Dramione: Misunderstood

Cap. 17

 Rony *

Finalmente a hora do almoço chegou, pois já estava cansado de ouvir aquele babaca do professor Snape falando um monte de besteira sobre vampiros e outras coisas inútis.

Sai correndo da aula e andei em rumo do salão principal, onde acabei me sentado no lugar costumeiro. Peguei num monte de comida e comecei a comer com gosto, olhei por impulso para meu lado direito e vi a Hermione entrando no salão grudada naquele traste do Malfoy. Aquilo estava me irritando! Mas o que deu nela para ter começado uma relação com aquele... Aff, até me custa dizer: "Malfoy". Ela se aproximou lentamente da mesa da Grifinória e senti o perfume doce dela, que era simplesmente irresistível.

– Oi Rony.

– Oi Hermione.

Ela sorriu para mim com um sorriso lindo, talvez dos mais lindos que já vi, mas ela parecia preocupada com algo.

– Tudo bem com você? - Perguntei.

– Hum... Para ser sincera, mais ou menos. - Ela suspirou.

– O que houve?

– Estou preocupada com a Parvati. Ela não foi na aula e eu estou achando que há algo de errado com ela. Você por acaso não a viu por aí?

– Não. Ainda não a vi desde a hora do café da manhã. Já tentou procurar na sala comunal?

– Ainda não. - Ela cruzou os braços. - Ela está muito estranha. - Suspirou profundamente e eu a olhei preocupado.

– Não se preocupe, vai ver ela só está de mau humor. - Dei uma risada, mas ela não se riu e apenas me fitou séria. - Ei Mione, tente se acalmar um pouco. Por que não come um pouquinho? Esse frango está uma delícia! - Sorri tirando uma coxa de frango da bandeja.

– Bem...

Ela não completou a frase e foi interrompida pelo IDIOTA que se aproximava da mesa da Grifinória. Lá vamos nós de novo. Ele atravessou o salão com aquele sorriso que me irritava profundamente, se aproximou dela e beijou-a fervosamente. Que ódio! Aquilo não podia estar acontecendo... Hermione pediu uma transferência para o lado do mal só pode. Por Merlin!

A garota se levantou sem me dizer nada, pegou nos livros que estavam sobre a mesa e saiu do salão com o Malfoy, que me observava com aquele ar de deboche. Se aquele loiro repugnante queria guerra, ele iria ter, ou eu não me chamo Rony Weasley!

*****

 Hermione *

Draco me acompanhou até a sala comunal da Grifinória e depois nos despedimos com um selinho rápido, pois ele tinha que ir para o treino de Quadribol e eu tinha que conversar com a Parvati. Entrei dentro da sala comunal correndo quando esbarrei em alguém. Porque eu ando sempre distraída?!Mal me desculpei e já ia continuar minha corrida quando senti que a mesma pessoa segurava meu braço...

– Mas o que? Harry?!

– A onde você está indo com tanta pressa, Hermione? Por acaso está atrasada para o seu encontro com o Malfoy?

– O que?! Nada disso! Apenas estou procurando pela Parvati. Mas o que está fazendo aqui? Não deveria estar treinando para o jogo contra a Sonserina?

Ele demorou um pouco para responder, mas logo se recuperou me dizendo:

– Sim, eu acabei de visitar a Gina na enfermaria, mas vou agora me encontrar com o resto dos garotos.

– Hum... E como está a Gina?

– Melhor, talvez daqui a uns dias ela se recupere de vez e possa sair daquele maldito lugar. - Suspirou e eu sorri.

– Que bom. Já estava na hora.

– É. - Ele sorriu também e depois deu uma olhada no relógio. - Bom, eu vou ter que ir, te vejo mais tarde.

– Tá bom. - Ele se preparou para sair da sala comunal, mas acabou se lembrando que ainda tinha algo para me dizer.

– Ei Hermione.

– Fala.- Será que pode me ajudar com aquele trabalho para a aula do professor Snape? - Ele suplicou e eu revirei meus olhos.

– Tá bom, mas só por que eu sou sua amiga. - Ri.

– Obrigada, você é um anjo! - Ele deu um beijo no meu rosto e saiu andando pelo corredor.

Eu continuei andando pela sala comunal e quando olhei para uma das mesas, encontrei a Parvati sentada e ao que parecia, ela estava estudando. Estranho... Ela nunca estudava, nem mesmo para as provas escolares. Me aproximei dela e sentei do seu lado.

– Oi. - Falei séria e ela me olhou.

– Oi. Estava esperando por você. - Ela falou e depois encarou novamente os livros.

– Queria falar comigo?

– Sim...

– E o que tem para me dizer? - Franzi a testa.- Há algo de errado com você?

– Por que pergunta? - Ela me olhou novamente.

– Por que você parece estranha, parece que está com algum problema, sei lá. - Ela sorriu sem graça.

– Está enganada.

– O que? - Levantei a sobrancelha.

– Digo que está enganada, não tem nada de errado comigo. - Falou ela tranquilamente, mas eu não acreditei naquelas palavras, pois eu ainda achava que ela me estava escondendo algo.

– Tem a certeza?

– Tenho. - Olhei para ela ainda desconfiada.

– Muito bem, e o que me queria dizer afinal?

Ela demorou a responder, mas logo caiu em si e respondeu:

– Precisava que me ajudasse com um trabalho que eu não consigo fazer. - Olhei para ela pasmada. Afinal era esse o problema dela?

– Ué! Pensei que fosse outra coisa que me quisesse contar.

– Na verdade estou tendo dificuldades em Poções e achei que você seria a pessoa ideal para me ajudar. - Ela sorriu.

– Não precisava de me pedir, sabe que eu sou sua amiga e estou sempre aqui para ajudá-la no que for necessário. - Sorri amigavelmente, mas ela não parecia satisfeita com minhas palavras, parecia que havia algo que a irritava e eu não entendia o que era, mas também não queria insistir com ela.

– Vou buscar uns apontamentos. - Falei e depois saí da sala comunal, indo em rumo do dormitório feminino para buscar meus livros. Voltei para a sala segundos depois e me sentei do seu lado. Parvati arrumou a mesa e depois me olhou atenta.

– Você parece cansada, Hermione. - Olhei para ela sem saber o que dizer.

– Por que diz isso?

– Por nada, apenas afirmei. - Sorriu. - Você tem descansado direito?

– Para dizer a verdade não. Ando preocupada com os estudos, tou com medo de não tirar bons resultados nas provas finais. - Suspirei.

– Ah fala sério, Hermione! Você é a garota mais inteligente que conheço! Tenho a certeza que vai se sair bem como sempre. - Sorri ao ouvir aquele comentário. - Mas não se preocupe, se o seu problema é cansaço, eu tenho a solução. - Levantei minha sobrancelha.

– E que solução você tem?

– Tenho uma poção que arranjei que tem o efeito de dar motivação para as pessoas e não deixa que o cansaço seja um problema. Se você tomar uma dose, poderá estudar sem problemas, e quando o efeito terminar, você nem vai notar que esteve acordada durante a noite inteira. - Olhei para ela desconfiada.

Aquilo me soou de um jeito estranho, eu não conhecia uma poção que tivesse esse tipo de efeito. Mas onde é que ela arranjou algo assim? Seria verdade ou seria invensão. Bom, seja como for, eu espero que não seja magia negra.

– Aonde você arranjou isso? - Perguntei ainda desconfiada e ela demorou um pouco a responder.

– Ahm... Na loja dos irmãos do Rony, aquela que...

– Eu sei. - Completei. - Mas nunca ouvi falar nessa poção.

– Ai Hermione! Pare de ser tão desconfiada! Eu vou buscar a poção para você. - Ela sorriu, correu até ao dormitório e segundos depois voltou com um pequeno frasco com um conteúdo verde. Olhei para o frasco ainda indecisa se havia de tomar ou não e ao mesmo tempo que fazia uma cara de nojo.

– Tome! Vai ver que não se vai arrepender. - Ela continuou a sorrir e eu não entendi por que ela sorria tanto.

– Tem mesmo a certeza que é seguro? - Falei sem tirar os olhos do frasco.

– Tenho, você vai se sentir melhor.

– Eu realmente espero que isso funcione. - Retirei a tampa do pequeno frasco e engoli o conteúdo, fazendo cara feia, pois aquilo tinha um sabor horrível.

Olhei para Parvati com um sorriso nos lábios e não sei se foi impressão minha, mas parece que ela estava com uma expressão fria no rosto, uma expressão que eu nunca tinha visto antes. Mas o que você está falando, Hermione? Deixe de ser boba, ela é um amor de pessoa, jamais faria mal para mim!

*****

 Harry *

Já estava escurecendo quando entrei na sala comunal da Grifinória, estava cansado, o treino foi muito duro e quase não tinha paciência para enterrar minha cabeça num livro de poções a essa hora. Passei pela entrada da sala e ao invés de ver uma sala cheia de gente, encontrei a sala vazia coberta pela escuridão.

– Hermione? - Chamei, mas ninguém respondeu.

Imidiatamente subi as escadas, corri até ao dormitório masculino e não encontrei lá ninguém, talvez estivessem todos no salão principal, pois já era hora de jantar.

– Hermione? - Chamei mais uma vez, sem obter nenhuma resposta novamente.

Joguei minha vassora para cima do sofá e fitei a lareira que emetia um calor agradável. Mas onde é ela está? Pensei que iriamos estudar juntos! Corri até ao dormitório feminino, abri a porta e levei um susto.

– Hermione? Acorda, fala comigo! - Ela estava caída e inerte no chão, parecia desmaiada. Tentei acordá-la de toda forma, mas ela não se moveu. - Hermione, por favor...

Fiquei apovorado e uma onda de terror tomou posse do meu corpo, levei o ouvido ao peito da garota e ouvi fracos batimentos.

– Merda... Ela precisa de um médico... - Lágrimas de desespero banharam meus olhos quando de repente me lembrei de pedir ajuda a alguém que também fosse próximo dela: Draco Malfoy.

*****