Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 19
Tempo


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu tenho muito o que agradecer a vocês!
Fui realmente surpreendida nesse último capítulo. Vocês nunca me fizeram tão feliz!
Amei cada comentário. De verdade!
Obrigada a todas que deixaram sua opinião, elogios, pedidos de mais... Foram todos muito bem recebidos!
De brinde, um capítulo bem grandinho pra vocês!
Última novidade antes de deixar vocês começarem a ler: capa nova! Novamente, obrigada à Gabju por ela! (eu já tinha amado a outra e amei essa também)



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Estava lembrando da primeira vez em que vim para casa depois do acidente. Edward guiou para a mesma entrada de carros. O jardim ainda era o mesmo, mas o fato de estar de noite deixava um clima um tanto diferente.

Ou talvez fosse o meu estado de espírito que estivesse diferente.

O carro foi estacionado na mesma vaga da primeira vez. Da mesma forma, Edward veio abrir a porta para mim, mas dessa vez, ele não pegou em minha mão para me guiar. Dessa vez ele passou seu braço em volta do meu corpo, deixando-nos grudados.

Eu não poderia gostar mais.

Estiquei meu braço para envolvê-lo também e assim seguimos para o elevador. Infelizmente, tivemos que desfazer nosso arranjo para entrar na cabine.

Uma vez que as portas se fecharam, no entanto, Edward estava em minha frente, muito próximo de mim.

Ele se aproximou mais e, instintivamente, talvez, me inclinei um pouco para trás, constatando que estava no limite do espaço.

Com um sorriso no rosto, ao perceber isso, Edward se aproximou mais, grudando os nossos corpos e levou uma de suas mãos para meu rosto, enquanto a outra colocava uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

– Por que ficou com ciúmes hoje? – ele perguntou. Seu hálito causando reações maravilhosas em mim.

– Ela estava totalmente a fim de você! Nem ao menos disfarçava! – falei tentando me manter ciente do que estávamos falando.

Ele sorriu.

– Eu nunca pensei que fosse gostar tanto de você ainda ter ciúmes de mim. – a forma como ele disse isso foi um tanto estranha e eu juro que tive a intenção de perguntar a ele o que ele quis dizer com aquilo, mas o que fizemos a seguir me impediu.

Nós nos beijamos.

Durante toda a subida.

Quando saímos do elevador parou e abriu as portas ainda estávamos no meio de um beijo deliciosamente intenso. Ele foi andando de costas para que saíssemos sem que precisássemos desgrudar nossas bocas.

Tivemos que quebrar nosso beijo quando ele foi abrir a porta, mas seus lábios logo foram para meu pescoço, causando mais daquela sensação inebriante.

Tive um rápido vislumbre do quadro no qual eu havia reparado na primeira vez em que vim, mas logo estávamos dentro de casa e nossos lábios voltaram a se encaixar.

Uma vez que a porta estava fechada, usei meu braço bom para empurrar Edward contra a porta e ter a oportunidade de controlar o que estávamos fazendo.

Se ele quisesse, ele facilmente teria me impedido, mas ele não o fez. Ele me deixou dominar aquilo que estávamos fazendo e isso me deu certa segurança, e elevou demais a minha vontade de sentir mais tudo aquilo.

– Edward? – chamei entre beijos e carícias.

– Sim? – ele respondeu com a voz abafada contra o meu pescoço, enquanto ele subia beijos molhados por ali.

Sua respiração entrando em contato com os lugares onde sua boca passava ia me causando arrepios.

– Eu quero te sentir. – falei com muito esforço.

– Sinta. – ele respondeu e a julgar pela elaboração da sua resposta ele não deveria estar em muito melhor estado do que eu.

– Assim não. – falei fechando meus dedos na manga da sua blusa, lembrando o quanto ele ficava charmoso com ela.

– Como? – ele perguntou, agora já em minha orelha.

Mais para baixo, nossas pernas começavam a se embolar e ficava cada vez mais difícil manter minha lucidez.

– Sem isso. – falei segurando sua blusa para que ele entendesse.

Ele olhou para minhas mãos por um instante e depois apoiou sua cabeça contra a parede, fechando seus olhos com força. Achei que tivesse feito alguma coisa errada, mas o que ele falou a seguir voltou a me animar.

– Tira para mim. – ele resfolegou.

Sem esperar um segundo sequer, puxei a peça pela barra e a levantei. Foi ação dele jogá-la no chão.

Levei um tempo admirando seu peitoral e abdômen. Perfeito. Completamente definido.

Passado meu tempo de admirar, me entreguei a minhas vontades. Comecei colocando minhas mãos em seus ombros. Era firme e sua pele estava quente. Fui descendo minhas mãos, sentindo sua pele, seus pelos muito claros e ralos.

Quando cheguei em seus gominhos não pude evitar aplicar um pouco mais de força, o que o fez soltar um gemido.

Parei o que fazia e olhei para seu rosto, com medo de tê-lo machucado.

Sua cabeça continuava contra a parede, seus olhos continuavam cerrados, sua mandíbula trincada e agora seu rosto estava avermelhado.

– Continue. – ele falou e foi o que eu fiz.

Agora minhas mãos fizeram o caminho de volta e depois de terem feito o conhecimento do local me permiti voltar a grudar nele.

Agarrei seus braços, colei nossos corpos e levei minha boca para seu pescoço, beijando da mesma forma que ele fazia em mim.

Só o que nos separava era a minha roupa e isso conseguia ser ao mesmo tempo frustrante e incentivador.

– Bella – ouvir Edward gemer meu nome me levou ao céu.

Levei minhas mãos às suas costas, finalmente sentindo o que eu vira no dia anterior. Não consegui resistir e passei minhas unhas em sua pele.

Edward soltou um gemido, mas não consegui entender se era um protesto ou se era um incentivo. E todo caso, minhas mãos já estavam em seus braços novamente.

– Bella, - ele começou, mas eu não estava interessada o suficiente no que ele tinha a dizer para parar – deixa eu te levar para o quarto?

Ah! Agora ele despertara meu interesse.

– Para onde você quiser. – eu respondi ainda muito concentrada em seus músculos que pareciam nunca perder a graça.

Ele então se desgrudou da parece e procurou meus lábios com os seus. Senti que estávamos andando enquanto nos beijávamos, mas escolhi deixar que ele guiasse o nosso caminho.

Me assustei quando senti Edward afastando meus braços dele, mas logo percebi que ele estava tirando meu casaco. Satisfeita com isso, já que realmente estava muito calor, voltei ao que estava fazendo antes.

Em certo momento me senti ser inclinada e achei que fosse cair, agarrando-me com ainda mais força a ele.

Logo a seguir, no entanto, senti a caba sob mim.

Permiti que Edward se colocasse sobre mim, me fazendo sentir ainda mais seu corpo. Cada pedaço de mim sentindo um pouco dele.

Da mesma forma que minhas mãos estavam nele, suas mãos estavam em mim.

Inicialmente em minha cintura, mas se moveram para minha barriga, para meu quadril, para minhas pernas... Subindo e descendo, subindo e descendo, subindo e descendo... Seus lábios estavam extremamente concentrados na região do meu pescoço e minha clavícula.

Há muito meu raciocínio já estava perdido.

Envolvi uma de minhas pernas em uma das pernas dele. Vez ou outra, por reflexo eu nos esfregava ou me impulsionava para mais perto dele.

Sempre que isso acontecia, a resposta de Edward era um gemido. Não que eu estivesse muito quieta.

– Bella? – ele chamou.

– Hmm – foi o que eu consegui responder.

– Posso... Posso... – ele tentava respirar a cada palavra, dificultando meu entendimento e minha vontade de entender – Eu posso...

Foi aí que senti suas mãos muito concentradas no limite da minha blusa.

– Pode, pode! – falei torcendo para que ele fizesse logo o que pretendia.

Senti suas mãos por dentro da minha blusa. Elas passaram apenas pela minha barriga e pela minha cintura, mas só de senti-lo diretamente contra minha pela já era bom demais.

– Tira para mim. – repeti o que ele dissera antes.

Recebi de volta um grunhido e suas mãos apertaram minha cintura com um pouco mais de força do que de costume.

– Melhor não. – ele respondeu depois de um tempo.

– Por quê? – perguntei reclamando.

– Porque se eu ver um pouquinho mais de você agora eu não vou conseguir me segurar. – ele respondeu com o rosto escondido na base do meu pescoço.

– Então não se segure. – falei puxando um pouco seu cabelo para poder olhar para o seu rosto.

– Não faz isso comigo, Bella. – ele pediu encostando sua testa na minha.

– Por que não? – insisti.

– Porque você pode ainda não estar pronta para dar um passo tão grande e pode se arrepender disso amanhã. Além do mais, isso é como se fosse a sua primeira vez. Não vai ser assim. – ele falou saindo de cima de mim.

– Edward! – eu estava frustrada e, ao mesmo tempo, muito envergonhada.

– Bella, – ele começou colocando sua mão em meu rosto – vamos esperar um pouco. Você com certeza não está inteiramente confortável para isso.

– Eu quero, Edward. Não vai ser uma grande experiência. Não é como se eu fosse virgem! – falei virando-me para ele também.

– Só porque seu corpo já passou por essa experiência não significa que seu cérebro saiba disso. E só porque seu corpo está pedindo por isso agora não significa que você está preparada. – ele disse ainda acariciando meu rosto.

– Mas está tão bom, Edward. Eu não quero parar agora. – provavelmente se ele se negasse eu jamais conseguiria olhar para ele de novo, pois a vergonha me consumiria.

Ele respirou fundo.

– Tudo bem, mas não vamos passar disso. – ele falou e eu logo me joguei para abraçá-lo – E você vai acordar de péssimo humor amanhã de manhã.

Apesar da última frase, Edward me abraçou de volta.

Por um instante pensei que o clima teria se perdido, mas foi só nossos lábios voltarem a se encontrar para aquelas sensações voltarem com força total.

Voltamos então aos beijos e às carícias.

Os sons das nossas respirações aceleradas e dos nossos gemidos preenchiam o quarto.

Ficava cada vez mais quente. Eu sentia muita vontade, muita necessidade, mas não sabia ao certo o que fazer para aliviar isso.

Em certo momento, quando Edward se remexia para tentar encontrar uma posição melhor, ou apenas para sentir melhor o encontro dos nossos corpos, seu joelho passou entre minhas pernas e não consegui evitar um gemido alto.

Ao mesmo tempo, pude sentir em minha cocha uma certa rigidez entre as pernas dele, e ele logo gemeu também.

– Isso não vai dar certo. – ele disse, e se afastou de repente.

Ficamos lá, deitados lado a lado, esperando nossas respirações se controlarem.

– Não vamos poder esperar para sempre. Você sabe. – eu falei depois de um tempo, quando já conseguia falar sem ter que parar para tomar fôlego.

– Não vamos esperar para sempre, amor. Vamos apenas ter calma. – ele disse me puxando para ele – Nós podemos ir nos conhecendo melhor, nos dar mais tempo, deixar as coisas fluírem.

– Tudo bem – acabei concordando.

No fundo, no fundo, eu realmente temia estar assim pelo momento, mas na hora H pedir para ele parar por conta de alguma insegurança.

– Machuquei você? – ele perguntou depois de um tempo acariciando meu cabelo.

– Não. – respondi estranhando a pergunta.

– E o seu braço? – ele perguntou.

– Não dói nem incomoda mais. O gesso só dá trabalho. – respondi.

– Podemos ir ao hospital amanhã e ver se já pode tirá-lo, o que acha? – ele perguntou deixando um beijo em minha testa.

– Seria maravilhoso! – respondi abraçando-o com um pouco mais de força para demonstrar minha animação. – Você vai trabalhar amanhã, não é?

– Eu tenho que ir, mas as garotas vão vir aqui, então você não vai passar muito tempo sozinha. – ele disse.

– E o meu trabalho? – perguntei lembrando disso de repente.

– Eu liguei para lá. Perguntaram como você estava, se tinha lembrado alguma coisa. Expliquei a situação e disseram que quando você quiser, pode ir lá. – ele falou devagar, um tanto cuidadoso.

– Você pode me levar lá? – perguntei feliz com a perspectiva de conhecer uma nova parte minha.

– Posso. – ele respondeu depois de algum tempo.

– Está com sono? – perguntei tentando entender o motivo da mudança no tom da nossa conversa.

– Um pouco cansado. Melhor nos prepararmos para dormir. Acordo cedo amanhã e você fica mal humorada quando dorme pouco. – ele falou levantando-se e me levando com ele.

Eu me troquei dentro do closet enquanto Edward arrumava a cama e usava o banheiro. Essa ação me fez perceber que provavelmente eu não estava tão pronta para avançar quanto achava há poucos momentos atrás.

Provavelmente ele estava certo, ainda precisávamos de mais tempo.

Ainda assim, tinha esperança de que não seria necessário muito.

Adormeci pensando nisso, sentindo os braços de Edward a minha volta.


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Notas finais do capítulo

ainda mereço comentários??