Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 15
Relacionamento Sério


Notas iniciais do capítulo

CHEGAMOS AOS 100 REVIEWS!!
é muita emoção! *-*
Por favor, não me matem! Desculpe postar só no domingo, mas minha internet estava instável e a página sempre caía!
Sem mais delongas... Divirtam-se!



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Acordei no dia seguinte e logo senti o braço de Edward sobre mim. Ao abrir os olhos constatei que ele provavelmente não trabalharia novamente, já que a luz que infiltrava o quarto indicava que já não era tão cedo.

Deixei um beijo em sua bochecha e me soltei delicadamente de seu abraço. Ainda de pijama fui para a cozinha planejando preparar um café da manhã sensacional para demonstrar o meu estado de espírito.

Me ocupei preparando massa para waffles e calda de chocolate. Como não sabia como Edward gostava do café procurei não fazer muito forte nem muito fraco. Pense em fazer chantilly, mas percebi que daria muito trabalho então optei por picar alguns morangos para incrementar. Fiquei com medo do café não estar bom, então esquentei leite e preparei chocolate quente com o que sobrou da calda. Estava pensando na possibilidade de fazer ovos mexidos quando Edward surgiu em toda sua glória.

– Bom dia! – cumprimentei-o tentando passar para ele toda a animação que eu sentia.

– Bom dia. – ele respondeu olhando a cozinha e percebendo tudo o que eu fizera.

– Eu... Senti vontade de cozinhar, então fiz o café da manhã para a gente. – falei um tanto sem graça com sua avaliação – Espero que não se importe.

– Você cozinhou para mim? – ele perguntou me olhando surpreso.

– Sim. – respondi sem saber o que mais dizer.

– Uau. – ele olhava admirado o que eu havia arrumado em cima da bancada – Parece ótimo.

Fiquei feliz de ver aquele sorriso que eu adorava preencher seu rosto.

Sentamos para comer um de frente para o outro e ficamos jogando conversa fora em meio aos elogios que Edward tecia sobre o que eu preparara. Não pude deixar de me sentir imensamente orgulhosa de meus feitos.

– Seu braço não dói? – ele perguntou de repente.

– Na verdade não. Acho que já está bom, mas eu não o forço, então não sei ao certo. – respondi pensando sobre isso.

– Acho que logo vai poder tirar o gesso. – ele falou puxando minha mão por cima da bancada e analisando meus dedos em volta dos seus.

– Espero que sim. – falei.

– Então... O que quer fazer hoje? – ele perguntou mudando de assunto – Passear, ver um filme, passar o dia não fazendo nada...

– Não sei... – fiquei pensando e enquanto me esforçava para pegar um pedaço teimoso de morango, que não queria vir para minha colher, esqueci de continuar nossa conversa e o silêncio se instalou entre nós.

                Na noite passada e, aparentemente, durante a madrugada, conseguimos cruzar algumas paredes em nossa relação, mas eu não sabia ao certo em que página estaríamos hoje. Desisti de quebrar o silêncio ao perceber que não sabia como agir, deixando que Edward decidisse se o quebraria ou não e de que forma.

– O que foi? Não tem mais umas vinte perguntas pra mim hoje? – ele perguntou sorrindo para mim.

– As minhas perguntas te incomodam? – perguntei aliviada por ele ter falado algo, mas temerosa por estar chateando-o de alguma forma.

– Não tanto quanto as suas reações às respostas. – da forma como ele disse não pude entender se ele estava brincando ou se falava sério.

– Eu reajo mal? – perguntei estranhando. Eu sempre dava o melhor de mim para parecer extremamente neutra para que ele satisfizesse minhas curiosidades.

– Não, e esse é o problema. Você aceita tudo tão naturalmente... Não é normal. Me faz imaginar o que você está pensando de verdade. – ele disse abaixando a cabeça como se confessasse um terrível pecado.

– Eu sempre te digo o que eu penso. – falei e recebi uma levantada de sobrancelhas.

– Você edita algumas partes. – ele acusou olhando diretamente em meus olhos.

– Não muitas. – me defendi refletindo na capacidade de Edward de perceber que eu estaria me controlando para não surtar quando fazia alguma descoberta mirabolante sobre o meu passado e ficava me segurando para que ele não parasse de falar.

– É o suficiente para me deixar louco. – ele respondeu passando a mão pelo cabelo algumas vezes, indicando ansiedade ou nervosismo. Talvez um pouco dos dois.

– Louco em que sentido? – não pude deixar de perguntar.

– Vários. Loucamente curioso, loucamente frustrado, loucamente indeciso. – ele admitiu. Foi como se eu recebesse um soco em meu estômago.

– Certo. – respondi sem saber o que mais falar e levantei levando meu prato para a pia, ficando de costas para ele.

– Bella! – ele chamou – Não foi o que eu quis dizer!

– Você não tem que se desculpar por isso. É normal até. – respondi ainda de costas para ele, sem saber como encará-lo porque, para ser sincera, sua indecisão me machucava mais do que eu poderia ter imaginado.

– Bella... – ouvi sua voz muito próxima de mim e senti suas mãos em meus ombros, tocando de leve, como se estivesse testando para ver como seria recebido – eu quis dizer que não sei como agir. Fico indeciso sobre o que dizer, o que fazer. Por um lado eu quero fazer todo o possível para que você fique o mais tranquila possível, sem se sentir pressionada ou forçada, mas pelo outro eu queria tanto poder te mostrar o que eu sinto por você. – percebendo eu não fugiria, suas mãos se acomodaram e sua voz tornou-se mais próxima a medida que ele falava.

– Então mostre. – respondi ainda sem me mover, com medo de vacilar se olhasse para ele.

Senti suas mãos deslizarem em mim, descendo vagarosamente pelos ombros, passando por meus braços, depois por meus antebraços e pararem em minhas mãos, cruzando nossos dedos. Um beijo delicado e ao mesmo tempo intenso foi deixado em meu pescoço.

Deixei um suspiro escapar e suas mãos deixaram as minhas para ir para minha cintura. Uma vez instaladas ali, fui virada para ele.

Percebi o quão tola fui ao achar que ver seus olhos faria com que eu vacilasse. Seu olhar me encheu de coragem e de vontade. Ele me olhava como se me idolatrasse.

Foi com esse olhar que ele aproximou seu rosto do meu e permitiu que nossos lábios se tocassem. Novamente fui invadida por aquela sensação maravilhosa que só os beijos de Edward traziam. Eu queria que o mundo acabasse. Eu morreria feliz.

Como se tivéssemos combinado, abrimos nossas bocas em perfeita sincronia e permitimos que nosso beijo se intensificasse.

Em algum momento senti algo gelado em minhas costas e percebi que estava sendo esmagada contra a bancada da pia. Eu não poderia me importar menos com isso.

As mãos dele, apesar de muito respeitosas, estavam me enlouquecendo. As minhas já não me obedeciam, mas ele parecia gostar disso, então estava tudo bem para mim.

Cedo demais, no entanto, o ar faltou e nosso beijo acabou. Nossas testas continuavam grudadas e nossas respirações custavam a encontrar o ritmo normal novamente.

– Você é a minha vida, Bella. Isso é um fato incontestável. – ele disse em um suspiro.

Sem saber o que responder, apenas o beijei novamente, puxando-o mais contra mim, tentando mostrar o quanto havia gostado de ouvir aquilo.

– Bella – ele começou quando, novamente, a necessidade de respirar atrapalhou nosso momento, – que tal pararmos de bancar o casal de adolescentes que ficam de vez em quando e pularmos logo para a parte do relacionamento sério? – completou entre algumas tomadas de fôlego.

– Acho que seria ótimo. Nunca fui menina de ficar ficando... – rimos juntos e iniciamos um novo beijo. A cada vez ficava melhor.

Como por tradição, o telefone tocou nos interrompendo, mas dessa vez era o fixo e não o celular de Edward.

– Esquece, deve se Alice. – ele disse logo voltando a colar seus lábios nos meus.

– Ela não vai desistir tão fácil – respondi colando nossas testas tentando evitar que retomássemos a um novo beijo ou jamais desgrudaríamos.

– Se for Alice vou desligar na cara dela. – ele disse irritadiço se separando de mim.

– Ela vai ligar de novo se você fizer isso. – respondi rindo entre algumas respirações, mas tentando ser racional.

– Vou desligar todos os telefones! – o ouvi gritar da sala como uma criança frustrada.

Rindo de sua infantilidade comecei a levar o restante da louça para a pia.

Antes que eu pudesse planejar um modo de lavar tudo sem afetar meu gesso, no entanto, Edward voltou para a cozinha.

Ele ficou parado na entrada com o aparelho telefônico em sua mão, olhando para mim com muito cuidado.

– Está tudo bem? – perguntei ao perceber que ele não sabia como quebrar nosso silêncio.

– É para você. – ele respondeu simplesmente, sem responder de fato a minha pergunta.

– Alice desistiu de você? – perguntei rindo.

– Não é Alice. – ele disse vacilante, com tamanho cuidado que parecia que eu quebraria em poucos instantes.

– Quem é? – perguntei preocupada.

– É o seu pai. – ele respondeu.


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Notas finais do capítulo

Então, como combinamos pelos comentários, vou tentar postar toda semana com a condição de que os capítulos ficarão menores. Vamos ver se dá certo?
Não deixem de comentar!
Beijinhos!