Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 18
Jogos


Notas iniciais do capítulo

Notaram a novidade? Nossos Momentos agora tem uma capa! *o*
Obrigada, Gabju, pelo presente!
Queridas, o capítulo é longo! Não tem grandes novidades, mas está rico em detalhes, por isso, por favor, não deixem de comentar!
Sem mais delongas, divirtam-se!



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– Então... Acho que é isso. – eu disse suspirando.

– É. Melhor do que está não vai ficar.  – Edward respondeu dando de ombros.

– Podemos dar por encerrado, então. – concluí.

– Sim, terminamos aqui. – ele concordou.

– Finalmente! Eu já não aguentava mais! – gritou Emmett desabando para trás.

– Falou o que menos ajudou! – reclamou Alice.

Estávamos nós quatro, mais Rosalie e Jasper reunidos na nossa sala de estar, sentados no chão, em volta da mesa que ficava entre os sofás. Em cima desta estavam todas as fotos, documentos, notícias, cartões de empresas de decoração, entregas, buffett, música e possibilidades de convites para a festa de bodas de Carlisle e Esme.

Alice e Rosalie haviam chego no meio da tarde, com ansiedade à flor da pele para voltarem total atenção para os preparativos. Como eu e Edward não tínhamos a menor noção para tais coisas deixamos tudo nas mãos delas e ficamos por perto dando uma de figurantes, oferecendo apenas nosso apoio moral.

Vez ou outra elas nos perguntavam alguma coisa e aprendi, após observar Edward, que a melhor resposta era um “talvez” ou algo retórico, que passasse a decisão de volta para qualquer uma delas.

Um pouco mais tarde Jasper chegou e, pouquíssimo tempo depois, Emmett. Os dois adotaram a mesma postura que eu e Edward, mas quatro figurantes foi demais e Alice acabou percebendo que nada fazíamos para ajudar efetivamente.

Houve um pequeno ataque da parte da baixinha, mas assim que cedemos a ela um pouco da nossa colaboração ela se deu por satisfeita.

Assim sendo, estava resolvido o local onde seria a festa. A ideia de usar o salão da empresa onde Edward trabalhava fora finalmente aceita por todos. Como prometido, Emmett levara os modelos de convite, mas essa escolha não fora tão fácil.

Os primeiros levaram cruéis negativas de Rosalie e Alice. Em alguns momentos me perguntei o que havia de errado, mas, levando em consideração o recente ataque de Alice e as caretas de Rosalie achei melhor não me manifestar.

Quando pensei que nenhum seria aceito, elas se entreolharam e acharam um que merecia um “aceitável” como julgamento. Outros dois modelos tiveram a mesma sorte e, juntando as melhores características dos três, foi elaborado o primeiro esboço do que seria o convite para a festa.

Com a promessa de que estariam prontos no dia seguinte, foi a vez de Jasper agir, fazendo algumas ligações e acertando com a companhia que os entregaria. Para os que moravam longe demais para a chegada do convite, seria enviado o mesmo convite virtualmente, resolvendo o problema de uma só vez.

Faltava resolver o Buffett. Rosalie levara algumas propagandas, mas ela e Alice teimaram em dizer que precisavam provar o que seria oferecido antes de contratar qualquer um deles, indo contra Emmett que insistia que alta qualidade e quantidade de bebida não permitiria queixas ao que quer que fosse oferecido.

Faltava também cuidar da música. Veio de Emmett a ideia de deixar tudo nas mãos de um DJ, o que gerou um novo ataque de Alice e um inédito vindo de Rosalie. As duas exigiam uma orquestra que tocaria ao vivo o tipo de música dançante que Esme e Carlisle gostavam. Essa também seria testada pelas duas antes de um contrato.

Voltamos todos, então, à decoração. Decidimos que a decoração em si faria parte da homenagem ao casal. O local seria condecorado com as fotos, haveria murais com as notícias e uma vitrine com os objetos de estimação da família.

Quando as ideias pararam de surgir e o cansaço finalmente começou a abater as duas, não tinha mais como continuar.

– Menos ajudei? – respondeu Emmett, levantando-se em um salto com cara de ofendido – Eu te trouxe mil opções de convites, anã!

– Se fosse realmente eficiente um só bastaria. – disse ela calmamente, como se Emmett fosse o mais insignificante dos seres.

– Projeto de Hitler! – cuspiu ele.

– Brutamontes! – ela respondeu da mesma forma.

– Ei, crianças! Que tal se saíssemos para jantar? – perguntou Rosalie apaziguando.

Por um momento me surpreendi com essa atuação dela. De alguma forma, esperava que ela fosse se irritar também, mas logo percebi que em algum momento na vida ela teria entendido que se ficasse irritada a cada ação infantil de Emmett ela ficaria com rugas precoces.

– Concordo! – ele gritara.

– Onde? Me nego a dirigir para longe no meu estado de ânimo. – a fala de Jasper me surpreendeu.

Ele vinha estando tão quieto que foi fácil esquecer que ele estivera ali o tempo inteiro, apesar de sua antiga postura rígida ter dado lugar a uma postura mais tranquila.

– Que tal um restaurante francês? – Alice ofereceu.

– Isso é coisa de viado! – respondeu Emmett. – Quero cerveja!

– Vamos a um bar! As meninas podem tricotar a vontade enquanto bebemos e jogamos sinuca. – Jasper ofereceu.

– Apoio! – bradou Emmett.

– Não vou te levar bêbado para casa! – resmungou Rosalie.

– Nós só vamos jogar! Além do mais, eu trabalho amanhã de manhã, docinho. – falou Emmett com cara de coitadinho.

– O que acha, Edward? Vamos, já tem tempo que não fazemos isso! – chamou Jasper largando de vez a postura delicada para uma muito animada.

– Eu não sei... Acordo cedo amanhã. – ele estava hesitante.

– Todos nós, pequeno gênio! – ironizou Emmett.

– Acho que não faria mal sairmos por algumas horas... – Alice começou a concordar.

– Fica desconfortável para você? – ouvi Edward sussurrar no meu ouvido.

Estivemos próximos durante a tarde inteira, passando a maior parte do tempo comigo encostada em seu corpo ou com o braço dele em volta dos meus ombros.

– Não – respondi de volta, tentando ser tão discreta quanto ele.

– Vamos então. – Edward respondeu se levantando e arrancando um grito de comemoração dos dois homens.

Enquanto as moças recolhiam tudo o que trouxeram e os rapazes debatiam o melhor lugar para irmos fui com Edward pegar um casaco. Ele, ao invés disso, trocou a camisa por uma blusa de mangas cumpridas que o deixou deslumbrante.

Me perdi admirando-o por alguns instantes.

– Pronta? – ele perguntou.

– Quase. – respondi voltando ao normal – Vou pentear o cabelo.

– Quer ajuda? – ele perguntou antes que eu entrasse novamente no closet.

– Claro. – respondi depois de um breve momento tentando descobrir se ele realmente dissera aquilo ou se era apenas minha imaginação.

Voltei para o quarto segurando um pente em minha mão boa e sentei na cama de costas para ele. Ele sentou atrás de mim, pegando o pente da minha mão e começou a passá-lo por minhas mechas.

Ele ia carinhosamente desfazendo os nós, causando arrepios que iam desde a minha nuca até as minhas pernas. Era ao mesmo tempo relaxante e instigante.

Quando estava pronto, ele deixou um beijo em meu pescoço e se levantou.

– Vamos? – perguntou esticando seu braço, oferecendo sua mão para mim.

– Vamos. – respondi levantando-me e segurando sua mão na minha.

Voltamos para a sala, recebendo olhares analisadores de Alice e descemos os seis.

Antes de entrarmos nos carros, Jasper e Emmett ainda debateram um pouco mais sobre o melhor lugar para ir. Resolvemos também que iríamos em casais, pois seria difícil encontrar vaga para cinco carros.

O lugar escolhido ficava em uma rua que tinha outros bares e restaurantes por perto. Por esse motivo, o fluxo de pessoas era grande. Não foram poucas que nos olharam e avaliaram. Por um momento, me senti desconfortável com tantos olhares, mas Edward passou seu braço por minha cintura e passei a me sentir superior por estar com ele.

Entramos no que parecia ser um tipo de varanda, cercada por um murinho de meio metro com uma espécie de trepadeira, delimitando o espaço que pertencia ao bar. Nessa varanda haviam várias mesinhas com grupos adolescentes, jovens e adultos.

Continuamos a entrar, até que estávamos no ambiente fechado. Ali dentro não havia mais mesinhas, apenas um grande balcão ao lado direita, com diversos banquinhos em frente a ele e cabines com dois sofás e uma mesa ao lado esquerdo, formando um corredor entre os dois.

Continuamos avançando por este, até que, no fim, havia uma espécie de salão de jogos. Três mesas de sinuca, quatro de pebolim e algumas máquinas de jogos de videogame.

Por sorte, a última cabine, que era a mais próxima do salão estava vazia. Me acomodei nela junto com Edward. Rosalie e Alice se acomodaram a nossa frente enquanto Emmett e Jasper foram pegar as bebidas.

– Reparou no corte de cabelo horroroso da mulher de vestido dourado? E ainda se atreveu a piscar para o meu homem! – reclamou Rose.

– Chama aquilo de mulher? É um projeto de piranha! – apunhalou Alice.

– Pelo amor de Deus, mudem o assunto. – debochou Edward me puxando para mais perto dele.

– Hm... – Rosalie começou com os cotovelos apoiados sobre a mesa, cruzando suas mãos abaixo do queixo, em uma clara postura de análise – Vocês dois têm estado muito quietos...

– É verdade! Você está furtando minha amiga de mim! – disse Alice fuzilando-o com os olhos – E você está mimando meu irmão com tanta atenção! – voltou-se para mim apontando seu dedo.

– Como se ela pudesse preferir você a mim... – brincou Edward me esmagando em um abraço que me prendia como se quisesse causar ciúmes em Alice que ergueu o queixo como se quisesse se mostrar superior à questão.

– Abram espaço! – gritou Emmett voltando com as bebidas. – Quem reclamar vai levantar e pegar o que quiser!

Ele e Jasper, então, acomodaram-se conosco na cabine, um de cada lado e colocaram em frente a mim, Rose e Alice copinhos com o que parecia ser suco de laranja com direito a uma fatia de laranja, uma cereja e uma sombrinha para ornamentar a bebida. Ofereceram para Edward uma garrafa que cerveja que olhou emburrado.

– Sabem que estou dirigindo! – reclamou ele.

– Falei que ele ia se irritar. – comentou Jasper rindo enquanto dava uma cotovelada em Emmett.

– Relaxa, mano, estamos brincando. – falou Emmett deixando uma garrafa de água na frente dele.

– O que vamos pedir para comer? – perguntou Alice;

– Tudo! Estou morrendo de fome. – disse Emmett. Não sabia mais se ele tinha mania de gritar ou se seu timbre de vos era alto.

– Vocês escolhem! Acabou de vagar uma mesa de sinuca! Quando chegar nos chamem! – disse Jasper em frases rápidas.

Ele deixou um beijo na bochecha de Alice e levantou correndo para pegar a tal mesa. Emmett o seguiu de imediato, mas Edward não se manifestou.

– Você não vai jogar? – perguntei virando-me para ele.

– Vai ficar bem aqui? – ele perguntou olhando em meus olhos, me prendendo novamente naquela imensidão verde.

– Pelo amor de Deus, Edward! Acha que vamos torturá-la? – perguntou Rosalie explodindo com ele por seu mimo.

Não pude evitar rir.

– Pode ir, eu grito se precisar. – disse rindo e dei um beijinho em sua bochecha.

– Vou estar de ouvidos atentos. – ele respondeu deixando um beijo no canto dos meus lábios e outro em minha mão. Levantou-se e foi.

Ainda fiquei olhando ele se afastar e quando voltei a olhar para frente dei de cara com os rostos de Alice e Rose me encarando.

– Então, Bella, conte-nos. – começou Rose.

– Contar o que? – perguntei.

– Como está sua relação com Edward, oras! – falou Alice inclinando-se para mim como se eu fosse um filme inédito super interessante.

– Oh... – mal sabia eu que, de fato, seria torturada.

– Vamos lá, Bella! Vocês passaram o dia inteiro em uma bolha particular! Você se move, ele se move. Você fala, ele responde. Você respira, ele te admira! Quer mesmo que a gente acredite que vocês ainda são dois estranhos? – perguntou Rose espalmando suas mãos sobre a mesa.

– Bem... Nós não somos dois estranhos. – admiti pegando meu copo e bebendo um gole do suco para tentar ganhar tempo.

– Pare de enrolar, Isabella! – ralhou Alice olhando-me da mesma forma que minha mãe me olhava quando estava à beira da impaciência.

– Certo. O que exatamente vocês querem saber? – perguntei.

–Vocês estão se entendendo? – perguntou Rosalie de forma mais tranquila.

– Sim. – respondi. Porque, afinal, era verdade.

– Até que nível? – perguntou Alice voltando ao olhar de análise.

– Como assim? – perguntei esperando que ela não estivesse se referindo ao que eu imaginava.

– Até onde vocês estão se entendendo? Vocês são conhecidos? Amigos? Um casal? – ela explicou.

– Ah... – comecei já sentindo minhas bochechas esquentarem – Não riam disso, mas... Ele me pediu em namoro hoje.

Meu rosto provavelmente estava em chamas. Nunca havia me sentido tão adolescente em toda a minha vida.

– Edward é um lerdo! – reclamou Rosalie cruzando os braços.

– Meu irmão é um cavalheiro! – defendeu Alice olhando-a com desprezo.

– Ele é perfeito. – soltei sem querer.

As duas me voltaram seus olhares para mim com olhos arregalados, mas logo abriram grandes sorrisos.

– Bella! Você está apaixonada! – exclamou Rose.

– E como ela poderia não estar? Ninguém resiste ao charme dos Cullens! – riu Alice.

– Estou me sentindo uma adolescente! – confessei afundando-me no sofá da nossa cabine.

– Somos mulheres, Bella. Sempre seremos um pouco adolescentes. – confortou-me Rose.

– Continue contando! Se estão namorando significa que têm alguma intimidade, não é? – perguntou Alice voltando a inclinar-se para mim.

– Nós conversamos muito. Sobre muitas coisas. – falei brincando com meu canudinho, não querendo dar detalhes – Nos beijamos pela primeira vez ontem. E hoje parece que os limites entre nós estão realmente se desfazendo.

– Você está feliz. – afirmou Rosalie com uma expressão de sabe-tudo.

– Sim. – respondi percebendo que estava sorrindo.

– O que te prende, então? Você está apaixonada por ele, ele ama você! O que estão esperando? – Alice agora já praticamente quicava em seu lado do sofá.

– Componha-se! – reclamou Rose.

– Eu não sei. – admiti – Acho que ainda estamos na fase de nos conhecer melhor, sabem?

– Mas você já está apaixonada por ele! – teimou Alice.

– É fácil se apaixonar por ele, Alice! – exclamei o óbvio – Ele é lindo, educado, simpático, cavalheiro, charmoso, compreensivo... É perfeito! Ainda assim, parece que não está na hora certa, falta alguma coisa, falta saber dele, falta tempo com ele...

– Faltam momentos com ele. – sentenciou Rosalie.

– Sim. Faltam momentos nossos. – assenti triste em concluir tal coisa. Eu não tinha como alcançar os nossos momentos.

– Façam novos! Entre no jogo! – Alice deu um gritinho.

– Componha-se! – voltou a ralhar Rose.

– Estou falando sério! – agora ela já quicava de verdade – Bella, largue este copo para lá! Você tem um homem lindo que está louco por você a alguns metros de distância jogando um jogo estúpido enquanto conversa, provavelmente sobre você, com outros dois homens igualmente lindos! Vá atrás dele e construa novos momentos! Acabe com aquele jogo estúpido e comece o seu próprio!

– Não sei se estou segura para isso, Alice... – falei cruzando os braços, adotando uma posição defensiva.

– Bella, você não precisa se entregar de corpo e alma agora, mas mostre a ele que você confia nele, que você o quer por perto. – aconselhou Rose sendo mais racional do que a Alice.

– E seja rápida, porque a amiga do projeto de piranha está secando ele com os olhos. – disse Alice com um sorriso zombador.

Automaticamente me arrastei para a ponta do sofá e me virei para olhar para onde os rapazes estariam.

De fato, estavam os três em volta de uma mesa de sinuca, provavelmente competindo no estilo um contra todos. Edward estava com as mangas da blusa levantadas até o cotovelo. Extremamente charmoso.

Não muito longe dali a tal mulher de quem Rosalie e Alice reclamaram mais cedo ainda encarava Emmett e, ao lado dela, outras duas vestidas com vestidos similares encaravam Jasper e Edward.

Meu mundo parou quando a mulher que encarava Edward passou a língua pelos lábios ainda profundamente concentrada nele.

Levantei com um salto e corri para ele. Passei meus braços em volta de sua cintura e ele me olhou inicialmente assustado, procurando em minha expressão algo de errado, mas não me decepcionou, passando seus braços a minha volta também.

– Está tudo bem? – ele perguntou um tanto preocupado.

– Sim. – respondi sem saber ao certo o que dizer agora.

– Ah bom, achei que você tivesse gritado e eu não tivesse ouvido. – ele disse brincando.

Rimos e subi meus braços, passando a envolver seu pescoço.

– Não, eu fugi antes que fosse necessário gritar. – falei aproximando nossos rostos.

– Esperta. – ele elogiou e tocou meus lábios levemente com os seus.

Quando estávamos nos afastando tive um vislumbre das três ousadas e subitamente tomei a decisão. Agarrei Edward, trazendo-o para perto de mim, mostrando a ele o quanto eu o queria por perto.

Partiu de mim também o nosso próximo beijo e a intensidade dele. Em dado momento ouvi algo cair perto de nós e passei a sentir as duas mãos de Edward pelas minhas costas, até o que o ar se fez necessário.

– Ah se você soubesse como eu adoro quando você fica ciumenta! – ele sussurrou perto do lóbulo da minha orelha, deixando um beijo ali.

– Edward! – reclamei empurrando-o – Você sabia que ela estava te admirando o tempo todo?

– Não tenho culpa se meu charme chama atenção. – o engraçadinho inclusive piscou para mim, oferecendo juntamente um sorriso de canto.

– Convencido! – falei, mas continuava a segurar seus ombros.

– Isso, amor, marque seu território. – ele riu e voltou e me beijar.

– Ei, pombinhos! Vez do ruivo jogar! – gritou Emmett.

– Eu tenho a família mais empata foda do mundo! – reclamou Edward revirando os olhos.

– E nem assim conseguem segurar seu charme. – brinquei com ele.

– Fique perto, então. – ele sugeriu rindo, mas pude notar a hesitação em seu olhar, provavelmente temendo cruzar algum limite ou causar algum desconforto.

– Claro! Aproveito para aprender a jogar. – respondi.

Assim passamos as seguintes horas. Toda vez que Edward marcava um ponto eu comemorava com ele e ganhava um beijo em agradecimento pelo apoio. Toda vez que os outros dois marcavam ele vinha pedindo consolo e ganhava um beijo para não desanimar.

Ele chegou a tentar me ensinar, mas já havia atração demais entre nós naquela noite e resolvemos deixar de lado.

Foi por volta das duas da madrugada que resolvemos que era hora de ir embora. Já havíamos passado por diversos aperitivos e Emmett e Jasper já estavam bêbados o suficiente para fazer piadas sobre mim e Edward sermos o casal 20 do grupo.

Alice e Rosalie foram responsáveis pela direção. Seus carros provavelmente passariam a noite onde estiveram estacionados mais cedo, perto do nosso prédio. Antes de irem, no entanto, deixaram claro que teríamos que nos ver novamente no dia seguinte. Em prol da festa, elas disseram, mas algo me dizia que o foco da questão seria tortura.

Eu e Edward voltamos para casa com ele dirigindo o Volvo.

Dessa vez, ele não pegara apenas em minha mão durante o caminho.

Dessa vez, em algum momento de troca de marcha, acidentalmente ou não, ele esbarrada em minha coxa.

Dessa vez, ele não tirara a mão.

Dessa vez, eu não me senti desconfortável.

Algo entre nós havia mudado.

Ao que tudo indicava, estávamos dando início ao nosso próprio jogo.


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Notas finais do capítulo

se ainda querem me fazer feliz, comentem!