Dramione: Misunderstood

Cap. 31

Hermione *

Depois de ter beijado o Draco com amor, me separei do beijo e permaneci abraçada a ele, mas não por muito tempo. Eu ouvi passos vindos de longe e fiquei assustada.

– O que foi Hermione? - Perguntou Draco passando a mão pelo meu rosto.

– Não está ouvindo passos? - Falei olhando em redor e Draco deu de ombros.

– Não estou ouvindo nada. Tem a certeza que ouviu mesmo?

– Tenho.

– Hum, talvez você esteja ouvindo coisas. - Ele sorriu. - Vem cá. - Ele me puxou para ele e me abraçou, encostando minha cabeça em seu peito. Eu tinha a certeza de que não era minha imaginação, eu continuava ouvindo passos e o som estava cada vez mais perto. Me separei de Draco novamente e olhei para trás.

– Hermione? - Draco falou confuso.

– Eu sabia, alguém se está aproximando.

– Quem?

Draco perguntou cada vez mais confuso e foi quando a vi. Parvati Patil estava acompanhada por Astoria Greengrass e meu rosto ficou pálido ao ver as duas caminhando na nossa direção. Draco se colocou na minha frente e eu o abracei com muito medo do que as duas nos poderiam fazer. Eu notei que as elas tinham as varinhas nas mãos e fiquei ainda com mais medo.

– Fica calma, eu resolvo isso. - Falou Draco com tom de coragem.

– Não, você vai ficar aqui. - Falei assustada e ele encarou as duas garotas que pararam na nossa frente. As duas estavam vestidas de preto e ambas sorriam para nós com um sorriso debochado.

– Há quanto tempo, heim? - Falou Parvati amargamente. - Se esqueceram de mim? Eu espero que não porque se bem que me lembro, eu disse para você Hermione, que isso não ficaria assim. - Ela olhou para mim. - Sabem que mais meus amores? Fico feliz que estejam aqui os dois, porque assim me dá mais prazer de acabar com os dois de uma vez só.

Eu estremeci ao ouvir o que ela acabara de dizer e apertei mais o braço de Draco, que falou para eu ter calma. O loiro se voltou para a frente e voltou a encarar as duas garotas com ar de psicopatas, depois soltou minha mão e caminhou em direção a elas, me deixando sozinha perto da árvore.

– O que veio fazer aqui Patil? E porque trouxe a Astoria aqui? O que quer de nós? - Perguntou ele. - Já não bastou ter feito o que fez lá em Hogwarts e agora veio até Paris para encher o saco?! - Draco disse aquilo num tom grosseiro sem ter medo das garotas que agora apontavam as varinhas para ele.

Eu fiquei assustada, senti um arrepio forte na barriga, como se estivesse sendo cortada por várias facas. Respirei fundo, tentei me acalmar, mas estava sendoimpossível, eu me sentia estranha, enjoada, quase não conseguia estar de pé e aquilo estava me deixando com muito medo.

– Você faz muitas perguntas Draquinho. - Ela riu sarcasticamente. - Sabe porque eu vim aqui? Eu ainda não esqueci o que eu sinto por você, meu amor. Eu te quero só para mim, eu ofereço meu corpo a você se for preciso.

Draco riu cinicamente.

– Você é doente garota! - Ele agitou a cabeça em sentido de reprovação. - Você precisa de tratamento, precisa de se curar, porque essa doença está afetando você!

– Doença?

– Sim doença! Fala um monte de merda e ainda manipula a Astoria para entrar nesse esquema ridículo! - Draco falou com fúria e as duas garotas se riram na cara dele.

– Você acha que eu manipulei a Astoria? Meu amor, nós já nos conhecíamos. Eu e ela sempre fomos boas amigas e eu pedi a ela para espiar você, para saber tudo o que você estava fazendo e para saber se você estava ou não com a Hermione, meu plano iria resultar se vocês dois não tivessem feito as pases!

– Você é completamente louca... Eu tenho pena de você.

– Pena? - Ela perguntou quase cuspindo as palavras. - Você tem pena de mim?!

– É tenho pena sim, porque você não tem amor próprio, não sabe o que é amar.

– O que está dizendo? Eu amo você, sempre fiz de tudo para que olhasse para mim e você me diz que eu não sei o que é amar?!

– É não sabe, você confunde amor com obcessão e obcessão dá direito a doença!

– Você está enganado! Eu sempre te amei, sempre achei que teria chances com você, mas depois acabou se apaixonando por essa aí e eu tive que me vingar depois. - Ela apontou o dedo para mim que olhava para ela sem saber o que dizer.

Os olhos de Parvati brilhavam de raiva e ódio ao mesmo tempo e com um gesto ela ordenou para que Astoria se aproximasse dele, deixando-o perto de si. Draco não fez nada e assentiu com a cabeça para que eu não me preocupasse, mas não foi possível, porque tanto ele como eu estavamos muito preocupados com o que iria acontecer.

– Parvati, não faça isso, por favor. - Murmurou ele e Astoria o agarrou no braço, apontando a varinha a ele com a outra mão. - Sério, não faça nada de mal a Hermione, deixa ela fora disso, é a mim que você quer.

Ela sorriu com deboche e olhou para mim, se aproximando em seguida.

– Ah, eu não vou fazer nada com a sua namorada. Eu apenas quero conversar com ela a sós, uma conversa, nada de mais.

Ela sorriu falsamente para mim e me agarrou num dos braços com bastante força. Eu gritei alto e ela me deu um tapa na cara que fez com que meu rosto se virasse. Eu senti uma raiva enorme dela e tentei lutar contra ela, mas não estava conseguindo porque me estava sentindo fraca demais.

– Petrificus Totalus! - Parvati gritou e eu parei de me mexer, pois estava paralisada com aquele feitiço.

Por um momento tentei fazer um gesto que fosse, mas não consegui e senti minha consciência escapar.

*****

– Hermione... Hermione... Hermione...

Ouvi uma voz chamando por mim, uma voz que soava como um eco e se tornou mais audível quando eu abri os olhos. Eu estava com dores por todo o corpo e não me conseguia mover de onde estava deitada, tentei enxergar o lugar onde estava, mas a única coisa que eu via era um lugar escuro que cheirava mal e que estava muito sujo. Eu tentei me levantar novamente, mas notei que estava presa nos pés. Ao vendo aquilo senti um medo incontrolável e tentei procurar pelo Draco, mas não o encontrei. O que será que aconteceu? E o que será que Astoria e Parvati fizeram com ele? Naquele momento senti tanto medo que não fui capaz de pensar em mais nada.

Voltei a olhar em redor para ver se reconhecia aquele lugar, mas nada reconheci, apenas vi que o lugar estava cheio de coisas velhas a minha volta. Olhei pela pequena janela que estava fechada e vi um monte de árvores que se moviam com o vento. O céu estava coberto e parecia que ia chover a qualquer momento.

– Ai, quero sair daqui. - Minha voz saiu quase um sussurro e tentei desesperadamente sair dali.

Tentei tirar o que estava por cima de meus pés, mas uma mão me segurou e eu pude ver uma sombra parada na minha frente.

– É melhor ficar quieta, se não vai ter problemas.

Eu olhei em frente e vi que a sombra da pessoa que estava na minha frente se tornou mais visível.

– Parvati?

– Eu mesmo. Sabe meu amor, foi dificil para mim vir até Paris e encontrar vocês dois. Essa vida tem sido esgotante, nunca pensei em chegar a esse extremo, mas eu estou feliz, meus planos deram certo. - Ela murmurou e apontou sua varinha para mim. - Você imagina o que eu tive que fazer? Não, não imagina. Primeiro eu tentei me aproximar de Draco, depois fui sua amiga, tentei afastar a Parkinson do Draco, tentei envenenar você, sequestrei o Draco e agora aqui estamos nós reunidos outra vez, não acha legal? Pois eu não! Tive que passar por muita coisa para conseguir o que quero, mas agora me sinto feliz porque isso me vai dar um prazer enorme.

Ela falou aquilo com ódio e eu fiquei com medo.

– O que fez com o Draco? - Perguntei quase chorando.

– Ah, não se preocupe, você vai ter muito tempo para estar com ele quando... Ah, melhor deixar para lá, eu quero que você saiba de umas coisas que aconteceram nesse espaço de tempo que eu estive desaparecida.

Eu estremeci. Mas o que ela estava dizendo? O que será que aconteceu nesses meses? E o que ela fez com o Draco? Dissesse o que dissesse, eu não queria saber, eu só queria estar perto do meu Draco.

– Fale. - Disse seca.

– O Draco voltou para casa depois dos exames finais em Hogwarts e houve uma noite em que eu apareci em seu quarto e lhe ofereci meu corpo. - Ela riu. - Ele te contou que estivemos juntos? Pois, eu calculo que não, ele não iria contar para a própria namorada que teve sexo com outra, né? Pois meu amor, essa é a verdade. Depois, eu mandei Astoria se aproximar dele e aqui estamos nós, todos juntos outra vez.

Eu senti um ódio ao ouvir o que ela acabara de me contar. Seria verdade que ela e o Draco tiveram sexo?! Não, aquilo não poderia ser verdade, Parvati é uma louca, ela faria qualquer coisa para me separar dele!

– Em que está pensando? De certeza que ficou pensativa com o que acabei de dizer, não foi?

Eu não respondi e olhei para ela ainda com mais ódio e ela pareceu não gostar do meu olhar.

– Me responda sua idiota! - Gritou ela e depois se dirigiu a mim dando-me dois tapas fortes no rosto. Eu gemi e ela continuou a me bater sem se preocupar se estava ou não me machucando.

– Está sentido dor é? Pois, pense que eu não tenho pena de você. Agora me diga, você achava que ia ficar com o Draco né? - Ela riu cinicamente, tirando os cabelos longos do rosto. - Pois achou mal, ele se envolveu comigo depois de vocês terem terminado o relacionamento, ele fodeu comigo nas suas costas e pareceu gostar do momento.

– Do que adianta ele gostar desse momento se ele nem sente nada por você? - Falei sarcástica, mas aquilo que ela estava dizendo me estava matando por dentro. Parvai me olhou furiosa e depois se aproximou de mim.

– Como é capaz de me dizer uma coisa dessas? Sua...

– Sua que? - A desafiei e ela se abaixou diante de mim e me segurou pelos cabelos me fazendo gemer de dor.

– Eu não vou perder meu tempo falando nomes para você, eu apenas quero ter uma conversa muito séria com você.

– Mais uma? - Falei novamente em tom de desafio e me soltei das mãos dela.

Dessa vez não fiquei com medo dela, talvez porque sabia o que iria acontecer a partir daquele momento. Eu talvez poderia sair morta dessa história e tudo por uma estupidez vinda dessa louca.

Porque? Porque todo o mundo me impede de ser feliz com Draco? Porque isso foi acontecer comigo? Por uma vez na vida eu achei que era dessa que finalmente as coisas se tinham acertado entre a gente, mas estava enganada, foi preciso a Parvati aparecer para acabar com meus planos.

– Parvati, quero que me responda a uma coisa em primeiro lugar. Porque fez tudo isso? Porque insiste tanto em acabar com a minha relação com o Draco? Como ainda é capaz de acreditar que vai ter algo com ele se isso não vai acontecer? - Falei nervosa e Parvati riu sarcasticamente na minha cara.

– Quer mesmo saber? - Ela se aproximou de mim e me encostou na parede com violência. - Eu faço tudo isso porque eu o amo! E você já sabe que eu não suporto ver você com ele! EU AMO O DRACO MAIS DO QUE VOCÊ AMA ELE! - Gritou ela e depois me apontou a varinha dela. - E você sua puta ainda esfrega na minha cara que está feliz com ele, mas isso vai acabar porque seu Draquinho lindo a essa hora já deve estar morto!

– Você está brincando... - Meus olhos se encheram de lágrimas.

– Eu não brinco com coisas sérias. Eu quis que a Astoria o matasse.

– E porque fez isso?! - Gritei.

– Porque ele amava você! - Ela gritou também e chorou. - Eu não podia permitir que vocês ficassem juntos novamente, se eu não ficasse com ele você também não ficaria! O Draco está morto e tudo acabou!

Eu começei a chorar com mais intensidade depois de ouvir aquelas palavras. Eu me deixei cair no chão e me deitei abraçada ao meu próprio corpo.

– E agora você meu amor, eu vou acabar com a tua vida... - Parvati subiu a varinha e eu fechei meus olhos, eu queria que ela me matasse, minha vida não tinha mais sentido sem o Draco.

– Você nunca amou o Draco Parvati, isso que você sente é pura obcessão. - Sussurrei.

– O que?! - Ela baixou a varinha.- Isso que ouviu. - Eu me sentei e olhei para ela.

– Você está doente, você não sabe o que é amar alguém.

Parvati começou a derramar lágrimas e tirou os cabelos da cara.

– Você acha que eu estou doente? Pois, então me diga o que faria se o Draco ficasse comigo?

– Nada... - Sussurrei. - Não faria nada porque eu sei que o Draco jamais ficaria com você, ele me amava, nunca se apaixonaria por uma pessoa como você...

– Chega! Eu estou cansada das suas merdas!! - Gritou ela. - Cale a porra da sua boca! Você não tem direito de falar isso para mim! Eu sabia que o Draco me achava perfeita! - Ela me apontou a varinha novamente. - Mas você estragou tudo! Ele se apaixonou por você e você roubou ele de mim! Você vai pagar por tudo o que fez!!

Era agora. Parvati me iria matar e isso estava mais que provado. Olhei uma ultima vez para ela e vi que seus olhos estavam repletos de ódio.

Fechei os olhos com força, segurei meus joelhos e suspirei fundo. Daqui a uns minutos meu sofrimento iria passar, Parvati iria me matar e eu não teria mais com que me preocupar. Pensei em meus pais, pensei em meus amigos, pensei em Draco e pensei em tudo o que vivemos juntos.

– Merlin me ajuda... - Murmurei baixo.

– Avada Kedavra. - Parvati falou e um jato de luz verde saiu da sua varinha.

*****

De repente tudo ficou confuso, parecia que eu estava morta, mas na realidade não estava. Ela não me matou? Mas então porque ela lançou um Avada Kedavra? E em quem acertou?

Abri lentamente os olhos e dei conta que estava mesmo viva, me sentei e olhei em redor buscando a Parvati e foi quando olhei em frente a vi. A garota morena estava deitada no chão com os olhos abertos, completamente vazios, sem qualquer tipo de expressão e com lágrimas escorrendo. Os cabelos estavam bagunçados e a varinha caída no chão.

Eu não podia acreditar no que estava vendo... Parvati lançou um Avada a si própria e perdera a vida estupidamente. Eu fechei meus olhos completamente assustada e senti raiva de mim mesma por ela ter morrido no meu lugar. Merlin, o que será da minha vida agora? E o Draco? O que vou fazer sem ele?

Abri novamente meus olhos numa expectativa de que aquilo que acontecera não passasse de um pesadelo, mas não, aquilo era a realidade, Parvati estava morta e eu estava mais só que nunca. Me deitei no chão, abracei meu próprio corpo e deixei que as lágrimas escorressem pelo meu rosto.

Estive ali uns bons 15 minutos chorando e foi então que ouvi passos vindos de longe. Eu me levantei rapidamente e apontei minha varinha na direção do som.

– Quem está aí? - Perguntei assustada e foi então que a sombra da pessoa se tornou mais visível.

– Hermione sou eu. - Falou uma voz feminina que eu reconheci muito bem.

– Gina?! É você? - Perguntei olhando em redor.

– Sim sou eu. - Ela se abaixou diante de mim e me abraçou com força. - Merlin, eu estava tão preocupada com você... - Ela chorou e depois se separou do abraço, tocando no meu rosto gelado. - Como você está? Está sentindo dor? A Parvati te machucou? - Eu balancei a cabeça.

– Você parece ferida...

– Não se preocupe, só me sinto enjoada, mas vai passar. Como me encontrou aqui? - Perguntei e Gina me abraçou novamente.

– Eu e o Harry viemos te procurar e foi quando eu vi um jato de luz verde vindo dessa cabana. Eu corri até aqui e quando cheguei eu encontrei a Parvati morta no chão.

– Hum...

– Ela se matou não é verdade?

– Sim... - Minhas lágrimas escorreram novamente.

– Ei não fica assim. - Ela limpou minhas lágrimas com o dedo. - Talvez foi melhor assim.

– Ah Merlin... - Sussurrei.

– Hermione, nós precisamos sair daqui. Você consegue andar?

– Mais ou menos.

– Vem que eu te ajudo, Harry está lá fora. - Falou ela me levantando devagar. Gina me ajudou a caminhar e depois saímos daquele lugar horrível.

*****

Eu e Gina caminhamos pelo bosque e ela me fazia perguntas sobre o Draco. Naquele momento tudo o que consegui contar para ela foi que Parvati mandara Astoria matar ele. Nem eu nem Gina conseguimos acreditar que ela mandara fazer uma coisa dessas. Minha cabeça doia, meu estômago sentia ânsia de vômitos e eu me sentia perdida. Senti um frio percorrendo meu corpo e Gina notou que eu não estava em condições para falar qualquer coisa que fosse.

– Você quer parar um pouco?

– Que? - Perguntei caindo em mim.

– Perguntei para você se queria descansar um pouco, é que você não me parece nada bem.

– Eu só me sinto enjoada, mas isso passa. Talvez seja do susto que apanhei.

– Hum... - Gina me olhou desconfiada e provavelmente deve ter pensado que era mais do que um simples "susto".

– Gina, posso lhe perguntar uma coisa?

– Claro.

– Você viu a Astoria?

– Não não vi, eu só cheguei aqui com Harry e mais nada. Venha, vamos logo embora.

– Ok. Mas estamos longe do Parque de Montsouris?

– Não. Só precisamos de caminhar um pouco a pé e logo logo estaremos de volta ao parque.

Eu assenti com a cabeça e depois recomeçamos a caminhar. Naquele momento voltei a me sentir cada vez mais enjoada e tive que parar para vomitar. Gina me olhou assustada e correu na minha direção.

– Hermione...

– Não se preocupe eu estou bem.

– Você precisa de um médico.

– Não! - Quase gritei e Gina me olhou furiosa.

– Sim, você vai num médico nem que eu tenha que puxar seus cabelos ouviu? - Ela falou cada vez mais furiosa e eu não respondi para ela, pois foquei meu olhar no lugar onde eu tinha estado com Draco antes da Parvati ter aparecido. Várias recordações invadiram minha mente e tive uma vontade enorme chorar novamente.

– Hermione? - Perguntou Gina e eu a abracei com força. - O que houve? Porque está chorando?

– Eu quero o Draco... - Murmurei soluçando.

– Hermione... - Ela falou com pena e depois sorriu para mim. Eu não entendi o motivo de ela estar sorrindo e pensei que ela estava gozando comigo.

– Do que está rindo?

– Olhe para a sua frente Hermione. Parece que afinal a Astoria não fez o que a Parvati falou para você. - Ela continuou sorrindo e eu a fitei com um olhar confuso. Eu não estava percebendo a onde ela pretendia chegar com aquilo.

– Não entendo...

– Olhe. - Eu me virei e abri meus olhos ao ver Draco e Harry vindo na nossa direção. Draco parecia ferido, pois vinha abraçado a Harry. Eu não quis acreditar no que estava vendo, não podia ser verdade!

A Parvati deixou bem claro que Astoria o tinha matado, eu não compreendia... Porque ela falou aquilo para mim se não era verdade? Ai Merlin! Senti uma felicidade enorme ao ver o meu namorando andando na minha direção que até esqueci que há uns minutos eu tinha vomitado.

Eu andei com dificuldade até ele e o abracei com muita força. Draco retribuiu o abraço e ficamos assim alguns minutos, até que ele se separou do abraço e me beijou com intensidade. Meus olhos se encheram de lágrimas e eu não pude evitar chorar.

– Está tudo bem meu amor. - Ele falou num sussurro e me apertou contra si. Eu queria que aquele momento durasse para sempre.

– A Astoria não te matou... - Murmurei.

– Claro que não, nem eu permiti que ela fizesse isso. Eu dei um jeito nela.

– Um jeito? - Perguntei me separando dele.

– É, o Draco usou a sua força de BadBoy como fazia nos tempos em que andavamos em Hogwarts. - Harry riu.

– O que fez? Você não usou a violência com ela pois não? - Draco me olhou constrangido e me abraçou.

– Isso não importa agora, o que importa é que estamos bem. Você se machucou?

– Não... Mas me explique como conseguiu escapar?

– Eu tenho os meus métodos Hermione. - Draco riu.

– Sempre com o mesmo jeito misterioso, né Malfoy?

– Você sabe que é a minha maior qualidade.

Eu suspirei enquanto ele sorria para mim com aquele sorriso fofo que eu tanto adorava. Nossa me estava sentindo tão aliviada por tudo ter acabado que era capaz de voar. Haha. Me virei para o Draco e fiquei um tempo olhando para ele. Era tão bom tê-lo de volta, não havia palavras que descrevessem o quanto eu me sentia feliz.

– Nunca mais me deixe... - Draco falou.

– Eu é que digo isso. Não quero que se asfaste de mim nunca mais.

– Não se preocupe, isso não vai acontecer, está tudo bem agora. Eu te amo.

O loiro sorriu mais uma vez para mim e entrelaçou as mãos dele nas minhas. Eu olhei para ele com amor e ele fez o mesmo. Eu senti meu coração batendo mais rápido e a partir daquele momento nada mais importava, eu tinha ele de volta e não queria saber de mais nada.

*****