Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 36
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Hoje o dia foi produtivo. Fiquei a manhã inteira até agora escrevendo tanto nessa fic quanto para a minha de Supernatural *o*.
Adoro quando baixa o santo da inspiração.
Dei uma olhada nas respostas de vocês no ultimo capítulo, e parece que o Luke e a Mayday empataram como favoritos, e por isso tenho certeza que esse capítulo vai doer na maioria... Estranho? Destino? Talvez...
Well, here's another chapter :D
Enjoy :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/220297/chapter/36

Capítulo 34 - Thomas Banner

Eu me sinto estranho desde que cheguei a Asgard. Embora tente esconder dos meus amigos, eu não consigo esconder de mim mesmo o que sinto dentro de mim e a minha preocupação em querer desesperadamente pará-lo.

É como se eu estivesse em guerra, uma guerra interna entre “o outro” e eu. Vinte e quatro horas por dia eu o sinto se remexer dentro de mim, querendo tomar o controle, como se estivesse cansado de apenas admirar a paisagem sem intervir nos meus movimentos. Também, faz pelo menos uma semana ou até mais que não me transformo, isso é um record pessoal. E pra mim isso tem sido uma maravilha. Nada de esmurrar, ferir ou até mesmo matar alguém que está próximo de mim. Nada de levar tiro de tranquilizantes, que por sinal, machucam tanto quanto balas... Posso não controlar o meu corpo, mas sinto cada coisa que acontece com ele, mesmo sento um mero espectador.

Às vezes, posso ouvi-lo até mesmo falar comigo, sempre me dando as mesmas ordens.

“Deixe-me assumir.”

“Desculpe-me, colega, fica pra próxima.”, minha resposta o irrita, pois ele se remexe ainda mais, o que me deixa irrequieto. Porém, nada que eu não possa domar.

E agora estou aqui, sentado e nervoso, sentindo-o querer se libertar da prisão da minha mente, querendo esmagar tudo e todos, especialmente o nosso atual problema.

- Vou comprar uma coleira e amarrar todos vocês no poste mais próximo! – Ranjo os dentes, extremamente puto com a falta de interesse dos meus colegas em relação ao resgate dos nossos pais ou a guerra que estamos tão perto de travar com um inimigo desconhecido.

Primeiramente foi James que, com sua enorme TPM, correu por Asgard bufando e, obviamente levou uma surra na cara por ser esquentado. Foi uma enorme sorte Amora, ou Encantor, não sei e não me importo com seu nome, o ter ajudado. Depois foi Luke, que também se irritou e correu feito uma mula para longe da Sala de Reuniões. E como se esquecer da fuga de Mayday? Que devido a uma aposta sem sentido, também sumiu por quase um dia e só apareceu quando Eldred já havia enviado alguns guardas atrás dela. Agora aqui estamos, parados numa das inúmeras salas, preocupados com a mais nova fugitiva do bando, Erika Foster. Já é tarde da noite do nosso quinto dia em Asgard, e nenhum sinal da Erika.  

- Será que deveríamos mandar alguém atrás dela de novo? – Howard pergunta mais uma vez.

Eldred nada faz, apenas solta um longo suspiro.

- Os guardas não fazem ideia de onde ela possa estar, Howard, uma outra busca seria inútil.

- E devemos simplesmente aceitar o fato de que Erika desapareceu? – James o questiona num tom raivoso, encarando Eldred com raiva.

- Cale a boca, Rogers, ninguém está a fim de te ouvir resmungar agora. – Luke intervém de mal humor, calando a boca de James.

Reviro meus olhos. Será possível que não podemos ter pelo menos um momento de paz? Sem James com seus ataques com Eldred, sem Mayday olhar para Luke com ódio ou simplesmente sem ninguém desaparecer a cada dia.

Ah, quando eu voltar pra Terra – se eu voltar para casa – terei umas férias de toda essa loucura que é a minha vida. Quem sabe com meu tempo de folga finalmente poderei terminar de assistir a primeira temporada de Supernatural? Coisa que estou tentando fazer há mais de três anos. Aposto que Sam e Dean já acharam o pai e descobriram uma penca de coisas que deixaram os fãs malucos. Coisas que desconheço, pois sempre tenho uma missão a ser cumprida com o povo da Terra, e agora para o meu desespero, de Asgard. Será possível que nunca terei descanso? Tenho 17 anos e já me sinto como um velho de 60.

Até as aberrações precisam de férias.

É em meio a esse protesto interno que eu observo meus amigos. Luke está sentado no sofá, ocupando todo o estofado com seu corpo e arco. Sua expressão é vazia, e posso ver que de tempos em tempos, ele lança olhares para Mayday, que está sentada ao meu lado, observando os próprios pés com um ar desinteressado. James não para de encarar Eldred com raiva enquanto o mesmo está distraído, observando o movimento da janela afora, e Howard, folheia um livro, claramente fracassando na sua expectativa de tentar entender o que está escrito em suas páginas.

- Chega, não aguento mais. – Digo por fim, levantando-me bruscamente do sofá e seguindo para a porta.

- Aonde você vai? – Eldred me perguntou.

- Se vocês conseguem ficar parados enquanto temos uma guerra se aproximando e com Erika desaparecida a mais de dois dias, tudo bem, mas eu vou tentar encontrá-la. – E abro a porta, tomando um enorme susto com a figura parada a minha frente.

Tanto seu corpo quanto suas roupas estão imundos e cobertos de sangue, seus cabelos uma vez brancos e impecáveis agora estão embaraçados e avermelhados. Os olhos, que eram tão brilhantes como as estrelas, ostentam uma aparência cansada e morta. A única coisa que parecia estar em bom estado era uma espada reluzente em suas mãos.

- Erika?! – Arquejo, observando-a retrair um sorriso nos lábios machucados. Quando grito por seu nome, todos veem a nosso encontro, ajudando-a a se sentar num dos sofás mais próximos. – O que aconteceu com você?

Todos parecem preocupados com seu bem estar, menos Eldred, que encara, pasmo, a espada que Erika segura firmemente em suas mãos.

- Onde conseguiu essa espada? – Questiona, sem tirar seus olhos da arma.

Erika não deixa sua nova conquista de lado, como se ela fosse desaparecer caso o fizesse.

- E-eu não sei, apenas sei que ela estava numa caverna, sendo guardada por Grendel.

A boca de Eldred se abre tanto que eu pensei por alguns segundos que esta fosse se descolar de sua cara.

- Está me dizendo que além de derrotar Grendel, você conseguiu recuperar Torden, a espada dos trovões? – Indagou a Erika, não parecendo acreditar nas próprias palavras. – Achei que ela estivesse perdida.

- Pelo jeito não está mais. – Mayday se manifesta pela primeira vez, observando a tal de “Torden” sem muito interesse.

Seu comentário faz Erika soltar uma risada baixa e abafada, demonstrando-nos o quanto está sentindo dor.

- Devemos levá-la ao curandeiro. – Howard tira as palavras da minha boca, porém, Erika o silenciou com um gesto.

- Não, eu estou bem. – Ela mente, não conseguindo nem ao menos sustentar as próprias palavras dando um grunhido quando James toca seu braço machucado.

- Temos que, definitivamente, te levar para o curandeiro. – James fala, logo tentando levantá-la do sofá.

- Ainda há uma coisa que eu não entendo. – Eldred diz enquanto Erika se ergue, com grande dificuldade, de seu lugar. – Como você soube onde Torden estava?

A garota respira fundo, como se estivesse tonta, mas logo tenta sorrir, para nos passar uma imagem de confiança e saúde.

- Eu não sabia, foi uma das Valquírias de Odin que me mostrou a localização da espada e...

- Espera um pouco. – Luke a para repentinamente. – Você também viu Geirahod?

Mas Luke não obtém sua resposta de prontidão, pelo contrário, Erika está muda, ela tapa a boca com ambas as mãos enquanto lágrimas escorrem de seu rosto. Olho para os lados, e percebo que todos estão tão confusos com a reação dela quanto eu, quero dizer, todos menos Eldred, que abaixou a cabeça formalmente, como se a pergunta de Barton fosse na verdade uma má notícia.

Luke vira para nós com um enorme ponto de interrogação estampado no rosto.

- Não entendi.

Howard e eu nos voltamos para Eldred, vendo que Erika está num estado crítico demais para nos falar alguma coisa.

- Por que ela está chorando? – Eu pergunto, recebendo um olhar sério do asgardiano, como se preferisse ficar em silêncio pelo resto da vida.

- Não é nada... Ela deve apenas estar cansada e...

- Nem vem com essa historinha pra criança, Eldred. – Luke o interrompe, colocando-o contra a parede. – Por que ela começou a chorar do nada? O que tem Geirahod?

Eldred nos encara por alguns segundos, e logo depois solta um suspiro de derrota vendo que todos queremos respostas.

- Geirahod é a Valquíria conhecida como presságio da morte. – Ele começa, mas como eu queria que ele calasse a boca e não continuasse. – Ela só aparece para as pessoas que estão marcadas pra morrer num período próximo. E, lamento muito, mas você é uma delas, Luke.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Er... Bem, eu vou ficar quieta.
Até a próxima ;)