Nossos Momentos escrita por b-beatrice


Capítulo 11
Ciúmes


Notas iniciais do capítulo

PASSAMOS DOS 60 COMENTÁRIOS!!!
Eu disse que vocês são ótimas no capítulo anterior, não é? Errei! Vocês são sensacionais!
Obrigada pelos comentários e pelo carinho!
Boa leitura!



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Acordei me sentindo leve no dia seguinte. Ao abrir os olhos me deparei com o rosto de Edward, ainda adormecido.

Constatei que, de alguma forma, no meio da noite ele conseguira ignorar toda a sua metade da cama e viera ficar abraçado comigo dividindo apenas o espaço que deveria ser a minha metade, mas não consegui ficar brava.

Os tímidos raios de sol da manhã atravessavam as frestas da cortina e deixavam seu cabelo cor de cobre em um tom ainda mais encantador. Com minha mão boa, afastei uma mecha que caía em sua testa e, depois disso, não consegui mais tirar meus dedos de seus fios.

Encantada pela maciez me permiti continuar com aquele gesto até que a luz do sol se intensificou de tal forma que me perguntei se Edward não teria esquecido de colocar o relógio para despertar e estivesse atrasado para o trabalho.

– Edward? – chamei em um sussurro.

– Sim? – ele respondeu abrindo os olhos de imediato, deixando claro que fingia estar dormindo.

– Edward, seu fingido! – gritei empurrando-o.

– Desculpe, linda – ele ria – Se eu demonstrasse que estava acordado você teria parado e estava tão bom...

– Você não deveria se arrumar para o trabalho? – perguntei ainda um pouco irritada.

– Não. Hoje meu dia é todo com você. – ele disse me abraçando e apertando seu rosto contra minha têmpora, aspirando forte em meu cabelo. – Ei, que tal se eu preparasse café da manhã para você?

– Você já não fez isso ontem? – perguntei tentando disfarçar um arrepio devido a sua proximidade comigo enquanto falava.

– Não, bobinha. Aquele eu encomendei. – recebi um beijo na bochecha – Ah, por favor, Bella. Deixa eu te mimar só um pouquinho. – Edward fez um biquinho que, apesar se involuntário, era tão fofo que não tinha como dizer não.

– Deixo, mas cuidado para não me acostumar mal. – respondi em tom de brincadeira.

– Então, pode ir tomando banho e se aprontando enquanto preparo tudo. Prometo não por fogo na casa e fazer algo que você goste. – disse ele levantando-se com um pulo e saindo do quarto após deixar um beijo em minha testa.

Usei em meu braço as mesmas sacolas da noite anterior, que já estavam secas, para envolver meu gesso. Com preguiça e irritada por ele, lavei o cabelo de qualquer jeito e me contentei com um banho simples.

Após usar meu hidratante, escovei os dentes com a escova rosa choque e fui para o closet enrolada na toalha branca e com as sandálias amarelas em meus pés.

Levei algum tempo me decidindo que roupa usar e acabei escolhendo um vestido balonè branco com a cintura bem marcada por uma faixa preta. Enjoada de sapatilhas, catei uma sandália que combinasse.

Ainda com o cabelo pingando fui para a cozinha e desde o corredor pude sentir um cheiro delicioso.

E lá estava Edward, em toda sua glória, de costas para mim, com o cabelo úmido, vestido em uma calça jeans azul escura e uma camisa cinza e com os pés descalços. Em algum momento, enquanto usava a pia ele recebeu um jato de água que provavelmente molhara bastante sua camisa. Já começava a ir em sua direção para tentar ajudar quando o espetáculo começou.

Após soltar um palavrão e fechar a torneira, Edward começou a tirar a camisa. A medida que ele ia a puxando para cima eu podia ir vendo cada vez mais claramente a perfeição que eram suas costas. Após a retirada completa daquela peça de roupa me deparei com gotas d’água escorrendo vagarosamente de seu cabelo por toda aquela perfeição e me assustei com a intensidade da vontade de correr, abraçá-lo, enfiar meu rosto na depressão onde estaria sua coluna, passar minhas unhas em suas costas e passar minhas mãos pelos seus braços incrivelmente bem torneados, que agora se ocupavam em dobrar a blusa de qualquer jeito e jogando-a sobre os ombros. Deus, e que ombros! Dava vontade de morder! Como eu podia não ter reparado naquilo antes?

– Bom dia, amor! – ele exclamou quando se virou trazendo um prato grande com aquilo que ele estivera preparando para a bancada onde comemos a torta na noite anterior.

– Bom dia. – respondi extremamente sem graça por ter sido pega enquanto o admirava.

– Venha provar. Fiz panquecas de framboesa para você. Ah! E suco de pêssego do jeito que você gosta. – ele disse indo em direção ao balcão para trazer uma jarra com o tal suco.

– Parece ótimo, obrigada. – disse enquanto ia me sentar e olhar melhor a obra de Edward.

– Pode pegar os copos, os pratos e os talheres enquanto pego uma camisa para mim? Sofri um pequeno acidente com a pia. – ele disse colocando a jarra ao lado das panquecas, ficando de frente para mim, sem nada entre nós.

Ao olhá-lo senti medo de desmaiar. Se eu o achava perfeito de costas, não tinha palavras para descrevê-lo de frente. Aquele peitoral maravilhoso e seu abdômen plenamente definido... Se vê-lo de costas despertava em mim a vontade de abraçar, arranhar e morder, vê-lo de frente dava vontade de agarrar, beijar e sentir.

– Claro. – respondi sem muita vontade, pois, para ser sincera, eu não fazia tanta questão assim de que ele vestisse a bendita camisa.

Quando ele saiu minha sanidade voltou e pude sentir o real peso da vergonha por tê-lo encarado e pelas sensações que passaram por mim.

Edward voltou no momento em que eu havia acabado de por os copos, pratos, talheres e guardanapos sobre a bancada.

– Pronta para provar? – ele perguntou sentando-se no banquinho ao lado do que eu estava e servindo panqueca para nós dois.

– Sim. – respondi levando uma garfada até a boca. – Hmm... – não pude evitar fechar os olhos e soltar um gemido – Isso é delicioso!

– Que bom que gostou. – estranhamente, Edward parecia ter ficado sem graça, mas decidi ignorar.

Não conversamos mais durante o café da manhã e muito menos durante o caminho para o hospital, mas não pude evitar por Clair de Lune para tocar.

Entrar no hospital novamente fora estranho. Lembrei de como havia praticamente fugido dali, já que não queria ver ninguém.

Edward ignorou o balcão da recepção e foi entrando direto pelos corredores do hospital até o elevador, me levando junto com nossas mãos entrelaçadas.

Chegamos à uma porta onde estava escrito Dr Carlisle Cullen, na qual Edward bateu e entrou logo em seguida. Lá dentro estavam Carlisle, o doutor Eleazar e uma mulher lindíssima de cabelos loiros avermelhados não muito longos e olhos esverdeados. Imediatamente supus ser Tanya.

– Vejam só quem chegou! – disse Carlisle vindo dar um abraço apertado em Edward e um abraço delicado em mim.

– Edward, Bella! Que bom revê-los! – nos cumprimentou o doutor Eleazar com um aperto de mão singelo.

– Edward, há quanto tempo. – Tanya disse aproximando-se de nós. Assim como seu pai fez, seu cumprimento foi um aperto de mão, mas percebi que seu gesto não fora tão singelo, já que ela segurara a mão de Edward com as duas mãos.

– Sim, muito tempo. – Edward respondeu – Bella, esta é Tanya. Você pode não lembrar dela agora, mas ainda vai.

– Olá, Bella. É bom conhecê-la de novo. – ela me cumprimentou com um sorriso singelo e, apesar de minhas impressões, não observei falsidade.

– É bom conhecê-la também. – respondi.

– Então, pronta para ser examinada de todas as formas possíveis para fazê-la lembrar-se de nós? – ela perguntou tentando fazer graça.

– Claro. – respondi desanimada e todos riram.

Os seguintes momentos se passaram comigo indo a diversas salas de exames a pedido de Eleazar. Carlisle mexia seus pausinhos para que eu passasse na frente das pessoas e fosse examinada mais rapidamente.

Tanya me fizera algumas perguntas e com ela passei por alguns testes, mas não observei maldade em nenhuma de suas ações, apesar de me sentir um tanto desconfortável.

Edward não podia estar comigo em todos os momentos e não podia deixar de me perguntar se ele estaria usando esse tempo para se atualizar sobre a vida de Tanya. Era estúpido de minha parte, mas eu não podia evitar.

Quando não havia mais exames ou testes a se fazer, Edward me levou para a praça de alimentação que havia dentro do hospital, onde cada um escolheu um sanduíche diferente. Assim não iríamos para minha consulta com a psicóloga com riscos de passar fome depois.

– Cansada? – ele perguntou enquanto me conduzia para uma mesa e puxava a cadeira para eu me sentar.

– Um pouco entediada. – respondi aguardando ele se sentar de frente para mim, antes de abrir meu sanduíche.

– Então... Como foram os testes com Tanya? – ele perguntou enquanto dedicava muita atenção para a embalagem do seu sanduíche. Atenção demais.

– Normais, eu acho. – respondi incerta do que ele pretendia com aquela pergunta.

– Você gostou dela? – ele perguntou ainda trabalhando na tarefa de desfazer a embalagem.

– Ela foi muito profissional. Me pareceu uma média para ninguém por defeitos. – respondi já começando a morder meu lanche.

– De fato ela é. – Edward finalmente terminou o que estava fazendo e começou a comer – Então... Foi tudo bem, certo?

– Edward, se está falando dos exames, eu sei tanto quanto você sobre o resultado, então o melhor a fazer é esperar. Se está falando sobre comportamento, saiba que você é quem está agindo estranho. – ao terminar de falar me senti mal por ser tão rude, mas aquela conversa estava realmente me irritando.

– Desculpe. Eu só fiquei com medo de como você reagiria ao vê-la. – ele falou um tanto sem graça.

– Por quê? Você mesmo disse que eu não tinha motivos. – a essa altura já havia desistido de comer.

– Não tinha mesmo, mas ainda assim não tive como evitar. – ficamos calados e abaixei meu olhar para meu colo enquanto esperava ele terminar de comer.

Não muito tempo depois, senti sua mão sobre a minha fazendo aquele carinho tão característico dele.

– Desculpe. Eu sinto muito, Bella. Fiquei com tanto medo de que você se sentisse mal com a presença dela que fui eu mesmo a te incomodar. – ele falou soando realmente arrependido.

– Não foi só você. – respondi desistindo do meu orgulho – Eu me senti mal perto dela. Ela é linda! Minha auto estima abaixou só de estar no mesmo cômodo que ela. Foi pior do que com Rosalie. Ela pelo menos é sua cunhada, mas Tanya... Vocês seriam perfeitos juntos! Quero dizer, você é um deus grego, ela é uma escultura, você tem o tom de olhos mais lindo do mundo e ela tem os olhos azuis esverdeados, duplamente lindo! Edward, até a cor do cabelo de vocês combina! Imagine que criança perfeita vocês teriam! – só quando terminei de falar fui capaz de olhar para ele.

Sua expressão inicial era de choque, mas foi se transformando no mais lindo sorriso.

– Então, senhora Cullen, quer dizer que eu tenho os olhos mais lindos do mundo e sou um deus grego? – ele caçoou. De alguma forma, ser chamada de senhora Cullen fez com que um arrepio desfilasse por minha coluna.

Cruzei os braços e olhei para o lado para tentar evitar encará-lo enquanto o som de uma gargalhada que ele tentava controlar invadia meus ouvidos.

– Desculpe, amor, mas você não pode imaginar o quanto saber disso me faz feliz. – ele falou inclinando-se sobre a mesa e afagando minha bochecha delicadamente com seu polegar.

– Como se você não soubesse. – disse ainda sem olhar para ele, corroída em minha própria timidez.

– Eu realmente não sabia. – ele falou puxando meu queixo para que eu olhasse para ele – E caso você ainda não saiba, não existe mulher no mundo mais linda, encantadora, charmosa, sensual, incrível e perfeita para mim do que você. Isso entre outras qualidades que não falo por medo de te assustar e fazer com que você saia correndo.

Após esta declaração que me deixou completamente sem ar, Edward deixou um delicado beijinho no canto dos meus lábios. Após isso, ainda me olhando, ele se afastou e se levantou, oferecendo sua mão para que voltássemos a andar de mãos dadas.

Quando estávamos quase na saída, no entanto, ele tirou sua mão da minha para colocá-la em meu ombro, enquanto a outra foi para minha cintura. Senti seus lábios em meu ombro e logo em seguida um sussurro.

– E caso ainda não saiba – dizia ele beijando minha nuca – eu prefiro as morenas.


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Notas finais do capítulo

Então, pessoal...
Eu queria (de verdade) fazer um capítulo enorme! Bater um record, sabe? Fazer um com umas 5 mil palavras!
Infelizmente, meu computador deu um problema e só voltou para casa ontem. =(
Continuando com as más notícias... Semana passada voltei a trabalhar e essa semana voltei a estudar, então meu tempo agora vai ser escasso de verdade.
É bem provável que não haverá post na semana que vem, mas como vocês estão comentando muito e isso me deixa louca para escrever, talvez eu não resista! rsrsrs
A boa notícia? A fanfic NÃO VAI PARAR e o capítulo com um super beijo do nosso casal fofíssimo está cada vez mais próximo!
Enfim, acho que é isso.
Obrigada por lerem e não deixem de comentar!
Caso não nos vejamos até domingo, um feliz dia dos pais a todas!
Beijinhos!