Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 20
Distância


Notas iniciais do capítulo

Lindas!
Muito obrigada pelos comentários de vocês! Não tenho como descrever o quanto gosto de lê-los!
Um agradecimento mais que especial a Sandy Beatriiz pela recomendação que me emocionou! Muuuiiiiito obrigada!
Assunto sério agora: o capítulo não está quente, mas está enorme e cheio de informações importantes!
Por favooooor, nao me matem!



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Eu estava ouvindo o pior som do mundo.

Uma música qualquer. Eletrônica demais. Alta demais. Irritante demais.

E estava me acordando.

Soltei um grunhido de reclamação. Senti Edward se esticando para longe de mim em nossa cama e meu corpo inteiro se sentiu mal por isso, mas pelo menos o barulho acabou.

Pude ouvir sua risada e minha irritação elevou-se ainda mais, fazendo com que eu precisasse soltar outro som estranho de reclamação, já que meu cérebro ainda não conseguia funcionar o suficiente para elaborar alguma fala.

– Eu te avisei ontem – ouvi ele falando – Seu humor é péssimo quando você dorme pouco.

– É cedo! – reclamei como uma criança, puxando a coberta para cobrir meu corpo inteiro, como se isso pudesse bloquear qualquer coisa que quisesse me tirar do meu sono.

– Pode dormir mais, linda. – Edward falou ainda rindo do meu estado de mau humor matinal – Não esquece que eu venho te buscar para almoçarmos.

Com isso ele foi se afastando até que senti seu corpo sair da cama.

– Edward! – chamei me virando para ele e tirando a coberta de cima de mim – Fica comigo. – pedi com a minha voz irritante que eu não pude evitar e com uma tentativa de olhar carente que eu precisava aprender desesperadamente.

– Hoje eu não posso, linda. – ele respondeu voltando a se sentar na cama, com o rosto cheio de culpa.

Ergueu sua mão para acariciar minha bochecha e me puxou para deixar um beijo em minha testa.

– Me perdoa? Prometo que vou te compensar. – seu olhar era intenso e eu via um infinito de culpa ali dentro.

Imaginei se era tão difícil assim para ele me negar alguma coisa ou se havia algo mais. Algo que eu não sabia. Algo que eu não lembrava.

– Tudo bem. – respondi beijando sua mão.

– Vamos combinar o seguinte: você volta a dormir e descansa enquanto eu vou para a empresa, resolvo o máximo de coisas que eu puder, saio na hora do almoço para vir te buscar e passamos o resto do dia juntos, certo? – ele perguntou como quem implora.

– Certo. – respondi – Eu vou estar com o humor melhor à tarde, não vou?

– Vamos torcer para que sim. – ele respondeu sorrindo, mas o sorriso não atingiu seus olhos.

Voltei a deitar enquanto ouvia Edward entrar no banheiro e abrir o chuveiro. Ao som da água caindo adormeci novamente.

Tive um flash de consciência em que o senti deixar um beijinho em meus lábios antes de sair, mas não consegui acordar completamente para corresponder.

Tive um sonho estranho.

Eu estava em baixo d’água. A água era verde, como os olhos de Edward.

Edward.

Olhei para os lados, mas não conseguia encontrá-lo.

Emergi procurando por ele e o encontrei não muito distante.

– Edward! – chamei.

Ele olhou para mim, mas o verde em seus olhos não me passou conforto como antes. Estavam cheios de culpa, remorso. Me senti mal por isso.

– Eu sinto tanto, Bella. – ele disse.

Foi como um tapa em minha cara. De alguma forma, ouvi-lo me pedir desculpas fez com que eu me sentisse infinitamente culpada. Eu só não sabia pelo que.

Tentei chegar perto dele, mas por mais que eu nadasse parecia que sempre havia mais água entre nós.

– Edward, me perdoa! – eu pedia, mas não conseguia chegar perto o suficiente.

Continuei movendo meus braços e minhas pernas, desesperadamente, em uma tentativa inútil de alcançá-lo.

Entre um movimento e outro acordei e percebi que eu estava em nossa cama, em nosso quarto. A coberta enrolada em minhas pernas, dificultando meus movimentos.

Respirei fundo olhando para o teto, tentando mostrar a mim mesma que fora apenas um pesadelo.

Olhei no relógio, que marcava 10:43. Edward viria me buscar para o almoço, eu deveria me arrumar.

Levantei ainda olhando em volta, querendo me certificar de que estava tudo certo. Aparentemente estava, mas o pesadelo mexera comigo.

Precisar envolver meu gesso foi apenas mais um fator para me desanimar. Não via a hora de me livrar daquilo.

Outra coisa que me irritara foi perceber que precisava lavar o cabelo novamente. Usar uma mão só já estava me cansando.

As roupas também pareciam não querer se encaixar bem em meu corpo. Não importava o que eu experimentava, sempre havia uma falha. Apertado demais, largo demais, cumprido demais, curto demais...

Com sapato não fora diferente. Foi difícil arrumar algo que combinasse e não machucasse.

Ainda tive a brilhante ideia de arrumar uma bolsa. As que eu mais gostava eram sempre muito pequenas. A carteira, o celular e as chaves não cabiam. As grandes que combinavam com minhas roupas acabavam parecendo vazias demais. Por fim tive que aceitar que era desnecessário levar carteira e me contentei com uma bolsinha que coubesse o celular e, com algum esforço, as chaves.

O dia de hoje me dava claros indícios de que o melhor a fazer seria voltar para a cama, mas eu tinha medo de voltar a dormir e ter outro pesadelo.

Arrumei a cama de qualquer jeito e tomei apenas um copo de leite, temendo perder o apetite para o almoço.

Ainda utilizando apenas uma mão lavei o copo e depois fiquei sentada no sofá admirando a vista enquanto esperava Edward ligar.

Meu relógio de pulso marcava 12:15 e me dei conta de que eu não fazia ideia de que horas ele viria.

Tirei aquele momento para tentar exercitar minha memória. Busquei em minha mente tudo e qualquer coisa que pudesse estar relacionado com Edward ou com qualquer outra coisa do meu presente.

Vendo que isso não me levaria a nada peguei as fotos que eu vira no meu primeiro dia de volta e tentei ao máximo lembrar de alguma coisa do passado. Nada.

Só o que eu conseguia perceber eram as mudanças que aconteceram em mim. Ter ganhado mais corpo, o corte de cabelo diferente, o rosto maquiado, as roupas mais selecionadas...

Ri por um instante quando percebi que, se alguém tivesse me dito há alguns anos atrás que eu estaria assim hoje eu não teria acreditado. Muita coisa em mim mudara.

Ouvi o interfone tocando e corri para atender.

– Senhora Cullen? – ouvi a voz do outro lado da linha dizer.

– Sim? – respondi.

– O senhor Cullen está aqui em baixo. Perguntou se quer que ele suba ou se pode te esperar aqui.

– Estou descendo. – falei antes de colocar o aparelho de volta.

Quando cheguei à porta tive uma síncope por não encontrar minhas chaves de forma alguma. Corri para o escritório onde Edward as havia deixado na primeira vez, mas não estavam lá.

Voltei para a cozinha pensando em ligar para a portaria dizendo que havia mudado de ideia e que era melhor Edward subir. Foi então que me dei conta de que não sabia o que discar para falar com a portaria.

Tentando não entrar em desespero corri para o quarto onde havia largado a bolsa com o celular mais cedo, rezando para ter o número de Edward na memória. Foi então que reparei que ali estavam as chaves.

Ainda muito irritada consegui abrir a porta.

Ignorei a demora do elevador e, finalmente, cheguei até a portaria.

Passei deixando um breve aceno ao gentil porteiro que não tinha culpa do meu azar de hoje e fui para calçada, onde estava o carro de Edward na primeira vez em que saímos.

Novamente, ele estava lá.

– Desculpa a demora! – falei assim que entrei – Eu dormi demais, tive um pesadelo, acordei tarde, me compliquei em tudo o que fazia por causa do gesso, nenhuma roupa ficava boa em mim, acabei me perdendo nos meus pensamentos quando consegui ficar pronta e quando você chegou eu não achava as chaves...

Parei ao perceber que estava falando demais e que Edward podia não estar entendendo tudo.

Ao olhar para sua direção vi que ele apenas me olhava com um sorriso. Aproveitando minha pausa ele se aproximou e me deu um beijo casto.

– Oi. – ele falou ainda muito perto.

– Oi – eu disse.

Ou pelo menos tentei dizer, mas saiu mais um suspiro do que uma palavra.

– Ainda de mau humor? – ele perguntou voltando a se sentar em seu banco e ligando o carro, mas ainda sorria.

– Hoje recebi claros sinais de que o melhor era não levantar. – respondi encostando a cabeça no meu banco.

– Nós podemos voltar para casa se você quiser. – ele falou, apesar de o carro já estar andando.

– Não, não. Você vai me levar ao hospital hoje? – perguntei.

– Só se você quiser. Liguei para o meu pai hoje, ele está lá agora. Ele disse que já pode tirar o gesso. – ele falou.

– Então, por favor, eu faço questão de irmos! – falei e ele riu.

– O que você quiser, amor. – paramos em um sinal vermelho e ele aproveitou para pegar minha mão e beijar – Onde quer comer hoje?

– Não sei... Acho que preciso de alguma coisa saudável. – falei.

– Que tal um restaurante japonês? – ele perguntou.

– Eu gosto? – perguntei me dando conta de que a única lembrança de que eu tinha de comida japonesa fora quando minha mãe resolvera fazer um curso de culinária e eu fora a cobaia para sua primeira experiência em casa.

Ela tentara fazer sushi e o resultado fora um desastre. Eu tinha decidido jamais experimentar comida japonesa outra vez.

– Não tanto quanto italiana, mas gosta. – ele respondeu provavelmente estranhando minha pergunta – Prefere ir ao hospital ou ao restaurante primeiro?

– Por favor, eu preciso tirar isso! – falei mal conseguindo esperar o momento para me livrar daquilo.

Edward fez o que eu pedi sem objeções.

Embarcamos em uma conversa tranquila, mas o tempo inteiro eu continuava com aquela sensação incômoda. Havia algo errado.

Carlisle nos recebeu como sempre. Muito gentil, mas sempre respeitando espaços. Perguntou como eu estava, mas não fez menção de perguntar sobre a minha memória. Ele sabia que se eu tivesse lembrado de alguma coisa eu diria.

A retirada do gesso foi mais simples do que eu pensei. Não precisei de exames nem consulta. Meu braço parecia ligeiramente mais fino e, se é que possível, mais branco e a pela estava estranha, mas eu havia me livrado daquilo e era o que importava.

Foi no restaurante que eu percebi que Edward estava um tanto fora de foco.

– Está tudo bem? – perguntei enquanto esperávamos nossos pedidos.

Dessa vez ele pedira por mim, já que ele sabia mais do que eu mesma meus gostos.

– Tudo certo. – ele respondeu.

A resposta rápida de mais e o uso da palavra “certo” foram dois indicativos de que algo estava acontecendo, mas preferi respeitar seu espaço.

Ele foi atencioso me ensinando como usar os palitinhos e sempre me perguntando se eu realmente estava gostando da comida.

– Você disse que teve um pesadelo... – ele começou.

– Foi bobo. – respondi.

– Mas mexeu com você. – ele sentenciou e não respondi – Se mexeu com você é importante. E se é importante para você é importante para mim.

– Não deveria ter mexido tanto comigo. – murmurei brincando com meus palitinhos.

– Tem a ver com sua perda de memória? – ele perguntou.

– Não sei. – respondi.

Ficamos quietos por um instante e decidi que não ganharia nada escondendo.

– Eu estava submersa. – comecei – Procurei você, mas não te vi. Então eu emergi. Você estava perto, mas eu não conseguia alcançar você.

– Bella? – ele chamou quando fiquei muito tempo sem falar – Eu estou aqui. Sempre vou estar. – ele esticou sua mão e pegou a minha.

– Tem mais. – falei segurando sua mão como se estivesse me certificando de que ele não sairia dali – Eu chamei você e você me pediu desculpas. Isso fez com que eu me sentisse muito mal, muito culpada. Eu tentei chegar perto de você, mas eu não conseguia.

Percebi então que eu estava com lágrimas nos olhos. Eu tinha que admitir que aquilo mexera comigo. Mais do que eu queria admitir.

– Amor, está tudo bem. – ele disse passando seu polegar em meu rosto para afastar minha lágrima.

– Eu queria poder te dizer que estava tudo bem, que você não tinha o que se desculpar. Queria te mostrar que a culpa era minha. Queria que fosse eu a te pedir desculpas, mas eu não conseguia chegar perto de você. – falei deixando que mais algumas lágrimas escapassem.

– Shh, linda. – ele disse me envolvendo em seus braços e me puxando para seu peito – Eu estou aqui com você, não tem mais com o que se preocupar.

– Obrigada, Edward. – falei depois de um tempo em seu abraço. – Obrigada por ser tão... você.

– Tão eu? – ele riu. – Como assim?

– Você sabe, ser desse jeito. – como ele não falou mais nada continuei – Compreensivo, carinhoso, respeitador... Por saber quando cobrar uma resposta e quando permitir espaço... Por ser assim educado, cavalheiro... É raro uma pessoa ser naturalmente assim.

– Você merece. – ele respondeu simplesmente e me abraçou mais forte.

 .

 ~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

 .

 Para melhorar ainda mais o meu humor, que ainda não estava lá essas coisas, Edward decidira me levar a uma doceria.

No caminho, passamos em frente a um belo prédio, todo de vidro, que ele apontara mostrando ser onde ele trabalhava.

Foi aí que percebi que eu conhecia bastante de Edward em casa, mas não sabia nada sobre o que ele fazia, seus gostos, compromissos...

Por fora, a doceria seguia o mesmo padrão das lojas daquela rua, mas por dentro o ambiente era bem colorido, com foco nas cores rosa, azul e marrom. Ver toda aquela variedade e quantidade de doces me fez salivar.

Edward optou por uma torta de chocolate enquanto eu, depois de muito pensar, escolhi uma de morango com confeitos multicoloridos por cima.

Ao ver minha escolha ele sorriu e senti que um pouco daquela estranheza ia se diluindo.

Estava prestes a pedir para ele falar alguma coisa sobre ele quando seu celular tocou.

Ele ficou olhando a tela por um instante, antes de soltar um suspiro de resignação e atender.

– Alo. – não sei se era porque eu via suas expressões, mas eu conseguia sentir sua má vontade. – Não, não vou voltar hoje. Vou passar o dia com a minha mulher. – houve uma pausa durante a qual tentei não ficar encarando, me concentrando muito em meu prato – Não vai fazer grande diferença eu ir ou não, além do mais não quero deixar ela mais tempo sozinha. – houve uma nova pausa, mas nessa ele parecia mais ansioso, passando sua mão pelo cabelo algumas vezes – Não te mais ninguém que possa fazer isso? Fale com Liam, ele vai saber o que fazer. – a nova pausa agora foi mais curta – Certo, vou procurar ele e te retorno.

Com isso ele desligou o celular e voltou-se para mim.

– Desculpe por isso. – e lá estava novamente aquela imensidão de culpa que vinha me fazendo tão mal naquele dia.

– Trabalho? – perguntei.

– Não é grande coisa, vou consertar. Prometo. – ele respondeu apressadamente, ainda me olhando com aquela intensidade.

– O que está acontecendo? – perguntei tentando entender de onde vinham aqueles sentimentos que ele demonstrava.

– Eu trabalho em um grupo de advocacia. – ele começou após um suspiro – É antigo, famoso e reconhecido, mas está se desfazendo. Tem outro grupo querendo comprá-lo, o Grupo Volturi. O problema é que os Volturi vão contra alguns ideais que nós seguimos e que nos orgulhamos de seguir.

Ele largou seu garfo e escorregou um pouco pela cadeira, jogando sua cabeça um pouco para trás em um gesto de derrota.

– E você está ocupado comigo ao invés de estar lá com eles? – arrisquei tentando entender.

– Não, não, não é isso! – ele falou rapidamente voltando a sentar-se direito e pegando em minha mão com um misto de culpa e desespero – Você não está me atrapalhando. Você merece um marido presente.

– Volte para lá, Edward. – falei olhando para ele, tentando passar confiança – Você vai ser útil lá. Não é como se eu estivesse incapaz de me cuidar.

– Não vou fazer diferença alguma lá. – ele falou e eu podia ver o quanto aquilo o magoava.

– O que você pode fazer? Sobre o que foi esse telefonema? – perguntei tentando obter alguma informação.

– Planejamos um jantar hoje com as pessoas do grupo, os Volturi e pessoas de outras empresas. Queríamos tentar despertar o interesse de empresas com os nossos ideais, mas está difícil. – ele falou e pude perceber o quanto aquilo o estava fazendo mal.

– Você precisa ir, Edward. – falei apertando sua mão, tentando demonstrar que estava tudo bem. – Se isso faz você se sentir melhor eu poderia ir com você.

Ao terminar de falar senti meu rosto esquentar. Não queria estar me oferecendo ou forçando ele a me levar e a última coisa que eu queria era vê-lo se sentindo culpado por me negar mais alguma coisa.

Diferentemente do que eu imaginava, no entanto, seus olhos se iluminaram.

– Você iria comigo a esse jantar? – ele perguntou como uma criança – Mesmo sabendo que vai ser chato, tedioso e cheio de pessoas ainda mais chatas e tediosas?

– Edward, - falei firmemente – eu iria a qualquer lugar com você.

Ele então sorriu. Um sorriso que alcançou seus olhos, dessa vez.

Antes disso, porém, eu ainda pude ver um lampejo de culpa fortemente instaurada ali.

Rapidamente deduzi que, de alguma forma, aquilo criava uma barreira entre nós. Provavelmente tinha algo mais ali e eu desconfiava que os problemas que ele acabara de me contar eram apenas o início.

Eu queria ver e ter Edward por completo. Sem barreiras, sem hesitações, sem inseguranças.

E eu sabia que a única forma disso acontecer seria acabando com a distância entre nós.


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Notas finais do capítulo

Notícia triste:
Vai começar minha semana de apresentação de trabalhos, depois a minha semana de provas e vou ter que trabalhar em um fim de semana desse mês.
Caaaalma! Não vou parar de postar!!! Ainda assim, é bem provável que eu atrase um pouquinho porque já sei que vou me enrolar.
Torçam por mim e, por favor, não deixem de comentar!