr para responder os comentários do capítulo anterior agora!
Boa leitura!



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O fim de semana foi bom e foi ruim.


Foi bom porque eu tive Edward só para mim por bastante tempo. Voltamos a entrar em nossa bolha particular e eu parecia estar vivendo em um conto de fadas.


Ele me levara ao Metropolitan Museum of Art no sábado e eu delirei com cada coisa que vimos.


Eu sabia que Edward era culto, mas cada comentário seu me deixava ainda mais impressionada com ele. O que me deixou mais impressionada, no entanto, foi saber que eu o havia ensinado aquilo antes.


Depois do museu fomos a uma sorveteria e parecia que éramos recém namorados.


Ficamos assistindo filmes até tarde e ele me levou nos braços para a cama.


No domingo fui acordada com beijos pelo rosto e um cheiro delicioso de café fresco.


Passamos a tarde conversando sobre nós. Ele me contou mais sobre o tempo que passei em Forks, sobre o início do nosso namoro, sobre a faculdade... Desnecessário dizer que morri rindo de mim mesma ao saber que fui ao nosso primeiro baile juntos com a pena engessada. Era típico de mim.


Ele me mostrara fotos do nosso casamento e fiquei encantada com a forma como conseguiram me colocar linda. Olhando nossas fotos, não havia como negar que formávamos um belo casal. De alguma forma, nós combinávamos.


À tardinha, eu recebera uma ligação inesperada. Minha mãe.


Primeiro levei uma bronca por não ter dado notícias, mas depois passamos um bom tempo conversando.


Foi bom contar a ela sobre tudo o que eu vinha vivendo. Ela me perguntava sobre Edward como se eu estivesse conhecendo-o agora e como se nós estivéssemos começando a namorar. Eu poderia ter reclamado, se a situação não encaixasse tão bem.


Ela me falara um pouco sobre Phill, que eu ainda não tinha conhecido. Ele me parecia ser uma boa pessoa. Especialmente, uma boa pessoa para ela.


Pelo que ela contava ele era responsável (ele lembrava de pagar as contas e de fazer as compras), mas também sabia aceitar as loucuras e a instabilidade da minha mãe.


Ao final, ela agradecera o convite para a festa de Carlisle e Esme e confirmara presença dela e de Phill.


Ao comentar isso com Edward, sua resposta foi autoexplicativa.


– Alice não perde nada. – ele falou sorrindo.


Mais tarde, veio a ligação do meu pai. Assim como a primeira, passamos muito tempo calados pensando no que falar, mas em resumo, ele estava bem e também aproveitara para confirmar a presença para a festa. Ele, Sue e Seth estavam confirmados.


O engraçado foi meu pai dando voltas para falar sobre sua grande amiga e o filho dela. Se Edward não tivesse me falado sobre minhas desconfianças de que meu pai namorava Sue, eu começaria a desconfiar agora.


– Provavelmente Jacob também foi convidado. – ele disse assim que terminei de narrar para ele minha conversa com meu pai.


Estávamos sentados no tapete em nossa sala de estar compartilhando um delicioso fondue que fizemos juntos.


– Será que ele vem? – perguntei afogando um morango na calda deliciosa de chocolate.


– Não sei. – ele falou refletindo – Acha que ele traria o bebê?


– O problema em trazer o bebê seria a viagem em si, a festa em si ou a minha reação ao vê-lo? – perguntei analisando a expressão de Edward e abandonando meu morango.


– Um pouco de cada, imagino. – ao terminar a frase, presenteei-o com uma levantada de sobrancelha – Certo, seria em grande parte pela sua reação.


Eu ri.


– Não sei se você reparou, senhor Cullen, mas eu venho reagindo muito bem a tudo que venho descobrindo. – falei brincando.


– Eu sei, linda. Você sempre me surpreende. – ele falou sorrindo e me puxando para mais perto dele.


– Espero que Lea supere logo os ciúmes dela. Seria melhor para todos nós. – comentei.


– Um dia ela supera. Eu superei meus ciúmes com Jacob. – ele falou dando de ombros.


– Você tinha ciúmes de Jacob? – perguntei virando-me para ele incredulamente.


– Vocês eram muito amigos e ele gostava muito de você. – ele falou um tanto aborrecido.


Dessa vez eu gargalhei.


– Edward! Você é tão absurdo! – continuei gargalhando enquanto ele me olhava com expressão de quem não entendia o que estava acontecendo – Como se alguém pudesse trocar você! Como se eu pudesse em algum momento querer outro que não seja você!


– Isso é uma promessa? – ele perguntou me encarando de forma séria e eu percebi que tocara em um ponto delicado.


– Eu prometo. – falei encarando a imensidão dos seus olhos e levando minha mão ao seu rosto.


Foi aquele o momento.


Naquele momento em que olhei em seus olhos eu vi, novamente, que Edward estava inseguro. O que mudou naquele momento específico foi que eu questionei internamente o motivo.


Eu sempre achava que Edward estaria inseguro por causa da minha falta de memória. O que seria normal. Eu não lembrava dele, é claro que ele poderia estar um tanto perdido.


Acontece que ele acabara de admitir que eu estava me saindo melhor do que o esperado. Deveria haver alguma mudança, alguma certeza.


Havia certezas! Concluí. Ele afirmava vorazmente quando dizia que me amava, quando demonstrava seu carinho por mim, sua atenção. Edward sabia reagir à minha falta de memória.


Suas incertezas e inseguranças vinham de outro lugar e era aquele o momento para conversarmos sobre isso.


– No que está pensando? – ele perguntou quando percebeu que eu estava há muito tempo encarando seus olhos.


– Edward, nós precisamos conversar. – falei ainda olhando para ele.


Ele se endireitou, e levou sua mão até a minha, que ainda estava em seu rosto. Dessa vez, fui eu quem apertou levemente sua mão, tentando mostrar a ele que assim como ele sempre estivera ao meu lado, eu estaria ao lado dele.


– Dizem que nada de bom pode vir depois dessas palavras. – ele brincou, mas eu via que nem ele via graça.


– Eu quero te perguntar uma coisa. – declarei.


– Uma? – ele perguntou estranhando.


– É. Vai depender de você o quanto vai falar para me responder mais que isso. – assim que falei senti ele apertando minha mão e firmei melhor o meu aperto, entrelaçando nossos dedos – O que está acontecendo entre nós?


Era uma pergunta que podia ser interpretada de várias maneiras, é claro, mas ele sabia bem do que eu estava falando.


– Eu não sei se ainda éramos nós, Bella. – ele respondeu levando minha mão aos seus lábios e deixando um beijo ali.


– Me diz, Edward. Me diz o que aconteceu? – pedi como se nossa vida dependesse disso.


– Não sei quando isso começou. Quando começamos a querer mais do trabalho, talvez. Olhando assim, acho que foi antes, quando viemos para Nova York. Talvez antes, até, quando ainda estávamos na faculdade... – ele começou e passou seu braço em volta do meu ombro, me puxando para ficar com ele.


Fui de bom grado. E nos viramos para nossa vista da cidade, a qual ficamos encarando enquanto conversávamos e o Sol se punha.


– Já na faculdade a gente se desentendia. A distância dificultava muito as coisas. Estávamos acostumados a nos ver todos os dias, fazíamos quase todas as aulas juntos, íamos para a escola juntos... Foi uma mudança e tanto e nós éramos muito jovens. – ele falou como se refletisse à medida que ia me contando.


– Você me falou que nós nos afastamos um pouco na faculdade. – lembrei daquela noite em que ficamos conversando enquanto ele me contava um pouco sobre nós.


– Talvez eu tenha usado um eufemismo. Nós começamos a brigar muito. Você sempre teve ciúmes de Tanya e ela fazia faculdade em Yale também. Apesar de eu quase nunca a encontrar, até porque nossos cursos eram difíceis e nossos horários não batiam, você era muito cismada com isso. – agora ele acariciava meu braço enquanto me contava essas coisas.


– Não consigo me imaginar tendo uma crise de ciúmes. – declarei.


Era estranho. Seria por Edward, é claro, mas ainda assim, não conseguia me imaginar fazendo cena.


– Nós nunca abrimos nossos desentendimentos para ninguém. Você nunca brigou com ela, nem ao menos foi rude. Ficava tudo entre nós dois. Ninguém além de nós nunca soube de nada. – ele respondeu – Quando terminamos a faculdade, eu te pedi em casamento. Estávamos em uma época boa, um clima bom. Parecia que tínhamos voltado a ser o que éramos. Eu e você e nada mais, sabe? Curtimos muito o tempo que passamos divagando sobre nosso casamento.


Eu curti planejar nosso casamento? – perguntei realmente estranhando.


Receber uma singela risada dele foi reconfortante, já que o clima ali não estava entre os melhores.


– Você ficou assustada com a ideia no início. Muito assustada. Deixamos as coisas correrem e, por fim, você viu que não havia caminho diferente para nós. Não havia o que temer. Nós pertencemos um ao outro. – ele falou.


– Isso soa bem, parece certo. – comentei sorrindo e me virando para olhá-lo.


Ele olhou para mim com a expressão surpresa.


– Foi exatamente o que você falou para mim. – ele falou ainda com os olhos um tanto mais atentos, mas com um pequeno sorriso surgindo.


Voltamos a nossa posição original.


– Então... Nós casamos. E ficamos bem, por um tempo. Depois acho que a vida real nos pegou. A rotina nos atingiu. Trabalho, compromissos, stress, Nova York... Além disso, seria muita hipocrisia minha não acrescentar, nós mesmos. Você mudou, eu mudei. Nós mudamos bastante e muito rápido. Acho que eu não te acompanhei e você não me acompanhou... Nós estávamos ansiosos pelo sucesso também. Nós dois. Nós queríamos mais, ter mais, fazer mais, aparecer mais. Não era orgulho ou futilidade, era vontade de crescer, sabe? Acho que nós fomos deixando algumas coisas de lado até que chegamos aonde chegamos. – ele falou com um suspiro.


– Então, nós não estávamos bem. – declarei.


– Não, Bella. Nós não estávamos nada bem. – ele confirmou.


– E ainda assim você me acolheu e cuidou de mim? – falei me afastando um pouco do seu abraço para encará-lo.


Foi como se tivesse dado um choque nele. Imediatamente ele se virou para mim.


– Nada disso muda o que eu sinto por você, Bella! Eu te amo! Você é o que eu tenho de mais importante, de mais precioso! Meu mundo, meu tudo! Você é a minha vida! – ele declarou com aquele desespero em seus olhos como se necessitasse afirmar aquilo – Nada do que aconteceu muda o que nós temos. Se você me quiser, eu te quero.


– Edward, - comecei mergulhada naquela imensidão verde que eram seus olhos, tendo como plano de fundo o céu alaranjado pelo crepúsculo – eu te amo.


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Notas finais do capítulo

Então, tentei dar uma aceleradinha sem prejudicar o enredo da história. Ficou ruim?
Alguém aí sentiu falta de alguma coisa nessa conversa? Alguma explicação? Algum detalhe? Algum FATO? rsrsrsrs Acho que esse casal ainda tem bastante coisa para conversar...
Nos vemos nos comentários?
Beijinhos!