Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 37
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Ok, perdão pela demora. Era pra eu ter postado esse capítulo ontem a noite, mas acabei só escrevendo pra minha fic de Supernatural, pois pretendo postá-la em breve, e fui também ao cinema... Dai eu só voltei às 3 da matina morrendo de sono e com uma preguiça mais forte que a minha força de vontade de ligar o pc.
Pelo menos aqui estou, antes tarde do que nunca :D
Boa leitura pessoal :)



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Capítulo 35 - Howard Stark

Vamos recapitular tudo o que aconteceu até agora.

Primeiro, descobri que sou filho não apenas de Tony Stark, mas também do Homem de Ferro, nome que ele usava para combater o crime com os Vingadores nas horas vagas antes de desaparecer a dezessete anos atrás.

Segundo, a SHIELD me recrutou para trabalhar com o resto dos filhos dos heróis desaparecidos, porém, aparentemente não tínhamos capacidade para cumprir a missão de achá-los, então fomos descartados. Como eu não fiquei feliz com a decisão, decidi vir para Asgard por conta própria.

Terceiro, estamos presos numa terra estranha, onde nossos únicos amigos são alguns deuses desesperados com uma guerra que está se aproximando e não há nada que possamos fazer para impedi-la.

E para finalizar a lista, acabamos de descobrir que Luke morrerá num período próximo.

As coisas não poderiam estar melhor.

Todos nós estamos em silêncio, não sabendo ao certo o que falar em meio à notícia que Eldred nos deu. Erika se recusou a ir para o hospital, então decidimos ficar com ela numa das salas do palácio, onde nossa querida amiga se recupera aos poucos das feridas, como se estivesse se curando sozinha.

Mayday deixou de ser tão durona com Luke depois da notícia, até mesmo decidiu se sentar no mesmo sofá em que Barton se encontra, separando-se dele apenas pelo corpo de Banner, que parece tentar acordar de um pesadelo.

A situação está tão tensa que até mesmo James parou de alfinetar Eldred, que está parado como uma estátua ao lado meu lado, observando ora Erika com sua inseparável espada, ora Luke.

Eu quero mais do que tudo quebrar o silêncio, mas como? O que posso dizer para fazer qualquer um de nós nos sentirmos melhor? Não importa o que eu diga, no final, Luke vai acabar morrendo de qualquer jeito, e por mais que eu queira, não há nada que eu possa fazer para salvá-lo.

- Nenhuma ideia de quando eu posso... – Luke começou a falar, mas sua voz falha no final, não conseguindo terminar a própria pergunta.

Todos nos voltamos para Eldred, que se ajeita desconfortavelmente no sofá ao meu lado, não gostando de todos os olhos grudados em si.

- Não tenho ideia. Pode ser hoje, amanhã, daqui uma semana. – Ele suspira. – Mas acontecerá em breve.

Volto a olhar para Luke. Claramente ele está inquieto, seu pé não para de bater contra o solo, morder os lábios ou esfregar as mãos. Mas é em seus olhos que eu capto algo além da preocupação, o medo. Luke Barton está com medo, e pela primeira vez desde que nos conhecemos, ele não tem a menor preocupação em escondê-lo.

- Vamos dar um jeito, Luke. – James tenta lhe transmitir uma coragem que até mesmo ele está precisando. – Não vamos deixar você morrer.

Suas palavras não tiveram efeito algum sobre o amigo, que acena negativamente com a cabeça.

- Geirahod me disse que uma vez marcado, não há como mudar meu destino. – Ele o encara com um olhar miserável. – Eu vou morrer, James. Tenho que aceitar isso.

Percebo que algumas lágrimas escapam dos olhos de Mayday, Erika e até mesmo de James e Thomas. Fico surpreso quando sou tomado pela tristeza, que lágrimas irradiam meus olhos e eu as permito que saiam. Por maior que fossem nossas diferenças, todos os cinco eram da minha família, e perder algum deles é como perder parte de mim.

Pela primeira vez em anos eu me senti querido em algum lugar. Minha mãe fazia o possível para tentar me dar atenção e também dar conta do trabalho, porém, quando ambos estávamos com problemas, Pepper Potts acabava indo auxiliar a Stark Inc. ao invés de me ajudar.

Com Erika, Mayday, James, Thomas e Luke as coisas são diferentes, nós estamos no mesmo barco, e, por mais que alguns queiram negar, somos melhores unidos. Eles são a família que eu nunca tive, o afeto que me faltou e o carinho que nunca experimentei com a minha mãe.

Cerro meus punhos, querendo que meus problemas fossem esmagados como um inseto. Isso não é justo, especialmente com Luke, que faz o possível para nos manter vivos e unidos.

- Chega disso. – Falo de repente, levantando-me e indo em direção a Luke. – Eu não ficar de braços cruzados aqui sabendo que você pode morrer a qualquer segundo.

Luke arqueia uma sobrancelha, não entendendo meu ponto.

- Onde quer chegar, Howard?

Eu toco seu ombro, tentando passar meu plano silenciosamente para ele, querendo fazer Luke Barton ter esperanças de sobreviver e voltar para casa conosco.

- Que vamos matar seu assassino antes de ele encostar em você.

Para a minha surpresa, Luke retrai um sorriso tímido, como se minhas palavras o divertissem.

- E como sabe que é alguém que vai me matar? Eu posso morrer em algum acidente, Einstein.

- Porque você é Luke Barton. – Eu respondo, ignorando seu comentário. – E duvido muito que um acidente irá te tirar do jogo.

Observo um sorriso aos poucos se formar não apenas nos lábios de Luke, mas também nos de todos os outros.

- Howl está certo. – Mayday se levanta, indo para o meu lado e o de Luke. – Vai ter que passar por cima de todos nós pra pegar você, idiota.

E aos poucos, todos nós nos juntamos ao redor de Luke, transmitindo-lhe coragem e confiança o suficiente para fazê-lo se erguer e nos abraçar em grupo.

- Obrigado. – É tudo o que ele fala enquanto juntos, e, depois de tanto tempo me preocupando com o futuro, tudo o que eu queria naquele instante era que congelássemos nessa posição, para sempre.

Onde nossa família estava completa.

[x]

- Hey Stark! – James me chama enquanto eu caminhava distraidamente para fora do palácio.

Paro minha caminhada para esperá-lo. James vem com passos largos em minha direção e me puxa para um canto, colocando-me contra a parede.

- James, você está me assustando. – Digo, enquanto observo seu rosto perto do meu. – Está tudo bem com você?

Ele parece alucinado, como se estivesse sob efeito de drogas. Seus olhos estão vermelhos na córnea, dando-me aflição só de olhar.

- James... O que aconteceu com você?!

Em resposta, ele apenas me aperta ainda mais contra a parede.

- Estão todos mortos! – James berra. – Todos mortos! – E me solta bruscamente, fazendo-me cair no chão. – Ele vai nos matar! – E coloca ambas as mãos contra os ouvidos, tapando-os de um barulho inexistente. – Faça isso parar, Howard! Faça-o parar!

É então que acontece. James solta um enorme grito de dor e seu peito começa a vazar sangue, muito sangue, como se ele tivesse sido perfurado por uma lança invisível. Eu me retraio, horrorizado com a cena enquanto observo James sangrar até a morte. Logo que ele para de se contorcer e cai morto no chão, eu começo a escutar um barulho, que foi aumentando seu som até fazer minhas orelhas sangrarem e eu parar de escutar. Tonto com a dor, eu me levanto para fora do palácio, onde acabo caindo de joelhos no chão com o que me deparo.

Asgard está um caos, as pessoas estão morrendo brutalmente enquanto alguns do nosso lado tentam salvar suas vidas em vão. Não tem para onde correr, não tem o que salvar, estaremos mortos e Asgard será consumida pelo barulho e por ele: o enorme monstro que ri da destruição e da morte. Assim que seus olhos vermelhos se encontram com os meus, ele ergue a gigantesca mão e me ergue para perto de si.

- Isso é o que está te esperando num futuro próximo, Howard Stark. Seu amigo Luke não será o único a morrer. – Ele aponta para todos os corpos dos Vingadores e dos meus amigos espalhados por seus pés, pisando neles com grande satisfação. – E assim que eu acabar com Asgard, sua preciosa Terra será a próxima. – E solta uma gargalhada enquanto aperta o meu corpo, quebrando meus ossos e me fazendo gritar o mais alto que meus pulmões permitiam.

- HOWARD! – O grito de Mayday me faz acordar. Eu me levanto sobressaltado, agarrando em seu corpo magro e o trazendo para perto de mim.

E saindo do costume, Mayday me abraça de volta tão forte quanto eu.

- Você também teve um pesadelo? –Ela me pergunta, enquanto solto seu corpo.

Aceno com a cabeça.

- E você?

May respira fundo, posso ver seus olhos vermelhos e inchados, aparentemente ela esteve chorando nos últimos minutos.

- Mais ou menos. – Ela começa. – Sonhei com a morte de Luke.

Arregalo meus olhos.

- E eu com a nossa morte.

- Talvez seja verdade... Luke irá morrer. – May diz infeliz. – Mas que não garante que nós não iremos na guerra?

- Preciso fazer uma coisa. – Eu me ergo da cama, calçando meus sapatos e me dirigindo para fora do quarto com Mayday colada aos meus pés.

- O que vai fazer?

- Falar com Heimdall.

Minha resposta a confunde.

- Por quê? O que aquele idiota blindado tem a ver com a nossa conversa? Howard!

Ignoro sua tentativa de me manter no quarto e continuo a andar para fora do palácio. Esse sonho foi mais que um pesadelo, foi um alerta. Um alerta de que perderíamos a guerra se continuarmos dessa maneira e não fizéssemos nada diferente para tentarmos sobreviver.

E por mais que eu concorde com Mayday, que é mais fácil pedir um favor a minha pia do banheiro a Heimdall, ele é o único que pode nos salvar e salvar Asgard.

Odeio admitir, mas eu preciso da ajuda desse deus idiota.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só meus queridos, espero que tenham gostado e não deixem de comentar ;)
Nos vemos no próximo capítulo :*