Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 54
Capítulo 52


Notas iniciais do capítulo

Hola muchachos,

desculpem-me pelo atraso... Tenho que culpar Smallville e Death Note por roubarem cada minuto da minha vontade de escrever e tempo livre. He.

Espero que gostem :)



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Capítulo 52 – Erika Foster



A corrida para a Sala do Tesouro é algo maçante. Conforme avançamos, eu, meu pai e os outros quatro asgardianos que nos acompanham temos que enfrentar obstáculos sem desacelerar nosso ritmo. Enquanto consigo abater alguns chitauris por vez com Torden, Thor consegue fazer um strike perfeito com Mjolnir, tirando pelo menos uns dez capetas da nossa frente. Porém, nossas forças sozinhas não são o bastante, por isso temos que ir mais rápido se quisermos chegar ao nosso destino com vida.



– Estamos chegando? – inquiro no momento em que visualizo os Gigantes de Gelo se aproximarem aos poucos de nós.



Thor aponta para o portão alto e dourado localizado logo à frente, indicando que nossa jornada conturbada está acabando. Mantendo a espada erguida, ajudo alguns dos guardas a afastarem o inimigo em meio à nossa caminhada. De vez em quando, consigo ver os meus amigos lutarem bravamente contra os chitauri, dando o máximo de si para manterem as defesas de Asgard erguida. Luke, James e mais quatro heróis barram o caminho de pelo menos vinte chitauris, Thomas e o pai acabam com a raça de três Gigantes de Gelo e Mayday faz o resgate de alguns feridos ao lado do Homem-Aranha.



– Erika, vamos! – meu pai me chama com urgência uma vez que o portão já foi destruído por Mjolnir.



Tento correr para perto dele, mas uma nova manada de alienígenas bloqueia a minha passagem. Estou sozinha, sem ninguém ao meu lado para lutar. Meu pai, assim como os guardas, estão longe demais enfrentando uma leva tão grande quanto a minha. Mesmo com Torden na mão, não sei ao certo se conseguirei derrubar essa enorme quantidade de malucos sozinha.



Engulo seco quando eles começam a correr para cima de mim. Torden novamente encontra com alguns corpos, decepando alguns braços e arrancando sangue sem piedade. Dou conta de alguns, mas não deixo de ser acertada fortemente no abdômen por uma lança elétrica. A dor é intensa, e como um sugador, ela arranca minha força, fazendo-me cair. Estou fraca, sem fôlego e não estou com apoio nenhum... Ou pelo menos não estava.



Quando um dos chitauri tenta se aproximar de mim, este acaba voando para longe. O mesmo processo se repete com cada um que tenta se aproximar até que não haja mais ninguém ao meu lado.



– Você está bem? – uma voz feminina me pergunta com um tom preocupado.



Ainda arfando por causa da dor queimante, ergo meus olhos a fim de encarar a minha salvadora. E para a minha surpresa, eu me deparo com uma garota. Aparentemente ela tem a mesma idade e praticamente a mesma altura que a minha, porém, ao invés de azuis, seus olhos são verdes escuros brilhantes e seus cabelos castanho-claros estão longe de se igualarem ao meu branco. Nossas roupas também não são nada parecidas, enquanto eu visto uma armadura asgardiana que arranjamos na sala das armas em Jotunheim, a menina traja uma roupa apertada vinho e azul-marinha. Em sua cabeça há uma pequena coroa dourada, ostentando no centro de sua estrutura uma joia negra e brilhante.



– A-acho que sim. – percebo que ela está com a mão estendida, oferecendo-me ajuda, e eu logo a aceito. – Obrigada.



– Estamos do mesmo lado, não é mesmo? – a garota responde com um enorme sorriso. Eu tento devolver sua gentileza com meu próprio, mas, com a dor aumentando no meu abdômen, eu acabo, provavelmente, fazendo uma careta estranha, pois a faço rir. – Deixe-me ver como está o ferimento.



Eu afasto a parte danificada do meu traje e permito que a garota veja a gravidade do meu ferimento. Está feio, a lança fez mais do que me dar um choque, ela atravessou uma parte de mim e queimou a pele que estava no caminho. Olho para o meu pai, ele continua a lutar contra os alienígenas, tentando afastá-los de mim enquanto a garota me ajuda.



– Isso pode doer um pouco. – ela logo me adverte enquanto prepara as mãos, estalando os dedos. – Mas será justamente para tirar a sua dor.



– Acredite, não dá pra piorar.



– Acredite, dá.



Dessa vez ela não sorri, apenas me pede uma permissão com os olhos e eu faço um leve movimento com a cabeça, autorizando-a a prosseguir. A garota coloca ambas as mãos no meu ferimento, e com a dor de dezenas de agulhas grossas saindo e entrando em mim, fazendo minha dor ampliar muito mais do que eu pensava ser possível, ela me cura. Quando ela acaba, sinto meu corpo esmorecer e eu caio com meu próprio peso para frente.



– Elise! – escuto uma voz masculina grossa chamar pela garota que me ajudou. Quando ergo minha cabeça para mirar seu dono, dou de cara com um homem alto de cabelos e olhos escuros, trajando uma roupa um tanto extravagante para um super-herói. – Procurei você por toda parte e...



– Erika! – é a vez do meu pai me chamar, vindo em minha direção e logo alcançando-me com a testa vincada de preocupação. – Você está bem?



Assinto de leve com a cabeça, ainda tonta devido à dor que Elise me alertou.



– Graças a ela, pai. – faço um gesto para Elise e para o homem misterioso ao seu lado.



– Então essa garotinha é a sua filha, Thor? – o homem questiona o meu pai, contudo, seus olhos permanecem grudados em mim.



Com um meio sorriso, Thor assente enquanto cumprimenta o desconhecido e a garota Elise.



– Eu também não sabia que você tinha uma filha, Dr. Strange.



O Dr. Strange se limita a dar uma gargalhada.



– Tenho mais dois, gêmeos, que estão aqui em algum lugar, lutando ao lado da minha Wanda.



– Pelo jeito você e a Feiticeira Escarlate não andam com muito tempo livre.



Os dois começam a rir enquanto Elise e eu desviamos os olhos, constrangidas pelo assunto discutido.



– Sinto muito. – Elise se desculpa pelo pai, o que me faz rir.



– Está tudo bem, pais são assim mesmo.



– Nem me fale. – ela me ajuda a me por em pé e tenta pegar Torden do chão, mas não consegue nem mesmo mexê-la um centímetro de onde a deixei. Sem graça, pego minha espada com facilidade, deixando Elise boquiaberta. – É encantada igual ao Mjolnir, não?



Confirmo com a cabeça.



– Só eu posso erguê-la.



A garota Elise bate na própria testa.



– Desculpe-me, eu me esqueci de me apresentar... Deveria tê-lo feito antes... Sou Elise Strange. – ela me dá a informação que já sei graças ao seu pai.



– Erika Foster. – decido ser educada mesmo assim. – Obrigada mais uma vez por me salvar. Estaria morta se não fosse por você.



As bochechas magras de Elise começam a corar quando eu a agradeço pela segunda vez. Com seu jeito todo atrapalhado e meio tímido, posso ver que personalidade de Elise é uma das coisas que me faz sentir que seremos grandes amigas se sobrevivermos a essa guerra idiota.



– Qual é o seu poder, especificamente? – eu a questiono com certo interesse, querendo realmente saber do que ela é capaz.



Com um gesto, Elise cria chamas rosas e azuis na palma da mão.



– Pode-se dizer que sou uma feiticeira. – ela aponta para o pai com a cabeça. – Aprendi tudo o que sei com ele e com a minha mãe. – Elise me estuda da cabeça aos pés. – E você? O que é exatamente?



– Digamos que uma semideusa.



– Legal, tipo Percy Jackson?



– Mais ou menos isso.



– Elise – o pai da minha nova amiga, Dr. Strange, a chama. – Acha que consegue vir comigo para ajudar Thor e a filha? Eles estão atrás do Tesseract.



– Mas é claro, pai! – Elise responde sem pensar, não conseguindo contentar a própria emoção de participar da nossa busca.



– Tem certeza de que quer levá-la junto, doutor? – Thor questiona o amigo enquanto olha para Elise com certa preocupação. – Meu irmão está completamente louco, não faço ideia do que ele será capaz de fazer contra qualquer um de nós caso esteja na Sala do Tesouro.



Dr. Strange estuda a filha por alguns segundos, como se estivesse repensando se deveria de fato levar Elise para o combate. Com um certo brilho nos olhos, ele pousa uma das mãos nos ombros finos de Elise.



– Minha filha está pronta para lutar pelo que é certo, não é mesmo, Elise?



A garota assente novamente, mostrando o quão determinada ela está para nos ajudar a dar um fim aos planos malucos de Loki. Juntamente com os guardas asgardianos, nós quatro recomeçamos a correr e só paramos uma vez dentro do portão dourado, sob a proteção de paredes que nos separam da luta que ocorre ao lado de fora. Recupero minha respiração com dificuldade, mas agradeço mentalmente Elise por ter feito a dor do meu corte desaparecer. Se não fosse por ela, creio que não seria nem mesmo capaz de arfar.



– Essa foi quase. – o Dr. Strange olha para os lados, observando cautelosamente o lugar que estamos. Porém, eu duvido que ele de fato encontre alguma coisa, já que estamos em um breu puro. Contudo, o homem ergue os dois braços, formando uma enorme bola de luz que ilumina pelo menos metade da sala.– Tem certeza de que o Tesseract está aqui? Não vejo nada além dessas paredes douradas.



– Está sim. – Thor também estuda o ambiente com um olhar desconfiado; Mjolnir firme em suas mãos. – Fiquem de olhos abertos, Asgard está tão traiçoeira quanto a Terra. - ele se aproxima do Dr. Strange. – Eu e o Dr. Strange vamos para a direita. – meu pai aponta para os guardas. – Vocês vão para o centro. – e finalmente olha para mim. – Erika, você e Elise procuram pela esquerda. Se acharem alguma coisa, nos encontrem nesse mesmo lugar.



Rapidamente nós nos separamos a fim de encurtarmos a busca. Elise faz sua própria bola de luz e, juntas, começamos a procurar. A sala é grande e há diversos objetos dentro da mesma, fazendo-nos termos um cuidado extra para não pisar em algumas coisas espalhadas pelo chão. O problema de tudo é que os objetos são imensos, deixando a tarefa de encontrar um cubo do tamanho da minha mão um tanto quanto difícil.



– Você não tem algum feitiço que possa facilitar a nossa busca? – inquiro a Elise enquanto pulo uma espécie de canoa gigante de cristal. – Nesse ritmo não vamos encontrar nada.



– Shiu. – ela me cala de repente, olhando de um lado para o outro com seus olhos verdes alertas.



– Algum problema?



– Tem alguém aqui.



Imediatamente eu saco Torden da bainha, preparando-a para um novo conflito. Assim como Elise, eu começo a olhar para os lados sem parar a procura do intruso, mas nada encontro. A poluição visual de excesso de tralha asgardiana tem sua parcela de culpa juntamente com a semiescuridão. Fico de costas para Elise e continuo a vigiar tudo ao nosso redor, fazendo o máximo para evitar ser surpreendida por Loki ou qualquer outra coisa.



– Elise, tem certeza de que tem alguém aqui?



Ela assente sem pestanejar, convicta de que não estamos sozinhas. Dando um longo suspiro, eu volto minha atenção para frente, dando de cara com uma luz verde que me cega por alguns segundos, fazendo-me cair bruscamente no chão.



– Erika! – Elise grita o meu nome ao mesmo tempo em que lança um feitiço na pessoa que me abateu. Tento erguer os olhos e visualizar com quem estamos lidando, mas meus esforços são descartados quando a voz começa a falar.



– Você o matou! – Encantor imobiliza Elise facilmente com um raio violeta enquanto me pega pelo colarinho da armadura e me joga contra a parede. – Você matou o meu filho, sua vaca!



– Ele teve o que mereceu. – respondo-lhe, fazendo-a me prensar ainda mais contra a parede.



– Vai pagar caro por isso! – Encantor ergue a mão, preparando para me acertar bem no meio da cara. – Jamais deveria ter mexido com a minha família, garota!



Fecho os olhos e espero o impacto de seu punho, contudo, ele não acontece e sinto Amora me soltar. Reabro meus olhos e me deparo com Encantor no chão, fixada no solo por Mjolnir.



– E você não deveria ter mexido com a minha, Amora. – Thor recupera Mjolnir para si. Encantor se levanta do chão com seus olhos azuis fuzilando o meu pai.



– Como se o deus do trovão tivesse alguma moral para me repreender. – a feiticeira revida, atingindo meu pai não somente com as palavras, mas também com um feitiço que o faz cair brutalmente no chão. – A culpa disso é toda sua! Se não tivesse me trocado por aquela puta humana, eu...



Quando Encantor fala da minha mãe, eu pego Torden e a arremesso. Com uma velocidade avassaladora, minha espada atinge o braço de Amora, que urra de dor com o forte impacto da lâmina afiada na sua pele desprotegida. Ela se volta para mim com seus olhos pegando fogo de tanta raiva.



– Como ousa?! Eu vou transformar você em pó! – e lança um raio vermelho sangue em mim. Encantor teria me acertado se Elise não tivesse entrado na minha frente e feito um campo de força que envolve e protege nós duas.



– Vão! – Stephen Strange nos ordena enquanto vai ao encontro da filha a fim de ajudá-la a conter o ódio de Encantor. – Achem o Tesseract e o destruam de uma vez por todas!



– Mas, doutor... – meu pai tenta contra argumentar, mas o Dr. Strange o silencia, jogando-nos com um de seus feitiços para longe.



– Vão!



– Temos que ir, senhor. – um dos guardas insiste num Thor que reluta por alguns instantes em me seguir para o corredor, mas no final cede, e nós dois, acompanhados dos guardas, recomeçamos a nossa corrida contra o tempo, deixando Stephen e Elise Strange para trás.



– Não deveríamos ter deixado os dois! – meu pai começa a resmungar sem parar enquanto corremos.



– E perder mais tempo com a Encantor ao invés de ir atrás do Tesseract? Não temos esse privilégio, nossos amigos estão morrendo lá fora, pai! Precisamos agir, e rápido.



Depois do meu breve discurso de motivação, meu pai para com a reclamação. Volto meu foco ao nosso objetivo: encontrar o Tesseract e acabar com a festinha do Thanos e do Loki. Ah, e sem esquecer de que temos uma guerra a parar.



Isso vai ser moleza.



Quando chegamos à porta, meu pai joga Mjolnir contra a mesma, que cede depois de três porradas bem dadas do martelo do deus do trovão. Entramos rapidamente na nova sala, e é exatamente igual a que estávamos segundos antes.



– Eu não entendo... Já não estávamos na Sala do Tesouro? – questiono ao meu pai enquanto visualizo os novos objetos dentro do salão.



– Aquela sala foi projetada para distrair invasores.



– Então a outra está cheia de tesouros e trecos falsos? Você fez a gente procurar o Tesseract naquela sala, sabendo que ele não estava lá, pra quê? – paro por alguns instantes para refletir sobre as minhas próprias perguntas. - Você sabia que Encantor estava na sala... Não sabia?



– Sim, e eu precisava distraí-la para não sermos seguidos. – Thor não tira os olhos de sua busca implacável pelo Tesseract. – Vamos, onde é que você está?!



Ajudo-o na busca pelo cubo mágico, estudando os tesouros com uma nova perspectiva. Identifico um olho, uma longa lança com ponta chata, três braços presos num só ombro e armas que eu jamais vi em toda a minha vida. De repente, sou atraída por uma luz azul florescente vindo de dentro de um baú semicerrado próximo ao meu pé. Abaixo-me e o abro com cuidado, dando de cara com um pequeno cubo azul brilhante. Cuidadosamente eu pego o objeto, seu peso não é grande coisa, para ser sincera, é bem mais leve do que eu imaginava ser o causador de todo esse atual tumulto.



– Pai, encontrei o Tesseract! – Thor vem o mais rápido possível ao meu encontro e, com um rápido movimento, pega o cubo para si a fim de analisá-lo mais de perto.



– Temos que tirá-lo de Asgard o quanto antes. – ele pega no meu braço e me guia para a porta arrebentada. Porém, quando tentamos atravessar o buraco, somos arremessados na direção oposta, batendo nossas costas contra a parede. Uma risada atravessa o lugar onde estamos e logo meu pai se coloca em pé, preparando Mjolnir para uma possível luta.



– Fique no chão. – a voz de Loki ordena ao meu pai. Imediatamente eu também me ponho em pé e preparo Torden, erguendo-a para proteger meu próprio corpo de algum ataque. – Mas é claro que as seis pestes ajudaram vocês a escapar e desativar a minha máquina.



– Loki! – Thor vocifera o nome do deus da trapaça. – Já chega, irmão, você passou dos limites com essa guerra!



E então ele aparece. Com a armadura que eu o vi vestir em meus pesadelos, Loki mira nós dois com seus olhar de víbora. Os olhos verdes estão tão mortíferos quanto no dia em que ele mandou que Luke fosse morto a sangue frio por Eldred. O sorriso cínico me dá um enorme arrepio na coluna.



– Eu fui longe demais?! EU?! – Loki vem para cima de Thor, ignorando por completo a minha presença enquanto grita com o irmão. – Não, meu “irmão”, você foi longe demais! Sempre o mais querido, sempre o mais amado e desejado pelo povo. Você não passava de um arrogante nojento! E eu?! Eu sempre fui sua sombra, apenas o irmão do poderoso Thor, o futuro senhor de Asgard e dos Sete Reinos! – a lança de Loki está voltada para o irmão. Eu tento impedir, mas simplesmente não consigo avançar, como se algo estivesse me segurando a onde estou.



– Loki... – meu pai começa num tom baixo. – Essa raiva que você nutre por mim ainda irá destruí-lo! Você teve sua chance de se redimir, de controlar essa raiva, irmão, mais de uma vez. – ele ajeita Mjolnir na mão. – Mas você não o fez... Primeiro a Terra e agora Asgard. O que está tentando provar, Loki?!



– Que eu posso ser tão bom quanto você! Que sou melhor que você! – Loki retruca no mesmo tom que meu pai colocou em sua última fala. – E vou provar agora derrotando Thanos e me tornando senhor de todo universo!



Olhando para o Tesseract em suas mãos, Thor chamar por um guarda e entrega o cubo.



– Leve-o para um lugar seguro. – o guarda sai correndo com o cubo na mão e juntamente com os outros companheiros, deixando-nos sozinhos.



Loki não tenta ir atrás do precioso Tesseract, apenas observa a partida do cubo com o mesmo ódio no olhar.



– Você sabe que irei encontrá-lo depois que acabar com você, não sabe?



– Você vai cair, Loki. – Thor começa a girar Mjolnir na sua mão. – E eu vou garantir que você caia e não machuque mais ninguém que eu amo.



– Isso é o que veremos, filho de Odin! – e ele ataca. – Posso não ter o poder das almas dos Vingadores agora, mas irei acabar com você mesmo assim!



Eu sei que está na hora de agir, que tenho que ajudar o meu pai a enfrentar o irmão maluco, mas eu não consigo me mexer! Olho para o chão e vejo que meus pés estão colados no solo, como se fizessem parte do mesmo.



Loki, seu desgraçado.



Tento quebrar o azulejo, mas minha tentativa é em vão já que parece que meus pés são feitos de aço puro. Não tenho outra escolha a não ser observar Thor e Loki se atacarem sem piedade alguma.



Exatamente como no meu sonho. A mesma cena, os mesmos envolvidos... A mesma luta.



Não... Eles vão acabar se matando se eu não fizer alguma coisa. Tudo bem que não me importo nem um pouco com o bem-estar de Loki, mas eu com certeza quero o meu pai inteiro. Preciso levá-lo de volta para a Terra, para a minha mãe.



Mas, e se eu o levar... O que vai acontecer exatamente? Quero dizer, eu tenho um padrasto na Terra, um homem que sempre esteve na minha vida e que, por acaso, está casado com a minha mãe. Será que levar Thor de volta para o meu planeta natal é a melhor das opções?



Tenho que tirar esse pensamento da minha cabeça e me focar numa maneira de ajudar o meu pai a acabar com o deus da trapaça. Confusões de família serão resolvidas mais tarde, agora devo, e rápido, descobrir uma maneira de me livrar desse feitiço idiota.



– Você me trancou durante todos esses anos longe de Jane e longe da minha filha... – o cetro de Loki e o martelo de Thor se cruzam e ambos forçam as armas um contra o outro. – Estou farto das suas vinganças sem sentido e essa foi a gota d’água! – e Thor o empurra para longe, fazendo o irmão cambalear para trás.



– Embora sua vontade seja grande, você simplesmente não consegue se render para a sua ira, irmão. – Loki taca a lança no meu pai, acertando-o o ombro. – E essa será a sua ruína.



– Pai! – grito, atraindo a atenção de Loki para mim. Este, quando vê o meu pânico, sorri, como se eu estivesse contando a piada mais engraçada de todos os tempos.



– Acabar com a sua vida não é dor o suficiente, não é mesmo? – ele me puxa pelos cabelos, soltando meus pés do chão. – Será que a morte da sua filha com a meretriz fará você lamentar?



– Não se atreva! – Thor joga Mjolnir, mas Loki desvia o martelo com um movimento da mão.



– Fique aí! – Loki joga um feitiço que mantém Thor de joelhos no chão. Como se houvesse uma enorme bigorna em seus ombros e ele não conseguisse reunir forças para tirá-la de cima do corpo. Voltando-se para mim, o deus da trapaça me fita com nojo. – Como ele teve coragem de misturar os genes asgardianos com os não desenvolvidos terráqueos? Você me dá nojo, mestiça. E assim que eu acabar com a sua existência, eu vou atrás da sua mãe e fazê-la sangrar tanto que desejaria uma morte mais rápida.



– Argh! – Thor consegue se libertar da feitiçaria de Loki e, com o auxílio de trovões, ele derruba Loki numa só tacada. Atordoado, o irmão mais novo tenta revidar, porém, meu pai é mais rápido e prende ambas as mãos do deus da trapaça com suas próprias. – Você não vai ferir mais ninguém que eu amo.



– E como vai me parar? Trancafiando-me novamente nas raízes de Yggdrasil?! Enquanto eu viver, eu jamais descansarei até fazer você perder tudo o que mais preza nessa vida. Jamais desistirei de transformar seus dias felizes num inferno particular.



– Você está louco. – ainda caída no chão, posso ver algumas lágrimas saírem dos olhos azuis de Thor. – Não está me deixando escolha...



– Eu irei preso, mas isso não irá me parar. No dia em que sentir a maior alegria, eu estarei lá para fazê-lo em pedacinhos.



– Não, irmão, você não estará lá para arruiná-lo... Não estará mais aqui para estragar a vida de ninguém! – ele levanta o martelo, fazendo um enorme sorriso aparecer nos lábios de Loki. – Desculpe-me, irmão, mas como eu disse, você não me deixa escolha. – e ainda chorando, Thor bate fortemente o martelo contra o crânio de Loki, esmagando-o e fazendo sangue jorrar para todos os lados, incluindo em cima de mim.



Sinto meu queixo cair com a cena. Será mesmo possível que tal coisa tenha ocorrido ou meus olhos estão simplesmente me enganando?



Não... Ao ver meu pai cair de joelhos enquanto segura o corpo sem vida de Loki nos braços, ao ver suas lágrimas de angústia e dor rolarem pelas bochechas do deus do trovão, eu percebo que de fato aconteceu.



Loki está morto.



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Notas finais do capítulo

É isso meus lindos, novamente, espero que tenham gostado e nos vemos na próxima.