Dramione: Misunderstood escrita por Sammy


Capítulo 13
A place for my head ♦


Notas iniciais do capítulo

Oii :) Mais um capítulo novo!
Espero que gostem e espero que não tenha ficado ruim, minha inspiração falhou nesses dias hahah.
(Desculpem se tiver alguns erros)
Enfim, espero que gostem, boa leitura! :)
Ps: Bem vindos leitores novos! :D



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Dramione Misunderstood





Cap. 12




 Hermione *



Depois de ter visitado a Gina na enfermaria fui para a sala comunal da Grifinória. Lá estavam Harry, Parvati e Rony.

– Oi. - Disse sem encará-los, segurando as lágrimas e indo em rumo ao dormitório das garotas.

Eu não estava com vontade de falar com nenhum deles, na verdade eu não tinha vontade de falar com ninguém. Uma garota do primeiro ano que estava sentada numa poltrona perto da janela do dormitório me olhou uma ou duas vezes, acho que ela tinha percebido que eu não me estava sentindo bem, a garota ficou sentada na poltrona quietinha me onbservando a chorar.

Chorei, chorei até meus olhos arderem, chorei tanto até as lágrimas secarem e até cair no sono.

Acordei eram umas duas da tarde, a chuva ainda caia lá fora, fazendo um som bastante forte. Senti minha cabeça doendo e meus olhos ardendo. Giro na cama para olhar para o lado e vi algumas amigas de Parvati conversando. Será que ela também estava ali? Sai da minha cama e percebi que ainda estava com o vestido que usei no baile de Inverno. Foi só eu me lembrar daquela festa e do que aconteceu com Gina que senti vontade de chorar novamente, mas não chorei, eu tinha que ser forte.

Troquei de roupa, penteei meus cabelos e quando acabei de me arrumar notei que Parvati estava sentada em minha cama. Ela também tinha os olhos muito vermelhos e pareceu apreensiva quando me viu. Talvez ela achou que eu a expulsasse dali. Ela me olhou e depois perguntou:

– Mione, você quer conversar? Acho que te fará bem falar um pouco.

– Não... Eu não tenho nada para falar... - Falei sem a encarar e sem perceber acabei me sentando do lado dela.

– Como... Como está a Gina? Isto é, ainda não tive a oportunidade de a visitar e...

– Ela continua na mesma... - Fiz uma pausa e olhei nos olhos dela - Ela está muito doente. Parece que ela tem anorexia e era por isso que ela tinha aquelas vertigens estranhas.

– E ela está estável? - Ouvi a voz da Parvati tremer de receio e eu fiquei apavorada.

– Sim, acho que sim, mas a doença dela é grave... - Fiz uma da pausa e engoli em seco.

– Sabe Mione, há pouco quando voltava do salão principal encontrei o Draco e ao que pareceu ele andava a sua procura. Eu achei estranho ele me ter perguntado por você, o que há com vocês dois? - Perguntou ela desconfiada e eu senti meu rosto quente.

– Não há nada entre nós... - Falei sem encará-la, mas a garota não pareceu convencida com a resposta.

– Hum... Sei...

– Pare de ser desconfiada garota, e fale logo o que ele queria! - Falei irritada.

– Bom, ele me perguntou como você estava e eu disse que você ainda continuava triste, depois ele não me falou mais nada e saiu correndo do salão principal. - Falou Parvati me olhando séria e eu fiquei pensativa por um momento.

Por mais que eu não quisesse admitir, fiquei um pouco contente quando Parvati me contou que Draco estava preocupado comigo.

– Mione?

– Sim? - Falei um pouco atordoada.

– Ficou pensativa, o que houve?

– Nada. - Sorri.

– Hum ok... Bom, vou lá embaixo te preparar uma xicara de chá com bolachas, você precisa de se alimentar.

– Obrigada.

Parvati se preparou para sair do dormitório, mas antes de sair eu corri até ela e a abracei. Precisava daquilo, precisava de desabafar com uma boa amiga.

– Mais uma vez obrigada.

– Não precisa de agradecer. Você sabe que é importante para mim. - Eu sorri e a abracei de novo.


*****

 Draco *

A entrada da sala comunal da Grifinória tornou-se visível quando contornei a esquina, eu estava acostumado a passar por ali quando me dirigia a sala precisa.

"A Sala precisa". Aquela mesma sala que eu usara naquele ano escolar para organizar um dos meus planos quando ainda era um comensal da morte. A nostalgia invadiu meu corpo quando me lembrei do passado, pois detestava ter que lembrar de um assunto que me causou tanta dor.

Continuei andando em rumo daquela sala comunal e parei na frente de um quadro com pouca cor, nele havia uma mulher pintada e eu não dei muita importância para aquilo.

Sentei perto da porta e senti minhas pernas enfraquecerem. Eu estava tão apreensivo, pois não a tinha visto desde a noite anterior. Tinha medo de sua reação ao me ver ali parado sem ter nenhuma explicação para lhe dar. Senti que para mim estava sendo complicado controlar a necessidade que eu tinha de fitar aqueles olhos castanhos por quem eu era completamente louco.

De repente, uma garota magra de cabelos longos e negros saiu da porta da sala comunal da Grifinória e eu me levantei rapidamente. Ela me olhou desconfiada, mas não deixou de me falar.

– O que faz aqui Malfoy? - Perguntou Parvati Patil e eu fiquei sem saber o que dizer.

– Bom... Eu queria saber se... Ahm... Se a Hermione Granger está aí dentro? - Ela me olhou desconfiada e mais uma vez senti minhas pernas enfraquecerem.

– Você? Procurando pela Mione? - Ela ergueu a sobrancelha direita e eu não gostei muito daquele tipo de comentário.

– Pode chamar ela para mim, por favor? - Falei impaciente e ainda sentindo alguma irritação.

– Tudo bem... - Ela não me disse mais nada e depois voltou a entrar na da sala comunal.

Mais uma vez fiquei aguardando pela Granger do lado de fora da sala comunal e pouco tempo depois ela saiu pela porta. A garota morena pareceu congelar no braco. Ela usava um vestido preto, tinha um sapato salto um pouco baixo e o cabelo comprido estava preso com um grampo. Hermione levantou a cabeça me dando uma perfeita visão de seus olhos castanhos.

– Draco...

Sua voz saiu de uma forma tão calma e tão doce que não acreditei no que acabara de ouvir, eu imaginei muitas vezes em que ela se tinha referido a mim apenas como "você", ou "loiro repugnate" ou até mesmo "Malfoy". Para ser sincero, nada se comparava a sensação de ela ter me chamado pelo primeiro nome, a não ser talvez a sensação daqueles lábios sobre os meus.

Droga! Que merda! Eu estou ficando completamente louco por aquela Granger "Perfeita".

*****

 Gina *

Quando acordei e recuperei novamente minha consciência, já sabia onde estava e o motivo de estar presa naquela enfermaria. Eu estava mais tranqüila, mas ainda me sentia um pouco atordoada, acho que foi da dose da medicação. Ouvi uma voz sussurrando a meu lado e abri vagarosamente meus olhos. Estava numa cama com cobertas brancas e estava perto da janela, mas não estava na mesma cama de antes. Naquele momento pensei que talvez me tivessem mudado de quarto.

– Gina, meu amor. - Aquela voz grossa familiar soou do lado oposto. Me virei com dificuldade e foquei minha visão no rapaz moreno de olhos verdes.

– Ha-Harry...

Um som grave saiu da minha boca, eu ainda tinha alguma dificuldade em falar. Tentei balbuciar algo, mas não consegui, pois comecei a chorar. Já fazia algum tempo que não o via, desde o momento em que senti a última vertigem. Olhei para seus olhos verdes e notei que havia preocupação neles, apesar disso, me senti melhor ao tê-lo perto de mim, estava tão nervosa que o aparelho denunciou uma pequena taquiacardia por causa do meu nervosismo.

– Tente ficar calma Gina, os médicos disseram que você não pode fazer muito esforço ainda. Tome, eu trouxe um presente para você. - Ouvi sua voz grossa.

Em suas mãos estavam um pequeno presente de Natal. Minha visão ainda estava meia turva, mas consegui pegar no presente com cuidado. Que sensação horrível não ter a visão perfeita que tinha antes...

– Ob-Obrigada...

– Gina você ainda está muito fraca e os médicos disseram que essa doença tem uma cura complicada.

Notei um misto de tristeza e desespero em sua voz e aquilo me levava a uma nostalgia profunda. Essa maldita anorexia, por que não me matou de uma vez? Por que eu além de estar doente, era obrigada a ver as pessoas de quem gosto passando mal por minha culpa. Era horrível e me sentia angustiada por isso!

De repente ouvi passos pesados caminhando em rumo da minha cama.

– Oi filha. - Ouvi a voz da minha mãe, e em seguida pude sentir o calor de seus lábios em minha testa. Por impulso sorri ao ver minha mãe do meu lado.

– Seu pai não pode vir hoje, ele tem muito trabalho e disse para eu cuidar de você. - Mais uma vez sorri e depois ouvi outra voz feminina que veio do lado oposto do quarto.

– Ainda bem que está aqui Sra. Weasley. Precisamos de discutir algo sobre a doença da senhorita Gina.

Reconheci a voz da Madame Pomfrey que agora soava perto de minha cama. Suspirei deixando claro que aquele assunto era algo que me preocupava muito.

– Bom, eu estive conversando com a equipe de médicos que está cuidando do caso de sua filha e todos nós chegamos a uma conclusão de que ela precisa de fazer um tratamento mais aprofundado, pois essa medicação não está fazendo efeito nela. Os efeitos colaterais do outro tratamento são...

Parei de ouvir sua voz por um instante, eu já conhecia muito bem aquela conversa e sabia como ia terminar. Deixei de ouvir as vozes das duas mulheres e apenas deixei meus pensamentos voltarem aquele Baile de Inverno da escola, e desejei por momentos que tudo tivesse sido diferente e que nada disso tivesse acontecido comigo...

*****


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam do capítulo? Mereço comentários? :)
Aguardo ansiosamente por reviews *.*
Obrigada a todos/as que leram o capítulo.
Bjs até ao 13
See u soon! ^^