Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 59
Capítulo 57


Notas iniciais do capítulo

Olá meus lindos, como vocês estão nessa bela madrugada?

Espero que bem ^^

Enfim, aqui está mais um capítulo... E lá vamos nós rumo ao final o/

Boa Leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/220297/chapter/59

Capítulo 57 – May Parker (Mayday)

- Fico pensando o que aconteceu com todas as pessoas que eu conheço enquanto estive fora. – meu pai comenta enquanto nós dois andamos pelas ruas de Nova York. Para a minha infelicidade, a caixa que os Guardiões nos deram fez parecer que o tempo ficou congelado desde o dia em que fomos atacados por Camaleão, ou seja, o frio continua com seu reinado.

Como eu o odeio.

- I-isso não importa mais, p-pai, a c-caixinha lá varreu a memória de todo m-mundo. – digo-lhe, batendo os dentes e tentando me concentrar em apenas manter meu calor dentro de mim.

- Eu sei, mas Mary Jane não... – Peter solta um longo suspiro, fazendo uma pequena fumaça de sua respiração quente em contato com o ar gélido cobrir seu rosto por alguns segundos.

Permaneço cabisbaixa, tentando não lhe mostrar minha expressão de receio.

Quando Nick Fury abriu a caixa, uma enorme tempestade de areia invadiu a sala de reuniões da SHIELD. Todos nós ficamos preocupados no começo e tentamos deter o que estava nos atacando. Contudo, após muito socar o ar, notamos que a areia não estava nos atacando, mas sim se juntando a fim de formar um rosto masculino. 

Assim que o choque inicial passou, e aos poucos fomos nos acalmando, a criatura se apresentou como Kronos, o senhor do tempo, e disse que por nós o termos libertado de sua prisão, estava à nossa disposição para realizar um pedido. Deixamos os Vingadores escolherem e estes decidiram que apagar as memórias da humanidade em relação ao seu sumiço era a melhor escolha a ser feita.

Porém, antes de deixarem Kronos fazer a sua mágica, Tony Stark, Peter Parker e Thor Odinson pediram para que as memórias de Virgínia Potts, Mary Jane Watson e Jane Foster fossem poupadas.

- Por que fizeram aquilo? – questiono meu pai enquanto eu avisto meu prédio. Ele está há apenas alguns metros de distância, o que me faz tremer ainda mais só de pensar no encontro Peter Parker X minha mãe. – Você poderia ter evitado esse confronto desnecessário com a mamãe.

Meu pai se limita a sorrir enquanto abana a cabeça.

- Não podemos simplesmente resolver nossos problemas dessa maneira, May. – Peter Parker me explica com um tom que até pouco eu desconhecia: o tom paternal. – Eles não são diferentes dos vilões, por isso temos que nos impor e enfrentá-los como sempre fazemos, caso contrário, nós acabaremos nos submetendo a eles. –assim que eu paro de andar para abrir a porta principal do prédio, meu pai sorri ainda mais. – Vocês ainda moram aqui? – pergunta retoricamente, aparentemente está contente e abalado por ainda vivermos no apartamento simples que ele e mamãe compraram quando ainda eram noivos.

- Mamãe nunca quis se mudar. – respondo apenas enquanto nós dois adentramos no hall, que não é nada mais nada menos que um cubículo cinzento, frio e...

De repente, um grito extremamente alto invade o hall, fazendo Peter e eu automaticamente escalarmos a paredes atrás da dona: minha mãe.

Nós dois subimos os quatro andares rapidamente, saltando de parede em parede e fazendo manobras nos corrimões para ganharmos velocidade. Quando finalmente chegamos ao apartamento, meu pai arromba a porta com um chute, preparando-se para abater o que quer que seja que esteja atacando a mamãe. Faço o mesmo, me posicionando logo atrás dele quando Peter adentra na sala de estar.

- Mary Jane! – meu pai grita, assustando a figura chorosa de... Uma desconhecida? A moça que chora é uma jovem de uns vinte anos com longos e ondulados cabelos ruivos como os meus e sardas espalhadas pelo rosto corado e livre de quaisquer marcas faciais. Seus olhos verdes se arregalam quando se encontram com os do meu pai. Sua boca, com lábios grossos e cobertos por uma camada leve de gloss transparente, se abre, tentando soltar uma fala que está presa na garganta.

- P-peter?! – na hora eu reconheço a voz da minha mãe. Mas o que raios aconteceu com ela?! Como ela está tão... Jovem? É a vez da minha boca se abrir. – Mayday?! – seus joelhos tremem tanto que mamãe acaba caindo no chão.

- MJ! – meu pai sai correndo tão rápido que sou deixada para trás, ainda assustada e surpresa com toda a presente situação. Peter envolve Mary Jane nos braços, limpando suas lágrimas com o polegar.

- Isso é cruel. – minha mãe sussurra, infeliz. – Seja lá quem você for, pare de brincar comigo desse jeito e apenas me mate de uma vez.

- Matar a mulher que eu amo? Essa foi a pior ideia que você já teve desde a de fazer pipoca caramelizada sem a tampa da panela. – Peter solta uma risada nervosa enquanto continua a afagar o rosto de Mary Jane. – Me desculpa, MJ.

- Por que você foi embora, Pete? – ela volta a chorar, enrolando seus braços no pescoço do meu pai. – Por que você me deixou bem naquele dia? Eu tinha algo pra te falar... Nós íamos ter um bebê... Uma menininha... Tão linda...

- Sim, eu a conheci, MJ. – ele tenta fazê-la parar de jogar toda a dor que estava acumulada em seu peito durante quase vinte anos, mas é apenas uma atitude vã, já que mamãe continua a falar enquanto toca o rosto de Peter.

- Você teria sido um ótimo pai, Peter, ela era tão parecida com você... Ainda é. O mesmo jeito arredio, o mesmo coração, até mesmo o seu senso de humor.

Sinto minhas bochechas ficarem vermelhas quando os olhos de ambos caem sobre mim. Sinto-me muito desconfortável por ser o assunto no meio de tantas coisas envolvendo os dois, até mesmo cogito uma rápida rota de fuga pela janela da cozinha. Porém, meus pais me convidam para um abraço coletivo e, vendo que não há mais como realizar uma fuga, vou para perto dos dois, abraçando e sendo abraçada fortemente por pelo menos cinco minutos antes dos dois me soltarem e voltarem a conversar.

Mais que depressa vou de volta para perto da porta.

- Por favor, MJ, me perdoe... Eu não quis abandonar nem você, nem May, mas eu não tive escolha. Fui um prisioneiro de Loki por dezessete anos, e a única coisa que me mantinha vivo era pensar que você estaria aqui me esperando. Eu te amo, Mary Jane, e prometo dar o melhor de mim para compensar todos esses anos que passei longe de vocês.

Meu coração para quando minha mãe ergue seu corpo a fim de ficar cara a cara com meu pai. Os dois se encaram, trocando olhares de dúvida, tristeza e receio em meio a um silêncio que parece querer me matar. Será que mamãe vai aceitá-lo de volta? Mary Jane Watson nunca foi e nunca será uma pessoa que eu poderia considerar... Compreensiva.

Pelo menos não com o seu gênio forte que sempre fez questão de mostrar a todos.

- É tudo o que eu queria ouvir, gatão. – e ela avança para cima do meu pai, beijando-o com uma intensidade tão grande que me deixa desconfortável. Novamente com as bochechas pegando fogo, eu me viro e fecho a porta com cuidado, deixando que meus pais tenham seu momento romântico depois de quase vinte anos separados.

Não posso deixar de sorrir, feliz da vida por ver que eles não só se aceitaram de volta, mas por ver que, mesmo depois de tantos anos, o amor que ambos tinham dentro de si não perdeu nem um pouco da sua intensidade.

Mesmo tendo pais que tem a mesma idade que eu... É bom vê-los felizes e perto de mim.

Com todo o clima romântico no ar, não consigo deixar de pensar em Luke.

Lembro-me quando nós nos odiávamos. Eu simplesmente não conseguia nem mesmo olhar para ele sem querer vomitar. Todo aquele jeito de debochado e de “olhe para mim, sou um Mané que tem como amante um arco e, nos dias de carência, enfiar algumas flechas no...”.

Ok, você entendeu.

Porém, minhas impressões sobre Luke começaram a mudar conforme nossa convivência obrigatoria aumentou. Mesmo ele sendo um rabugento e pavio curto, eu não podia deixar de rir quando ele discutia com James e Thomas.

Quando chegamos à Asgard então, as coisas ficaram ainda mais estranhas. Eu não sabia por que, mas todas as vezes que Luke estava ao meu lado eu me sentia segura e... Feliz. A aposta que eu e Erika fizemos, mesmo sendo sobre influência de Eldred, foi apenas uma desculpa para eu confirmar meus sentimentos em relação a ele.

E no momento em que ele quebrou meu coração alegando que não confiava plenamente em mim, eu percebi que meus sentimos estavam de fato mudados.

Ódio se transformou em amor.

Eu queria ter falado que eu o amava, especialmente quando eu percebi que ele tinha ficado arrependido por ter me dito tal coisa. Mas, orgulhosa do jeito que sempre fui, engoli a vontade e simplesmente deixei que as coisas tomassem seu rumo natural. Esperando que o tempo resolvesse as coisas ao invés de tomar alguma iniciativa.

Eu só não que o destino fosse me trair de maneira tão bruta. No momento em que Eldred perfurou o peito de Luke, eu senti meu ar ser drenado de meus pulmões. Segurar seu corpo frágil e ensanguentado em meus braços foi quase tão traumático quanto vê-lo morrer.

Luke se fora, e eu não tinha lhe dito que o amava.

Após esse evento, eu me sentia desolada. A única coisa que me fazia lembrar de trazer algum oxigênio para os meus pulmões era a vontade de encontrar o meu pai. E, quando eu pensava que essa vontade não mais me nutriria, tudo voltou a fazer sentido.

Pois Luke tinha voltado.

E, para a minha surpresa, a primeira coisa que este fez quando me viu foi me beijar. Oh, deus, como nosso primeiro beijo foi perfeito! Foi como se o que cada um guardasse dentro de si, de repente, estivesse enfim liberto por meio do nosso contato físico e sensual.

Nenhuma palavra foi trocada, todavia acho que eu não conseguiria me expressar de maneira melhor o quanto eu o amava.

Respiro fundo, abraçando-me de leve, não sabendo se é apenas pelo intenso frio de Nova York, ou se é pela sensação agradável de imaginar Luke Barton em meus braços.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por hoje é só personas,

espero que tenham gostado! Esse capítulo foi mais fofinho, pq depois de tanta matança, sangue e luta, acho que é legal ler algo mais feliz de vez em quando :)

Não deixem de comentar, vou ficar feliz da vida em saber o que vocês estão achando ^^.

Beijocas e até a próxima