Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 61
Capítulo 59


Notas iniciais do capítulo

Oiee,

desculpa o atraso e pá, mas como eu sempre digo, minha escola me mata -.-

boa leitura ^^



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Capítulo 59 – Thomas Banner

- Coulson?! - Steve Rogers, Clint Barton, Natasha Romanoff e meu pai, Bruce Banner, exclamam, chocados. - Você está vivo?!

Luke, James e eu trocamos olhares confusos. Para nós, o agente Phil Coulson sempre esteve vivo, porém, nós nunca tivemos um contato direto com o mesmo, pois ele sempre estava no campo, exercendo missões secretas e de alta importância com a sua equipe composta pelos melhores agentes da SHIELD (com a exceção de James, Luke e eu, claro).

Desses, eu conheci Ward e May no treinamento avançado de luta corpo a corpo. Já Jemma e Leo eram meus parceiros de laboratório quando ainda eram novatos. Apenas Skye que eu conheci mais tarde, porém, nos tornamos amigos rapidamente.

A garota é uma forte concorrente para chutar a bunda do Howard da posição de "nerd número um da informática".

- Como isso é possível? - o Capitão América questiona, fitando o agente Coulson e logo depois Nick Fury. - Tem certeza mesmo de que é ele?

O diretor da SHIELD assente.

- Absoluta, Capitão. - ele faz um sinal com a cabeça, apontando para Coulson. - O primeiro e único.

- Você não estava em Asgard, estava? - meu pai inquire.

- Dr. Banner. - Nick Fury novamente se manifesta. - Você acha mesmo que eu mandaria toda a agência, juntamente com os maiores heróis da Terra, e deixaria nosso planeta sem qualquer proteção? - o espião esboça um leve sorriso para Coulson e sua equipe. – Eu precisava também manter um grupo com capacidade de manter a Terra em ordem enquanto estávamos fora. E, pelo jeito, fizeram um bom trabalho.

- Mas... Você estava morto, Phil! - Natasha insiste nos fatos ocorridos de um passado que eu desconheço. Provavelmente devem estar falando sobre a Guerra de Manhattan, que ocorreu três anos antes de eu nascer.

Coulson olha rapidamente de soslaio para Nick Fury, que se limita a encará-lo de volta com seu único olho.

- Lembram-se da violinista? - ele pergunta descontraidamente. Os Vingadores concordam de maneira silenciosa e em unisolo. Em resposta, Coulson faz um sinal a dois jovens agentes, um homem e uma mulher, que antes estavam parados num canto remoto da sala, para que se aproximem de nós.

Ambos aparentam ter uma idade semelhante a do Homem-Aranha, talvez um pouco mais jovens. O homem é alto, com cabelos loiros; olhos de uma cor tão azul quanto os de Erika ou James, juntamente com um porte físico e uma expressão de seriedade típica de um agente de campo. Já a menina é mais baixa, os cabelos lisos, loiros que nem os do irmão, estão presos num rabo de cavalo alto, evidenciando ainda mais seus traços do rosto, como as bochechas magras e o queixo bem pronunciado. Seus olhos, pequenos e semicerrados, aparentam ser mais escuros que os do irmão, sendo uma mistura entre tonalidades claras e escuras.

- Esses são Sienna e Steve, nossos filhos. - Phil introduz os gêmeos Coulson, grandes agentes da área secreta da SHIELD (e também nossos parceiros em algumas missões) aos Vingadores. - Eles nasceram durante a batalha de Nova York.

Dessa vez, não somente os nossos pais estão atentos, mas nós também.

Eu quero entender melhor toda essa história de “Coulson morto-vivo”.

- Enquanto enfrentávamos Loki, eu recebi uma ligação de Natalie, minha namorada, que eu não via há quase um ano. - vendo as expressões de surpresa de todos, Phil rapidamente adiciona. - Estava muito ocupado com problemas da agência, mas nós nos falávamos alguma vezes por telefone - limpa a garganta antes de continuar - Bem, quem estava na linha era na verdade um médico, alegando que Natalie não tinha sobrevivido ao parto dos nossos filhos.

- Espera, você deixou sua namorada, grávida, sozinha por quase um ano? - o tom de indignação da Viúva-Negra faz Coulson, desconfortavelmente, ajeitar seu colarinho do paletó.

- Natasha, ela nunca sequer citou algo relacionado com a gravidez em nenhuma das nossas conversas - o agente suspira, aparentemente o assunto atrai memórias que lhe causam remorso. - Ela era compreensiva, acho que às vezes até demais. Natalie sabia quem eu era e o quanto meu trabalho exigia minha atenção, especialmente quando o protocolo "Avengers" foi iniciado... Escondeu tudo para não me distrair.

"Eu não podia deixar os meus filhos recém-nascidos sozinhos, mas também não conseguia abandonar o meu país quando ele mais precisava de mim. Estava completamente dividido entre meus deveres de cidadão e ser humano."

- Loki, por mais estranho que pareça, foi a solução. - Nick Fury continua a intrigante narrativa. - Eu estava a par da situação de Coulson quando Loki tentou assassiná-lo.

"Na verdade, ele sobreviveu ao ataque, mas eu resolvi deixar esse fator oculto. Mantendo Coulson declarado como morto, eu pude mandá-lo para perto dos filhos sem que qualquer um deles corresse perigo. Mesmo insistindo para ficar e servir, Coulson não estava totalmente recuperado para voltar à ativa. Para acalmá-lo, eu disse que seria apenas uma licença temporária e que, quando estivesse em condições para retornar com suas atividades, a SHIELD o aceitaria de volta e tomaria conta das crianças, assim como fizemos com James, Luke e Thomas após o desaparecimento de vocês.”

Ninguém diz nada quando Fury acaba de contar a história toda dos três Coulsons. Embora Phil pareça um pouco desconfortável com toda a atual situação, Sienna e Steve não apresentam qualquer tipo de expressão de surpresa ou tristeza nos rostos, apenas continuam com o mesmo humor sereno que sempre apresentam.

Felizmente, para quebrar o clima constrangedor, Steve Rogers decide abrir a boca.

- Sinto muito pela Natalie, Phil. – ele pousa uma das mãos no ombro do agente. – Mas estamos felizes por tê-lo de volta perto de nós.

Phil Coulson dá ao Capitão América um sorriso tímido.

- É bom também ter todos vocês de volta aqui. – Coulson diz de maneira sincera. – A Terra está novamente em boas mãos.

Nisso, nós começamos a conversar sobre os mais diversos assuntos até um dos agentes da SHIELD nos interromperem para dizer que o momento em que todos nós estávamos evitando desde a nossa volta a Terra havia chegado.

[x]

O clima não poderia estar mais baixo. Faz frio e a noite está mergulhada num silêncio fúnebre, que, por uma ironia sádica da vida, é a trilha sonora que mais convém para o momento.

Acabamos de nos despedir das últimas de muitas das vítimas da batalha de Asgard: Jean Grey e Scott Summers.

A SHIELD escolheu fazer o enterro de todos os corpos durante a noite, com o intuito de não chamar atenção. Tanto por ser um assunto de extremo sigilo quanto por não quererem nenhum incômodo durante esse momento tão triste e difícil de dizer adeus.

Ainda cabisbaixo, olho para a figura encolhida de Rachel Summers. Mesmo não conseguindo ver seu rosto, encoberto pela escuridão, eu sei que ela está chorando. Franklin, tentando consolá-la, a abraça fortemente contra si, deixando que ela soluce contra o seu peito enquanto lhe afaga os cabelos castanhos avermelhados.

Com a última despedida, muitos partem, querendo voltar pra casa e ter um momento de reclusão para lidar com as perdas pessoais. O tempo passa, e, no final, só restam alguns heróis e agentes da SHIELD no cemitério.

Permito meus olhos percorrerem o local até encontrarem a figura parada de Kayla Howlett. Obviamente ela está acompanhada de Deadpool que, por motivos que desconheço, a segue como uma sombra. Os dois conversam sobre algo não muito interessante, visto que nenhum dos dois está com um ar de empolgação. De repente, sou pego em flagrante por ela, que acaba também sustentando meu olhar, como se me desafiasse a tomar alguma atitude.

Derrotado, decido ir para perto dela.

- Que noite. – comento a primeira coisa estúpida que vem na minha cabeça.

- Não são nossos corpos que estão sendo enterrados. – ela me responde num tom neutro. – Eu diria que estamos no lucro.

Essa garota é fria e seca, deixando claro que não é do tipo que gosta de distribuir sorrisos e simpatias gratuitamente. Deadpool, observando-nos sem saber o que fazer, se afasta para, acho, se sentir mais a vontade novamente.

- Você e o Deadpool estão...? – eu tento perguntar, mas as palavras certas não saem da minha boca.

- Juntos? – Kayla completa meu questionamento com um sorriso, aparentemente se divertindo com o que eu digo. – Não, ele é apenas um grande amigo meu.

- Você deve ser bem interessante para conseguir ser amiga de um mercenário sangue frio e meio instável. – imediatamente me arrependo de ter falado tais coisas a ela.

Qual o seu problema, Thomas? Dizer que ela só atrai gente maluca é, no mínimo, estupidez.

Mas, para o meu alívio, Kayla apenas fita uma das covas quando me responde num tom sem emoção alguma.

- Acredite, é uma longa história que não vale a pena ser contada.

Percebo que, na verdade, essa misteriosa história que envolveu Kayla e Deadpool não traz à garota boas memórias. Só de tocar no assunto, a filha do Wolverine abaixa sua guarda e acaba, sem querer, deixando uma lágrima lhe escapar dos olhos. Kayla rapidamente a limpa.

- Acho que deveríamos ir embora – ela tenta desconversar – Já ficamos tempo demais nesse lugar. – Kayla se vira, indo na direção dos grandes portões do cemitério, mas para quando percebe que eu não a sigo. – Você não vem?

Coço meu pescoço, desconfortável.

- Não agora, ainda tem mais uma pessoa que eu gostaria de ver – quando a vejo franzir o cenho, tenho o impulso de lhe falar. – Pode vir comigo se quiser.

Kayla reluta um pouco, mas a sua curiosidade acaba fazendo-a me acompanhar para um lugar mais afastado de onde os heróis e agentes foram enterrados. Nenhum de nós fala enquanto andamos. Nossos passos são lentos e silenciosos, deixando o clima do cemitério ainda mais triste do que normalmente é. Observo Kayla de soslaio, ela apenas fita os próprios pés conforme anda.

Nenhum de nós falou até chegarmos ao nosso destino. Assim que paro, confiante de que estou no lugar certo, Kayla começa a observar a mesma lápide que eu, que diz:

                   Elizabeth Ross Banner

                        1989 – 2015

              “Amada filha, esposa e mãe”

- Ela era...?

- Minha mãe – respondo-lhe, estranhando por estar visitando o túmulo da minha mãe pela primeira vez.

- Sinto muito - Kayla lamente.

- Tudo bem... Ela morreu durante o parto. Nunca cheguei a conhecê-la.

Kayla sorri de leve, chamando a minha atenção. Percebendo que eu não havia compreendido o motivo da graça, ela se explica.

- Achei sádico e estranho.

- O quê?

- Eu também nunca conheci a minha mãe, assim como a sua, ela morreu durante o meu nascimento.

- Ah – paro de julgá-la no mesmo instante, também me apiedando da nossa bizarra coincidência – Sinto muito – acrescento.

Kayla dá de ombros.

- Pessoas morrem todos os dias. Minha mãe não era uma exceção – novamente ela ataca com seu tom seco, mas eu não me importo.

Cada um de nós tem o seu mecanismo de defesa. Enquanto o meu é me tornar um monstrengo verde que esmaga tudo o que vê pela frente, Kayla se limita a dar respostas objetivas e nem um pouco amigáveis.

- Mesmo assim, não é legal perder as pessoas que amamos... – somos tirados do nosso momento (um tanto quanto tenso) por meu pai, que imediatamente fica desconfortável quando me vê junto de Kayla.

- Thomas, er, eu... Estou interrompendo algo?

Antes que eu pudesse falar algo, Kayla se adianta, aproveitando a oportunidade.

- Na verdade, Dr. Banner, eu já estava de saída – ela me fita bem nos olhos por alguns segundos, como se quisesse me falar algo, porém, tudo o que Kayla se limita a dizer é. – Nos vemos depois

Depois de desejar ao meu pai boa noite, Kayla segue seu caminho de volta, até desaparecer no manto escuro da noite.

- Ela é bonita – meu pai começa, fazendo-me revirar os olhos.

- Kayla é só uma amiga.

- Sua mãe também era – ele diz numa voz saudosa, voltando sua atenção para o túmulo de mamãe. – Oi, Betty – meu pai se abaixa, depositando um buquê de margaridas rente à lápide. – Eu sei que faz tempo que não venho aqui pra te visitar... Mas eu andei longe de casa por um tempinho – seu monólogo é interrompido por um riso infeliz vindo do próprio Bruce. – É, não é engraçado, eu sei, mas eu quero que fique tranquila, pois eu e Thomas estamos bem agora, e esperamos que você também esteja – ele para por alguns instantes, mordendo o lábio inferior nervosamente. - Eu amo você, sempre amei...

Em nenhum momento eu ouso interrompê-lo. Fico parado apenas, observando a cena como uma estátua. Contudo, não posso deixar de sentir uma enorme dor no peito ao perceber o quanto meu pai, mesmo depois de quase vinte anos, ainda ama a minha mãe.

Sinto uma lágrima involuntária escorrer pelo meu rosto, e não sou rápido o bastante para limpá-la antes de ser percebida pelo meu pai. Ele rapidamente se aproxima de mim e me abraça fortemente, fazendo-me chorar ainda mais.

- É minha culpa – choramingo. – Eu a matei... Ela ainda estaria aqui se não fosse por mim.

Vendo o quanto a dor e a culpa me corroem, Bruce Banner toma distancia suficiente para poder me encarar diretamente nos olhos. Ao contrário do que eu esperava, ele me fita com uma ternura que eu jamais havia recebido em toda a minha vida.

Nada de ódio, rancor ou raiva. Apenas piedade e ternura.

- Thomas – papai pronuncia meu nome com clareza, como se querendo fazer de perfeito compreendimento que é comigo que está falando. – Eu não quero que se culpe nem por mais um instante sequer da morte dela. Sua mãe era uma pessoa extremamente amável e inteligente. Sim, tinha total consciência dos riscos que correria se continuasse gerando você, mas em nenhum momento cogitou desistir da gravidez. Quando você nasceu... Ela já estava bem fraca, entretanto, quando o viu; o segurou pela primeira vez depois de nove longos e sofridos meses, Betty virou para mim e disse “valeu a pena” – meu pai decide se juntar a mim na questão do choro, e logo seus olhos estão inundados por lágrimas. – Hoje, vendo o homem que você se tornou, eu vejo que ela estava certa o tempo todo, e lamento muito não ter passado mais tempo com você, filho.

Comovido com suas palavras, eu novamente o abraço, desejando fervorosamente que todos os anos que passamos separados pudessem ser compensados apenas com essa pequena troca de afeto, coisa que quase nunca recebi (exceto quando a prima do meu pai, a também agente da SHIELD, Jennifer Walters, vinha me fazer algumas visitas quando estava de folga).

Ficamos por um bom tempo juntos, com os braços entrelaçados, quando, aos poucos, vamos nos separando, até somente estarmos ligados pela mão do meu pai pousada em meu ombro direito.

- Onde você acha que ela está agora? – questiono Bruce, não tirando meus olhos do nome “Elizabeth Ross Banner” escrito na lápide de mármore branco. – Acha que ela sente a nossa falta?

- Não, não acho... Pois sei que ela sempre está perto de nós dois.


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Notas finais do capítulo

É isso meus lindos

Obrigada pelas recomendações novas e reviews ♥, amo vcs!

beijocas